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N-1487 REV. H 06 / 2022

Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
CONTEC resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade
Técnica da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.

Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 67 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-1487 REV. H 06 / 2022

Sumário

1. Escopo ..................................................................................................................................... 6
2. Referências Normativas ........................................................................................................... 6
3. Termos e Definições ................................................................................................................ 8
4. Condições Gerais e Específicas ............................................................................................. 10
5. Requisitos para Qualificação de Pessoal e Procedimento ..................................................... 11
6. Requisitos de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde............................ 11
7. Inspeções do Duto Rígido Submarino .................................................................................... 11
7.1. Inspeção Visual do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) ......................................................... 12
7.1.3. Inspeção dos Lançadores e Recebedores de PIGs .......................................... 12
7.1.4. Inspeção dos Revestimentos do Duto ............................................................... 12
7.1.5. Inspeção Visual de Válvulas de Bloqueio e de Segurança ............................... 13
7.1.6. Inspeção Visual dos Instrumentos ..................................................................... 13
7.1.7. Inspeção Visual da ZVM ou ZDT e Região 4 .................................................... 13
7.1.8. Inspeção Visual da Junta Flexível (Região 4) ................................................... 13
7.2. Medição de Espessura da Parede do Duto Rígido ........................................................... 13
7.3. Detecção de Trincas no Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) ................................................. 14
7.4. Teste Funcional (Regiões 5 e 4) ....................................................................................... 14
7.5. Inspeção Externa do Trecho Submerso do Duto Rígido Submarino (Regiões 3, 2, 1 e 0 -
“Shore Approach”) .................................................................................................................... 14
7.5.5. Inspeção Visual e Detecção de Anomalias do Duto Rígido Submarino........... 15
7.5.5.4. Aspectos do Solo Marinho ................................................................. 15
7.5.5.5. Condições de Assentamento do Duto .............................................. 17
7.5.5.6. Condições de Enterramento do Duto ................................................ 17
7.5.5.7. Estado dos Revestimentos do Duto .................................................. 18
7.5.5.8. Presença de Incrustações e Sucata sobre ou próximo ao Duto ....... 18
7.5.5.9. Amassamentos no Duto..................................................................... 18
7.5.5.10. Corrosão Externa no Duto ............................................................... 18
7.5.5.11. Estado dos Anodos .......................................................................... 18
7.5.5.12. Existência de Vazamentos no Duto ................................................. 18
7.5.5.13. Rota do Duto .................................................................................... 19
7.5.5.14. Cruzamento de Dutos ...................................................................... 19
7.5.5.16 Estado da Região TDZ do Duto ........................................................ 19
7.5.5.17 Condição do Calçamento do Duto .................................................... 19
7.5.5.18 Deslocamento do Duto ..................................................................... 20
7.5.5.19 Inspeção Visual da Junta Flexível (Região 3 e Região 2) ................ 21
7.5.5.20 Inspeção Visual do “Strake” (Região 3 e Região 2) ......................... 21
7.5.5.21 Inspeção Visual do Módulo de Flutuação (Região 2) ....................... 21
7.5.6 Medição de Espessura da Parede do Duto Rígido ............................................ 21
7.5.7 Detecção de Trincas ........................................................................................... 22

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7.5.8 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica (SPC)............................................ 22


7.5.8.4. Inspeção do SPC na Região 0 (“Shore Approach”) .......................... 23
7.5.8.5. Inspeção do SPC na Região 1 .......................................................... 23
7.5.8.6. Inspeção do SPC nas Regiões 2 e 3 ................................................. 23
7.5.8.7. Critérios de Avaliação do SPC .......................................................... 24
7.6. Inspeção por PIG Instrumentado....................................................................................... 24
7.6.2.1. Limpeza.............................................................................................. 24
7.6.2.2. Habilitação ......................................................................................... 24
7.6.2.3. Inspeção............................................................................................. 24
7.6.2.3.1. Inspeção Geométrica ......................................................... 24
7.6.2.3.2. Inspeção de Perda de Massa ............................................ 25
7.6.2.3.3. Inspeção para Detecção de Trincas .................................. 25
7.6.5. Planejamento e Habilitação das Inspeções com PIG Instrumentado ............... 25
7.6.6. Relatório de Inspeção do PIG Instrumentado ................................................... 26
7.6.7. Considerações sobre alternativas à inspeção dos dutos com PIG instrumentado
..................................................................................................................................... 26
8. Monitoração da Corrosão Interna ........................................................................................... 27
9. Ensaio Hidrostático ................................................................................................................. 27
10. Reparos ................................................................................................................................. 28
11. Qualificação de Risco ........................................................................................................... 28
12. Documentação ...................................................................................................................... 28
12.1. Registro ........................................................................................................................... 28
12.2. Relatório de Inspeção ...................................................................................................... 29
Anexo A - Configurações dos Dutos Rígidos Submarinos e Orientações Quanto à Periodicidade
das Inspeções por Regiões ......................................................................................................... 30
Anexo B - Requisitos para Elaboração de Carta Temática ........................................................ 41
Anexo C - Classificação e Medição de Áreas Corroídas ............................................................ 43
C.1. Classificação da Corrosão ................................................................................................ 43
C.1.1. Quanto à Extensão (em relação a cada área inspecionada) ............................ 43
C.1.2. Quanto à Forma ................................................................................................ 43
C.1.3 Quanto à Intensidade (Considerar apenas a forma alveolar) ............................ 43
C.2. Medição de Espessura ..................................................................................................... 43
Anexo D - Inspeção de Amassamento........................................................................................ 51
Anexo E - Ensaio Hidrostático em Oleodutos e Gasodutos Submarinos em Operação ............ 53
E.1. Objetivo ............................................................................................................................. 53
E.2. Condições Gerais .............................................................................................................. 53
E.3. Planejamento do Ensaio ................................................................................................... 54
E.3.1. Descrição do Duto ............................................................................................. 54
E.3.2. Levantamento do Histórico de Danos e Reparos e Estado Atual do Duto ....... 55
E.3.3. APR e Ações Quanto ao Meio Ambiente .......................................................... 55
E.3.4. Especificação do Ensaio e Definição da Infraestrutura de Logística Necessária
..................................................................................................................................... 55

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E.3.5. Diagramas de Ensaio Hidrostático .................................................................... 56


E.4. Especificação do Ensaio ................................................................................................... 56
E.4.1. Descrição do Duto ............................................................................................. 56
E.4.2. Requisitos e Descrição dos Equipamentos e Instrumentos do Ensaio............. 56
E.4.3 Avaliação da Qualidade da Água de Ensaio e sua Neutralização ..................... 58
E.4.4. Plano de Instalação dos Instrumentos de Controle de Registro ....................... 59
E.4.5. Plano de Raqueteamento e Isolamento ............................................................ 60
E.4.6. Procedimento de Limpeza, Enchimento e Calibração do Duto ........................ 60
E.4.6.1. Limpeza do Duto por PIG .................................................................. 60
E.4.6.2. Enchimento e Calibração do Duto ..................................................... 60
E.4.7. Procedimento de Passagem de PIG Geométrico e PIG Instrumentado ........... 61
E.4.8. Procedimento de Pressurização e Despressurização e Duração do Ensaio ... 62
E.4.9. Critério de Aceitação para o Ensaio Hidrostático.............................................. 63
E.4.10. Procedimento de Retirada e Descarte da Água Utilizada no Ensaio
Hidrostático .................................................................................................................. 64
E.4.11. Procedimento de Purga, Secagem e Inertização............................................ 64
E.4.12. Lista de Procedimentos que Devem ser Aprovados pela Fiscalização da
PETROBRAS e Qualificados ....................................................................................... 65
E.4.13. Procedimento de Identificação e Eliminação de Vazamentos ........................ 65
E.4.14. Qualificação do Pessoal .................................................................................. 66
E.4.15. Relatórios e Gráficos que Devem Ser Emitidos .............................................. 66

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Figuras

Figura A.1 - Plataforma Fixa (Jaqueta) com Riser Flexível e Flowline Rígido ...................................... 30
Figura A.2 - Plataforma Fixa, (Jaqueta) com Riser Rígido ................................................................... 31
Figura A.3 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com SCR ...................................................... 32
Figura A.4 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com Hardpipe e Riser Flexível fixado no
flutuador da UEP. .................................................................................................................................. 33
Figura A.5 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com Riser Flexível fixado no trecho emerso da
plataforma. ............................................................................................................................................. 34
Figura A.6 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com SLWR fixado no trecho submerso da
plataforma. ............................................................................................................................................. 35
Figura A.7 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com Riser Híbrido Auto-Sustentável............ 36
Figura A.8 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com BSR. ..................................................... 37
Figura A.9 - Trechos de “Shore Approach”. .......................................................................................... 38
Figura C.1 - Geometria da Região Corroída ......................................................................................... 44
Figura C.2 - Interação entre Dois Defeitos ............................................................................................ 44
Figura C.3 - Corrosão Alveolar Tipo I Generalizada (Foto 1) ............................................................... 45
Figura C.4 - Corrosão Alveolar Tipo I Dispersa (Foto 2) ....................................................................... 45
Figura C.5 - Corrosão Alveolar Tipo II Localizada (Foto 3) ................................................................... 46
Figura C.6 - Corrosão Alveolar Tipo II Generalizada (Foto 4) .............................................................. 46
Figura C.7 - Corrosão Alveolar Tipo II Dispersa (Foto 5) ...................................................................... 47
Figura C.8 - Corrosão Alveolar Tipo III Localizada (Foto 6) .................................................................. 47
Figura C.9 - Corrosão Alveolar Tipo III Localizada (Foto 7) .................................................................. 48
Figura C.10 - Corrosão Alveolar Tipo III Dispersa (Foto 8) ................................................................... 48
Figura C.11- Corrosão Alveolar Tipo IV Generalizada (Foto 9) ............................................................ 49
Figura C.12 - Corrosão Uniforme (Foto 10) .......................................................................................... 49
Figura C.13 - Corrosão Uniforme (Foto 11) .......................................................................................... 50
Figura C.14 - Corrosão Uniforme (Foto 12) .......................................................................................... 50
Figura D.1 - Exemplo de Dimensionamento de Amassamento ............................................................ 51
Figura D.2 - Medição de Mossa (Foto 13)............................................................................................. 51
Figura D.3 - Medição de Mossa (Foto 14)............................................................................................. 52
Figura E.1 - Representação Esquemática das Pressões em um Determinado Ponto do Perfil do Duto
............................................................................................................................................................... 54
Figura E.2 - Medição Gráfica do Volume de Ar Residual ..................................................................... 63

Tabelas

Tabela 1 - Classificação do Nível de Assentamento ............................................................................. 17


Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos Submarinos ...... 39
Tabela B.1 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas quanto a Suscetibilidade .......... 42

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1. Escopo

1.1. Esta Norma estabelece os requisitos técnicos de inspeção interna e externa aplicáveis aos dutos
rígidos submarinos de transporte, transferência e coleta, de hidrocarbonetos, inclusive os dutos de
coleta utilizados para injeção de água produzida, construídos em aço-carbono e que se encontrem em
operação.

NOTA 1 Os Gasodutos e Oleodutos submarinos desativados devem ser inspecionados de acordo com
os requisitos das PETROBRAS N-2246 e N-2689, respectivamente.

NOTA 2 Esta Norma abrange os trechos rígidos de dutos híbridos e trechos submarinos de dutos
mistos.

NOTA 3 Os trechos terrestres e seus acessórios de dutos mistos devem ser inspecionados de acordo
com a PETROBRAS N-2098 com relação ao escopo técnico da inspeção, excetuando-se os
períodos de inspeção que devem ser os indicados na tabela A.1 desta norma.

1.2. Esta Norma estabelece diretrizes básicas em relação às técnicas aplicadas à inspeção visando à
avaliação da integridade estrutural do duto rígido submarino.

1.3. Esta Norma se aplica à inspeção de dutos rígidos submarinos a partir da data de sua publicação.

1.4. Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos Técnicos em Geral;

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom em Solda;

PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo Visual;

PETROBRAS N-1598 - Ensaios Não-Destrutivos - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;

PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Dutos Terrestres em Operação;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2246 - Operação de Gasoduto Terrestre e Submarino;

PETROBRAS N-2298 - Proteção Catódica de Dutos Terrestres;

PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Dispositivos de Alívio de


Pressão;

PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de PIGs em Dutos;

PETROBRAS N-2689 - Operação de Oleoduto Terrestre e Submarino;

PETROBRAS N-2726 - Terminologia de Dutos;

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PETROBRAS N-2727 - Manutenção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;

PETROBRAS N-2785 - Monitoração, Interpretação e Controle da Corrosão Interna em Dutos;

PETROBRAS N-2786 - Avaliação de Defeitos em Oleodutos e Gasodutos Terrestres e Submarinos


Rígidos em Operação;

PETROBRAS N-2803 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom Computadorizado e Mecanizado para


Inspeção de Soldas

PETROBRAS N-2821 - Ensaio Não Destrutivo - Radiografia Computadorizada em Juntas Soldadas

ABENDI NA-003 - Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos;

ABNT NBR 15248 - Ensaios Não Destrutivos - Inspeção por ACFM - Procedimento;

ABNT NBR 15280-2 - Dutos terrestres - Parte 2: Construção e montagem

ABNT NBR 15824 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom - Medição de Espessura;

ABNT NBR 16244 - Ensaios Não Destrutivos - Ensaio Visual - Inspeção Subaquática;

ABNT NBR 16381 - Dutos terrestres e submarinos - Câmara de PIG

ABNT NBR 16482 - Ensaios não destrutivos - Medição de potencial eletroquímico - Inspeção
subaquática.

API RP 1160 - Managing System Integrity for Hazardous Liquid Pipelines;

API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves;

API SPEC 17D - Design and Operation of Subsea Production Systems - Subsea Wellhead and Tree
Equipment;

API STD 1163 - In-Line Inspection Systems Qualification Standard;

ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS ½ Through NPS 24 Metric/Inch Standard;

ASME B31.8S - Managing System Integrity of Gas Pipelines;

ASME BPVC Section V - Nondestructive Examination - Article 15;

BSI BS 8010-2.5 - Code of Practice for Pipelines - Part 2: Pipelines on Land: Design, Construction and
Installation - Section 2.5 Glass Reinforced Thermosetting Plastics;

DNVGL-ST-F101 - Submarine Pipeline Systems;

DNVGL-ST-F201 Riser systems

DNVGL-RP-F115 - Pre-commissioning of submarine pipelines

DNVGL-RP-F116 - Integrity Management of Submarine Pipeline Systems;

DNVGL-RP-F206 - Riser integrity management;

ISO 14313 - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline Transportation System - Pipeline Valves;

NACE SP0102 - In-Line Inspection of Pipelines.

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NACE Publication 35100 - In-Line Inspection of Pipelines

POF (Pipeline Operators Forum) - Specifications and Requirements for In-Line Inspection of Pipelines

3. Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os


seguintes.

3.1. AUV
Autonomous Underwater Vehicle
Veículo Autônomo Subaquático

3.2. BSR
Bóia de Sustentação de Risers

3.3. Datum Sirgas 2000


É um Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do IBGE. É o sistema de referência
geodésico para o Sistema Geodésico Brasileiro e adotado oficialmente na companhia. Contudo, podem
ser utilizados sistemas equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.

3.4. END
Ensaios Não Destrutivos

3.5. FPSO
Floating Production Storage and Offloading
Unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência

3.6. Hard Pipe


Trecho da tubulação submarina que interliga o suporte do riser ao trecho de superfície da plataforma
SS.

3.7. LRTA
Lower Riser Termination Assembly
Elemento estrutural de ligação entre a extremidade inferior do trecho vertical rígido do RHAS e sua
fundação

3.8. MMM
Metal Magnetic Memory
Método de ensaio não-destrutivo que consiste na detecção de campos magnéticos induzidos por
tensões no duto

3.9. MTM
Magnetic Tomography Method
Método de ensaio não-destrutivo que consiste na detecção de anomalias magnéticas geradas por
trincas e outros defeitos no duto

3.10. PLAEM
Pipeline Almost end Manifold
Conjunto terminal submarino de dutos, instalado no leito marinho, para servir de terminação a vários
dutos flexíveis e/ou dutos rígidos submarinos.

3.11. PLET
Pipeline End Termination
Estrutura localizada numa extremidade de um duto rígido submarino

3.12. PTI
Parecer Técnico de Inspeção
Documento técnico que contém a análise dos resultados de uma inspeção ou de qualquer técnica de
avaliação efetuada no duto rígido submarino

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3.13. PSV
Pressure Safety Valve
Válvula de Segurança e/ou Alívio

3.14. Responsável pelo Gerenciamento da Integridade


Pessoa ou gerência formalmente designada como Responsável pelo Gerenciamento da Integridade
dos Dutos Rígidos Submarinos da Unidade Operacional (UN)

3.15. Responsável técnico pela inspeção


Pessoa ou gerência com responsabilidade técnica pelas inspeções previstas no plano de inspeção dos
Dutos Rígidos Submarinos da UN

3.16. Revestimento externo


Revestimento anticorrosivo, revestimento térmico e revestimento de concreto

3.17. RHAS
Riser Híbrido Auto Sustentado
Riser de aço vertical sustentado por um tanque de flutuação submerso.

3.18. RI
Relatório de Inspeção
Documento técnico que apresenta a descrição de todos os eventos conformes e não conformes
estabelecidos na especificação ou plano de inspeção

3.19. ROV
Remote Operated Vehicle
Veículo Submarino Operado Remotamente

3.20. SCR
Steel Catenary Riser
Riser rígido em catenária livre

3.21. SCT
Stress Concentration Tomography
Método de ensaio não-destrutivo que consiste na detecção de anomalias magnéticas geradas por
possíveis concentrações de tensões no duto

3.22. Strake
Dispositivo acoplado ao duto para redução da vibração induzida pelo desprendimento de vórtices.

3.23. TDP
Touch Down Point
Ponto de contato do duto rígido submarino com o leito marinho, quando em configuração de catenária

3.24. THPS
Tetrakis Hydroxymethal Phosphonium Sulfate
Sulfato de tetrakis hidroximetil fosfônio

3.25. TOG
Teor de Óleos e Graxas

3.26. TRF
Ponto de transição entre o trecho riser e o trecho flowline, baseado no contato com o solo e definido
pela ausência de deslocamentos laterais e verticais devido à dinâmica do riser ao longo da vida de
projeto.

3.27. UN
Unidade do Negócio ou Operador
Gerência responsável pela operação do duto rígido submarino, por exemplo, UN da Exploração e
Produção (E&P) ou Regional ou Terminal da TRANSPETRO

3.28. URTA

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Upper Riser Termination Assembly


Elemento estrutural de ligação entre a extremidade superior do trecho vertical rígido do RHAS e seu
sistema de flutuação

3.29. ZDT
Zona de Transição (Splash Zone)
Região da estrutura que está sujeita a ficar molhada temporariamente devido à ação das ondas e às
variações de maré e calado da UEP

4. Condições Gerais e Específicas

4.1. Todo duto rígido submarino deve possuir um plano de inspeção estabelecendo a periodicidade e
os tipos de inspeção para cada trecho do duto, incluindo uma ou mais técnicas prescritas nesta Norma.
As inspeções devem ser executadas de acordo com procedimentos previamente aprovados, nos quais
são apresentados as técnicas, os recursos necessários, os critérios de avaliação, bem como, a forma
de apresentação e registro dos resultados.

4.2. Para fins de inspeção, o duto rígido submarino pode ser dividido em regiões definidas em função
do arranjo submarino, lâmina d’água e das técnicas de inspeção aplicáveis. O Anexo A apresenta
desenhos mostrando a configuração típica das regiões.

4.3. Recomenda-se que a periodicidade de inspeção para cada região do duto rígido submarino esteja
de acordo com a Tabela A.1 do Anexo A. [Prática Recomendada]

4.4. O responsável pelo gerenciamento da integridade do duto rígido submarino deve proceder a
análise de integridade do duto para as anomalias detectadas após cada técnica de inspeção utilizada,
de modo a permitir que o RI ou PTI indique a condição de integridade e a sua disponibilidade para
continuar operando de forma segura até a próxima inspeção.

NOTA Todo duto rígido submarino deve ser submetido ao processo de Gerenciamento da
Integridade. Caso a UN não tenha diretrizes específicas para o processo de Gerenciamento
da Integridade pode estabelecer seu processo tendo como referência as normas DNVGL-RP-
F115 e DNVGL-RP-F116, DNVGL-RP-F206, API RP 1160 ou ASME B31.8S.

4.5. O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos da UN pode, por
sua responsabilidade técnica, ajustar a periodicidade e/ou requisito de inspeção ao longo da vida do
duto a partir da análise dos fatores que afetam a sua integridade, considerando, no mínimo, os dados
do projeto, as inspeções realizadas durante o projeto e sua instalação, os requisitos do manual de
operação, seu histórico operacional, o histórico de intervenção e os resultados das inspeções. As
justificativas técnicas para alteração da periodicidade e/ou requisito de inspeção devem ser
devidamente registradas no sistema corporativo de gestão da inspeção.

4.6. Efetuar a inspeção por PIG instrumentado geométrico, nos seguintes casos:

a) Após a instalação do duto rígido submarino;

NOTA Esta inspeção deve ser prevista na elaboração das bases de projeto de instalações
submarinas de produção. Esta inspeção pode ocorrer antes da interligação do duto trecho
flowline com o riser ou com o terminal.

b) Periodicamente, conforme o Anexo A ou de acordo com a periodicidade estabelecida pelo


Operador do duto rígido submarino;
c) Sempre que houver suspeita de alteração dimensional do duto rígido submarino;

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4.7. Todo duto rígido submarino deve ter uma Carta Temática, onde estejam identificados e registrados
os processos de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade
estrutural do duto, conforme requisitos mínimos especificados no Anexo B.

NOTA A Carta Temática deve ser elaborada na fase de projeto e instalação do duto rígido
submarino. Para dutos que não tenham Carta Temática, esta deve ser elaborada com base
nos requisitos mínimos estabelecidos no Anexo B.

4.8. O resultado da inspeção do trecho submerso pode levar à necessidade de uma inspeção geológica
e geotécnica específica.

4.9. A localização das áreas de interesse para inspeção deve ser determinada tomando-se a distância
em metros, em relação ao ponto de origem do duto rígido submarino e a referência mais próxima, e/ou
coordenadas UTM (Universal Transversal Mercator) com base no Datum Sirgas 2000®.

4.10. Antes do início de qualquer serviço de inspeção, a equipe responsável deve dispor das
informações dimensionais e operacionais atualizadas do duto rígido submarino.

4.11. Os resultados da inspeção devem ser analisados com base na PETROBRAS N-2786.

4.12. O Operador do Sistema Submarino deverá realizar inspeção de caráter extraordinário sempre
que ocorrer qualquer anormalidade que comprometa a segurança operacional. O prazo para a
próxima inspeção periódica poderá ser redefinido a partir da data de conclusão da inspeção
extraordinária e do atendido aos requisitos mínimos do procedimento e do plano de inspeção.

5. Requisitos para Qualificação de Pessoal e Procedimento

5.1. O inspetor submarino deve ser qualificado de acordo com a ABENDI NA-003.

5.2. Os procedimentos de inspeção submarina a serem empregados, devem estar de acordo com as
normas citadas na ABENDI NA-003.

6. Requisitos de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde

6.1. No planejamento dos serviços de inspeção objeto desta Norma, os riscos de segurança
operacional devem ser avaliados com base em Análise Preliminar de Risco (APR), além de que os
procedimentos de inspeção devem atender aos requisitos de SMS tais como obtenção de Permissão
de Trabalho, de acordo com PETROBRAS N-2162.

6.2. Os profissionais envolvidos nos trabalhos definidos no escopo desta Norma devem seguir os
requisitos de SMS vigentes na UN responsável pela operação do duto rígido submarino.

6.3. Em serviços que possam gerar resíduos, estes resíduos devem ser tratados de acordo com o
procedimento específico do órgão operacional.

7. Inspeções do Duto Rígido Submarino

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A inspeção do duto rígido submarino deve ser realizada por meio das técnicas listadas na Tabela A.1
e que são aplicáveis em função das regiões do duto representadas nas Figuras A.1 a A.9 do Anexo A.

7.1. Inspeção Visual do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4)

7.1.1. A inspeção visual do trecho emerso compreende o lançador ou o recebedor, trecho de superfície,
válvulas de bloqueio, suportes, válvula de segurança, juntas flexíveis, demais componentes e
acessórios até a ZVM. Esta inspeção deve ser realizada e registrada de acordo com os requisitos da
PETROBRAS N-1597.

7.1.2. A classificação das anomalias de corrosão deve ser conforme os critérios definidos do Anexo C,
bem como a inspeção e medição de amassamentos conforme o Anexo D. Devem ser verificados os
seguintes itens:

a) Ocorrência de vazamentos, amassamentos, corrosão, desgaste, deformações e trincas,


especialmente em regiões de restrição, tais como: suportes rígidos e ligações com válvulas e em
dutos com histórico de vibração;
b) Corrosão por aeração diferencial, principalmente nas regiões com possibilidade de acúmulo de
resíduos (regiões dos suportes e abraçadeiras);
c) As condições do revestimento externo do duto quanto a defeitos, tais como: empolamento, falta de
aderência, descascamento, riscos, trincas, fendilhamento e impregnação de impurezas;
d) Adequação dos lançadores e recebedores quanto aos requisitos da ABNT NBR 16381.

7.1.3. Inspeção dos Lançadores e Recebedores de PIGs

7.1.3.1. Devem ser verificados nos lançadores e recebedores de PIG os seguintes itens:

a) Válvulas: verificar se há vazamento nos pontos de vedação. As seguintes técnicas indiretas de


verificação podem ser utilizadas: termografia e emissão acústica;
b) Manômetros: verificar a adequação da escala (“zero” e fundo de escala), cumprimento e validade
do prazo da calibração e condições físicas;
c) Drenos e respiros: verificar a existência de processo corrosivo, obstruções, a fixação dos suportes
e grampos e a localização segura da descarga dos fluídos por eles escoados;
d) Indicador de passagem de PIG: verificar sua existência e seu funcionamento, conforme a
PETROBRAS N-2634;
e) PSV: verificar sua existência, o cumprimento da calibração e validade da mesma e suas condições
físicas, conforme a PETROBRAS N-2634;
f) Tampa de abertura do canhão: verificar suas vedações, funcionamento e condições dos estojos,
atracadores, mecanismo de sustentação, giro e de segurança.

7.1.3.2. Deve ser realizada inspeção visual externa nos lançadores e recebedores de PIG de acordo
com os requisitos da PETROBRAS N-1597, quanto às condições físicas, corrosão externa, danos
mecânicos, vazamentos, estado da pintura e revestimento. Os seguintes itens devem ser
inspecionados: trechos aéreos, suportes, válvulas, acessórios, placa identificação, identificações
pintadas, plataformas e escadas de acesso, aterramentos e luminárias. A classificação de anomalias
de corrosão deve ser realizada conforme o Anexo C desta norma.

7.1.4. Inspeção dos Revestimentos do Duto

Em toda extensão do trecho emerso, sob isolamento térmico ou proteção anticorrosiva, devem ser
verificados os seguintes itens:

a) Falha no isolamento ou no revestimento criando caminho para a permeação de água;


b) Condição de aberturas no isolamento ou no revestimento (para respiros, drenos, suportes, válvulas
e conexões);

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c) Condições das extremidades do isolamento ou no revestimento.

NOTA Deve ser verificado o estado de conservação da pintura do duto rígido submarino no local de
acesso para medição de espessura.

7.1.5. Inspeção Visual de Válvulas de Bloqueio e de Segurança

Deve ser realizada inspeção visual externa nas válvulas de bloqueio e de segurança, de acordo com
os requisitos da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas suas condições físicas, vazamentos,
desalinhamentos, indicador de abertura e fechamento, empenamento de hastes, pintura, revestimento,
limpeza e funcionalidade do atuador, quando existente.

7.1.6. Inspeção Visual dos Instrumentos

Deve ser realizada inspeção visual externa dos instrumentos e acessórios de acordo com os requisitos
da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas as condições físicas.

7.1.7. Inspeção Visual da ZVM ou ZDT e Região 4

Os trechos de “riser” e “spool” rígido na ZVM ou ZDT e Região 4 devem ser inspecionados quanto a
anomalias, tais como, corrosão, danos ao revestimento e amassamentos do duto etc. Nas regiões
sob braçadeiras, quando houver indicativo de corrosão externa no duto rígido submarino, a inspeção
deve ser detalhada podendo levar até mesmo à remoção da braçadeira.

NOTA As regiões da ZVM ou ZDT revestidas ou reparadas com materiais compósitos devem ser
avaliadas a partir de inspeção visual, visando identificar e dimensionar eventuais danos, tais
como empolamento e infiltração de umidade, que possam impactar a sua integridade.

7.1.8. Inspeção Visual da Junta Flexível (Região 4)

A junta flexível deve ser inspecionada quanto a anomalias de pintura, estado de corrosão, estado dos
estojos do flange anexo ao corpo e condição da superfície visível do elastômero, quanto a trincas,
bolhas, extrusão da borracha e estado geral da cobertura com barreira antiozônio (quando emersa).

7.2. Medição de Espessura da Parede do Duto Rígido

7.2.1. A medição de espessura de parede deve ser executada por ultrassom de acordo com os
requisitos da ABNT NBR 15824. Alternativamente, a medição pode ser realizada com outras técnicas
de ensaios não destrutivos que demonstrem exatidão de dimensionamento de até ±10% da espessura,
seja para corrosão alveolar ou generalizada. Tal exatidão deve ser demonstrada em corpos de prova
com características similares ao duto a ser inspecionado.

NOTA Excepcionalmente, na ZVM ou ZDT, pode ser realizada medição de espessura por ultrassom
convencional. Não sendo possível a realização da medição de espessura por ultrassom
convencional, técnicas alternativas, como por exemplo, inspeção com ondas guiadas e/ou com
correntes parasitas de baixa frequência com saturação magnética, podem ser aplicadas a
critério da UN. [Prática Recomendada]

7.2.2. Em dutos em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção por PIG instrumentado,
recomenda-se que na medição de espessura sejam utilizados sistemas mecanizados, que permitam
registro digitalizado dos dados adquiridos. [Prática Recomendada]

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7.2.3. Recomenda-se a medição de espessura de parede no trecho do duto entre o lançador ou


recebedor de PIG até a ZVM ou ZDT, nos locais em que houver indicação de corrosão externa ou
interna. [Prática Recomendada]

7.2.4. A medição de espessura deve ser realizada sempre que for verificada a existência de corrosão
externa ou mossa. A área corroída e a mossa devem ter sua geometria medida e representada de
modo que possibilite a avaliação segundo os critérios da PETROBRAS N-2786.

7.2.5. Nos casos em que a inspeção por PIG instrumentado indique uma perda de espessura igual ou
superior a 50% ou que acarrete em redução da PMO, a medição de espessura também deve ser
realizada.

7.3. Detecção de Trincas no Trecho Emerso (Regiões 5 e 4)

7.3.1. A detecção de trincas deve ser realizada por Partícula Magnética (PM), Alternating Current Field
Measurement (ACFM) ou Líquido Penetrante (LP), de acordo com os requisitos das normas
PETROBRAS N-1598, N-1594, ABNT NBR 15248 ou ASME BPVC Section V - Artigo 15 ou outra
técnica aplicável.

7.3.2. Recomenda-se a inspeção quanto à presença de trincas nas regiões do duto rígido, de acordo
com o Anexo A ou nos seguintes casos: [Prática Recomendada]

a) Regiões suscetíveis à fadiga;


b) Possibilidade de corrosão sob tensão;
c) Região de mossa.

7.4. Teste Funcional (Regiões 5 e 4)

7.4.1. Deve ser realizado o teste funcional de válvulas de bloqueio, válvulas de segurança e/ou alívio,
drenos, vents e instrumentos de medição, com frequência definida nos procedimentos internos de
cada operador.

7.4.2. Nos Lançadores, Recebedores e Lançadores/Recebedores que não tenham sido operados há
mais de 12 meses, deve ser realizado ensaio de funcionamento, conforme procedimento previamente
estabelecido, operando-os com pressurização, escoamento e drenagem de fluidos, observando-se os
requisitos de segurança operacional, conforme a PETROBRAS N-2634.

7.4.3. Verificar o cumprimento da PETROBRAS N-2368 para as válvulas de segurança e/ou alívio e o
prazo de validade da calibração de todos os instrumentos utilizados.

7.5. Inspeção Externa do Trecho Submerso do Duto Rígido Submarino (Regiões 3, 2, 1 e 0 -


“Shore Approach”)

7.5.1. As regiões do trecho submerso do duto rígido submarino, incluindo risers, devem ser
inspecionadas visualmente, quanto à proteção catódica, medição de espessura de parede e detecção
de trincas, quando aplicáveis.

7.5.2. A inspeção do trecho flowline, incluindo a Região 0, deve ser realizada, preferencialmente,
utilizando recursos de elevada acurácia, podendo ser realizada por mergulhador. A inspeção deve ser
realizada utilizando preferencialmente as técnicas indicadas abaixo:

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a) Ótica (filmagem e/ou fotos);


b) Sonografia;
c) Batimetria multifeixe;
d) SBP pipe tracker, tomografia elétrica ou magnetometria, nos trechos enterrados;
e) Laser;
f) Topografia.

NOTA Deve-se atentar para o georreferenciamento dos dados e a escolha da técnica deve levar em
conta, entre outras coisas, a resolução e precisão requerida.

7.5.3. Os equipamentos devem ser posicionados próximo ao duto rígido submarino de modo a
assegurar uma quantidade mínima de pontos aquisitados que permita a caracterização dos parâmetros
definidos dos itens 7.5.5.1 até 7.5.5.18. O posicionamento dos equipamentos deve também permitir a
captação de imagens mostrando o máximo possível da calha (geratriz) inferior do duto. Na inspeção
com ecobatímetro multifeixe, o número de feixes, o ângulo entre cada feixe, a frequência dos feixes, a
taxa de disparo e demais parâmetros devem ser tais que o resultado da inspeção permita a perfeita
localização do duto independente de seu diâmetro externo.

7.5.4. Na Região 0 (“Shore Approach”) e em águas muito rasas, é facultada a inspeção visual, de
acordo com os recursos disponíveis. Além disso, a cota de enterramento e a possibilidade de
afloramento do duto devem ser verificados utilizando o monitoramento de praia.

7.5.5. Inspeção Visual e Detecção de Anomalias do Duto Rígido Submarino

7.5.5.1. A inspeção visual e para detecção de anomalias deve ser executada para avaliar: aspectos do
solo marinho; condições de assentamento, condições de enterramento; estado do revestimento;
presença de incrustações, sucatas; amassamentos; corrosão externa; estado dos anodos; existência
de vazamentos; cruzamentos; estado da junta flexível e região TDZ; rota do duto, vãos livres e
calçamento; posicionamento e deslocamento do duto, cujos escopos estão descritos nos subitens
7.5.5.4 a 7.5.5.21;

7.5.5.2. A inspeção visual deve avaliar a condição de válvulas, PLETs, PLEMs, manifolds e acessórios,
verificando-se aspectos de corrosão externa, escape, vazamento, estado dos anodos e estabilidade no
solo. Os equipamentos submarinos interligados aos dutos rígidos possuem planos de inspeção e testes
funcionais específicos que estão além do escopo desta norma;

7.5.5.3. Nas áreas submetidas a reparos submarinos deve ser realizada inspeção visual antes e após
o reparo, observando-se aspectos de corrosão externa, vazamentos, inclusive intermitentes, danos e
estado do sistema de reparo.

7.5.5.4. Aspectos do Solo Marinho

7.5.5.4.1. Deve ser verificado, classificado e registrado o tipo de solo e formações de interesse e em
especial, presença de corais, na região junto à rota do duto.

7.5.5.4.2. A inspeção do solo marinho deve identificar, mapear, classificar e acompanhar a evolução
de ocorrências geológicas, conforme descrito na 7.5.5.1, ao longo das rotas e áreas adjacentes que
possam comprometer a integridade dos dutos. Os resultados obtidos nestas inspeções devem ser
analisados e, eventualmente, podem contribuir para a atualização da Carta Temática.

7.5.5.4.3. Inspeções geofísicas devem ser realizadas em conjunto com as inspeções externas do trecho
submerso do duto (Regiões 3, 2, 1 e 0 - "Shore Approach”). Para que haja engajamento entre as

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inspeções, estas devem seguir as técnicas definidas na Subseção 7.5, de maneira a possibilitar a
perfeita identificação e o georreferenciamento das ocorrências geológicas presentes na rota e ao longo
das áreas adjacentes ao duto.

NOTA Dutos com dispositivos instalados para controle de deslocamentos, “sleepers” ou seções de
boias distribuídas por exemplo, devem ter sua inspeção realizada no máximo a cada 5 anos,
observando o indicado na Subseção 7.5.5.18.

7.5.5.4.4. As inspeções geofísicas devem ser classificadas em periódicas ou específicas.

7.5.5.4.5. As inspeções periódicas devem observar quaisquer tipos de ocorrências que possam
representar potencial de risco à integridade do duto, como por exemplo:

a) “Sand waves” (dunas subaquáticas);


b) Zonas de erosão e de descalçamento;
c) Feições de movimentos de massa;
d) Zonas de falhas e fraturas;
e) Escarpas (declividades abruptas, taludes inclinados, etc);
f) Acumulações coralíneas e rodolíticas;
g) Afloramentos rochosos e formações abrasivas;
h) “Seepages” - Feições de Escape de fluidos (“Pockmarks”, vulcões de lama, exsudações, zonas de
hidratos, etc).
i) Cruzamento de ravinas, canais e cânions submarinos.

NOTA 1 Todos os pontos com indícios de processos naturais que representem risco para a integridade
do duto devem ser cadastrados através de fichas de inspeção, com as informações mínimas
apresentadas no modelo do Anexo B. Observações indicativas de situações de risco iminente
ou futuro devem ser obrigatoriamente anotadas nas fichas de inspeção e comunicadas ao
responsável pelo Gerenciamento da Integridade do duto.

NOTA 2 Em pontos específicos da rota do duto a frequência das inspeções periódicas pode ser
aumentada, em função da dinâmica da movimentação de sedimentos marinhos (como por
exemplo, nas zonas costeiras) e da identificação de zonas de risco em inspeções anteriores.
Do mesmo modo, sempre que houver qualquer situação de anormalidade (como por exemplo,
sismos), as inspeções periódicas devem ser realizadas em intervalos menores, a critério do
especialista.

7.5.5.4.6. Inspeções específicas devem ser realizadas sempre que for identificada uma nova feição ou
ocorrência anormal durante as inspeções periódicas; ou que ocorra algum evento em que o especialista
entenda ser adequado efetuar uma nova verificação para poder avaliar eventuais impactos e a condição
de integridade do duto, como por exemplo, ação antrópica (derrocamento, dragagem etc.) ou eventos
naturais.

7.5.5.4.7. O escopo da inspeção específica deve ser definido no planejamento, pelo especialista, de
modo a dimensionar o evento gerador. Isto tem por finalidade confirmar o potencial de risco envolvido
(suscetibilidade) e sugerir medidas mitigadoras provisórias ou definitivas.

7.5.5.4.8. O relatório final de inspeção geofísica periódica ou específica deve ser elaborado por equipe
especializada e deve conter:

a) Os pontos inspecionados, a identificação ou não destes como ocorrências, classificação em termos


de potencial de risco (suscetibilidade) das ocorrências, quando aplicável. Para a Região 1, estes
pontos devem ser filmados, fotografados ou feita imagem, para posterior documentação, análise e
armazenamento no banco de dados
b) Mapa georreferenciado com a localização dos pontos (ocorrências);
c) Conclusão;

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d) Recomendações gerais para estudos ou levantamentos adicionais, mitigação ou intervenção.

NOTA No relatório final deve ser apontada a urgência das medidas recomendadas e a ordem de
prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisão por parte do responsável pelo
gerenciamento da integridade do duto. Os relatórios devem ser arquivados em banco de
dados atualizados, de forma a permitir:

i. Acompanhar a evolução dos processos detectados;


ii. Avaliar a frequência de determinados tipos de ocorrência;
iii. Avaliar a eficiência de medidas corretivas eventualmente implementadas;
iv. Subsidiar novas inspeções.

7.5.5.5. Condições de Assentamento do Duto

7.5.5.5.1. O nível de assentamento deve ser identificado e registrado durante inspeção com ROV
equipado com ecobatímetro multifeixe. Quando não for possível utilizar ROV, o ecobatímetro multifeixe
deve ser instalado em outra plataforma de aquisição (embarcação, veículo autônomo de superfície,
AUV, etc.). Quando houver limitação para a utilização dos recursos citados anteriormente, o nível de
assentamento deve ser identificado e registrado através de inspeções visuais com mergulhador.

7.5.5.5.2. Deve ser registrado o nível de assentamento do duto no solo ao longo da sua rota. O registro
dos níveis de assentamento deve ser classificado, conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação do Nível de Assentamento

Classificação do
nível de Descrição
assentamento
I geratriz inferior enterrada até 25 % do diâmetro externo do duto
II geratriz inferior enterrada entre 25 % e 50 % do diâmetro externo do duto
III geratriz inferior enterrada entre 50 % e 100 % do diâmetro externo do duto
IV geratriz inferior enterrada acima de 100 % do diâmetro externo do duto

7.5.5.5.3. O início e o fim de cada trecho do duto classificados conforme a Tabela 1 devem ser
identificados e registrados. Para os trechos classificados como nível IV, deve-se registrar também a
distância entre o nível do solo marinho e a geratriz superior do duto.

7.5.5.6. Condições de Enterramento do Duto

7.5.5.6.1. A cota de enterramento, ou seja, a profundidade em relação ao nível do solo marinho, deve
ser identificada e registrada durante inspeção com ROV equipado com pipetracker ou SBP. Quando
não for possível utilizar ROV, o equipamento SBP deve ser instalado em outra plataforma de aquisição
(embarcação, veículo autônomo de superfície, AUV, etc.). Quando houver limitação para a utilização
dos recursos citados anteriormente, pelo menos a extensão dos trechos enterrados deve ser
identificada e registrada através de inspeções visuais com mergulhador.

7.5.5.6.2. Quando especificado em projeto, devem ser identificados e registrados o início e o fim dos
trechos de enterramento do duto ao longo da rota, além da altura (cota) de enterramento de cada trecho
enterrado.

NOTA O enterramento de dutos rígidos submarinos na fase de projeto é definido para proteção do
próprio duto, garantia da estabilidade hidrodinâmica do duto ao longo da vida de projeto,

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mitigação do comportamento de flambagem global, aumento do isolamento térmico do sistema,


atendimento a requisitos de instituições, órgãos ou agências reguladoras, entre outros
requisitos de projeto.

7.5.5.7. Estado dos Revestimentos do Duto

7.5.5.7.1. Deve ser verificada, visualmente, a integridade dos revestimentos: anticorrosivos, isolamento
térmico e de lastro ao longo de todo o duto. Caso seja detectada alguma descontinuidade, como, por
exemplo, trincas ou perda de material, deve-se complementar a inspeção com a verificação da
aderência para estes tipos de revestimentos. Deve ser estimada e registrada a extensão de cada falha.

7.5.5.7.2. Deve-se dedicar especial atenção ao estado do revestimento quando os resultados da


inspeção por PIG instrumentado indicarem a presença e/ou evolução da corrosão externa no duto rígido
submarino ou quando o duto estiver submetido a permanente movimentação, por exemplo: na região
TDZ ou regiões de falta de lastro ou sujeitas à expansão por efeito de carregamentos de pressão e/ou
temperatura.

7.5.5.8. Presença de Incrustações e Sucata sobre ou próximo ao Duto

7.5.5.8.1. Deve ser verificada e registrada a presença de incrustações sobre o duto, classificando-as
segundo sua relevância de acordo com a ABNT NBR 16244.

7.5.5.8.2. Deve ser verificada e registrada a presença de sucata, tais como, âncoras, seções de tubos,
componentes de equipamentos etc. em contato e/ou nas proximidades do duto e que possam
comprometer sua integridade. Quando houver presença de sucata, deve ser verificada a eventual
presença de danos e estimadas as dimensões e peso da sucata, para futuro registro no relatório de
inspeção.

7.5.5.9. Amassamentos no Duto

Deve ser verificada e registrada a existência de amassamentos. Os amassamentos devem ser medidos
conforme definido no Anexo D e avaliados de acordo com a PETROBRAS N-2786.

7.5.5.10. Corrosão Externa no Duto

7.5.5.10.1. Deve ser verificada e registrada a ocorrência de corrosão externa, classificando e


dimensionando-a conforme instruções do Anexo C.

7.5.5.10.2. Deve ser verificada a condição da proteção catódica do trecho corroído conforme indicação
no 7.5.6.1.

7.5.5.11. Estado dos Anodos

Deve ser verificada e registrada a existência de anodos conforme projeto e seu estado quanto à
passivação e desgaste.

7.5.5.12. Existência de Vazamentos no Duto

Todos os vazamentos encontrados devem ser registrados e informados imediatamente ao responsável


técnico pelo gerenciamento da integridade do duto.

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7.5.5.13. Rota do Duto

7.5.5.13.1 Recomenda-se que o georreferenciamento da rota de projeto do duto e a sua


compatibilidade com o sistema a ser utilizado na inspeção sejam verificados. [Prática Recomendada]

7.5.5.13.2. A rota do duto deve ser verificada utilizando as técnicas indicadas na Subseção 7.5.2.

7.5.5.13.3. Deve ser registrada a posição XYZ do duto, incluindo seus equipamentos, e o perfil de solo
adjacente ao duto e aos equipamentos.

7.5.5.13.4. Os dados obtidos devem ser analisados e arquivados em um banco de dados, permitindo
acompanhar a evolução dos processos detectados no caso de inícios de movimento de solo e de
deslocamentos do duto por efeito de carregamentos de temperatura e/ou pressão.

7.5.5.14. Cruzamento de Dutos

Identificar e registrar o cruzamento entre dutos, verificando: a posição relativa do duto que está sendo
inspecionado; se o cruzamento é entre dutos rígidos ou com dutos flexíveis, cabos umbilicais, cabos
de fibra ópticas, cabos elétricos, etc.; se há contato entre os dutos ou existe uma ponte; se existe
sistema de proteção, capa de proteção externa para o duto flexível em contato com duto rígido e o seu
estado físico.

7.5.5.15. Existência de Vãos Livres no Duto

7.5.5.15.1. A existência de vãos livres ao longo da rota do duto deve ser verificada e, no mínimo, as
seguintes características devem ser registradas: altura máxima, início e fim de todos os vãos livres e,
consequentemente, seus comprimentos.

7.5.5.15.2. Cartas de vão livre devem ser geradas mostrando o perfil transversal e longitudinal do duto
e do solo ao longo de toda rota do duto.

7.5.5.15.3. As características dos vãos livres devem ser comparadas com pelo menos uma inspeção
de referência, como por exemplo a inspeção as-built, e as diferenças identificadas como fora das
tolerâncias das inspeções devem ser reportadas.

7.5.5.15.4. A inspeção para determinação de vãos livres pode ser realizada através de mergulhador,
ROV ou AUV equipados com câmeras e ecobatímetro multifeixe descritos na Subseção 7.5.

7.5.5.16 Estado da Região TDZ do Duto

Nos casos de SCR e SLWR deve ser verificado e registrado o estado da região TDZ quanto à
profundidade da trincheira, desalinhamento do duto na TDZ em relação à trincheira, danos ao
revestimento externo e anodos.

7.5.5.17 Condição do Calçamento do Duto

Deve ser verificado o estado físico dos calçamentos, a posição do calço no vão livre e a existência de
efetivo contato entre o duto e os apoios e entre os apoios e o leito marinho.

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7.5.5.18 Deslocamento do Duto

7.5.5.18.1 Deve ser verificada a ocorrência de deslocamento do duto, ou seja, movimentação por efeito
de carregamentos de temperatura e/ou pressão.

7.5.5.18.2 Deve ser verificada a ocorrência tanto de deslocamentos laterais do duto que caracterizem
alças de flambagem global ao longo da rota, quanto de deslocamentos longitudinais (axiais) do duto
nas regiões dos equipamentos associados a este.

7.5.5.18.3 Devem ser registradas as marcas no solo ao longo da rota do duto e nas regiões dos
equipamentos.

7.5.5.18.4 As seguintes características devem ser identificadas e registradas:

a) início e fim de alças de flambagem global sobre o solo marinho, registrando ainda o comprimento
e a amplitude (flecha máxima) de cada alça, com base nas marcas de solo identificadas;
b) início e fim de alças de flambagem global em regiões de “sleepers” e em seções de boias
distribuídas, registrando também o comprimento e a amplitude de cada alça, com base nas marcas
de solo identificadas;
c) deslocamento de PLETs, equipamentos “in-line”, válvulas em “skid”, etc, com base nas marcas de
solo identificadas;
d) deslocamento axial acumulativo do duto (“pipeline walking”), com base nas marcas de solo
identificadas;
e) interferência com outros dutos;
f) interferência com outras estruturas;
g) deslocamentos maiores do que os previstos no projeto, quando disponível.

7.5.5.18.5 As características dos deslocamentos e alças de flambagem registradas devem ser


comparadas com pelo menos uma inspeção de referência, como por exemplo a inspeção as-built, e as
diferenças identificadas devem ser reportadas.

7.5.5.18.6 Nos locais onde estiverem os “sleeper”, deve ser verificada e registrada a ocorrência e
medida de deslocamento do duto que ainda se encontra sobre o “sleeper”, o atendimento aos limites
estabelecidos no projeto e eventual ocorrência de saída do duto dos “sleeper”, mensurando a distância
que o duto rígido encontra-se da extremidade do “sleeper”.

7.5.5.18.7 Nos trechos de duto enterrado deve ser verificada e registrada a ocorrência de flambagem
vertical (“upheaval buckling”).

7.5.5.18.8 A inspeção para determinação de deslocamentos pode ser realizada através de


mergulhador, ROV ou AUV equipados com câmeras e ecobatímetro multifeixe descritos na Subseção
7.5.

7.5.5.18.9 Para dutos com deslocamentos previstos em projeto, incluindo os dutos projetados com
controle de deslocamentos, após atingir condições normais de operação e em regime permanente de
temperatura e pressão, recomenda-se realizar uma inspeção visual desses dutos para: [Prática
Recomendada]

a) confirmar a formação de alças nos iniciadores de flambagem;


b) identificar alças não planejadas sobre o solo;
c) determinar a configuração e as curvaturas das alças;

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d) monitorar os deslocamentos axiais nas extremidades do duto e nos equipamentos “in-line”;


e) monitorar que não há deslocamentos laterais ou “pull-out” em curvas da rota;
f) monitorar a interface com o “riser”;
g) identificar a necessidade de qualquer medida de mitigação para garantir a integridade estrutural do
duto.

7.5.5.19 Inspeção Visual da Junta Flexível (Região 3 e Região 2)

A junta flexível deve ser inspecionada quanto a anomalias de pintura, estado de corrosão, estado dos
estojos do flange anexo ao corpo e condição da superfície visível do elastômero, quanto a trincas,
bolhas e extrusão da borracha.

7.5.5.20 Inspeção Visual do “Strake” (Região 3 e Região 2)

O “strake” deve ser inspecionado quanto a existência de danos, a sua ausência, a sua adesão ao duto,
o estado da cinta e o crescimento excessivo de vida marinha sobre ele, encobrindo suas aletas.

7.5.5.21 Inspeção Visual do Módulo de Flutuação (Região 2)

Os módulos de flutuação devem ser inspecionados quanto a eventual existência de danos, a adesão
ao duto, o estado da cinta, à quantidade original de projeto e regularidade do espaçamento entre eles.

7.5.6 Medição de Espessura da Parede do Duto Rígido

7.5.6.1 Caso haja indicações de corrosão externa, deve ser realizada medição de espessura conforme
7.2, classificando-as conforme Anexo C. As áreas corroídas devem ser avaliadas de acordo com a
PETROBRAS N-2786.

7.5.6.2 No caso de dutos em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção com PIG instrumentado
que realize medição de espessura, pode ser adotado, a critério da unidade operacional, o seguinte
procedimento de verificação da espessura do duto: [Prática Recomendada]

a) Regiões 4, 3, 2 e 1: para inspeções do tipo varredura, utilizar técnicas magnéticas (por exemplo,
MMM, MTM, SCT) integradas em dispositivo que se desloca internamente ao duto;
b) Regiões 3 e 2: utilizar ferramenta de inspeção marinizada, acoplada ao duto por mergulhador ou
ROV, atendendo às Subseções 7.2.1 e 7.2.2;
c) Região 1: para inspeções do tipo varredura, utilizar ferramenta de inspeção marinizada baseada
em técnicas magnéticas (por exemplo, MMM, MTM, SCT), transportada por ROV ou AUV sem
necessidade de contato com o duto, mas a uma distância vertical de até 10 vezes o diâmetro do
duto, que atenda ao desempenho abaixo:

i. Áreas do duto com níveis de tensão entre 30% e 85% do SMYS nas regiões ao redor da perda
de massa: detecção com POD mínimo de 80%;
ii. Áreas do duto com níveis de tensão entre 5% e 30% do SMYS nas regiões ao redor da perda
de massa: detecção com POD mínimo de 60%;
iii. Percentual máximo de falso positivo (caracterização incorreta de indicações como perda de
massa): 30%

d) Região 1: para inspeções localizadas, isto é, onde a cobertura da ferramenta de inspeção é de no


máximo 1 metro em cada ponto de acoplamento da ferramenta ao duto, utilizar ferramenta de
inspeção marinizada acoplada ao duto por mergulhador ou ROV, atendendo às Subseções 7.2.1 e
7.2.2.

NOTA 1 As ferramentas utilizadas na inspeção conforme a alínea “b” não fornecem o


dimensionamento dos eventuais defeitos detectados. Caso seja necessário o
dimensionamento do defeito, utilizar ferramentas aplicáveis à alínea “c”.

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NOTA 2 As técnicas descritas nas alíneas “b” e “c” não são aplicáveis a trechos de dutos com
revestimento de concreto armado.

NOTA 3 Alternativamente à ferramenta da alínea “b”, podem ser utilizadas ferramentas de inspeção
marinizadas acopladas ao duto por mergulhador ou ROV, onde se estima uma produtividade
de inspeção de 100 m a 300 m de duto por dia. Tais ferramentas devem utilizar técnicas de
ensaios não destrutivos que demonstrem exatidão de dimensionamento de até ± 25% da
espessura, seja para corrosão alveolar ou generalizada. Tal exatidão deve ser demonstrada
em corpos de prova com características similares ao duto rígido a ser inspecionado. Como
exemplo, cita-se ferramentas baseadas em técnicas de correntes parasitas com saturação
magnética ou de ondas guiadas circunferenciais. Ressalta-se que estas ferramentas também
não são aplicáveis a trechos de dutos com revestimento de concreto armado.

7.5.7 Detecção de Trincas

7.5.7.1 A detecção de trincas na superfície externa do duto rígido submarino deve ser realizada por
Partícula Magnética (PM) ou “Alternating Current Field Measurement” (ACFM), de acordo com os
requisitos das PETROBRAS N-1598 e ABNT NBR 15248 ou por outra técnica aplicável.

7.5.7.2 Recomenda-se a inspeção quanto à presença de trincas nas regiões do duto de acordo com o
Anexo A ou nos seguintes casos: [Prática Recomendada]

a) Regiões suscetíveis à fadiga;


b) Possibilidade de corrosão sob tensão;
c) Região de mossa.
d) Regiões submetidas à carregamento de tração acima do especificado em projeto.

7.5.7.3 No caso de detecção de trincas na superfície interna de dutos revestidos internamente com liga
metálica resistente à corrosão em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção com PIG
instrumentado, podem ser utilizadas, a critério da UN, ferramentas marinizadas de ultrassom
computadorizado ou radiografia computadorizada para detecção de trincas de fadiga na raiz da solda.
Os critérios para qualificação destes ensaios devem seguir o disposto nas normas PETROBRAS N-
2803 e N-2821.

7.5.8 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica (SPC)

7.5.8.1 A inspeção do sistema de proteção catódica é feita basicamente pela medição de potencial
eletroquímico.

7.5.8.2 O objetivo desta medição é obter informações sobre a saída de corrente do anodo, a vida
remanescente do anodo, a passivação dos anodos, e a indicação de regiões subprotegidas, que
poderiam indicar eventuais falhas no revestimento. O procedimento deve atender ao especificado na
norma ABNT NBR 16482.

7.5.8.3 O potencial eletroquímico do duto pode ser medido segundo as técnicas a seguir:

a) Técnica de medição por contato - semicélula em contato metálico com o duto:


Esta técnica permite registrar o potencial do duto durante a inspeção.

b) Técnica do eletrodo remoto:


Nesta técnica o perfil de potencial é levantado sem o contato metálico com o duto, mas através da
medição da diferença de potencial entre duas semicélulas de Ag/AgCl na água do mar,
posicionadas perpendicularmente ao duto, onde uma é instalada remotamente e a outra junto ao

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duto rígido submarino. Quando utilizada esta técnica, a semicélula remota deve ser posicionada a,
no mínimo, 3 m da outra semicélula.

7.5.8.4. Inspeção do SPC na Região 0 (“Shore Approach”)

7.5.8.4.1. O potencial eletroquímico entre a zona de variação de maré e a primeira válvula em terra
deve ser medido nas seguintes situações:

a) Nos trechos não enterrados do duto, caso existam;


b) Nos trechos enterrados que possuem estações de medição.
c) A montante e a jusante da junta de isolamento. Caso esta não exista ou não seja possível realizar
a medição, esta deve ser feita à montante e à jusante do elemento de interface entre o trecho
terrestre e trecho submarino, ou o primeiro elemento terrestre acessível.

7.5.8.4.2. Para a Região 0 (“Shore Approach”) executados com a técnica de furo direcional, que
possuem cota de enterramento suficientemente profunda para evitar o afloramento do duto, não são
esperados mecanismos de falha relacionados a estabilidade do mesmo. Por esta razão, as inspeções
direcionadas para os trechos (a) e (b) nesta condição são dispensadas.

7.5.8.5. Inspeção do SPC na Região 1

7.5.8.5.1. Quando for utilizada a técnica do eletrodo remoto com ROV, o potencial eletroquímico por
contato deve ser medido, no mínimo, nos dois primeiros anodos, nos dois últimos, e a cada 1000 m de
modo a calibrar o sistema de medição de potencial eletroquímico remoto.

7.5.8.5.2. Quando utilizada a técnica do eletrodo remoto com ROV, o gradiente de campo elétrico deve
ser medido ao longo do duto.

NOTA Esta técnica consiste no levantamento do gradiente de campo elétrico ao longo do duto, através
da medição da diferença de potencial entre duas semicélulas de Ag/AgCl água do mar, fixadas
a uma distância constante e conhecida, mantendo o conjunto perpendicular ao duto. O objetivo
desta técnica é obter informações sobre a saída de corrente do anodo, vida remanescente do
anodo, passivação dos anodos, regiões subprotegidas e indicação de eventuais falhas no
revestimento.

7.5.8.5.3. Quando a inspeção não for realizada por ROV, o potencial pode ser medido pontualmente
por contato metálico. Nestes casos, o número de pontos a serem medidos deverá possibilitar a
avaliação do SPC ao longo do duto. Estas medições por contato devem ser realizadas
preferencialmente onde houver danos no revestimento com exposição da superfície metálica, em
válvulas, em extremidades do duto (flange de interligação) e em acessórios.

7.5.8.6. Inspeção do SPC nas Regiões 2 e 3

7.5.8.6.1. Deve ser medido o potencial eletroquímico no duto, especialmente, onde houver danos no
revestimento, com exposição da superfície metálica, em válvulas, em extremidades do duto (flange de
interligação) e em acessórios. Onde não houver revestimento, deve ser medido o potencial
eletroquímico em pontos intermediários entre anodos.

7.5.8.6.2. Deve ser medido o potencial em todos os anodos.

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7.5.8.7. Critérios de Avaliação do SPC

7.5.8.7.1. O potencial eletroquímico medido ao longo do duto rígido submarino e em seus acessórios
deve estar entre -800 mV e -1100 mV, medido em relação ao eletrodo de referência de prata-cloreto
de prata (Ag/AgCl água do mar), para dutos de aço carbono.

NOTA 1 Dutos e/ou acessórios de materiais diferentes do aço carbono-manganês podem exigir limites
de potenciais diferentes dos acima citados, cabendo, nesse caso, um estudo específico.

NOTA 2 Caso o potencial eletroquímico medido esteja fora da faixa recomendada deve ser verificada
a causa, explorando entre outros, a deficiência da junta de isolamento elétrico do duto,
braçadeiras e eventuais cruzamentos, com contato, entre dutos metálicos.

7.5.8.7.2. Para dutos rígidos submarinos protegidos por um SPC instalado em terra, as inspeções dos
retificadores e leitos de anodos devem seguir a PETROBRAS N-2298.

7.5.8.7.3. Recomenda-se que seja avaliada a vida residual dos anodos do sistema de proteção
galvânica do duto visando assegurar a proteção catódica, no mínimo, até a próxima inspeção. [Prática
Recomendada]

7.6. Inspeção por PIG Instrumentado

7.6.1. Deve ser realizada inspeção com PIG Instrumentado para detecção, localização e
dimensionamento de anomalias geométricas, de perda de massa (anomalias volumétricas) e, quando
aplicável, trincas (anomalias planares) nos dutos rígidos submarinos. Eventualmente, pode ser
necessária a complementação da inspeção por PIG com diferentes tecnologias de Ensaio Não
Destrutivo (END).

7.6.2. Uma campanha de inspeção com PIGs instrumentados possui, tipicamente, as seguintes etapas:

7.6.2.1. Limpeza

Consiste na sequência de PIGs que promovem a retirada de elementos, do interior do duto,


prejudiciais à qualidade da aquisição dos dados de inspeção. Esta etapa possui caráter progressivo
de agressividade e o critério de aceitação para a condição de limpeza é definido com base no tipo de
tecnologia de END a ser empregada na inspeção.

7.6.2.2. Habilitação

Consiste na passagem de um dispositivo que cumpre a função de gabaritar a geometria interna do


duto e atestar a conformidade das dimensões, com os requisitos para a passagem segura dos PIGs
instrumentados pelo duto.

7.6.2.3. Inspeção

Consiste na aquisição dos dados de inspeção por intermédio da passagem dos PIGs instrumentados.
A depender das tecnologias de END empregadas a etapa de inspeção pode se subdividir em:

7.6.2.3.1. Inspeção Geométrica

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Cumpre detectar, dimensionar e localizar desvios na geometria interna dos dutos, tais como mossas,
ovalizações, enrugamentos (“wrinkles”), dobramentos (“buckle”), entre outros, bem como detectar os
acessórios existentes no duto, tais como válvulas, derivações, curvas, flanges, entre outros.

7.6.2.3.2. Inspeção de Perda de Massa

Cumpre detectar, dimensionar e localizar anomalias que geram perdas de espessura da parede
metálica no duto do tipo volumétricas, tais como corrosão ou cavas, entre outras.

7.6.2.3.3. Inspeção para Detecção de Trincas

Cumpre detectar, dimensionar e localizar anomalias do tipo planares, tais como trincas, que gerem
perdas de integridade da parede metálica do duto.

7.6.3. Características construtivas dos PIGs desenvolvidos pelos diferentes fornecedores podem
suprimir algumas das etapas da Subseção 7.6.2.2. O responsável pela inspeção com PIGs deve avaliar
as características dos PIGs a serem utilizados e a aplicabilidade na supressão das etapas, sempre que
for necessário.

NOTA 1 Para dutos sujeitos a movimentação por efeito de carregamentos de temperatura e/ou
pressão, recomenda-se que, quando da inspeção com PIG instrumentado, seja sempre
avaliada a inclusão do módulo de PIG inercial. [Prática Recomendada]

NOTA 2 O PIG inercial tem restrições de utilização nas situações de avaliação de movimentação
(alteração da diretriz) do duto devido à dificuldade de obtenção de referências com a precisão
necessária no ambiente submarino. Portanto, sua aplicação deve ser avaliada tecnicamente
pelo responsável pelo gerenciamento da integridade do duto.

NOTA 3 Deve ser realizado um estudo detalhado dos resultados da corrida do PIG instrumentado de
perda de massa nos trechos de duto sob as braçadeiras da região emersa, na ZVM ou ZDT,
de modo a identificar claramente a presença de corrosão externa nestes locais.

7.6.4. A periodicidade com que todo duto rígido submarino tenha uma avaliação realizada por PIG
instrumentado deve ser conforme estabelecido no Anexo A ou conforme estabelecido pelo seu
Operador.

NOTA Recomenda-se, para dutos rígidos submarinos novos, que seja feita inspeção inicial por PIG
instrumentado no primeiro ano após a entrada em operação. A técnica a ser utilizada no pig
instrumentado deverá atender aos mecanismos de falha aplicáveis ao projeto do duto novo.
[Prática Recomendada]

7.6.5. Planejamento e Habilitação das Inspeções com PIG Instrumentado

7.6.5.1. No planejamento dos serviços de inspeção com PIG instrumentado, deve ser elaborada uma
especificação técnica contendo, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) Habilitação prévia do duto para a inspeção, incluindo o nível da limpeza requerido;


b) Adequação dos PIGs às condições operacionais de inspeção;
c) Procedimentos a serem seguidos, antes, durante e depois da inspeção, conforme PETROBRAS
N-2634;
d) Tipos de anomalias esperadas de serem detectadas;
e) Desempenho esperado do sistema de inspeção (desempenho da ferramenta, do aplicativo e da
análise dos dados). O desempenho destas ferramentas deve atender aos requisitos da API STD
1163, NACE SP0102 e POF - Specifications and Requirements for In-line Inspection of Pipelines;
f) Plano de contingência e emergência para a eventual aprisionamento do PIG;

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g) Realização de uma avaliação de riscos inerentes à passagem do PIG e seus impactos à malha de
escoamento e às UEPs interligadas.

7.6.5.2. É considerado habilitado para inspeção com PIGs instrumentados (geométrico, perda de
massa etc) o duto que tenha sido submetido a uma sequência de passagem de PIGs de limpeza e de
uma placa calibradora. Os resultados da limpeza e da placa calibradora devem ser aprovados pelo
responsável técnico por esta inspeção.

NOTA 1 Recomenda-se que, antes de iniciar um processo de contratação de um PIG instrumentado,


o duto passe por uma habilitação prévia, o qual consiste na avaliação do diâmetro mínimo da
placa calibradora. [Prática recomendada]

NOTA 2 A qualidade da inspeção é impactada diretamente pelo nível de limpeza do duto.

NOTA 3 A implantação de uma rotina de passagem de PIGs facilita a etapa de limpeza de campanhas
de inspeção contratadas, além de ajudar a mitigar os processos corrosivos internos.

7.6.5.3. Deve ser requerida à empresa operadora dos PIGs de inspeção, a especificação dos PIGs de
limpeza a ser por eles utilizados, para que o operador do duto possa avaliar eventuais riscos de
aprisionamento, bem como a eficiência dos PIGs de forma a garantir a segurança da operação e a
qualidade na aquisição dos sinais da inspeção. A sequência e o tipo de limpeza devem atender aos
requisitos da PETROBRAS N-2634.

7.6.5.4. Recomenda-se que seja solicitado às empresas operadora dos PIGs de inspeção que
disponibilizem transmissores de sinal para possibilitar o rastreamento de PIGs de limpeza com corpo
metálico e PIGs instrumentados, para os casos de aprisionamento da ferramenta. [Prática
Recomendada]

7.6.6. Relatório de Inspeção do PIG Instrumentado

7.6.6.1. Após a corrida do PIG instrumentado, geométrico, de perda de massa ou, quando aplicável, de
trincas, deve ser elaborado um relatório atendendo, no mínimo, os critérios estabelecidos no POF -
Specifications and Requirements for In-line Inspection of Pipelines.

7.6.6.2. Adicionalmente, deve ser elaborado parecer técnico sobre as condições da integridade
estrutural do duto no que tange a inspeção realizada.

7.6.6.3. Os cálculos para estabelecer as condições da integridade estrutural do duto inspecionado


devem estar contidos no parecer técnico e atender aos requisitos da PETROBRAS N-2786.

7.6.7. Considerações sobre alternativas à inspeção dos dutos com PIG instrumentado

7.6.7.1. Conforme a Subseção 7.6, PIGs instrumentados devem ser usados objetivando a detecção e
dimensionamento de defeitos sendo, portanto, a técnica mais adequada para a inspeção de dutos.

7.6.7.2. Para dutos em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção com PIG instrumentado, deve
ser utilizada pelo menos uma das seguintes técnicas alternativas de inspeção ou de avaliação da
integridade:

a) Medições de espessura por varredura em trechos submarinos selecionados possibilitando acesso


a todas as geratrizes do duto, especialmente na inferior;
b) Uso de simuladores de corrosão no duto associados a dados de entrada como:

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i. Taxas medidas em cupons provadores de corrosão;


ii. Taxas de corrosão obtidas por sondas corrosimétricas;
iii. Análises de fluidos;
iv. Análises de resíduos;
v. Modelos de padrão de escoamento.
c) Ensaio hidrostático, observando-se a Seção 9 desta Norma;
d) Ensaio de pressão, observando-se a Seção 9 desta Norma;
e) Outras alternativas que permitam indicar a existência de perda de espessura, (p. ex: malha de
pontos de medição de espessura, ferramentas de medição de espessura com acesso externo).

7.6.7.3. Deve ser registrada a justificativa técnica para a seleção da alternativa utilizada.

7.6.7.4. O emprego das técnicas alternativas listadas acima deve ser analisado pelo responsável pela
integridade do duto e a representatividade destas técnicas deve estar claramente definida para que
seja possível atestar a continuidade operacional do duto.

8. Monitoração da Corrosão Interna

8.1. Os dutos submarinos devem ter seu plano de monitoração da corrosão interna elaborado de acordo
com os requisitos da PETROBRAS N-2785 e os resultados desta monitoração devem ser avaliados
pelo responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos.

8.2 O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos pode dispensar a
monitoração de determinado duto desde que tecnicamente justificado e documentado no sistema de
gestão da integridade corporativo. [Prática Recomendada]

9. Ensaio Hidrostático

9.1. O ensaio hidrostático em dutos submarinos deve ser realizado conforme Anexo E desta Norma.

9.2. Recomenda-se efetuar o ensaio hidrostático nos dutos existentes, visando assegurar que o duto,
no trecho testado, suporta as condições de Pressão Máxima de Operação Admissível (PMOA),
considerando a espessura remanescente da parede do duto rígido, que pode ser obtida ou estimada
através das seguintes técnicas: resultados de inspeções com PIG instrumentado; por medições
localizadas realizadas por outras ferramentas de inspeção; considerando a espessura de parede
remanescente do duto rígido estimada pelas taxas de corrosão historicamente obtidas através de
avaliações de cupom de perda massa, sonda de corrosão elétrica e por simuladores de escoamento,
nos seguintes casos: [Prática Recomendada]

a) Gasodutos que tenham permanecido mais de 5 anos desativados temporariamente de acordo com
a PETROBRAS N-2246, e que tenham necessidade de operar novamente;
b) Dutos que tenham permanecido mais de 3 anos desativados ou fora de operação e que não
possuam um critério adequado de hibernação, e que tenham necessidade de operar novamente;
c) Dutos que estejam operando há mais de 10 anos sem ensaio hidrostático e em pressões inferiores
a 64 % da PMOA original do projeto e que necessitem operar a pressões maiores que 80 % da
PMOA original do projeto;

NOTA Caso a tensão, devido à nova pressão de operação não ultrapasse 30 % do limite de
escoamento do duto, o ensaio hidrostático pode ser dispensado.

9.3. A aplicação do ensaio hidrostático deverá ser avaliada em substituição ou em complementação à


inspeção com PIG instrumentado de perda de massa, conforme apresentado na Subseção 7.6.7.2

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NOTA Atentar para o fato de que o ensaio hidrostático pode não ser efetivo para dutos que
apresentem corrosão por pites e defeitos circunferenciais (planares ou volumétricos).

9.4. Deve-se efetuar ainda, ensaio hidrostático em dutos existentes, visando assegurar-se de que os
tramos testados suportam as condições de PMOA, quando:

a) durante a manutenção do duto, os tubos inseridos não forem pré-testados hidrostaticamente, em


separado;
b) não tiveram suas soldas circunferenciais 100 % inspecionadas por gamagrafia ou ultrassom;

NOTA 1 Nos ensaios hidrostáticos de gasodutos o responsável pelo gerenciamento da integridade


deve considerar na fase de planejamento eventuais restrições devido à mecânica da fratura,
tais como propagação de trinca existente.

NOTA 2 Durante o planejamento do ensaio hidrostático, deverá ser avaliada as etapas de retirada e
descarte da água do ensaio e secagem do gasoduto.

10. Reparos

Os reparos dos defeitos identificados nas inspeções devem ser executados de acordo com as seguintes
normas:

a) No caso de trecho submerso: PETROBRAS N-2727;


b) No caso de trecho terrestre ou emerso: PETROBRAS N-2737.

11. Qualificação de Risco

11.1. Recomenda-se qualificar ou requalificar o risco do duto, conforme a metodologia corporativa


adotada pela UN ou o operador do duto, após a aplicação do plano de inspeção e aprovação do PTI
pelo responsável pelo gerenciamento da integridade do duto. [Prática Recomendada]

11.2. Esta qualificação irá auxiliar na priorização das ações necessárias a manutenção da integridade
do duto.

11.3. Os dutos devem ser submetidos a análise de risco para subsidiar os planos de inspeção e sua
integridade.

12. Documentação

12.1. Registro

Sistemas de gerenciamento devem armazenar, no mínimo, as seguintes informações relativas aos


dutos rígidos submarinos:

a) Dados e desenhos de projeto, fabricação e instalação;


b) Dados de operação atualizados;
c) Registros das primeiras inspeções após o lançamento;
d) Histórico de anormalidades operacionais;
e) Histórico de limpeza;
f) Relatórios de inspeção;
g) Histórico de reparos;
h) Relatórios de reparos;
i) Relação das principais normas e procedimentos aplicados ao duto.

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NOTA Os documentos dos dutos devem ser codificados conforme a PETROBRAS N-1710.

12.2. Relatório de Inspeção

12.2.1. Toda inspeção deve ter um relatório conclusivo.

12.2.2. Os relatórios de inspeção devem ser armazenados em sistemas especialistas, de forma a


permitir a sua rastreabilidade. Esses registros devem possibilitar a construção e a consulta do histórico
de inspeção.

12.2.3. Todas as ocorrências, falhas e dados obtidos devem ser registrados, de modo a assegurar
rastreabilidade da informação.

12.2.4. Os relatórios, as recomendações técnicas de inspeção, bem como as conclusões quanto à


integridade estrutural do duto, devem ser arquivados em meio físico ou digital, de modo a compor seu
histórico de inspeção e manutenção.

12.2.5. O conteúdo mínimo recomendado do RI ou PTI inclui os seguintes tópicos:

a) Dados do Duto Rígido Submarino e parâmetros operacionais;


b) Período da Inspeção: data de início e término da inspeção;
c) Objetivo;
d) Descrição da inspeção e ensaios executados e o local de execução;
e) Resultados da Inspeção e Pontos Relevantes;
f) Observações;
g) Recomendações técnicas;
h) Conclusão;
i) Anexos (se houver).

12.2.6. Quando o RI for elaborado por terceirizados, deve ser emitido o PTI.

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Anexo A

Configurações dos Dutos Rígidos Submarinos e Orientações Quanto à Periodicidade


das Inspeções por Regiões

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, trecho “flowline”, posicionado sobre o leito marinho.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o topo do “riser” flexível na Plataforma e o
Lançador/Recebedor de PIG.

Figura A.1 - Plataforma Fixa (Jaqueta) com “Riser” Flexível e “Flowline” Rígido

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Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 2 - Trecho do Duto Rígido compreendido entre a conexão de “tie-in” até a profundidade de 20
m.
Região 3 - Trecho do Duto Rígido compreendido entre a profundidade de 20 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto Rígido compreendido entre a região de ZVM e o Topo do “riser” na
Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “riser” na Plataforma e o
Lançador/Recebedor de PIG.

Figura A.2 - Plataforma Fixa, (Jaqueta) com “Riser” Rígido

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Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 2 - Trecho do Duto Rígido Submarino compreendido entre TRF do duto até a profundidade de
20 m.
Região 3 - Trecho do Duto Rígido compreendido entre a profundidade de 20 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto compreendido entre a região de ZVM e a extremidade superior do “hard
pipe” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre a extremidade superior do “hard pipe” na Plataforma e
o Lançador/Recebedor de PIG.

Figura A.3 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com SCR

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Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido Submarino estático, posicionado sobre o leito marinho.
Região 3 - Trecho do Duto, compreendido entre o topo do “riser” flexível (desde que esteja até a
profundidade de 20m) e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto, “Spool” Rígido compreendido entre a região de ZVM e a extremidade
superior do “hard pipe” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre a extremidade superior do “hard pipe” na Plataforma e
o Lançador/Recebedor de PIG.

NOTA Em determinados casos alguns componentes podem não estar presentes, como: “strakes”,
“anode sled”, sistema de ancoragem e “jumper” rígido.

Figura A.4 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Hard Pipe” e “Riser”
Flexível fixado no flutuador da UEP.

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Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o topo do “riser” flexível na plataforma e o
lançador/recebedor de PIG.

Figura A.5 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Riser” Flexível fixado no
trecho emerso da plataforma.

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Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido Submarino estático, posicionado sobre o leito marinho.
Região 2 - Trecho do Duto Rígido Submarino compreendido entre o TRF até a profundidade de 20 m.
Região 3 - Trecho do Riser Rígido Submarino, compreendido entre a LDA de 20 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Riser Rígido Submarino, compreendido entre a região de ZVM e o a extremidade
superior do “hard pipe” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre a extremidade superior do hard pipe na Plataforma e
o Lançador/Recebedor de PIG

NOTA Em determinados casos alguns componentes podem não estar presentes, como: “strakes”,
“anode sled”, sistema de ancoragem e “jumper” rígido.

Figura A.6 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com SLWR fixado no trecho
submerso da plataforma.

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Região 1 - Trecho do Duto Rígido Submarino estático, posicionado sobre o leito marinho.
Região 2 - Trecho do Duto Rígido Submarino compreendido entre a conexão de inferior até a conexão
superior topo.

NOTA O escopo de inspeção do “jumper” rígido, da estaca, do LRTA, do URTA e do tanque de


flutuação deverá ser detalhado em procedimentos específicos.

Figura A.7 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Riser” Híbrido


Autossustentável

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Região 1 - Trecho do Duto Rígido Submarino estático, posicionado sobre o leito marinho.
Região 2 - Trecho do Duto Rígido Submarino compreendido entre o TRF até a conexão do riser rígido
com a BSR.

NOTA 1 Em determinados casos alguns componentes podem não estar presentes, como: “strakes”,
“anode sled”, sistema de ancoragem e “jumper” rígido.
NOTA 2 O escopo de inspeção do “jumper” rígido, da estaca, do casco e dos tendões deverá ser
detalhado em procedimentos específicos.

Figura A.8 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com BSR.

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Figura A.9 - Trechos de “Shore Approach”

NOTA O trecho é definido como terrestre ou submarino de acordo com as normas utilizadas para
projetá-lo. Sendo projetados com normas direcionadas à dutos submarinos, são considerados
submarinos. O mesmo se aplica a dutos terrestres.

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Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos

Periodicidade (anos)

Período Medição de
Medição de
Região Subsistema Fluido Inspeção Potencial
Espessura
Visual Eletroquímico

escoamento, manifold ou
4 O ou G 3 - 3
coleta
escoamento, manifold ou
4 A 5 - 5
coleta
escoamento, manifold ou
3 O ou G 6 6 -
coleta
escoamento, manifold ou
3 A 8 8 -
coleta
2 escoamento O ou G 4 4 -
2 manifold O 4 4 -
2 coleta O 5 5 -
2 manifold ou coleta G 5 5 -
escoamento, manifold ou
2 A 6 6 -
coleta
1 escoamentoa O ou G 6/10 (NOTA) 6/10 (NOTA) -
1 manifold ou coleta O ou G 6 6 -
1 escoamento A 8/10 (NOTA) 8/10 (NOTA) -
1 manifold ou coleta A 8 8 -
0 escoamento A 8/10 (NOTA) 8/10 (NOTA) -
0 escoamento O ou G 6/10 (NOTA) 6/10 (NOTA) -

NOTA 10 anos para dutos portuários de terminais, de refinarias e de bases de distribuição, ou


trechos submersos de dutos terrestres, desde que localizados em regiões de suscetibilidade
geológico-geotécnica baixa e não sujeitos a ciclos de carregamento térmico.

Legenda:

O - óleo
G - gas
A - água
Coleta - duto entre o poço e a plataforma ou entre o poço e o manifold de produção
Manifold - duto entre manifold de produção e a UEP
Escoamento - duto de exportação ou importação

A.1. Em atendimento ao Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento da Segurança


Operacional de Sistemas Submarinos da ANP, devem ser estabelecidos corporativamente os critérios
para definição de trechos críticos.
O tratamento aos trechos críticos deverá ser avaliado de forma específica em cada unidade operacional
e devidamente registrado.

A.2. Os períodos indicados acima são referentes ao duto dentro da sua vida útil de projeto e devem ser
considerados como referência inicial. O gestor de integridade, em função das condições contempladas
em projetos e dos critérios de integridade, pode, através de avaliações técnicas específicas, alterar
esses períodos caso um duto tenha sido submetido a condições operacionais não previstas em projeto.

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A.3. A primeira inspeção do duto deve estar de acordo com as recomendações de projeto. Os períodos
das inspeções seguintes serão definidos após avaliação de integridade do duto em função dos
resultados obtidos de inspeções do duto. No caso da inspeção visual, as periodicidades descritas na
Tabela A.1 acima, devem ser consideradas.

A.4. Havendo conflito entre os períodos recomendados ou sugeridos no Projeto e aqueles definidos
nesta norma, prevalecerá o período mais restritivo.

A.5. Para dutos sem revestimento interno em liga metálica resistente à corrosão, o período de inspeção
por PIG instrumentado deve ser entre 3 e 10 anos e deve ser baseada numa análise técnica que pode
ser de risco ou de integridade.

A.6. Para dutos com revestimento interno em liga metálica resistente à corrosão, cabe ao gestor de
integridade avaliar uma eventual necessidade de se realizar inspeção por PIG instrumentado.

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Anexo B

Requisitos para Elaboração de Carta Temática

B.1. Deve ser elaborada a carta temática da diretriz de cada duto, identificando e registrando os
processos de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade
estrutural do duto.

B.2. Na elaboração da carta temática devem ser observados os seguintes aspectos:

a) Especificar os requisitos técnicos a serem atendidos no levantamento de dados definidos pelos


profissionais de geologia, geotécnica e oceanografia. Estes levantamentos devem permitir a
comparação entre os dados obtidos na fase de projeto e inspeções subsequentes;
b) Estabelecer uma base cartográfica em meio digital de todas as diretrizes e áreas adjacentes aos
dutos;
c) Estabelecer um diagnóstico geral da diretriz e áreas adjacentes, mapeando e classificando todas
as feições geológicas e geotécnicas que representem risco para a integridade estrutural dos dutos.

B.3. A carta temática deve ser atualizada nos casos em que se verifique a ocorrência de uma nova
feição ou fenômeno geológico/geotécnico/oceanográfico não previsto na carta existente.

B.4. Antes da realização dos levantamentos, devem ser atendidos os pré-requisitos relacionados
abaixo:
a) Análise da documentação existente sobre o local, incluindo:
- Desenhos de projeto do duto, “conforme construído”;
- Condições de operação do duto (pressão, temperatura e seus ciclos);
- Cadastros de pontos com suscetibilidade alta ou baixa identificados;
- Ocorrências geológico-geotécnicas;
- Medidas mitigadoras adotadas;
- Mapas batimétricos e faciológicos;
- Registros de correntes marinhas de fundo da região;
- Interpretação de imagens de sonar, multifeixe (batimetria e backscattering);
- Sísmica 3D e de perfis de subfundo (SBP);
- Banco de dados de amostras;
- Relatórios de inspeção externa submarina;
b) Elaboração de especificação técnica do levantamento de dados geológicos, geofísicos e
oceanográficos;
c) Compatibilidade das técnicas e equipamentos utilizados com a profundidade local, considerando
as seguintes situações:
- Zonas de transição, com profundidades variando de 0 m a 5 m;
- zonas de arrebentação;
- Regiões com profundidades variando de 5 m a 20 m;
- Regiões com profundidades variando de 20 m a 1000 m;
- Regiões com profundidades acima de 1000 m.

B.5. Conforme as características da faixa e adjacências, as seguintes técnicas devem ser consideradas
isoladamente ou em conjunto para execução do levantamento:
a) Sonografia;
b) Batimetria de varredura;
c) Magnetometria;
d) Pulso induzido;
e) Filmagem;
f) Fotografia;
g) Inspeção visual, com registro em filmagem ou fotografia;
h) PIG inercial;

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i) SBP;
j) Técnicas de hidroacústica;
k) ADCP;
l) Ondógrafo.

B.6. A classificação das ocorrências, segundo o grau de suscetibilidade, deve ser conforme
Tabela B.1.

Tabela B.1 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas quanto a


Suscetibilidade

Classificação
Ocorrência
(suscetibilidade)
a) zonas de erosão e descalçamento (duto em vão livre);
b) indícios de movimento de massa;
c) zonas de falhas e fraturas;
d) escarpas;
Alta e) acumulações coralíneas e rodolíticas;
f) pavimentos rochosos;
g) feições de escape de fluido;
h) cânions submarinos;
i) zonas de arrebentação.
Baixa Ausência de qualquer feição geológico-geotécnica de risco.

B.7. Cada ocorrência relevante encontrada deve ser registrada em relatório específico.

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Anexo C

Classificação e Medição de Áreas Corroídas

C.1. Classificação da Corrosão

Conforme norma ABNT NBR 16244, temos:

C.1.1. Quanto à Extensão (em relação a cada área inspecionada)

a) Localizada: corrosão em um ponto isolado na área considerada na inspeção;


b) Generalizada: corrosão em toda área considerada na inspeção;
c) Dispersa: corrosão em vários pontos isolados na área considerada na inspeção.

C.1.2. Quanto à Forma

a) Uniforme: caracterizada por uma perda uniforme de material;


b) Alveolar: caracterizada por apresentar cavidades na superfície metálica, possuindo fundo
arredondado e profundidade geralmente menor que seu diâmetro.
c) Pitiforme: Caracterizada por cavidades apresentando fundo em forma angular e profundidade
geralmente maior que o seu diâmetro.

C.1.3 Quanto à Intensidade (Considerar apenas a forma alveolar)

a) Tipo I: Alvéolos que apresentam diâmetro menor que 4 mm ou perda de espessura de até 10 % da
espessura nominal;
b) Tipo II: Alvéolos que apresentam diâmetro com valor compreendido entre 4 mm e 10 mm ou perda
de espessura maior do que 10 % e menor do que 20 % da espessura nominal;
c) Tipo III: Alvéolos que apresentam diâmetro maior que 10 mm e menor que 50 mm, ou perda de
espessura maior do que 20 % e menor do que 50 % da espessura nominal;
d) Tipo IV: Alvéolos que apresentam diâmetro superior a 50 mm ou perda de espessura maior do que
50 % da espessura nominal.

NOTA 1 Toda e qualquer intensidade de corrosão deve ser registrada para monitoramento em
inspeções subsequentes.
NOTA 2 Todo elemento onde são detectadas corrosões de intensidade dos tipos III e IV deve ser
submetido a análise estrutural.
NOTA 3 As Figuras C.3 a C.14 exemplificam como deve ser feita a classificação das áreas corroídas
quanto à extensão, forma e a intensidade.

C.2. Medição de Espessura

C.2.1. Sempre que a perda de espessura for superior a 10 %, em relação à espessura de nominal do
duto, as áreas de corrosão devem ser registradas em uma representação planificada, contendo
comprimento, largura e profundidade da área corroída e medições de espessura em seu interior; as
distâncias entre as regiões corroídas devem ser registradas.

C.2.2. As Figuras C.1 e C.2 mostram dimensões que devem ser medidas para o cálculo da resistência
remanescente.

C.2.3. A aquisição do perfil da perda de espessura deve ser obtida utilizando ferramentas
automatizadas, tais como escaneamento a laser e fotos de alta definição 3D. Esta técnica deve ser
aplicada para regiões de perda de espessura entre 40 % e 80 %.

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d
tn

Onde
L - Comprimento do defeito medido na direção longitudinal do duto;
d - Profundidade máxima da região corroída;
tn- Espessura nominal da parede do duto.

Figura C.1 - Geometria da Região Corroída

1
SC
2

L2
SL
L1

Legenda:
S L = Distância entre dois defeitos medida na direção longitudinal;
S C = Distância entre dois defeitos medida na direção circunferencial.

Figura C.2 - Interação entre Dois Defeitos

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.3 - Corrosão Alveolar Tipo I Generalizada (Foto 1)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.4 - Corrosão Alveolar Tipo I Dispersa (Foto 2)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.5 - Corrosão Alveolar Tipo II Localizada (Foto 3)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.6 - Corrosão Alveolar Tipo II Generalizada (Foto 4)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.7 - Corrosão Alveolar Tipo II Dispersa (Foto 5)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.8 - Corrosão Alveolar Tipo III Localizada (Foto 6)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.9 - Corrosão Alveolar Tipo III Localizada (Foto 7)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.10 - Corrosão Alveolar Tipo III Dispersa (Foto 8)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.11- Corrosão Alveolar Tipo IV Generalizada (Foto 9)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.12 - Corrosão Uniforme (Foto 10)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.13 - Corrosão Uniforme (Foto 11)

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e
Preparadas

Figura C.14 - Corrosão Uniforme (Foto 12)

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Anexo D

Inspeção de Amassamento

Inspeções em amassamentos, ou mossas, deverão obedecer às especificações definidas na norma


ABNT NBR 16244, em seu Anexo B.

Figura D.1 - Exemplo de Dimensionamento de Amassamento

Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e Preparadas

Figura D.2 - Medição de Mossa (Foto 13)

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Fonte: Norma PETROBRAS N-2260 (cancelada) - Graus de Corrosão e Tipos de Superfícies Avariadas e Preparadas

Figura D.3 - Medição de Mossa (Foto 14)

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Anexo E

Ensaio Hidrostático em Oleodutos e Gasodutos Submarinos em Operação

E.1. Objetivo

E.1.1. Este procedimento fixa as condições exigíveis para a execução de ensaio hidrostático de
oleodutos e gasodutos ou tramos de oleodutos e gasodutos submarinos em operação.

E.1.2. Este procedimento aplica-se na requalificação de oleodutos e gasodutos em operação, após a


execução de reparo, ou antes, do retorno à operação de dutos que foram hibernados para avaliação
de sua resistência e estanqueidade; ou ainda, para a avaliação da integridade quando ficar justificada
tecnicamente a impossibilidade da realização de uma inspeção por PIG instrumentado.

NOTA Os equipamentos e acessórios conectados ao longo do duto também devem ser submetidos
às pressões de ensaio hidrostático. Cabe ressaltar que o ensaio hidrostático não tem o objetivo
de verificar as propriedades físicas do material dos tubos de que o duto é constituído.

E.2. Condições Gerais

E.2.1. A pressão de teste de resistência mecânica em qualquer ponto do duto deve ser, no mínimo,
igual ao maior dos seguintes valores a seguir, respeitado o disposto em E.2.2:

a) 1,25 vez a PMOA que deseja-se habilitar no ponto;


b) 1,136 vez a PMIA que deseja-se habilitar no ponto.

E.2.2. A pressão de teste de resistência mecânica em qualquer ponto do duto não deve ser superior
ao menor dos seguintes valores:

a) a pressão interna que induzir uma tensão circunferencial equivalente a 100 % da tensão de
escoamento, calculada pela fórmula de Barlow, considerando a espessura nominal e a pressão
externa do duto no ponto;
b) pressão interna admissível dos defeitos previamente identificados obtida por método de cálculo
recomendado pela PETROBRAS N-2786, considerando a pressão externa do duto e fator de
segurança igual a 1,0;
c) a pressão interna máxima de teste admissível dos componentes instalados (e.g. válvulas e flanges),
conforme normas pertinentes, por exemplo, ASME B16.34, ASME B16.5, ISO 14313
(API SPEC 6D) e API SPEC 17D para dutos flexíveis, considerando a pressão externa;
d) a pressão interna máxima de teste de demais equipamentos conectados ao duto e sujeitos à
pressão de teste.

NOTA Caso a tensão circunferencial na parede do duto, em algum ponto, ultrapasse 90 % do SMYS,
deve ser evitado ciclar mais que duas vezes a pressão de ensaio hidrostático ou manter o duto
pressurizado, na pressão do ensaio, por tempo superior a duas vezes o estabelecido no
procedimento de ensaio correspondente.

E.2.3. Os valores de PMOA e PMIA, a serem habilitados, devem ser iguais ou superiores aos valores
das pressões máximas previstas para cenários de operações normais e incidentais, respectivamente;
sendo essas avaliadas, por meio de estudos termo-hidráulicas, para cada ponto do perfil do duto (Figura
E.1).

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Figura E.1 - Representação Esquemática das Pressões em um Determinado Ponto do


Perfil do Duto

E.3. Planejamento do Ensaio

Na atividade de planejamento do ensaio devem ser emitidos documentos que abordem o descrito nos
itens de E.3.1 a E.3.5.

E.3.1. Descrição do Duto

E.3.1.1. Recomenda-se que antes do início de qualquer serviço de ensaio hidrostático, a


atividade/profissional responsável pela integridade do duto disponha da exata localização do duto
conforme construído (as built), dos desenhos de todos os tramos, dos relatórios da inspeção após o
lançamento e dos últimos relatórios de inspeção, a carta temática e do último mapeamento disponível
no cadastro de dutos. [Prática Recomendada]

E.3.1.2. A descrição do duto deve conter, no mínimo, as informações listadas a seguir:

a) Identificação do duto;
b) Tipo de fluido de operação;
c) Comprimento do duto;

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d) Espessura de parede atual;


e) Espessura de parede nominal;
f) Diâmetro nominal;
g) Material;
h) Classe de pressão das válvulas e acessórios;
i) PMOA;
j) PMIA;
k) Pressão de projeto;
l) Tensão mínima especificada de escoamento do material do duto - SMYS;
m) Tolerância positiva dos sistemas de regulagem e segurança de pressão;
n) Classe de pressão de tramos de duto flexíveis conectados ao duto;
o) Desenho “as built” do duto com indicação dos pontos de dreno, de alívio de pressão, dos
manômetros, acessórios, válvulas de controle e de conexão dos equipamentos de ensaio;
p) Folha de dados de projeto;
q) Prontuário do duto.

E.3.2. Levantamento do Histórico de Danos e Reparos e Estado Atual do Duto

O levantamento do histórico do duto deve conter, no mínimo, as informações listadas a seguir:

a) Relatórios de inspeção por PIG com placa calibradora, PIG geométrico e PIG instrumentado;
b) Projeto de alteração ou reparo do duto e respectivos relatórios;
c) Limitação de pressão do duto imposta pela última inspeção por PIG instrumentado, pelos pontos
reparados, pelos tramos flexíveis e pelos equipamentos e acessórios ao longo do duto;
d) Relatórios de inspeção externa quanto a vão livre, cruzamentos e interferências do duto e medição
de potencial de proteção catódica e danos externos;
e) Relatórios de calçamento dos vãos livres do duto;
f) Relatórios de inspeção de tramos emersos incluindo os lançadores e recebedores.

E.3.3. APR e Ações Quanto ao Meio Ambiente

A APR do duto deve considerar, no mínimo, os fatores listados a seguir:

a) Eventos e suas probabilidades de ocorrência, que podem levar danos a pessoas, a equipamentos
e ao meio ambiente;
b) Medidas mitigadoras para os eventos que possam vir a ocorrer;
c) Licenças e autorizações dos órgãos ambientais necessárias;
d) Plano de controle de emergência;
e) Matriz de responsabilidade;
f) Comunicação prévia às comunidades vizinhas, contratadas que possam operar ao longo da diretriz
do duto durante o ensaio, autoridades locais e órgãos públicos pertinentes;
g) Plano de meios de acesso seguro ao traçado do duto tanto na área de chegada na praia e na parte
terrestre, quando existente;
h) Plano de meios de acesso seguro aos tramos submersos do duto em ensaio;
i) Sistemas de descarte do fluido do ensaio;
j) Sistema de comunicação com procedimentos e critérios estabelecidos.

E.3.4. Especificação do Ensaio e Definição da Infraestrutura de Logística Necessária

A especificação do ensaio do duto deve abranger, no mínimo, os tópicos listados a seguir:

a) Descrição do duto;
b) Requisitos e descrição dos equipamentos e instrumentos do ensaio;
c) Avaliação da qualidade da água do ensaio e sua neutralização;
d) Plano de instalação dos instrumentos de controle e registro;
e) Plano de raqueteamento e isolamento;
f) Procedimento de limpeza, enchimento e calibração do duto;
g) Procedimento de passagem de PIG geométrico e instrumentado conforme PETROBRAS N-2634;
h) Procedimento de pressurização, despressurização e duração do ensaio;

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i) Critério de aceitação para o ensaio hidrostático;


j) Procedimento de retirada e descarte da água utilizada no ensaio;
k) Procedimento de purga, secagem e inertização;
l) Lista de procedimentos que devem ser aprovados pela fiscalização da PETROBRAS e qualificados;
m) Procedimento de localização e identificação de vazamentos;
n) Qualificação do pessoal;
o) Relatórios, diagramas e gráficos que devem ser emitidos.

E.3.5. Diagramas de Ensaio Hidrostático

Para cada tramo de duto a ser testado devem ser elaborados diagramas em planta e em perfil do
traçado, a partir dos documentos do projeto as built, discriminando pelo menos as seguintes
informações:

a) Pressão de ensaio hidrostático;


b) Pressões de ensaio hidrostático nos pontos de aplicação e medição (km e cota), bem como as
respectivas tensões circunferenciais;
c) Gráfico PV (pressão x volume de água injetada) teórico;
d) Para os tramos terrestres dos dutos, classes de locação, espessuras de parede e materiais,
válvulas, vents, rodovias e rios mais importantes;
e) Gradiente de ensaio hidrostático em Metros de Coluna D’Água (MCA);
f) Pontos de captação e descarte da água;
g) Vazão máxima e mínima de água a ser injetada.

E.4. Especificação do Ensaio

E.4.1. Descrição do Duto

Na especificação do ensaio o duto deve ser descrito conforme E.3.1.

E.4.2. Requisitos e Descrição dos Equipamentos e Instrumentos do Ensaio

A especificação do ensaio deve conter os requisitos e a descrição dos equipamentos e instrumentos


de ensaio conforme descrito em E.4.2.1 a E.4.2.18.
[

E.4.2.1. Os equipamentos devem ser testados antes da execução do ensaio hidrostático. Todos os
instrumentos do ensaio, tais como: barógrafo, manômetro Bourdon, manômetro registrador e
termômetro de poço e registrador, balança de peso morto ou transdutor, medidor de volume e válvulas
de alívio devem possuir certificados de calibração válidos na data do ensaio. Os certificados devem ter
sido emitidos, no máximo, há 6 meses, com rastreabilidade em referência a padrões [certificado de
calibração emitido por laboratório da Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou por instituto no exterior,
reconhecido pela RBC. Os instrumentos de leitura e registro do ensaio devem ser instalados em
ambiente fechado, com temperatura controlada e livre de intempéries.

E.4.2.2. A balança de peso morto deve ter um range mínimo de 1,25 vez a pressão do ensaio
hidrostático e uma acurácia melhor que ± 0,1 bar (10 kPa) e uma sensibilidade melhor que 0,05 bar
(5 kPa).

NOTA Onde a balança de peso morto não puder ser utilizada, devido ao movimento da embarcação,
a pressão de ensaio deve ser medida através de um sistema eletrônico para monitoração e
registro da pressão e temperatura. Tal sistema pode ser utilizado como alternativa aos
componentes acima listados. Tal sistema deve ter como saída o registro da temperatura, o
registro da pressão, registro da pressão compensada por efeito da temperatura e linha de
tendência linear (para pressão compensada). O sistema eletrônico deve possuir sensores de
pressão e de temperatura com a mesma precisão especificada para os sensores individuais.

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E.4.2.3. O sensor de pressão deve ter um range mínimo de 1,1 vez a pressão de ensaio especificada
e a acurácia deve ser melhor que ± 0,2 % da pressão de ensaio. A sensibilidade mínima do sensor
deve ser de 0,1 %.

E.4.2.4. A bomba de deslocamento positivo, rotação variável, com pressão de descarga de, no mínimo,
1,5 vez a pressão de ensaio no ponto de injeção d’água. O volume deslocado por cilindro deve ser
conhecido e deve possuir um contador de pulsos por cilindro. Como alternativa, pode ser usada uma
bomba de rotação constante, que possua controle de vazão, conjugada com um sistema que possibilite
a medição do volume de água injetado no duto durante a pressurização.

E.4.2.5. A bomba para enchimento deve ter vazão mínima de 1 m3/min e altura manométrica compatível
com a perda de carga esperada para o sistema a ser cheio.

E.4.2.6. As bombas de injeção de biocida, inibidor de corrosão, corantes para identificação de


vazamentos e outros componentes químicos, se necessário, com vazão e pressão de descarga
compatível para a injeção e mistura especificada.

NOTA Acoplados às bombas devem estar instrumentos do ensaio para confirmar e registrar a
concentração dos produtos químicos injetados no fluido de ensaio.

E.4.2.7. Válvula de alívio calibrada, para prevenir sobrepressão no tramo em ensaio, durante a
pressurização ou devido a expansão térmica, instalada no ponto de ensaio e ajustada para abrir a
5 % acima da pressão de ensaio. A tolerância positiva da válvula deve ser especificada e considerada
na regulagem da pressão de abertura, para que sejam respeitados os limites de pressão do ensaio
hidrostático.

E.4.2.8. O dispositivo de registro contínuo da pressão e temperatura (e.g. registrador de carta), deve
fornecer um registro permanente da pressão e da temperatura do fluido de ensaio em função do tempo
e ao longo de toda a duração do ensaio. Deve ser aferido imediatamente antes de cada utilização
(através da balança de peso morto) ou aferido de acordo com as recomendações do fabricante.

E.4.2.9. Os manômetros devem ter resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 (49,05 kPa) e faixa de medição
da pressão de ensaio no segundo terço da escala. Devem ter ainda, precisão de 0,1 % no final da
escala.

E.4.2.10. Os termômetros de leitura direta, de poço e imersível devem estar acoplados a dispositivos
de registro de temperatura para fornecer um registro permanente da temperatura ambiente e da água
no fundo do mar respectivamente, em função do tempo e devem ter uma acurácia de ± 1 °C e uma
sensibilidade de ± 0,1 °C.

E.4.2.11. O tanque portátil para armazenamento de água para enchimento e pressurização deve ter
controle de nível.

E.4.2.12. O medidor de vazão tipo turbina deve ter acurácia melhor que ± 1 % e uma sensibilidade
melhor que 0,1 % e deve ser usado ao longo do ensaio para medir o volume de fluido de ensaio
acrescido ou subtraído durante o enchimento e a pressurização do duto.

E.4.2.13. Como alternativa, um sistema computadorizado pode ser utilizado para monitorar pressão,
vazão, volume injetado e temperatura, desde que os sensores pertinentes ao sistema tenham
resolução compatível com os instrumentos acima listados e possam ser calibrados de modo similar.

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E.4.2.14. Os filtros da captação da água do mar devem remover 99 % de todas as partículas de 100
µm de diâmetro ou de tamanho maior e ser do tipo contracorrente (“backflushing”) ou de cartucho
removível, para permitir limpeza ou substituição sem necessidade de remover o corpo do filtro da
tubulação, podendo ainda ser construído em tecido geotêxtil ou tela. Se for utilizado o tipo cartucho,
deve haver quantidade adequada de cartuchos de reposição em estoque no local da instalação do filtro.
Os filtros a serem instalados antes do ponto de injeção no duto devem reter partículas maiores do que
50 µm de modo que o teor de sólidos suspensos, após o filtro, em qualquer situação, não seja superior
a 20 g/m3.

E.4.2.15. Devem ser especificados mangotes, conexões, válvulas e acessórios, necessários para as
interligações das bombas, do duto e instrumentos do ensaio.

E.4.2.16. Devem ser especificados tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes
sobressalentes para troca dos que possam falhar durante o ensaio.

E.4.2.17. Deve ser especificado um tanque pulmão, para onde o fluido de ensaio excedente seja
descartado.

E.4.2.18. Devem ser especificados PIGs de enchimento (para remoção do ar), calibração, limpeza e de
remoção de água (para esvaziamento ou secagem), se necessário.

E.4.2.19. Os lançadores e recebedores de PIG especificados devem ser previamente testados com
fator de segurança de 1,25, em relação a pressão de ensaio, caso os lançadores e recebedores sejam
submetidos a pressão de ensaio hidrostático.

NOTA PLETs, PLEMs, PLAEMs, manifolds e válvulas devem ser submetidos à pressão de ensaio,
respeitando os limites de pressão impostos pelas suas respectivas classes de pressão.

E.4.3 Avaliação da Qualidade da Água de Ensaio e sua Neutralização

E.4.3.1. A especificação do ensaio deve indicar que a água para o enchimento, ensaio e eventual
hibernação pode ser captada do mar no local de ensaio. Deve indicar também que antes do
enchimento, amostras da água devem ser coletadas junto aos pontos de captação e analisadas por
organismos reconhecidos, visando à confirmação dos percentuais de inibidores, desoxidantes e
bactericidas necessários à neutralização da água.

E.4.3.2. Deve ser especificado que, para garantir a qualidade da água a ser usada no ensaio
hidrostático, o sistema de alimentação de água a ser utilizado deve ser constituído de, no mínimo, filtros
de 100 µm no ponto de coleta, um tanque pulmão com volume, tal que, assegure um tempo mínimo de
permanência da água em seu interior por cerca de 5 minutos e filtros de 50 µm antes da injeção da
água no duto.

E.4.3.3. Os seguintes requisitos mínimos deverão ser atendidos pela água do mar captada para o
preparo do fluido de teste hidrostático para possibilitar sua aplicação:

a) Oxigênio dissolvido superior ou igual a 4 ppm (Nota 1)


b) pH: 7,0 a 8,7 (Nota 2)
c) Teor de sulfetos (H2S) inferior a 0,1 mg/l
d) Bactérias anaeróbias heterotróficas totais (BAHNT) inferior a 100NMP/ml
e) Bactérias redutoras de sulfato (BRS) inferior a 10 NMP/ml
f) Bactérias aeróbias (BAHT) inferior a 1000 col/ml
g) Teor de carbono orgânico total (TOC) inferior a 2 mg/l

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NOTA 1 O teor de oxigênio dissolvido na água do mar natural varia entre 4,0 e 8,0 ppm em função da
profundidade de captação. Teores inferiores a 4,0 ppm são um indicativo de atividade
microbiana.
NOTA 2 Não empregar água do mar com pH fora da faixa indicada.
NOTA 3 Caso a água atenda aos requisitos estabelecidos acima e seu tempo de permanência no duto
seja inferior a 30 dias, deve-se tratá-la somente com sequestrante de oxigênio. Recomenda-
se empregar 20 mg/L de solução de bissulfito de sódio a 40%, para cada mg/L de oxigênio
dissolvido, com um excedente de 10% como segurança.
NOTA 4 As características de uma água tratada para injeção no reservatório também são adequadas
para o TH. É importante verificar se houve o tratamento com biocida antes da sua utilização
como fluido de teste, já que este é adicionado geralmente em batelada.

E.4.3.4. Dependendo dos resultados da análise da água do mar a ser usada como fluido de ensaio,
devem ser adicionados também produtos biocidas em conjunto com o produto sequestrante de
oxigênio. Caso os requisitos mínimos de qualidade da água do mar, indicados no item E.4.3.3 acima,
não sejam atendidos, ou o tempo previsto de permanência da água do mar no duto exceda 30 dias de
duração, além da adição de sequestrantes de oxigênio na dosagem indicada na Nota 3 do referido
item, os seguintes produtos químicos devem ser adicionados conforme sua ordem de apresentação:

a) produto biocida para desinfecção da água desaerada: glutaraldeído 43,6 % e sal quaternário de
amônio 7,6 % na dosagem de 300 ppm ou produto biocida THPS 75 % na dosagem de 100 ppm;
b) corante na água desaerada e desinfectada: solução de fluoresceína 20 % na dosagem de 40 ppm.

NOTA 1 O sequestrante de oxigênio e os biocidas reagem entre si, desativando os biocidas.


Adicionalmente, o biocida é desativado pela presença de oxigênio. Por esta razão, os
produtos devem ser dosados separadamente, de forma que o biocida seja adicionado
somente após a redução do teor de oxigênio para valores inferiores ou iguais a 10 ppb com
a adição do sequestrante de oxigênio no fluido de teste.
NOTA 2 Observar se há contraindicação no uso de fluoresceína.
NOTA 3 O tempo máximo de hibernação (período compreendido entre o Teste Hidrostático e o início
da operação) dos dutos flexíveis com as dosagens dos produtos especificados nos itens
acima é de 1 ano.
NOTA 4 A adição de produtos químicos à água do mar deve ser aprovada pelo órgão ambiental
competente previamente dentro do prazo requerido.
NOTA 5 A UN pode avaliar a possibilidade do uso de água doce como fluido de teste hidrostático, haja
visto que a água doce permite um tempo de hibernação indeterminado. Neste caso, os
critérios de aceitação da água doce sem necessidade de adição de biocidas devem estar
conforme os requisitos das tabelas C.7 e C.8 da NBR 15280-2.

E.4.3.5. A especificação deve indicar a necessidade de se tornar disponível no local de ensaio, um


quantitativo adequado de inibidor, desoxidante, bactericida e corante para pelo menos, duas operações
completas de enchimento do duto.

E.4.4. Plano de Instalação dos Instrumentos de Controle de Registro

E.4.4.1. A especificação do ensaio deve indicar a necessidade de ser elaborado um plano definindo os
locais de instalação dos equipamentos e instrumentos de controle e registro para o ensaio, incluindo
os de registro permanente e os de leitura periódica. Neste plano deve ser definido, também, o intervalo
de medição ou leitura.

E.4.4.2. Deve ser especificada a instalação de manômetros em todas as válvulas de bloqueio


intermediárias, e fazer medições a cada 30 minutos para facilitar a detecção de um possível vazamento.

NOTA 1 Recomenda-se instalar termômetros para medição da temperatura ambiente e água do mar
no fundo junto ao duto. [Prática Recomendada]

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NOTA 2 Recomenda-se que em tramos de duto sob ensaio, maiores que 10 km, seja medida a
temperatura da água no fundo do mar a cada 10 km, no mínimo, para permitir uma avaliação
mais precisa do efeito da expansão térmica. [Prática Recomendada]

E.4.5. Plano de Raqueteamento e Isolamento

Deve ser especificada a necessidade da elaboração de um plano de raqueteamento, isolamento por


válvulas e instalação de flanges cegos visando isolar o tramo em ensaio e proteger os equipamentos e
acessórios dispensáveis ao ensaio.

E.4.6. Procedimento de Limpeza, Enchimento e Calibração do Duto

A especificação do ensaio deve indicar a necessidade da elaboração de procedimentos detalhados de


limpeza, enchimento e calibração. A seguir são listados alguns requisitos a serem incluídos.

E.4.6.1. Limpeza do Duto por PIG

E.4.6.1.1. A limpeza do duto consiste na passagem de PIGs com vistas à remoção das partículas com
30 µm de diâmetro ou superior. Os PIGs de limpeza devem ser impulsionados com água do mar tratada
e filtrada.

E.4.6.1.2. A fase de limpeza inclui passagem de PIGs espuma, PIGs raspadores com escova de aço e
PIGs com magnetos.

E.4.6.1.3. Devem ser lançadas, no mínimo, quatro baterias de PIGs , compostas de um PIG de
poliuretano de alta densidade com escovas de aço temperado power brush, seguido de um PIG espuma
de baixa densidade. No caso de dutos com revestimento interno, as escovas devem ser de material
que não danifique o revestimento.

E.4.6.1.4. O intervalo entre as baterias de PIGs deve ser de, no mínimo, 30 minutos.

E.4.6.1.5. A operação de passagem das baterias de PIGs deve ser considerada satisfatória quando os
PIGs escova chegarem ao local de recebimento íntegros e com as escovas não saturadas de material
aderido.

E.4.6.1.6. Após a passagem dos PIGs escova, devem ser passadas baterias de PIGs espuma de baixa
densidade. A operação de limpeza deve ser considerada satisfatória quando a seção transversal do
PIG revelar uma profundidade de espuma impregnada com sujeira menor ou igual a 1 in.

E.4.6.1.7. Para complementação da limpeza, devem ser passados, no mínimo, duas baterias,
constituídas de PIGs espuma e PIGs com magnetos.

E.4.6.1.8. A limpeza final deve ser considerada aprovada se a quantidade de resíduos metálicos (como
por exemplo, pontas de eletrodo, fragmentos de arco de serra) aderidas ao PIG magnético for inferior
a 50 g/km.

E.4.6.2. Enchimento e Calibração do Duto

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E.4.6.2.1. A limpeza, o enchimento e a calibração do duto ocorrem concomitantemente, haja vista que
os PIGs de limpeza e de calibração são impulsionados pelo fluido de ensaio que enche o duto.

E.4.6.2.2. A passagem de PIGs deve obedecer a sequência conforme descrito abaixo:

a) Bombeamento inicial do equivalente a 500 m de extensão do duto com água filtrada, sem inibidores
de corrosão e corante, à frente do primeiro PIG espuma de alta densidade com escova;
b) Lançamento de um PIG espuma com escova, impulsionado com água filtrada;
c) Deslocamento do PIG espuma por toda extensão do duto com água filtrada sem adição de
inibidores de corrosão e corante, até sua chegada no recebedor;
d) Passagem de mais três PIGs de limpeza, compostos de pelo menos, dois discos-guia e dois copos
cônicos de poliuretano e com escovas de aço pré-tensionadas (raspadores), de modo a cobrir todo
o perímetro da parede interna do duto; em caso de dutos com pintura interna, devem ser utilizadas
escovas não metálicas; cada PIG de limpeza deve ser seguido de PIG espuma de baixa densidade;
um novo PIG de limpeza só deve ser lançado após o PIG anteriormente lançado ter chegado no
recebedor;
e) Passagem de baterias de PIG com magnetos;
f) Passagem de um PIG bidirecional com três discos ou quatro discos de poliuretano e placa
calibradora de alumínio, visando a eliminação total de bolsões de ar, eventualmente existentes no
interior do duto e a calibração do duto quanto a redução de diâmetro; o PIG deve ser impulsionado
com água filtrada e tratada com inibidores e corante, até sua chegada no recebedor; a placa
calibradora deve ser dimensionada conforme a DNVGL-ST-F101;
g) Inspeção da placa calibradora para identificação de mossas ou amassamentos no duto; a placa
calibradora deve ser recebida sem amassamentos, para que o duto ou tramo de duto seja liberado
para o ensaio hidrostático propriamente dito ou ainda, seja previamente inspecionado por PIG
geométrico e/ou de inspeção;
h) Enchimento de toda a extensão do duto submarino, utilizando água tratada e com corante.

E.4.6.2.3. Manutenção do bombeamento de água tratada até que não exista mais vestígios de ar no
interior do duto submarino, com vistas a garantir confiabilidade ao ensaio hidrostático. Caso o volume
de ar no duto seja superior a 0,5 %, nova corrida de PIG deve ser executada.

NOTA Observar que não haja introdução de oxigênio no sistema de bombas e tubulação de injeção
da água.

E.4.6.2.4. Durante toda a operação, deve ser utilizado medidor de vazão do tipo turbina devidamente
calibrado e certificado.

E.4.6.2.5. O equipamento de bombeio deve ser dimensionado de forma a manter a velocidade dos
PIGs entre 0,5 m/s e 0,8 m/s e assegurar fluxo contínuo, mantendo os PIG em movimento ininterrupto.

E.4.6.2.6. O duto é considerado limpo nesta etapa quando a água descartada imediatamente antes da
chegada do PIG de limpeza, apresentar visualmente as mesmas características da água injetada no
duto, bem como tiver atendidos os requisitos para PIG de escova, espuma de baixa densidade e com
magnetos definidos nos itens E.4.6.1.5, E.4.6.1.6 e E.4.6.1.8, respectivamente.

E.4.7. Procedimento de Passagem de PIG Geométrico e PIG Instrumentado

E.4.7.1. Caso seja detectada a presença de anomalia com redução do diâmetro interno do duto, através
de amassamento da placa calibradora ou o projeto de reparo do duto assim especificar, deve ser
realizada inspeção do duto por PIG geométrico e/ou PIG instrumentado.

E.4.7.2. Caso seja necessário uma inspeção por PIG geométrico e/ou PIG instrumentado, deve ser
atendido os requisitos estabelecidos no Seção 11 desta Norma.

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E.4.8. Procedimento de Pressurização e Despressurização e Duração do Ensaio

A especificação do ensaio hidrostático deve incluir um procedimento de pressurização e


despressurização do duto bem como, a duração do ensaio hidrostático, no qual, deve atender, pelo
menos, aos seguintes requisitos:

a) Após o completo enchimento e iniciada a pressurização deve ser plotado um gráfico pressão por
volume (PxV) iniciando na pressão estática, eventualmente existente, até a pressão definida em
na alínea c) a seguir;
b) O duto ou tramo em ensaio deve ser mantido pressurizado por, no mínimo, 12 horas antes do início
do ensaio, a uma pressão, no ponto de ensaio, correspondente a 50 % da mínima pressão de
ensaio; neste período, a pressão e temperatura devem ser constantemente monitoradas e
registradas; espera-se ao final deste período, uma estabilização da temperatura da água utilizada
no enchimento do duto ou tramo de duto e consequentemente, da pressão;
c) A determinação do conteúdo de ar na seção de ensaio deve ser feita
construindo-se um gráfico pressão por volume (PxV) desde a fase inicial de pressurização do duto;
quando uma razoável porção deste gráfico tornar-se nitidamente reta seu prolongamento até a
intercessão com o eixo das abscissas determina o volume de ar residual na linha (ver Figura E.2);
o volume de ar residual assim determinado deve ser comparado com o volume inicial de água no
duto e obedecer à seguinte condição:

Var < 0,002 Vi

Onde:
Var é o volume de ar residual determinado graficamente (litros);
Vi é o volume inicial (litros).

NOTA Caso o volume de ar residual seja superior a 0,5 %, o duto deve ser despressurizado e novo
PIG para enchimento deve ser passado no duto. Caso tenha sido necessário a passagem de
novo PIG de enchimento, deve-se repetir o descrito no item E.4.8 do Anexo E desta norma,
para verificar o ar residual.

i. Normalmente após 70% da pressão de teste a taxa de pressurização é reduzida a 0,5


bar/min até atingir 95% da pressão de teste. A partir de então a taxa de pressurização é
novamente reduzida a 0,1 bar/min. até atingir 100% da pressão definida para o teste.
Após ter atingido cada patamar de pressão, o bombeio é interrompido por um
determinado período para estabilização do sistema, sendo posteriormente reiniciado;
ii. Durante a pressurização, observar e registrar em intervalos de 5 minutos, a pressão,
usando o manômetro Bourdon, o volume de água bombeada e o número de
deslocamentos da bomba; verificar continuamente o funcionamento do registrador de
pressão; em caso de uma queda de pressão repentina, indicando vazamento ou ruptura
do duto, registrar a pressão imediatamente anterior à queda e interromper o
bombeamento;
iii. Deve-se aferir a pressão de ensaio, efetuando-se os ajustes finos necessários pela
balança de peso morto ou sistema eletrônico de registro de pressão, até a pressão atingir,
com precisão, 100 % da pressão de ensaio;
iv. Atingida a pressão de ensaio, observar então, um período mínimo de 30 minutos para
estabilização e verificações de eventuais vazamentos;
v. Havendo queda de pressão, retornar para 100 % da pressão de ensaio e iniciar a
contagem de tempo;
vi. Estabilizada na pressão de ensaio, deve ser feita a desconexão da bomba de
deslocamento positivo da linha, dando início ao tempo de espera de 4 horas de ensaio,
averiguando e registrando a pressão da balança de peso morto ou sistema eletrônico de
registro de pressão, em intervalos de 5 minutos durante um período mínimo de 1 hora e
em intervalos de 15 minutos ao fim deste período até o final do ensaio;
vii. A cada meia hora devem ser registradas as temperaturas ambiente e do fundo da água
do mar; a cada hora devem ser registrados também a pressão barométrica e o nível da
maré; as temperaturas de superfície do mar são registradas a cada 4 horas;

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viii. Caso a pressão atinja a pressão máxima de ensaio provocado por aumento de
temperatura do mar, parte da água deve ser drenada lentamente para o tanque pulmão,
de forma a permitir a medida do volume descartado;
ix. Caso a pressão atinja patamares abaixo da pressão de ensaio devido à diminuição de
temperatura do mar, a bomba de deslocamento positivo deve ser reconectada para elevar
a pressão até a pressão de ensaio, observando e registrando os dados como descrito
anteriormente;
x. Após a aceitação do ensaio hidrostático (vide subseção E.4.9), deve ser feito um ensaio
de estanqueidade, visando detectar pequenos vazamentos que possam ter sido gerados
no ensaio. O ensaio de estanqueidade consiste em deixar o duto a 90 % da pressão de
ensaio durante 24 h. Perdas de pressão que não possam ser justificadas por variação de
temperatura indicam vazamento de produto;
xi. Uma vez concluído e aceito o ensaio, inicia-se a despressurização completa do duto a
taxas moderadas de 2 bar (200 kPa) por minuto, até que seja possível a remoção da
mangueira de ensaio; as conexões de ensaio devem ser fechadas e o duto permanecer
cheio de água salgada com inibidores.

Pressão

50 % Da mínima pressão
de teste hidrostático

Linha estática

Extrapolação

Pressão de
coluna estática
Volume de ar Volume de água
adicionada

Figura E.2 - Medição Gráfica do Volume de Ar Residual

E.4.9. Critério de Aceitação para o Ensaio Hidrostático

E.4.9.1. A especificação do ensaio hidrostático deve incluir um critério de aceitação, o qual deve
atender, no mínimo, aos requisitos dos itens E.4.9.1.1 e E.4.9.1.2 a seguir.

E.4.9.1.1. O duto ou tramo de duto deve ser considerado aprovado e o ensaio aceito, após decorrido
o tempo de espera de 4 h, sem que a pressão sofra variações maiores que 0,2 % da pressão de ensaio
e não for observado qualquer indício de vazamento; caso a pressão não se mantenha estável neste
período, o ensaio só deve ser aceito se for comprovado que a variação registrada foi resultante da
variação de temperatura da água do ensaio, ou ainda se o período de espera for prolongado até que a
variação de pressão se mantenha em ± 0,2 % da pressão de ensaio em um período de 4 h; se não
houver possibilidade de inspecionar visualmente o duto e seus componentes quanto a eventuais
vazamentos, o período de ensaio deve ser aumentado para 8 h; entretanto, nas últimas 4 h, a pressão
de ensaio deve ser reduzida de um valor equivalente a 12 % da pressão de ensaio hidrostático.

E.4.9.1.2. Variações de pressão superiores ao limite de 0,2 % devem ser comparadas com a variação
de temperatura considerando as equações abaixo que correlacionam as variações de pressão em
função das variações de temperatura, extraídas do item 11 do Apêndice C da norma DNVGL-RP-F115.

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Variação de pressão em função da variação de temperatura para dutos livres para expansão nas
direções axial e lateral:

β−3∙α
ΔP = ∙ ∆T
1 D0∙ (5 − 4 ∙ ν)
+
K 4 ∙ WT ∙ E
Variação de pressão em função da variação de temperatura para dutos com restrição de expansão
axial:

β − 2 ∙ α ∙ (1 + ν )
ΔP = ∙ ∆T
1 D0∙ (1 − ν2 )
+
K WT ∙ E

Onde:
 [1/oC] coeficiente de expansão térmica volumétrico do meio de teste
 [1/oC] coeficiente de expansão térmica volumétrico do material da parede do duto
K [Pa] módulo de bulk do meio de teste
D0 [m] é o diâmetro externo do duto
WT [m] é a espessura de parede
E [Pa] módulo de elasticidade do material do tubo
 [-] é o coeficiente de Poisson

E.4.10. Procedimento de Retirada e Descarte da Água Utilizada no Ensaio Hidrostático

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento para retirada e descarte do fluido do ensaio,
o qual deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

a) Caso o descarte da água desaerada seja efetuado diretamente para o mar, este deve ser feito
lentamente e na forma de chuveiro para aerar a água evitando agredir ao meio ambiente;
b) O descarte do fluido do ensaio contendo residual de biocida, só deve ser efetuado diretamente no
mar, caso sua concentração esteja abaixo do limite tóxico aos microrganismos aquáticos; o
procedimento incluindo esta operação deve ter aprovação do IBAMA e demais órgãos ambientais
atuantes na região do ensaio;
c) Em qualquer situação a água do ensaio descartada deve ter teores máximos de sólidos e de óleo
e graxa (TOG) limitados a 10 mg/L e 20 mg/L, respectivamente; o procedimento incluindo esta
operação deve ser aprovado pelo IBAMA e demais órgãos ambientais atuantes na região do
ensaio.

E.4.11. Procedimento de Purga, Secagem e Inertização

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento de purga, secagem e inertização nos casos
do ensaio hidrostático ser aplicado em gasoduto. O procedimento de purga deve atender, no mínimo,
aos seguintes requisitos:

a) Pré-secagem para a eliminação de bolsões de água remanescentes do esvaziamento, com a


utilização de PIG de limpeza;
b) Pré-secagem do gasoduto iniciada imediatamente após a remoção da água e deve ser considerada
satisfatória quando o PIG espuma de baixa densidade for recebido na condição seco ao toque;
durante a pré-secagem, a velocidade de deslocamento dos PIGs deve ser mantida entre 0,2 m/s a
1,0 m/s;
c) Secagem para a eliminação da umidade do gasoduto, com o emprego de ar seco aquecido, ou gás
inerte, geralmente nitrogênio, impulsionando PIGs espuma de baixa densidade;

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d) Alternativamente aos itens b) e c), podem ser empregados PIGs de alta selagem para aumentar a
eficiência do desalagamento e da secagem, com colchão de MEG, entre PIGs de alta selagem,
impulsionados por nitrogênio.
e) Depois de atingido o ponto de orvalho de 0 °C no local de recebimento de PIGs, devem ser
lançadas, no mínimo, quatro baterias de PIGs espuma de baixa densidade;
f) O intervalo entre as baterias de PIG deve ser de, no mínimo, 30 minutos;
g) A operação de secagem deve ser considerada concluída quando o ponto de orvalho, medido no
lançador, no recebedor e em todas as válvulas de bloqueio, atingir os valores abaixo:

- Gasodutos sem revestimento interno: -20 °C (1 atm);


- Gasodutos com revestimento interno: 0 °C (1 atm);

NOTA Alternativamente, o gasoduto pode ser secado pela técnica de vácuo.

h) A medição do ponto de orvalho deve ser feita à pressão atmosférica, com instrumento calibrado;
i) A inertização do gasoduto deve ser feita com nitrogênio com pureza acima de 96%.

E.4.12. Lista de Procedimentos que Devem ser Aprovados pela Fiscalização da PETROBRAS e
Qualificados

E.4.12.1. A especificação do ensaio hidrostático deve incluir a listagem dos procedimentos de


execução do ensaio que devem estar aprovados pela fiscalização da PETROBRAS 10 dias antes do
início das operações e, eventualmente, quando estabelecido no projeto de reparo do duto, devem ser
qualificados.

E.4.12.2 Nesta listagem devem estar incluídos, no mínimo, os seguintes procedimentos listados abaixo:

a) Procedimento de execução do ensaio, compreendendo as fases de limpeza, calibração,


enchimento e ensaio hidrostático, apresentando o tempo estimado para o desenvolvimento das
etapas e os diagramas dos sistemas de medição, bombeamento, filtragem, injeção de produtos
químicos desde a captação de água até a conexão com o ponto de injeção, equipamentos usados
para medir volume de água bombeado, instrumentos de medição de pressão, dispositivo para alívio
de pressão e lista de dados dos equipamentos e da instrumentação; deve incluir organização da
contratada mobilizada para a execução do ensaio, distribuição de responsabilidade e programação
de pessoal e cronograma do desenvolvimento do ensaio;
b) Procedimento de lançamento, recepção e localização de PIGs, com critério de aceitação da placa
calibradora e volume de água a ser bombeada a frente de cada PIG, além do esquema de
montagem de pinger e da placa calibradora; deve incluir ainda desenho esquemático do duto com
perfil planoaltimétrico e localização do lançador e recebedor de PIGs, bem como relação de PIGs
utilizados;
c) Procedimento de monitoração e registro do ensaio hidrostático bem como, informações quanto a
máxima e mínima pressão do ensaio, distribuição de pressão ao longo do duto, memória de cálculo
para análise dos efeitos de mudança de temperatura da água, volume de ar residual na fase de
pressurização do duto, estabelecendo os limites aceitáveis, determinando também o efeito das
variações da temperatura da água na pressão interna, além de plotagem da perspectiva de
variação de pressão da linha em função do volume adicional de água introduzido na fase de
pressurização; anexo ao procedimento de monitoração e registro do ensaio hidrostático, deve ser
encaminhado o modelo dos formulários a serem utilizados para registro de dados durante a
execução do ensaio;
d) Procedimento de tratamento e monitoramento da qualidade da água com a especificação de
inibidores, desoxidantes, bactericidas e corante a serem utilizados, explicitando seus tipos e
quantitativos;
e) Procedimento de descarte da água do ensaio.

E.4.13. Procedimento de Identificação e Eliminação de Vazamentos

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento de identificação e eliminação de vazamentos,


o qual deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

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a) A localização dos trechos testados, bem como dos vazamentos que eventualmente ocorrem
durante o ensaio, deve ser determinada tomando-se a sua distância em metros, em relação ao
ponto de origem do duto e a referência mais próxima, e coordenadas UTM, com base no Datum
que estiver sendo utilizado pelo Sistema de Gerenciamento de Obstáculo (SGO) da PETROBRAS;

NOTA Recomenda-se que os eventos resultantes do ensaio hidrostático sejam localizados


através de coordenadas UTM. [Prática Recomendada]

b) O ensaio hidrostático deve ser desenvolvido, preferencialmente, durante a luz do dia para facilitar
possível identificação de vazamento, assegurar a integridade física dos técnicos envolvidos no
ensaio e pela facilidade de mobilização de recursos para solução de eventuais problemas;
c) Deve ser indicado, em função da lâmina d’água onde o duto sob ensaio estiver instalado, o recurso
de pessoal e de equipamento para identificação de vazamento e sua eliminação, a técnica a ser
empregada se inspeção visual por mergulho raso, profundo ou por ROV. A mobilização e a
disponibilização destes recursos devem ser informadas;
d) Os reparos dos defeitos identificados durante o ensaio hidrostático devem ser realizados de acordo
com a PETROBRAS N-2727.

E.4.14. Qualificação do Pessoal

A especificação do ensaio deve incluir a qualificação exigida para todo o pessoal envolvido, o qual deve
abranger, no mínimo, os seguintes profissionais, quando aplicável:

a) inspetor de duto;
b) inspetor submarino;
c) operador de ROV;
d) engenheiro responsável pelos memoriais de cálculo exigíveis;
e) engenheiro responsável pelo ensaio hidrostático;
f) operador de duto;
g) soldadores;
h) aplicador de revestimento.

E.4.15. Relatórios e Gráficos que Devem Ser Emitidos

E.4.15.1. A especificação do ensaio hidrostático deve incluir a entrega dentro de 15 dias após a
conclusão do ensaio, de relatório final para a aprovação da fiscalização da PETROBRAS e
eventualmente da certificadora do projeto do duto. Este relatório deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:

a) Sumário do ensaio;
b) Registro de certificação da precisão dos instrumentos;
c) Gráfico contínuo de pressão x tempo;
d) Gráfico contínuo de temperatura x tempo;
e) gráficos de pressão x volume real e teórico, sendo que este último deve ser elaborado a partir da
seguinte correlação teórica de variação de pressão com o incremento de água adicionada, extraída
do item 9 do Apêndice C da norma DNVGL-RP-F115:

Relação entre pressão como função da massa volumétrica adicionada calculada para um duto com
restrição axial:

dP D0 2) 1 −1 1
=( (1 − ν + ) ∙
dV E∙WT K V0

Relação entre pressão como função da massa volumétrica adicionada calculada para dutos sem
restrição axial

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dP (5−4ν)∙D0 1 −1 1
=( + ) ∙
dV 4∙E∙WT K V0

Onde:
V0 [m3] é o volume inicial do duto
D0 [m] é o diâmetro externo do duto
WT [m] é a espessura de parede
 [-] é o coeficiente de Poisson
E [Pa] módulo de elasticidade do material do tubo
K [Pa] módulo de bulk do meio de teste

f) Listagem dos instrumentos utilizados e seus certificados de calibração com a indicação da precisão,
resolução, sensibilidade e outros;
g) Registros das calibrações do registrador de pressão;
h) Registro de pressão (balança de peso morto e manômetro de Bourdon), volume de água bombeada
e número de deslocamento da bomba durante a pressurização da linha;
i) Registro de pressão (balança de peso morto ou sistema eletrônico) e volume de injeção e retirada
de água durante o tempo de espera;
j) Documentos relacionados no E.3.5 desta Norma, identificando o duto ou o tramo testado;
k) Resultados das análises da amostra de água a ser usada no ensaio, coletada no local de captação;
l) Data e hora de todos os eventos;
m) Registro de todos os aspectos ambientais, tais como: temperatura do ar, chuva, vento e outros;
n) Listagem e descrição dos vazamentos e defeitos indicando sua precisa localização e as
circunstâncias do evento, suas possíveis causas;
o) Planilha de cálculo das pressões e tensões circunferenciais calculadas para os pontos de interesse
do tramo testado, com todos os cálculos relevantes;
p) Certificado de ensaio hidrostático, assinado pelos profissionais executantes habilitados na entidade
de classe.
q) No caso de gasodutos, os critérios adotados para a secagem e as respectivas medições além da
medida do teor final de oxigênio, após a inertização com o respectivo critério de aceitação devem
constar no relatório final do Teste Hidrostático.
r) Os gráficos de pressão e temperatura durante o Teste Hidrostático também devem constar no
relatório final do TH.
s) Certificado de execução do TH.

E.4.15.2. O relatório final deve seguir a PETROBRAS N-381 e ser cadastrado conforme o código da
PETROBRAS N-1710.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D e E
Não existe índice de revisões.

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. G
Todas Revisadas
REV. H
Todas Revisadas

IR 1/1

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