BRAZIL NEWS

Dayane Pinheiro de
Zamenhof
Denyse Pinheiro de
Zamenhof
Maria Clara Paterno
Maia
9ºano B

DEPOIS DAQUELA VIAGEM

CULTURA
Depois daquela viagem é um livro alerta biográfico,
no qual Valéria Piassa Polizzi relata os momentos de
farra na adolescência, o despertar da sexualidade,
como adquiriu HIV positivo e a maneira que lidou com
o vírus da AIDS, que mexeu com seus sentimentos e
formas de pensar. Além disso, Valéria teve que
repensar sobre conceitos preconceituosos e aprender
que ter uma doença não é o fim do mundo. Essa obra
literária promove o conhecimento entre os jovens
sobre as DSTs, além de ser uma história emocionante
e de determinação de levar adiante a vida.

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Quem é Valéria Polizzi?
Valéria Piassa Polizzi é autora, entre outra
obras, do livro Depois daquela viagem, onde
relata ter contraído o vírus da AIDS aos 16
anos.
Valéria foi cronista e colunista da revista
Atrevida, por oito anos, escrevendo a coluna
da última página, intitulada Papo de Garota.
Em 2007 se formou em Comunicação Social,
jornalismo. E em 2010 concluiu uma pós-
graduação em Criação Literária. Por duas
vezes, em 2007 e 2008, passou uma
temporada no México visitando diversas
escolas devido à adoção de seu livro Depois
daquela viagem.
Atualmente, Valéria vive dando palestras
em todo Brasil sobre sua vida, porém já morou
em diversos países, como Aústria e Estados
Unidos.
Principais obras de Valéria Polizzi:
Depois daquela viagem - diário de bordo
de uma jovem que aprendeu a viver com
Aids (Ed Ática,1997)
Enquanto estamos crescendo (coletânea de
crônicas. Ed Ática, 2003)
Papo de garota (coletânea de crônicas Ed.
O nome da rosa, 2001)
Participou das antologias de contos:
Grandes amigos - Pais e filhos (Panda
Books, 2005)
Mecanismos precários (Ed Terracota, 2010)
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– O JORNAL DIGITAL –
Enredo da obra escolhida Personagens
Valéria é uma garota de 15 anos, classe Valéria: “Meu nome é Valéria, tenho 23 anos,
média alta e que tem vários amigos, além de altura média, magra, morena, cabelos pretos e
uma vida social bem agitada. Aos quinze anos, lisos.” (página 7).
em uma viagem de navio que fez com a
família, ela conhece um jovem de 25 anos. Em
seguida, eles começam a namorar, havendo
uma boa relação entre eles. Entretanto,
passados alguns meses, seu namorado
começa pressionar Valéria a terem relação
sexual. Com medo de que ele se separasse
dela, Valéria transou com ele. Porém, aos 16
anos, ela é testada como portadora de HIV
positivo. Assim, Valéria precisa lidar com a
AIDS e seus preconceitos. Nos Estados
Unidos, onde foi estudar inglês, ela viveu
diversas experiências que fortaleceu suas
ideias. Ao ler esse livro, o leitor vive diversas
aventuras e aprende junto a protagonista.
Leco: “Ele era moreno, alto, forte [...]” (página
21).
Lucas: “Ele era alto, moreno, de cabelos e
olhos castanho-escuros. Parecia mais velho
que a gente, e usava roupas formais” (página
141).
Helen: “Era uma mulher extremamente bonita.
Tinha os cabelos cacheados, castanhos num
tom de cenoura, a pele branca e lisa como
seda, os olhos verdes e um sorriso perfeito”
(página 189).
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Espaço X Tempo
Navio e casa de Valéria: a narrativa inicia
quando Valéria conhece seu primeiro
namorado. As cenas seguintes ocorrem na
casa dela.
Corumbá: Valéria visita a cidadezinha
diversas vezes, principalmente durante as
férias.
Nova York: A personagem passa uma
temporada com a tia, que mora na cidade.
San Diego, Califórnia: É lá que Valéria faz
seu curso de inglês, e onde conhece muitos
amigos no caminho.
Brasil, 1994: após concluir o curso e morar
um tempo na Califórnia, Valéria retorna ao
Brasil.
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Aspectos sociais e religiosos da época
Aspectos sociais: é possível perceber diversos
aspectos sociais relevantes, como por
exemplo:
 Um grande nível de preconceito, não só
com a doença da AIDS, mas também
preconceito racial. A doença era dita como
sendo apenas uma coisa para gays,
promíscuos e usuários de drogas, e, ao
decorrer da narrativa, Valéria mostra que
não é bem assim.
 Violência contra a mulher. No começo do
livro, Valéria relata a relação abusiva que
teve com o primeiro namorado. Isso
representa a situação de muitas mulheres
no Brasil, que, como ela, são oprimidas e
sofrem caladas.
 Lacuna na educação sexual. Valéria teve
sua primeira relação sexual com apenas
15 anos, e não utilizou nenhum tipo de
preservativo. Por vezes, a autora ressalta
o quão pouco realmente sabia sobre o
assunto, reforçando a importância da
educação sexual.
Aspectos religiosos: Durante uma trilha, Lucas
e Valéria questionam a existência de Deus.
Valéria relata que por vezes acredita, por
vezes não.
É também citada a religião de Alrica, Rasta
baby do rastafári, na página 150.
Interagindo com a leitura
7.1. Nós concordamos com o final estabelecido.
Todas as experiências vividas pela
personagem contribuíram para a sua formação
como adulta. A partir do momento que
Valéria passou a aceitar que é portadora de
AIDS, ela começou a ajudar outras
pessoas que passam pela mesma situação, pois,
mesmo atualmente, a doença ainda
é vista de maneira errada e preconceituosa.
Logo, ela se tornou uma pessoa mais
forte a partir de todas as vivências.
7.2. Por viver em uma época diferente, muitas
pessoas na realidade da personagem
tinham uma visão muito preconceituosa acerca
da AIDS. Além disso, outros
pensamentos racistas e xenofóbicos estão
presentes no livro. É possível fazer um
paralelo da cena inicial com nossa realidade, já
que muitas mulheres ainda sofrem a
violência caladas.
Em se tratando da vida pessoal de Valéria, a
situação mais relacionável é sua ida à
escola. No início do livro, Valéria fala muito sobre
o ENEM e sobre as escolhas que
terá de tomar ao entrar na vida adulta. Entrando
no ensino médio, podemos nós
relacionar com seus pensamentos.
7.3. O livro retrata a AIDS de uma forma pessoal,
já que Valéria transmite suas
experiências no decorrer da história. De forma
bem dinâmica e em tom coloquial, é
possível se conectar com a narrativa e se apegar
aos personagens e à história.
A narrativa quebra muitos tabus e preconceitos
acerca da AIDS, fazendo com que
qualquer um que leia tenha uma mudança de
pensamento. Além disso, o livro reforça
a importância da educação sexual, já que,
devido à falta dela, a personagem contraiu
a doença aos 16 anos.
É uma leitura importante e que aborda assuntos
relevantes, porém não é do nosso
gênero de interesse. Apesar disso, vale muito a
pena, e transforma os leitores no fim.