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CIRANDA DE PEDRA
3. MODERNISMO / CONTEMPORANEIDADE
Prosa Urbana
A principal caraterística da prosa urbana é sua ambientaçã o
nos espaços da cidade, em detrimento do campo e do espaço
agrá rio. Nesse estilo destaca-se a escritora Lygia Fagundes
Telles.
Prosa Intimista
Por sua vez, a prosa intimista é determinada pela exploraçã o de
temas humanos e, portanto, é mais íntima, psicoló gica e
subjetiva. Esses aspectos sã o observados nas obras de Clarice
Lispector e de Lygia Fagundes Telles.
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Terceira Fase : Social / Introspectiva ou Contemporânea
4. RESUMO DA OBRA
5. PERSONAGENS
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6. ESTRUTURA
• gênero : romance de formaçã o
• obra dividida em 2 partes (divisã o temporal)
• narrado em 3ª pessoa (narrador parcial)
• publicado em 1954
• escrita sugestiva e simbó lica
• narraçã o sintetizada
• digressõ es
• linguagem poética
• livro imagético
• objetividade e refinamento
7. ANÁ LISE
• Título “Ciranda de Pedra”
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obra circular – ciranda ( há um movimento circular do tempo)
“ciranda de Virgínias”
Via agora que jamais poderia se libertar das suas antigas faces,
impossível negá -las porque tinha qualquer coisa de comum que
permanecia no fundo de cada uma delas, qualquer coisa que
era como uma misteriosa unidade ligando umas à s outras,
sucessivamente, até chegar à face atual. Mil vezes já tentara
romper o fio, mas embora os elos fossem diferentes havia neles
uma relaçã o indestrutível. E o fio ia encompridando cada dia
que passava, acrescido a cada instante de mais uma parcela de
vida. Chegava a senti-lo dando voltas e mais voltas em torno do
seu corpo numa sequência sem começo nem fim.
• fluxo de consciência
•intimismo
• mescla de objetivo e subjetivo / açã o e diá logo / passado e
presente
• aprofundamento psicoló gico na abordagem das personagens,
principalmente Virgínia
• fuga ao maniqueísmo “Ninguém é totalmente bom ou
totalmente mau”
“Ouça, querida”, disse Otá via certa vez, “nã o fique assim com
essa mentalidade de donzela folhetinesca, nã o separe com
tanta precisã o os heró is dos vilõ es, cada qual de um lado, tudo
muito bonitinho como nas experiências de química. Nã o há
gente completamente boa, nem gente completamente má , está
tudo misturado e a separaçã o é impossível. O mal está no
pró prio gênero humano, ninguém presta. À s vezes a gente
melhora. Mas passa.” (p. 148)
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- sanidade mental de Laura
- adultério de Laura
- crítica punitiva de Bruna
• temá ticas também percebidas : suicídio / bissexualidade/
racismo
• maturidade literá ria de Lygia em Ciranda
Lygia:
Ciranda de Pedra é um grande livro, e você é uma romancista
de verdade eis, em resumo, o que tenho a dizer-lhe depois de
ler seus originais com um interesse que nã o excluía o espírito
crítico e se foi convertendo em emoçã o de leitor fascinado pelo
texto. Contando com grande fô lego, dispondo cenas e episó dios
com uma segurança de quem sabe o que está fazendo, criando
realmente pessoas vivas e nã o simples personagens, você
compô s um livro perturbador, que nos prende e nos assusta e
que nos faz sofrer e ao mesmo tempo nos oferece o remédio
compensador da pró pria arte, pois a força da criaçã o resolve
num plano má gico os conflitos que ela mesma suscita.
Admirei particularmente o instinto sutil de ficcionista, que
evitou as cenas fá ceis ou de mau gosto, abrindo caminho
sempre através do difícil mas nã o deixando transparecer o
esforço da construçã o. É um livro duro, mas sem nenhuma
passagem escabrosa. As notaçõ es psicoló gicas sã o as mais
finas, e a evoluçã o da trama vai oferecendo quadros de
costumes que dã o à obra importâ ncia como documento social,
sem entretanto lhe tirar qualquer de suas qualidades como
obra puramente literá ria, isto é, obra de arte, vá lida por si
mesma.
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8. QUESTÕ ES