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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA ASPECTOS FILOSÓFICOS E

SOCIOANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

Telma Maria Oliveira Da Silva


01317507
Pedagogia

Preparado(a)? Vamos começar!


Podemos pensar nas práticas de exclusão e violação de direitos a partir de várias
perspectivas e ambientes: a discriminação e o preconceito de gênero, de nacionalidade,
de raça e etnia, pela questão da idade. O sociólogo Boaventura de Souza Santos nos diz
que “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o
direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a
necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que
não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.” Isso nos faz pensar que as
práticas de exclusão e violação de direitos são também bastante sutis e que muitas
vezes, na prática educativa, faz com que não percebamos.

A partir dessa reflexão podemos pensar no Bullying que é uma prática comum no
ambiente escolar que envolve atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e que são praticadas por uma pessoa
ou em grupo. O bullying tem como objetivo intimidar ou agredir outra pessoa que não
tem a possibilidade ou capacidade de se defender. As agressões acontecem dentro de
uma relação desigual de forças ou poder. Essa prática traz grandes consequências para
a vítima, como: depressão, angústia, isolamento social, baixo autoestima, em casos mais
graves, pode provocar o suicídio. Foi realizada uma pesquisa pelo OCDE – Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico entre 540 mil alunos de 15 anos de 37
países, incluindo o Brasil. O diagnóstico mostrou que 17,5% dos adolescentes brasileiros
sofrem algum tipo de bullying mais de uma vez a cada 30 dias. 9,3% admitiram ser alvo
de algum tipo de chacota; 7,8% alegaram exclusão por seus colegas; 4,1% disseram que
já foram ou são ameaçados; 3,2% são agredidos fisicamente. Percebe-se, portanto que
a prática de bullying é frequente no ambiente escolar brasileiro entre os adolescentes.

Partindo dessas colocações, proponha uma solução de prevenção ao bullying dentro do


ambiente escolar, como garantia de proteção aos direitos de crianças e adolescentes.

Os casos de violência escolar vêm sendo destacados nos meios de


comunicação de massa, onde se apresentam como um problema grave. Um fator
a ser pensado diz respeito à falta de conhecimentos sobre a existência da
violência e do Bullying por parte da população em geral, bem como o mau
funcionamento do sistema de ensino e a falta de habilidades dos educadores em
seu enfrentamento. Tais questões favorecem o aumento desordenado dos
números de casos de Bullying, como também a gravidade que esses atos geram
na formação física, psicológica e moral dos cidadãos.
É importante ressaltar que, a ação do bullying acontece de
diferentes maneiras na vida das crianças e dos adolescentes. Durante
muito tempo, a violência na escola tem se tornado algo muito comum
ao longo da história da educação no Brasil, principalmente entre
crianças e jovens, muitas vezes elas passam no campo emocional ou
psicológico despercebidas no ambiente escolar, ou até mesmo na família e
suas consequências podem ser devastadoras.
Desta maneira, compreendemos ser de suma importância que a
escola incorpore a discussão sobre o tema e ofereça dispositivos de debates
sobre o assunto, pois não tem como combater o bullying sem entender que
este é um fenômeno existente na sociedade. E que só através da
promoção do encontro dos diferentes é que iremos constituir uma nova
geração de crianças e adolescentes mais respeitosos, e ajudar na
constituição de um país sem bullyng e preconceitos. Apenas quando a
sociedade se mobilizar em prol da cooperação de todos e que iremos
modificar o quadro de violência que encontramos em nossas escolas e na
sociedade.
É importante entendermos que se vive em contextos de diferentes
grupos sociais, e que estes apresentam diversas culturas, o que nos
remete à ideia de respeitar e compreender as diferenças . No entanto,
todos os envolvidos precisam problematizar o assunto na escola e na
comunidade, com o intuito de prevenir comportamentos agressivos em
quaisquer espaços, sejam eles dentro ou fora do espaço escolar.
Assim podemos pensar, em uma educação voltada para a diversidade
e o respeito ao próximo, buscando uma sociedade menos desigual,
em que as diferenças, não sejam utilizadas para justificar o ódio e
o desrespeito perpetuando a violência entre as pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABRAMOVAY, Miriam. (Coord.). Diagnóstico Participativo das Violências


nas Escolas: Falam os Jovens. / Miriam Abramovay; Mary Garcia Castro; Ana
Paula Silva; Luciano Cerqueira. Rio de Janeiro: FLACSO – Brasil, OEI, MEC,
2016. 97 p. Disponível em: . Acesso em: 10 de agosto de 2023.

Presidência da República. Programa de Combate à Intimidação Sistemática


(Bullying). Lei nº 13.185. De 6 de Novembro de 2015. Brasília, Distrito Federal.
06 de novembro de 2021. Disponível em:. Acesso em: 10 de agosto de 2023.

PEDRA, José Augusto. (Prefácio). Fenômeno Bullying: Como Prevenir a


Violência nas Escolas e Educar Para a Paz/ Cléo Fante. – 2. Acesso em 10 de
agosto de 2023.

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