Entretanto os meios de comunicação cada vez mais exibem notícias de episódios que
vão de encontro à uma cultura de paz, uma cultura em direitos humanos. Atos de
vandalismo, intolerância religiosa, racismo, violência física, mental, preconceito de raça
ou qualquer outro tipo vêm sendo comum nas escolas de Pernambuco. Isso favorece o
surgimento de um espaço onde nem se educa, nem se aprende, de difícil convivência
entre seus personagens.
Além disso, tal projeto poderá fomentar uma cultura de paz baseada no diálogo, dando
vez e voz aos segmentos da escola sendo capaz de reproduzir essa cultura em cada canto
da escola e até mesmo fora dela;
Não obstante, tal estudo também contribuirá para proliferação de uma educação em
direitos humanos da comunidade da qual a escola encontra-se inserida, que
necessariamente deverá entender como um processo sistemático e multidimensional
que orienta a formação do sujeito de direitos e vai além de uma aprendizagem
cognitiva, incluindo não só o desenvolvimento sócia, mas também emocional de quem
se envolve no processo de ensino-aprendizagem. Esse processo tem como fundamento
o reconhecimento da pluralidade e da alteridade, condições para exercício da liberdade
de crítica, de criação, de debate de idéias, e valorização da diversidade.
A prática de declarar direitos significa, em primeiro lugar, que não é um fato óbvio para
todos os homens que eles são portadores de direitos e, por outro lado, significa que não
é um fato óbvio que tais direitos devam ser reconhecidos por todos. A declaração de
direitos inscreve os direitos no social e no político, afirma sua origem social e política e
se apresenta como objeto que pede o reconhecimento de todos, exigindo o
consentimento social e político. (Chauí, 1989, p.20)