Você está na página 1de 4

A Máscara do Silêncio

de Djamila Ribeiro

7 – 11

A autora começa contanto sobre algumas histórias de sua vida, na qual ela
sofria atos racistas e se sentia insegura em sua escola, ela relata também que fazia
de tudo para não ser notada, pois tinha vergonha e medo do que os outros colegas
iam pensar ou falar em relação a sua pele ou cabelo. Mas em sua casa, a situação
era outra, ela sempre gostava de conversar, brincar, ela se sentia confortável e
muito segura junto com seus familiares, mas era só era sair de seu apartamento que
tudo começa de novo, a vizinhança culpava a família dela quando ocorria algo no
prédio, e se referiam à eles utilizando frases racistas, como está citada no livro “os
neguinhos lá da frente”.

Mas um dia ela descobriu que um senhor de sua vizinhança abusava de uma
outra jovem que morava no local, e relatou o que escutou para sua mãe, que tomou
as devidas providencias sobre o caso, despois daquele dia, o prédio não foi mais o
mesmo. Mas mesmo ela sendo uma boa pessoa e bem inteligente, ela se sentia
perseguida e com medo das pessoas, mas esse medo e essa culpa que ela sentia,
sempre passava quando ela visitava a casa de sua avó, uma senhora que sabia
exatamente como cuidar e tratar de sua querida neta.

Ela relata como era a casa da avó, sobre a culinária que era sempre muito
boa no local, conta também dos rituais e crenças que a senhora fazia em sua casa,
fala sobre os carinhos e afetos que tinha sua avó, que sempre a tratava bem. Mas
como todos, uma hora chega nosso fim, e infelizmente chegou o da Dona Antônia, a
autora conta como foi perder uma pessoa muito querida em sua vida com apenas 13
anos, na história ela fala que o irmão contou a notícia, ela ficou sem reação, mas
como estavas a brincar com seu amigo, ela voltou e continuou brincando com ele,
ato que ela se culpava até um bom tempo depois de adulta.

Quando ela tinha 10 anos de idade, teve um evento em sua escola, onde a
professora tinha dado preferência para uma aluna “branca e de cabelo liso”, como
relata a autora, mas à colega não conseguia evoluir sua leitura, fazendo com que a
professora não tivesse outra escolha a não ser a Djamila, ela fez uma leitura
excelente, ganhando elogios dos pais que estavam presentes no locais e de seus
professores, ela sempre era premiada por estar entre os melhores alunos de seu
colégio. Quando começou a fazer inglês na escola mais conhecida de sua cidade,
no primeiro dia de aula, todos alunos ficaram em silencio, vendo a chegada de
Djamila, e fizeram comentários sobre ela, Djamila ergueu sua cabeça e foi se sentar.

12 – 16

Djamila procurava se encaixar sendo simpática e ouvindo com um sorriso as


histórias dos colegas. Ela sonhava acordada com uma realidade diferente, mas
sabia que estava fora de alcance. Em sua escola anterior, como a única aluna
negra, ela enfrentou o racismo e a crueldade de um menino, até que seu pai
interveio. Quando ela se mudou para uma nova escola, sentiu a necessidade de
criar uma falsa persona para ser aceita. Apesar de ser uma excelente aluna, isso
não a protegeu de insultos. Ela percebeu que poderia usar sua inteligência para
ajudar os outros academicamente, dando aulas particulares e ganhando dinheiro.
Apesar do incentivo de seu pai para abraçar suas raízes, ela lutou para se adequar
aos padrões de beleza e alterar o cabelo. Por meio de um processo doloroso, ela
percebeu que a conformidade silenciava seu verdadeiro eu.

Stefany Proença

16 – 20

A autora fala sobre a leitura e o aprofundamento em questões raciais e


feministas, abordadas por interlocutoras com lugar de fala, dando a ela um maior
conhecimento geral e sobre si mesma. Nestes textos, é retratado a importância de
resgatar socialmente certas questões de uma forma correta. Djamila cita diversas
autoras que a ajudaram ver socialmente um maior valor em sua história, na trajetória
de mulheres negras, tanto dentro do racismo como na divisão social entre o
feminismo e o machismo.

A autora cita sobre o seu passado e em como seus pais estiveram à mercê de
uma sociedade pouco fragmentada. Com o racismo e a exclusão, ambos viviam uma
vida pouco oportuna e com isso, o interesse de Djamila pela leitura mais tarde a
possibilitou conquistar maiores oportunidades que seus pais. Ela se conectou com
suas raízes e pode se empoderar de sua verdadeira origem.

Bell Hooks, se mostra muito presente na vida da autora, contra o sexismo e o


restituição de humanidades negadas. Mesmo juntas perante a luta contra o sexismo,
mulheres negras ainda podem ter suas vozes singulares por uma luta ainda maior
contra o racismo dentro da sociedade.

Isabella Tenca

21 - 24

A autora fala que aprende a reconhecer as suas subjetividades fazendo parte


de um processo importante de transformação, ela aproveita sua solidão lendo,
fazendo caminhadas pela praia ou contemplando o mar, umas das suas atividades
favoritas.

Com esse acontecimento fez olhar para ela e não aceitar a sua realidade,
principalmente depois de ler Morrison. Quando ela lê Alice Walker, tem certeza de
que merecia mais. Essa autora de A cor púrpura e De amor e desespero: Histórias
de mulheres negras, com suas narrativas tão contundentes, isso tornou-se uma
forma de inspiração.

Aos oitos anos de idade ela foi iniciada no candomblé, logo depois de sua
iniciação ela precisou usar roupa branca, então ela retrata que sofreu piadinhas na
escola por usar essa coloração de roupas e foi chamada de “macumbeira”. A alguns
anos houve uma campanha com o nome “quem é axé diz que é” essa religião é
criada por negros.

Alguns anos depois, com muito esforço, ela passou em uma Universidade
Federal em São Paulo e concluiu um mestrado em filosofia política. No segundo ano
da faculdade, ela passou em um curso e conseguiu dar aula de filosofia para o
ensino médio, assim, conseguiu pagar suas despesas. Nessa época, com alguns
amigos, fundou o Mapô, um núcleo interdisciplinar sobre raças, gênero e
sexualidade da Unifesp.

Nisso, ela conheceu Lélia Gonzalez, professora negra da PUC-Rio, que foi
uma grande demolidora de máscaras no Brasil. Lélia via a hierarquização de
saberes como produto da classificação racial da população, uma vez que o modelo
determinado como universal é o branco.

25-27

Com as teses de Lélia Gonzalez, Djamila então pode entender a situação que
sua mãe enfrentava. Outra figura que ajudou a estudar sobre as mulheres negras foi
Beatriz Nascimento ao apresentar seus estudos sobre os quilombos na quinzena
dos negros da USP. Com sua pesquisa, ela sentiu a sensação de fortalecimento na
casa da cultura da Mulher Negra.

Sueli Carneiro foi uma inspiração para a autora construir espaços para
mulheres negras, além de abrir portas para seus estudos de filosofia e forneceu
bases epistemológicas para que confrontasse o euro centrismo.

A frase de Monique Evelle: “nunca fui tímida, fui silenciada “Foi o bastante
para fazê-la entender o que acontecia com ela a anos.

Em 2013 apesar de medo da exposição começou a escrever em sites e nesse


espaço se sentiu seguro para escrever a partir da perspectiva feminista negra. Em
2014 surgiu um convite para contribui com o extinto do blog escritório feminista, da
carta capital, e em 2015 me tornei colunista do site.

A autora afirma que a luta contra a opressão não é uma forma de imponência,
mas sim, de coexistência, uma vez que a sociedade contempla apenas homens
brancos. Ela acredita que ao perderem medo do feminismo negro as pessoas
privilegiadas perceberão que a luta é essencial.

Ana Clara Soares

Você também pode gostar