Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Serie Crisalida e As Imagens Do Outro Sobre A Cultura Surda
Serie Crisalida e As Imagens Do Outro Sobre A Cultura Surda
Serie Crisalida e As Imagens Do Outro Sobre A Cultura Surda
Revista,
Florianópolis, v. 2, p. 1-133,. 2009
SÉRIE: CRISÁLIDA
No início do livro, o autor fala sobre autores que escrevem muitos livros bonitos
sobre os surdos, mas que realmente não sabem o que é ser surdo e nem se
colocar no lugar de um surdo. O mesmo acontece no início da série, quando a
moça é atropelada e não consegue se comunicar com ninguém, apenas uma
rapaz se sensibiliza e inclusive começa a estudar libras para entender a cultura
surda e depois vira uma linda história de amor, infelizmente terminada por
preconceito por parte dos pais do rapaz.
Esse rapaz era negro, e quando os pais dele conheceram a moça, ficaram um
pouco assustados e devido a simplicidade acabaram ofendendo ela, dizendo
que o rapaz poderia ter encontrado outra pessoa e não uma garota como ela,
como se ela não estivesse entendendo, mas ela entendeu tudo e foi embora. E
me chama muita atenção quando o rapaz fala: Preconceito? Logo nós! Quando
ele diz, logo nos, ele se refere a quanto eles passam preconceito apenas por
serem negros.
E no livro a autora traz uma reflexão com base em pesquisas, assim como o
negro que conseguiu resistir o preconceito, os surdos também conseguiram, e
por mais que ainda hoje em dia, haja muita resistência, é uma luta que vem a
anos e que mostra para a sociedade que deu certo e que é importante.
A partir desse acidente, vários elementos começam a juntar. Esse rapaz que
começa a estudar libras, conhece vários personagens na universidade. Todos
os personagens são amigos, mas cada um tem sua própria história, assim
como no livro que fala que os surdos tem sua própria cultura, valores, regras,
comportamentos, tradições e que compartilham responsabilidades e metas de
uma forte e grande comunidade de pessoas unidas e com objetivos próprios.
Aos poucos vamos conhecendo cada personagem. Tem o menino que não era
aceito pelo pai, que achava que ele precisava de uma fonoaudióloga para fazer
ele falar, desde pequeno ele tinha em suas memorias isso, e ele era surdo, não
tinha motivo dele continuar naquele sofrimento, a sorte desse menino, é que
sua mãe era muito compreensível e inclusive falava libras e procurava sempre
estar estudando para ajudar ele e o que me chamou atenção e é dentro desse
mesmo contexto é de quando uma fonoaudióloga procurou o coordenador do
curso de libras para se especializar em libras, para poder ajudar seus
pacientes.
Acredito que se todos esses profissionais entendem a cultura surda, talvez não
ficaram forçando algo, como aparece nas cenas que o menino relembra a
fonoaudióloga forçando ele a falar, algo que não saia, e foi essa a impressão
que eu tive de forçar mesmo. E com base no livro do depoimento de uma mãe
que fala que a fonoaudióloga falou que o filho dela não precisava aprender a
língua de sinais se não ele ficaria preguiçoso para aprender a falar, no século
que vivemos deveria ser inadmissível esse tipo de pensamento e
comportamento. Essa questão de quando a família se nega que o filho participe
da comunidade surda, faz apenas a pessoa se sentir incapaz de viver como
qualquer outra pessoa.