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CENTRO PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ETEC PROFª TEREZINHA MONTEIRO DOS SANTOS

2º TÉCNICO EM RECURSOS HUMANOS

HISTÓRIA

DJAMILA RIBEIRO- A MÁSCARA DO SILÊNCIO

ANA LUIZA, LEONARA E BEATRIZ

TAQUARITUBA/SP

2023
Do capítulo 7-11 (Ana Luiza)

A filósofa e ativista brasileira Djamila Ribeiro é autora do livro A “Máscara do


Silêncio”. No livro, ela discute temas relacionados ao silêncio e à marginalização do
negro e da mulher negra na cultura brasileira.

Ela relata que o feminismo negro não é uma luta meramente identitária,
porque branquitude e masculinidade também são identidades. Djamila Ribeiro passa
o sua historia de experiência de vida que foi marcada pela sua luta para se tornar
quem queria ser, ela passava por muitos julgamentos tanto de sua cor como de seu
cabelo. Ela conta como era sua experiência na escola com seus colegas e seus
professores que duvidavam de sua inteligência. Seus colegas os insultavam dizendo
que não faria dupla com uma “neguinha” ela se sentia estranha das outras crianças
e inadequada, pela forma que era tratada. Djamila fazia de tudo para que não fosse
notada e na maioria das vezes fazia tudo no automático, para não chamar atenção.
Mas aos seis anos ela aprendeu a jogar xadrez, e aos oito em um torneio de sua
cidade conseguiu ficar em terceiro lugar. Mesmo assim sempre tinha que ouvir
piadinhas sobre si.

Ela passa um ensinamento de incentivo para nunca abaixarmos nossa


cabeça, diante de julgamentos. Ela relata que sua vó foi uma das importantes
pessoas que conseguia faze-la se sentir segura, com todo cuidado que tinha por ela.
E em 1988 ela conseguiu provar para os professores e colegas que conseguia sim,
ser o que, mas duvidavam, mesmo tendo que ser escolhida a força surpreendeu a
todos. E lá em 1990 com os nomes dos melhores alunos, lá esta seu nome, foi o
orgulho de seus pais.

Dai em diante tentava sempre não abaixar sua cabeça, mesmo ainda com
apontamentos racistas que faziam a ela.

Do capitulo 12-15 (Ana Luiza)

Djamila tentava agradar aos outros sendo simpática para se enturmar, ficava
ouvindo com sorriso no rosto historias de seus colegas. Ela adorava ficar viajando e
montando imagens na sua cabeça, de como queria que fosse, fantasiava na sua
cabeça o jeito que sempre sonhou. Mas essas fantasias duravam pouco, pois ela
sabia que isso ainda era fora de seu alcance.
Em sua antiga escola mais modesta, ainda sim era a única aluna negra, e
com isso sofria nas mãos de um garoto, que sempre a humilhava, e fazia
comentários racistas, muito cruéis á ser dita a uma garota que só queria ser
respeitada. Mas como diz o ditado “quem ri por ultimo ri melhor” o garoto quando viu
que pai de Djamila soube de tudo o que fazia com a pobre menina, pois era injusto,
o fato de ser tratada daquela forma, sendo que o pai da menina pagava a mesma
moeda que o pai do garoto, pra ninguém não fazer nada a respeito para orientar ao
garoto que aquilo é errado, nunca mais ele teve coragem de encarar a menina.

Quando foi estudar em outra escola, ela começou a sentir vergonha e alegava
que seu pai era um advogado, e diversas outras mentiras. Ela agia assim, pois ser a
única garota negra da sala por anos que estudava em uma escola de pessoas com
uma classe social mais superior a dela. Essa era a única forma que fazia para se
enturmar e não virarem a cara para ela.

Ser a CDF muitas das vezes evitou ela de ser xingada, mas também nunca
protegeu de verdade. Ela descobriu que podia usar sua inteligência para muitos dos
alunos que só riam dela, precisarem dela. Ajudava-os a estudar, fazia as lições
deles, passava cola, adorava explicar para os outros as matérias que ela dominava.
Com isso começou a dar aulas particulares tanto de inglês como de português para
crianças mais novas e receber por isso. Sempre pressionada pelo seu pai autodidata
e militante a nunca faltar às aulas, e sempre tirar notas boas. Ela tinha a duvida se o
seu pai sabia de tudo aquilo que ela passava, dos xingamentos diários. E muita das
vezes sentia raiva, por que ele sempre dizia a ela que devia sentir orgulho de suas
raízes, da sua cor e seu lindo cabelo.

Mesmo seu pai proibindo de alisar o cabelo ela passava por padrões de
beleza que não são existentes cada um tem sua cor, seu jeito e seu cabelo e isso
que transforma você única e diferente das outras pessoas. Mas Djamila não
reconhecia isso e preferia passar por sacrifícios, que muita das vezes doía e
cheirava forte, tudo isso para ter igual o cabelo de suas colegas. Mesmo com toda a
química nunca ficava como a capa de revista. Ela tinha a sensação de não pertencer
aquilo que sempre a machucava, algo que ela nunca comentava a respeito.

Até que um dia em um processo lento e doloroso ela percebeu que aquilo não
só calava sua voz, mas também sua existência.
Pag. 16/20 (Leonara Lima)

Nesse capítulo ela nos conta como foi trabalhar durante quatro anos numa
biblioteca onde seu trabalho era valorizado, logo depois desses quatro anos aos 24
anos ficou gravida onde teve que largar os produtos químicos de alisamento, e seu
cabelo foi voltando ao natural, ela diz que não queria mais se esconder, não queria
ser invisível. As autoras e autores que ela lia haviam a ajudado a recuperar o
orgulho de suas raízes.

Entre esses autores Grada Kilomba fez uma analogia, entre a máscara que as
pessoas escravizadas eram obrigadas a usar cobrindo a boca e afirmação do projeto
colonial de impor silêncio. Com Grada, Djamila aprendeu que por mais que as vozes
sejam caladas e negligenciadas, vozes se insurgem. Com a escritora Chimamanda
Ngozi aprendeu sobre os perigos da história única e sobre a importância de se
pensar em estratégias para garantir história múltiplas.

Nesses seus conhecimentos aprendeu com a ativista estadunidense Bell


Hooks a entender o papel fundamental da mulher negra na teoria feminista ao
questionar o patriarcado racista. Ela também a ensinou a diferença entre identidade
vitimada e resistência militante, mostrando que as mulheres negras vêm
historicamente entendendo a necessidade de construir redes de solidariedade
política em vez de se fixar numa narrativa imutável de não transcendência.

No final desses capítulos elas nos fala como era difícil de se achar relatos
sobre seus antepassados, ou de onde eles vieram, pois todos os documentos
relacionados á escravidão foram queimados no Brasil. E de como foi difícil perceber
que precisava de ajuda pois estava adoecida pelo racismo.

Pag. 21/24 (Leonara Lima)

Aqui Djamila nos conta sua relação com a música; e com histórias que
mostraram que ela merecia mais em seus relacionamentos. Logo depois nos conta
sobre sua religião e como sofreu na escolar por conta dele, pois tinha sua cabeça
raspada e isso fez com que ela ficasse desconfortável ao sair nas ruas e encontras
algum conhecido e isso fez com que ela negasse as suas origens, só depois de
quase uma década ela se aceitou.

Depois de alguns com sua filha e já cursando filosofia nos mostra dificuldades
de ter que trabalhar, estudar e cuidar de uma criança. Em seu segundo ano de
faculdade conseguiu passar na prova do estado de São Paulo para lecionar filosofia
no ensino médio e pode pagar suas despesas.

Criou um grupo onde descobriu a antropóloga Lélia Gonzalez, foi uma grande
“demolidora” de máscaras no Brasil. Num artigo, ela afirma que fomos tratados como
infans, aquelas por quem se fala, que não falam por si sós. Criticando a ciência
moderna como padrão exclusivo para a produção do conhecimento.

Lélia denunciava o racismo epistêmico e a invisibilidade das produções


acadêmicas de mulheres negras. Nos anos 80 Lélia já identificava que as mulheres
negras no espaço público em geral e no entretenimento e lazer, essa figura que
permeia o imaginário colonial e escravista brasileiro, quando floresceu o mito
“democracia racial”.

Pag. 25/27 – Beatriz

Com base nas teses de Lélia Gonzalez, Djamila começou a compreender a


situação enfrentada por sua mãe. Beatriz Nascimento também foi uma figura
importante em seus estudos sobre as mulheres negras, ao apresentar pesquisas
sobre os quilombos durante a quinzena dos negros na USP. Através dessas
pesquisas, Djamila sentiu-se fortalecida e encontrou um espaço na cultura da Mulher
Negra.

Sueli Carneiro foi uma inspiração para Djamila, ajudando-a a criar espaços
para mulheres negras e fornecendo fundamentos epistemológicos para confrontar o
eurocentrismo. A frase de Monique Evelle: "nunca fui tímida, fui silenciada", fez com
que Djamila entendesse o que vinha acontecendo com ela por anos.
Apesar do medo da exposição, em 2013 Djamila começou a escrever em
sites, encontrando um espaço seguro para expressar sua perspectiva feminista
negra. Em 2014, recebeu um convite para contribuir com o extinto blog Escritório
Feminista, da revista Carta Capital, e em 2015 tornou-se colunista do site.

Djamila afirma que a luta contra a opressão não é uma forma de imposição,
mas sim de coexistência, uma vez que a sociedade privilegia apenas homens
brancos. Ela acredita que quando as pessoas privilegiadas perderem o medo do
feminismo negro, perceberão a importância dessa luta.

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