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3. COERÊNCIA TEXTUAL/DESENVOLVIMENTO DA
ARGUMENTAÇÃO:
abusar dos conectivos e, claro, com uma boa diversidade deles. Nada de
ficar repetindo os conectivos ao longo do texto. Essa atitude garantirá o
encadeamento das ideias e, por isso, é também um forte aliado à
manutenção da coerência textual abordada no critério anterior. Alguns
exemplos de conectivos:
I. Introdução
a) Apresentação de um repertório;
b) Relação do repertório ao tema;
c) Apresentação do tema;
Recomendo que nessa parte você tente relatar o mais próximo
possível do que está escrito no tema.
d) Tese;
II Desenvolvimento
II Conclusão
IV Título
TÍTULO
Deixe-o para o final, pois, para que seja coerente, é preciso levar em
consideração a tese e os argumentos já prontos.
Analisando por partes, tem-se:
Análise textual
Proposta de redação:
Racismo Científico
O racismo científico, crença pseudocientífica que defende a
existência de evidências científicas que justificam a discriminação racial,
tem como origem os primórdios da teoria da evolução humana, de Charles
Darwin, que atestou a existência de raças inferiores, que poderiam evoluir
com o passar do tempo. Na mesma perspectiva, o naturalista francês
Georges Louis Leclerc, ainda no século XVIII, defendeu a ideia de
degeneração para discutir as misturas raciais, sobretudo no Brasil,
afirmando, por exemplo, que o negro e o branco eram duas espécies
distintas, sendo o negro uma espécie inferior.
Miscigenação
A miscigenação é apresentada, na obra, ora como possibilidade de
desenvolvimento, ora como fator de degeneração. A mistura de raças
aparece, ainda, em “Canaã”, como um possível processo de branqueamento
da população brasileira, o que é ilustrado pelo pessimismo esperançoso de
Maciel, que vê na miscigenação a possibilidade de uma futura substituição
da cultura tradicional, “atrasada”, por um modo de vida mais adaptado à
modernidade – substituição esta que acarretaria mudanças tão radicais que
marcariam o fim da cultura brasileira.
Xenofobia
O promotor Brederodes é, dentre os personagens brasileiros de
“Canaã”, o que apresenta xenofobia mais agressiva. Para ele, a presença
dos estrangeiros parece ameaçar seus domínios e ele teme por sua
multiplicação, pela tomada do país.
Assédio sexual
Na narrativa, a personagem Maria, uma jovem filha de imigrantes, é
assediada pelos soldados negros, bêbados, todas as noites, de quem tenta se
desvencilhar.
Escravidão X Abolicionismo
Fica evidente, durante toda a narrativa, que Maria Firmina dos Reis
utiliza a própria literatura como instrumento de luta contra a escravidão.
Com a personagem Joana, a autora denuncia os constantes abusos que eram
praticados contra os povos escravizados, no Brasil, e os efeitos disso, bem
como destaca o atraso do país – principalmente se comparado à Europa –
em determinar o fim do sistema de trabalho servil.
Discriminação racial
Empoderamento feminino
Fontes:
ARANHA, Graça. Canaã. São Paulo: Martin Claret, 2005 (Edição original: 1902).
ARAUJO,
Barbara Del Rio. Estudo sobre a composição estética da obra Canaã.
Disponível em: https://1library.org/document/nzwv07lq-estudo-sobre-composicao-
estetica-obracanaa-graca-aranha.html;
BOTTON, Viviane Bagiotto. Histeria, mulher e feminino.
Disponível em: https://www.filosofas.org/post/histeria-mulher-e-femenino ;