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AULA ATIVIDADE ALUNO Serviço Social

AULA
ATIVIDADE
ALUNO

Curso:
Serviço Social
AULA ATIVIDADE ALUNO Serviço Social

Disciplina: Formação Social, Política e Econômica do Brasil.


Teleaula: 02

Prezado (a) aluno (a),

A aula atividade tem a finalidade de promover o autoestudo das competências e conteúdos


relacionados à Unidade de Ensino 2: “Do Império às transformações no Século XIX”. Sob a orientação
de seu tutor de sala e com o auxílio do professor no Chat Atividade, procedam à leitura do texto de
apoio e, em seguida, responda à questão proposta. A questão é para um debate e reflexão utilizando
elementos da disciplina trabalhada.

PARTE I – LEITURA

“O cativeiro da terra” de José de Souza Martins.

O trabalho livre gerado pela crise da escravidão negra diferia qualitativamente do trabalho livre do
agregado, pois era definido por uma nova relação entre o fazendeiro e o trabalhador. O trabalhador
livre que veio substituir o escravo dele não diferia por estar divorciado dos meios de produção,
característica comum a ambos. Mas diferia na medida em que o trabalho livre se baseava na
separação do trabalhador de sua força de trabalho, que no escravo se confundiam, e nela se fundava
sua sujeição ao capital personificado no proprietário da terra. Entretanto, se nesse ponto o
trabalhador livre se distinguia do trabalhador escravo, num outro a situação de ambos era igual.
Refiro-me a que a modificação ocorrera para preservar a economia fundada na exportação de
mercadorias tropicais, como o café, para os mercados metropolitanos, e baseada na grande
propriedade fundiária.'
[...]
As relações sociais que engendravam o fazendeiro-capitalista não eram estritamente as relações de
produção no interior da fazenda, mas, também e significativamente, as relações de troca que ele
mantinha fora da fazenda com os comissários de café e, mais tarde, já no final do século xix, com os
exportadores.' É por essa razão que a transformação das relações de trabalho na cafeicultura
originou-se na esfera da circulação, na crise do comércio de escravos, que produziu seus efeitos mais
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drásticos no Brasil a partir de 1850, quando o tráfico negreiro foi definitivamente proibido. A
hegemonia do comércio na determinação das relações de produção na economia de tipo colonial,
nesse caso particular, deve ser ressaltada. Essa economia não se definia apenas pelo primado da
circulação, mas também pelo fato de que o próprio trabalhador escravo entrava no processo como
mercadoria. Portanto, antes de ser o produtor direto, ele tem que ser objeto de comércio. Por isso,
tem que produzir lucro já antes de começar a produzir mercadoria e não apenas depois, quando
começa a trabalhar. Pode-se, pois, dizer que, na economia colonial, o processo de constituição da
força de trabalho é regulado, antes de mais nada, pelas regras de comércio. Por isso mesmo, a
transformação das relações de produção tem menos a ver, num primeiro momento, com
modificações no processo de trabalho da fazenda de café e mais a ver com modificações na dinâmica
de abastecimento da força de trabalho de que o café necessitava.

Trecho da obra:

MARTINS, J.S. O cativeiro da terra. São Paulo: Contexto, 2013.

PARTE II - QUESTÃO PARA REFLEXÃO E DISCUSSÃO

O texto marca um importante traço característico da sociedade brasileira no século XIX. Qual seria
esse elemento ou esse traço? Lembre-se que estamos falando da passagem e das transformações no
século XIX que conduziram a nossa sociedade para o capitalismo do século XX. Um ponto importante
é o trabalho.

Caro(a) aluno(a),
Se necessário, durante a atividade, as dúvidas podem ser encaminhadas pelo Chat Atividade ao
professor para esclarecimentos e conte também com o seu tutor(a).

Bom trabalho a todos!

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