MODELO KEYNESIANO BÁSICO COM 2 SETORES MODELO KEYNESIANO BÁSICO COM 2 SETORES. Uma Nota de Esclarecimento: O Modelo aqui apresentado não foi desenvolvido por Keynes. Foi formulado no pós II Guerra Mundial e popularizado por Paul Anthony Samuelson em seu livro Economics: An Introductory Analysis, publicado em 1948 (Tradução brasileira: Introdução à Análise Econômica) e por posteriormente por Alvin H. Hansen no livro Guia para Keynes, publicado em 1953 (tradução brasileira de 1973). No entanto, a versão completa do chamado Modelo Keynesiano Generalizado começou bem mais cedo a partir do artigo de Hicks, Mr. Keynes e os Clássicos, publicado em 1937, com contribuições dos autores supramencionados, versão essa denominada pela ilustre economista britânica Joan Violet Robinson, contemporânea de Keynes, de Keynesianismo bastardo. MODELO KEYNESIANO SIMPLES COM 2 SETORES Pelo lado da igualdade entre oferta e demanda agregada, temos: 1) Y = C + I 2) C = CA – cY 3) I = I0 Onde: Y = Renda ou Produto (PIB), C = Consumo, CA = Consumo Autônomo, I = Investimento, I0 = Investimento Autônomo, c = Propensão marginal à consumir. Passando os termos em Y para o lado esquerdo da expressão, obtemos? Y – cY = CA + I0 (1 – c)Y = CA + I0 Y = [CA + I0] Exercício:
Seja, (1)Y = C + I (2)C= 100 + 0,8Y (3)I = 500 (4)S = Y – C, Logo: S = Y – (100 + 0,8Y), ou, (5)S = - 100 + 0,2Y Qual o nível de equilíbrio da Renda: Qual o valor do multiplicador. Se o investimento aumentar para 600, qual o novo nível de equilíbrio da renda? Se o Consumo autônomo aumentar para CA = 150, qual o novo nível de equilíbrio da renda? Refaça os cálculos considerando as injeções e vazamentos. Por definição: Y=C+I Y=C+S Igualando: S=I Exercício: Seja, (1)Y = C + I (2)C= 100 + 0,8Y (3)I = 500 Qual o nível de equilíbrio da Renda: Qual o valor do multiplicador. Se o investimento aumentar para 600, qual o novo nível de equilíbrio da renda? Se o Consumo autônomo aumentar para CA = 150, qual o novo nível de equilíbrio da renda? Refaça os cálculos considerando as injeções e vazamentos. Refaça os cálculos considerando as injeções e vazamentos. Por definição: Y=C+I Y=C+S Igualando: S=I Se a Propensão Marginal a Consumir baixar para c = 0,75, qual o novo valor do multiplicador? Refaça os cálculo considerando o novo valor da Propensão Marginal a Consumir. Consideremos uma Economia de 3 Setores composta por Famílias (Consumidores) e Empresas (Produtores), descrita pelas seguintes expressões: Vamos agora considerar uma Economia com 3 Setores: Consumidores, Produtores e Governo. Agora: (1)Y = C + I + G (2)C = CA + cYd (3)I = I0 (4)G = G0 (Gasto Autônomo do Governo) (5)T = T0 ( Tributação Autônoma ou Indireta) (6)Yd = Y – T (Renda disponível) Transformando a Função Consumo em termos de Y, temos: C = CA + c(Y - T0) C = CA + cY - c T0 Substituindo em (1), temos: Y = CA + cY - c T0 + I0 + G0 Y – cY = = CA - cT0 + I0 + G0 Y = [CA - cT0 + I0 + G0 ] Exercício: (1)C= 100 + 0,8Yd (2)I = 500 (3)G = 100 (4)T = 100 Logo, o orçamento está equilibrado já que os Gastos do Governo (G = 100) é igual a Arrecadação Tributária = 100). Perguntas: 1) Qual o nível de equilíbrio da Renda? 2) Se os Gastos do Governo aumentarem para G = 120, qual o novo nível de equilíbrio da Renda? 3) O Governo apresenta Déficit ou Superávit?
Ampliando o Modelo Keynesiano Básico com três setores, vamos agora introduzir o imposto sobre a renda. (1)Y = C + I + G (2)C = CA + cYd (3)I = I0 (4)G = G0 (Gasto Autônomo do Governo) (5)T = T0 + tY (T0 = Tributação Autônoma e t = Propensão Marginal a Tributar) (6)Yd = Y – T (Renda disponível) Substituindo (2) a (6) em (1), temos: (1)Y = CA + cYd + I0 + G0 Colocando o Consumo como função da renda: Y = CA + c[Y – (T0 + tY)] + I0 + G0 Y = CA + cY – cT0 – tY + I0 + G0 Passando os termos em Y para o lado esquerdo da expressão: Y – cY + tY = CA – cT0 + I0 + G0 (1 – c + t)Y = CA – cT0 + I0 + G0 Y = ( )[CA – cT0 + I0 + G0] Aplicando derivadas parciais em Y em relação a cada uma das variáveis independentes, obtemos: = = ( )[Multiplicador do Consumo Autônomo)]; = = ( ) [Multiplicador da Tributação Autônoma]; = = ( )[Multiplicador do Investimento]; = = ( )[Multiplicador dos Gastos do Governo]. Exercício:
(1)Y = C + I + G (2)C = 100 + 0,8Yd (3)I = 200 (4)G = 500 (5)T = 100 + 0,15Y Exercício: 1) Qual o nível de equilíbrio da Renda? 2) O Governo apresenta Superávit ou Déficit? De quanto? 3) Se o Governo cortar seus Gastos em 100 unidades monetária, de modo que agora G = 400, o Governo apresenta Déficit ou Superávit? De quanto? 4) Quais os custos dessa política governamental? 5) Se o governo, ao invés de cortar gastos, aumentar a Propensão Marginal a Tributar de modo que agora t = 0,175Y 6) Qual o novo nível de equilíbrio da Renda? 7) O Governo apresenta déficit ou superávit? De quanto? 8) Se o Governo além de cortar gastos em 100 unidades monetária, ainda aumentar a Propensão Marginal a Tributar, passando t = 0,175. Qual o novo Nível de Equilíbrio da Renda? O governo conseguiu equilibrar seu Orçamento. Qual o custo dessa política? Vamos agora introduzir na Tributação, além da componente autônoma (Impostos Indiretos), o imposto sobre a Renda e as Transferências Governamentais, tais como o Bolsa Família e o Auxílio emergencial (Tr = Tr0). Vamos supor também que o Investimento Privado é induzido pela Renda (Onde “d” mede a sensibilidade do Investimento às variações na Renda). Pelo Lado da igualdade entre Oferta e Demanda Agregada, temos: 1) Y = C + I + G 2) C = C0 + cYd 3) I = I0 + dY 4) G = G0 5) T = T0 + tY 6) Tr = Tr0 (Transferências Governamentais. Ex: Bolsa Família) 7) Yd = Y – T + Tr ou, Yd = Y – (T0 + tY) + Tr0 Exercício para a aula de amanhã: 1) Obtenha a expressão algébrica para o Nível de Equilíbrio da Renda: 2) Obtenha a expressão algébrica dos multiplicadores da Renda para cada variável independente.