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Estado do Rio de Janeiro.

Prefeitura Municipal de Paracambi.


Secretaria Municipal de Educação e Esporte.

SMEE – 2º SEGMENTO EJA


Unidade escolar: __________________________________________________
Ano de Escolaridade: 7ª série Turma: _____________________
Disciplina: História Professor: ___________________________________
DATA: 08 a 12 de Março de 2021
Atividade nº: 3 3ª SEMANA

1º BIMESTRE

Economia cafeeira e industrialização do Brasil


A cultura do café constituiu, no período da República Velha, sobretudo na fase conhecida
como “república dos oligarcas” (1894-1930), o principal motor da economia brasileira. Esse
produto liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos. O
estado de São Paulo capitaneava a produção de café neste período e também determinava as
diretrizes do cenário político da época. Da economia cafeeira, resultam três processos que se
complementam: a imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a
industrialização.
Desde a segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império, a imigração
de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal
fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras de
café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então, tornou-se
objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em
1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da
República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas
terras trabalhadas, tornando-se colonos.

Algum tempo depois, especificamente após o término da Primeira Guerra Mundial, em


1918, uma nova onda migratória se dirigiu ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se
transformou num complexo econômico com várias extensões. Os imigrantes que vinham à
procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para os
núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de urbanização de
cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, em linhas gerais, para facilitar a
distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à exportação. A ampliação das linhas
férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fluido esse
processo.

A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador
Boris Fausto, em sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos
assalariados e outras fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a
proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do imigrante com a
estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos
manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.

Por volta de 1880, já existia a presença de várias fábricas no Brasil, mas sem uma
estrutura realmente significativa. Contudo, por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades
industriais já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por meio da intensa
exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno brasileiro,
várias estruturas de maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já que muitos
produtores de café também passaram a investir nas fábricas.

Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos setores:


têxtil (produção de tecido), de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu
decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito dos setores referidos. E, para
que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do valor da
moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o principal produto de
exportação, o café, desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes, o governo
brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra que apenas na
Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma política econômica
realmente voltada ao desenvolvimento industrial pleno.

Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da proliferação de fábricas e
trabalhadores assalariados, formou-se também nesse período as primeiras organizações de
trabalhadores com fins de protesto por melhores condições de trabalho, dentre outras exigências.
O anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores brasileiros na década de 1920,
influenciados pelas ideias dos anarquistas italianos da mesma época, que aqui chegavam por
meio dos imigrantes italianos com experiência no trabalho fabril.

QUESTÃO 1: Qual era a importância do café para a economia brasileira no início do século
passado?

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QUESTÃO 2: Como a cultura do café foi responsável pela vinda de imigrantes para o Brasil?

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QUESTÃO 3: Como a produção do café facilitou a industrialização de algumas cidades


brasileiras?

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QUESTÃO 4: Quando o café perde força na economia nacional? Por que isso acontece?

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QUESTÃO 5: Cite exemplos de produtos que atualmente possuem grande relevância no


agronegócio brasileiro.

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