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Escola Estadual Professora Apolônia Pinheiro dos Santos

Professor: Elves Barreto


1º ano médio : Geografia

A inserção do Brasil na Economia mundial.


Para muitos autores, a conquista e a colonização territorial, a partir do século XVI, podem ser consideradas
empreendimentos capitalistas, pois os colonizadores objetivavam o lucro no comércio dos bens produzidos nas colônias. Nesse
período, as atividades econômicas desenvolvidas no Brasil estiveram estreitamente associadas às potencialidades naturais do
território e, dependentes do capital da Metrópole, visavam atender apenas aos interesses dos europeus.
Esse cenário começou a ser estruturado no início no século XVI, quando os colonizadores, sobretudo os portugueses,
organizaram feitorias no litoral brasileiro para a exploração do pau-brasil. A partir de meados desse século, empreenderam o
cultivo de cana-de-açúcar por meio do sistema de plantation, caracterizado pela monocultura voltada para a ex-portação, produção
em grandes propriedades e exploração de mão de obra escrava. Além de instituir a escravidão, que fez milhões de vítimas por mais
de três séculos, dizimando numerosos povos indígenas e subjugando os africanos trazidos à força, a formação desses espaços de
produção foi realizada a partir do desmatamento e de outras alterações que hoje identificamos como problemas ambientais.
Em diferentes momentos ao longo da história, os espaços foram organizados no Brasil para atender ao mercado mundial,
que demandava produtos agrícolas ou minerais. A implantação de várias atividades exportadoras explica a forma de ocupação do
Brasil e a construção de suas diferenças regionais.
A ocupação do território
A partir dos principais núcleos de povoamento colonial formados até o início do século XVII - São Vicente/São Paulo,
Rio de Janeiro, Salvador e Pernambuco -, o território do Brasil foi sendo ampliado.
Entre as áreas incorporadas, esteve o semiárido nordestino, onde a pecuária extensiva se espalhou pelas margens do rio
São Francisco e chegou ao sertão. Também se iniciou a criação de gado na região onde atualmente se encontram os estados
sulinos.
Nesse século teve início, ainda, a exploração de áreas de floresta Amazônica pelos portugueses, interessados nas
chamadas drogas do sertão.
No final do século XVII, partiram de São Paulo expedições de bandeirantes para capturar e escravizar indígenas e
encontrar minas de ouro e diamantes. No século XVIII, com a descoberta do ouro nas áreas que hoje pertencem aos estados de
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, assistiu-se à interiorização da exploração e da ocupação colonial.
Um fato que se destaca nos três primeiros séculos de exploração e ocupação do território brasileiro é a descontinuidade
espacial. Em outras palavras, formaram-se "ilhas" de ocupação e povoamento ao longo do litoral e nas áreas interioranas, com
ligações muito precárias e por vezes perigosas. Os tropeiros e os pecuaristas foram os principais responsáveis pela consolidação de
rotas mais duradouras, bem como pela instalação de áreas de pouso (descanso), que gradativamente tornaram-se núcleos de
povoamento.
No século XIX, algumas atividades econômicas aceleraram o processo de expansão do território como o cultivo do café.
Sob o aspecto social, o café fez surgir uma nova classe com grande poder político, além de umaclasse trabalhadora livre, formada
por imigrantes europeus. Outra atividade que teve impacto na configuração do território nacional foi a exploração da borracha na
Amazônia (1870 e 1910), região que recebeu elevado número de migrantes fugidos de uma seca muito rigorosa no Sertão do
Nordeste.
No século XX, o atual território brasileiro foi mais amplamente ocupado, e as regiões passaram a estar mais interligadas
com a construção de ferrovias e rodovias.
A Industrialização e a integração do Território
Nas últimas décadas do século XIX e no início do século XX, a exportação de café tornou-se a base da economia
brasileira, e o cultivo desse produto acarretou a introdução da mão de obra livre no processo produtivo. As atividades comerciais,
financeiras e o setor de transportes sofreram uma relativa modernização e, a partir do capital gerado pela economia
agroexportadora, iniciou-se o desenvolvimento do setor industrial brasileiro.
No inicio da industrialização, o descompasso entre o Brasil e os países centrais quanto ao nível técnico e à concentração
de capitais era muito evidente.
E importante lembrar que, nesse período, começava nos países mais desenvolvidos a Segunda Revolução Industrial,
enquanto no Brasil as indústrias empregavam tecnologias simples e não dispunham de capital suficiente para intensificar o
processo de industrialização.
Em 1929, uma crise mundial provocou um efeito positivo para o desenvolvimento da industria brasileira: a substituição
de importações, processo que se caracteriza pela criação de indústrias para à fabricação de produtos antes importados. A
substituição de importações ocorreu devido ao aumento da demanda interna por produtos industrializados e às políticas
governamentais implantadas na época (sobretudo financiamentos e taxações sobre produtos importados). Esse processo ocasionou
uma significativa mudança na estrutura econômica nacional: a atividade industrial passou a ser o carro-chefe da economia
brasileira, ultrapassando o setor agroexportador, em baixa por causa da diminuição da demanda mundial por café.
À partir da década de 1930, o Estado brasileiro empreendeu, portanto, uma política desenvolvimentista marcada, entre
outros aspectos, pelo aumento da intervenção do Estado na economia com o objetivo de promover a industrialização. Uma
importante decisão relacionada a essa política foi a obtenção de financiamento estadunidense para a criação de uma indústria
siderúrgica no pais - a siderúrgica de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. A consolidação da política desenvolvimentista
representou a chegada da Segunda Revolução Industrial no Brasil com algumas décadas de atraso em relação aos países centrais.
Na década de 1940 (em plena Segunda Guerra Mundial), o Brasil possuía uma organização fragmentada do espaço, isto é,
pouco integrada. Cada porção do espaço apresentava mais ligações com o exterior (onde estavam os mercados para as matérias-
primas produzidas) do que com as áreas próximas. A deficiente rede de transportes foi um dos fatores apontados para a existência
da chamada economia de arquipélago.
O pós-guerra
O final da Segunda Guerra Mundial em 1945 e o posterior início da Guerra Fria constituiram um marco decisivo na
internacionalização da economia brasileira. A ascensão dos Estados Unidos como potência capitalista promoveu a articulação de
uma base aliada da qual faziam parte os países da Europa Ocidental, o Japão e a América Latina.
A criação de instituições como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, ambos destinados a socorrer
países, principalmente os países em desenvolvimento, foi decisiva para o Brasil. O fato de as políticas protecionistas do Estado
brasileiro terem permanecido no pós-guerra permitiu ao pais continuar a industrialização por substituição de importações. No
entanto, para as elites isso já não era suficiente, e disseminou-se a ideia de que era necessário alcançar rapidamente o nível de
industrialização dos países desenvolvidos.
Na segunda metade dos anos 1950, começaram a ser instaladas indústrias mais avançadas tecnologicamente no país.
Nessa época, o Estado brasileiro permaneceu presente na implantação da infraestrutura (rede de transportes, energia,
comunicações) e na criação e expansão de indústrias de base (siderúrgica e petroquímica) visando dar condições para as indústrias
multinacionais produtoras de bens duráveis automobilística, de eletrodomésticos, etc.) instalarem-se no Brasil. Com isso, as
multinacionais dominaram e direcionaram o processo de industrialização brasileiro.
Depois do golpe militar de 1964, fortaleceu-se de modo significativo o elo entre a economia brasileira e o capital
internacional. A abundância de créditos internacionais garantiu a fase denominada "milagre brasileiro", período entre 1967 e 1973
em que o Brasil conheceu elevado crescimento econômico e, simultaneamente, forte concentração de renda. Esse período foi
encerrado com a primeira crise do petróleo, caracterizada por uma forte elevação do preço do barril dessa fonte de energia.
Na década de 1980, mudanças nas organizações econômica e financeira mundiais tiveram ampla repercussão em nosso
país: a economia mundial passou a crescer mais lentamente, provocando déficits públicos em vários países centrais; o
neoliberalismo foi adotado nos Estados Unidos e no Reino Unido e se expandiu para outros países, incluindo o Brasil; o mercado
financeiro mundializou-se, embora tenha continuado bastante centralizado nos grandes centros financeiros de Nova York, Londres
e Tóquio.
As multinacionais ganharam novo ritmo, pois foram (e continuam sendo) favorecidas pela abertura dos mercados
promovida pelo neoliberalismo e pelas inovações tecnológicas da terceira revolução industrial.
A inserção do Brasil na economia capitalista internacional promoveu mudanças no papel desempenhado pelo nosso país
na DIT. De exportador de matérias-primas bens agrícolas - modelo agroexportador o Brasil diversificou a pauta de suas
exportações com a inclusão de artigos manufaturados, ampliando sua participação no comércio mundial.
Apesar da modernização promovida pela crescente internacionalização da economia -modelo urbano-industrial -, uma
parte considerável da população brasileira ainda permanece em condições de pobreza.
Características regionais do Brasil
O conceito de região é central para a Geografia. A região pode ser definida como uma extensão variável do espaço,
delimitada a partir de um conjunto de relações socioespaciais que lhe confere uma característica própria que nos permite
diferenciá-la dos espaços vizinhos e externos. De forma sucinta, a região é parte de um todo com o qual se inter-relaciona.
Devido à sua grande extensão - 8515767,049
km² -, o território brasileiro precisa ser dividido em
partes, tanto para diferenciar cada uma delas como para
conhecê-las melhor. Os limites das regiões brasileiras
podem ou não coincidir com as divisões político-
administrativas dos estados e isso depende do critério
adotado na regionalização. A primeira regionalização
do Brasil proposta pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 1941, utilizava
como critério as semelhanças naturais (clima, relevo e
vegetação) de cada porção do território e os limites dos
estados. Os limites estaduais sempre foram utilizados
pelo IBGE para definir as regiões com o objetivo de
facilitar a coleta e a organização dos dados estatísticos
e, consequentemente, a implementação de medidas
administrativas pelos governos federal e estadual. O
Brasil foi dividido em cinco regiões: Norte, Nordeste,
Leste, Sul e Centro-Oeste.
Nas décadas seguintes, o IBGE adotou outros critérios e propôs outras regionalizações do território.
A atual divisão regional proposta por essa instituição leva em consideração aspectos econômicos, sociais, políticos e
naturais e é utiliza da desde 1990. As atuais macrorregiões brasileiras do IBGE são: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul
(ver mapa).
OBS: As regiões e a diversidade cultural:
As dimensões continentais do território brasileiro ganham um novo olhar quando se estudam as regiões
É certo afirmar que cada região apresenta identidade cultural própria, que se expressa na literatura, na música, na arte, no
artesanato, na culinária, nas festas, no vocabulário regional.
Não raro, no interior dos limites regionais percebem-se manifestações culturais singulares, típicas de uma pequena porção
do espaço. A soma dessas manifestações resulta em uma extraordinária diversidade cultural, cuja origem pode ser encontrada na
união entre a geografia e a história de cada lugar.

As regiões brasileiras
Diversas características podem ser identificadas em cada macrorregião definida pelo IBGE.
A Região Nordeste
O Nordeste foi a primeira região brasileira a ser ocupada e a criar espaços
de produção, ainda no século XVI. A região apresenta uma grande variedade de
paisagens climatobotânicas, utilizadas para definir sub-regiões em seu interior: de
leste para oeste, a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o MeioNorte (ver mapa).
Na Zona da Mata, foi estruturada a primeira área canavieira do país, e a
ocupação do Agreste e do Sertão deu-se, em parte, pelas condições naturais dessas
paisagens, adequadas à expansão da pecuária. No Meio-Norte, a expansão ocorreu
no sentido norte-sule, na parte sul do Piauí e do Maranhão, o povoamento deu-se
do sul e do sudeste para o norte.
Do ponto de vista econômico, coexistem atualmente na região áreas
agrícolas modernas, onde há cultivos de exportação - frutas no vale médio do São
Francisco, soja e algodão no oeste da Bahia, entre outros -, e áreas com agricultura
tradicional e baixa produtividade.
Durante os governos militares (1964-1985), ocorreu o primeiro grande
desenvolvimento industrial na região, impulsionado por incentivos fornecidos pela
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). As principais zonas
industriais nordestinas estão, hoje, nas áreas metropolitanas de Salvador, do Recife
e de Fortaleza. Historicamente, o Nordeste caracteriza-se por apresentar baixos
níveis de desenvolvimento. A partir da década de 2000, porém, com a ampliação
da irrigação, o aumento da industrialização e a aplicação de alguns programas
sociais, verificou-se uma melhora na qualidade de vida da população.
A Região Sudeste
Colonizadores portugueses estiveram presentes na atual região Sudeste desde o século XVI. A partir do século XVIII, o
principal polo político e econômico do país começou a se localizar nessa região: primeiro, devido à descoberta de ouro em Minas
Gerais e à transferência da capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro; depois, a região passou a abrigar a capital do
Império e depois da República e também apresentava, a partir de meados do século XIX, extensas áreas de cultivo de café, o
principal produto de exportação do Brasil na época.
Atualmente, o Sudeste é a região mais populosa e urbanizada do pais e abriga o setor industrial mais desenvolvido. Estão
localizadas no Sudeste as duas maiores metrópoles nacionais - São Paulo e Rio de Janeiro.
A produção agrícola da região apresenta os maiores níveis de mecanização do país. Importantes agroindústrias (laranja e
cana-de-açúcar) ocupam extensas áreas, principalmente no estado de São Paulo. Também existem na região outros cultivos
destinados à exportação, como o café, a soja e o milho. No Sudeste, assim como nas outras regiões brasileiras, a agricultura
moderna coexiste com cultivos tradicional e pouca comercial.
A Região Sul
Trata-se da única região brasileira que apresenta a maior parte de seu território na zona temperada.
Apesar de áreas de seu espaço terem sido ocupadas desde o século XVI para a criação extensiva de gado (bovino e
equino), seu crescimento demográfico e econômico começou a ocorrer apenas no século XIX, quando a região recebeu grande
número de imigrantes para ocuparem o território. A presença desses imigrantes (italianos, alemães, poloneses, ucranianos, entre
outros) garantiu à região muitos aspectos culturais diversos dos da cultura luso-brasileira, encontrada em outras regiões,
principalmente no Nordeste e no Sudeste.
A Região Sul apresenta hoje um setor industrial e agrícola bem desenvolvido e possui os melhores indicadores sociais do
Brasil em saúde e educação.
A Região Centro-Oeste
Durante séculos, o Centro-Oeste manteve-se pouco povoado. A partir da segunda metade do século XX, a porção sul
dessa região foi afetada pelo crescimento da economia paulista com a extensão de linhas ferroviárias destinadas ao transporte de
gado bovino até a região.
A região também foi profundamente afetada pela decisão do governo brasileiro de localizar sua sede no então criado
Distrito Federal. Para a construção de Brasilia, uma grande quantidade de migrantes (sobretudo do Nordeste) se deslocou para lá.
Com as rodovias que ligavam a nova capital ao restante do pais, migrantes sulinos, em grande maioria, passaram a desmatar áreas
de Cerrado para o cultivo de grãos. O baixo preço das terras naquele momento garantiu a formação de grandes propriedades no
Centro-Oeste.
Nas últimas décadas do século XX, a agroindústria expandiu-se enormemente na região, principalmente a destinada a
produção de soja para exportação. Áreas expressivas de vegetação também têm sido desmatadas para a prática da pecuária.
OBS: As monoculturas no Cerrado e a contaminação dos rios: Por muito tempo, os solos do Cerrado foram considerados
impróprios para o cultivo. Quando ali começaram a ser introduzidas as monoculturas, adotaram-se técnicas que incluíam a
correção do solo, maquinário moderno e defensivos agrícolas. Naquele momento, muitos rios da região foram contaminados por
fertilizantes e agrotóxicos carregados pelas enxurradas.
A Região Norte
Região brasileira mais extensa, foi pouco povoada durante o período colonial. A ocupação da região foi estimulada pela
exploração da borracha, que, entre 1870 e 1910, teve importância nas exportações brasileiras.
A integração da região ao espaço geográfico nacional efetivou-se com base em uma estratégia geopolitica, empreendida
pelos governos militares, para promover a exploração da floresta Amazônica. Para isso, foram construídas duas grandes rodovias -
Cuiaba-Santarém e Transamazônica. Nas suas proximidades, foram instalados grandes projetos de extração mineral, como o
Projeto Grande Carajás. Em 1967, o governo criou a Zona Franca de Manaus com o objetivo de atrair empresas e promover a
industrialização na área. Atualmente, a região sofre com desmatamentos da floresta Amazônica decorrentes principalmente da
expansão de atividades agropecuárias. A região apresenta a maior concentração de grandes propriedades do Brasil e também as
principais áreas de conflitos de terras, principalmente no estado do Pará. Outra atividade de destaque na região é a mineração.
Os desequilíbrios regionais
O Brasil é marcado por profundas desigualdades socioeconômicas e regionais.
Como no pais a industrialização fez-se de forma bastante concentrada no Sudeste, houve nessa região uma forte
concentração de riqueza. O Sudeste recebeu maior volume de investimentos do Estado, que buscava atrair e favorecer o capital
internacional que se instalou no pais com as multinacionais. As demais regiões gravitavam em torno do Sudeste, e a
consequência desse processo foi a ampliação das desigualdades socioeconômicas entre as regiões.
A taxa de mortalidade infantil, por exemplo, reflete as condições de saneamento básico, nível de instrução e equipamento
médico-hospitalar disponível para a população. As taxas de mortalidade infantil no Nordeste e no Norte ainda são bem mais altas
que as das outras regiões brasileiras .
Outras regionalizações do Brasil
Existem outras propostas de regionalização do território brasileiro. Uma
delas data de 1967 e foi elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger. Esse
pesquisador dividiu o Brasil em três regiões geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e
Centro--Sul. Os critérios dessa divisão seriam os processos socioeco nômicos de cada
porção do território, e os limites entre as regiões não obedeceriam aos limites político-
administrativos dos estados (ver mapa a direita).
No final do século XX, os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira
apresentaram outra proposta de regionalização, dividindo o Brasil em quatro regiões:
Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e região Concentrada. O critério da regionalização
seriam as condições do meio técnico-científico-informacional (ver o mapa a
esquerda).
A Amazônia se caracterizaria por apresentar uma baixa densidade técnica e
demográfica; a Nordeste, por uma agricultura pouco mecanizada; a região Centro-
Oeste apresentaria uma agricultura mecanizada e produtiva e a região Concentrada

1 - Amazônia.
2- Nordeste
3- Concentrada
4- Centro-oeste

incorporaria atividades relacionadas ao


setor terciário e de
serviços superiores
(finanças, publicidade, entre
outros), apresentando também indústrias
de ponta e agricultura e
pecuária mecanizadas e com alta produtividade. Os elevados níveis técnicocientífico e informacional permitiriam à região
Concentrada participar mais efetivamente do processo de globalização.
De maneira geral, nas últimas décadas, novos espaços metropolitanos surgiram no Brasil; as atividades agropecuárias e de
extração mineral expandiramse por áreas ainda inexplorada, e diversos espaços geográficos foram criados. Por isso, geógrafos e
pesquisadores têm argumentado que a regionalização utilizada pelo IBGE desde 1990 deve ser revista.

OBS: Meio técnico-científico-informacional: conceito desenvolvido pelo geógrafo brasileiro Milton Santos para designar a forma
de produção do espaço predominante no atual momento histórico, qual seja, a da interferência da ciência,
da técnica e da informação na configuração do espaço geográfico.
Setor terciário: setor das atividades econômicas relacionadas ao comércio e aos
serviços.

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