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Trabalho de história

Assunto:A economia do café, a industrialização e Imigração


alunos: Weslley Ceciliano Barboza
Ana Clara pessoa Angelin
Júlia beatriz vieira da silva
8 ano B
Economia do café, industrialização e
Imigração
Economia do café☕.
• A cultura do café constituiu, no período da República Velha,
sobretudo na fase conhecida como “república dos oligarcas” (1894-
1930), o principal motor da economia brasileira. Esse produto liderava
a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros
insumos. O estado de São Paulo capitaneava a produção de café neste
período e também determinava as diretrizes do cenário político da
época. Da economia cafeeira, resultam três processos que se
complementam: a imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a
urbanização e a industrialização.
Imigração
Desde a segunda metade do século XIX(19), ainda na época do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo
europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal fomento era a necessidade de mão de obra livre e
qualificada para o trabalho nas lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até
então, tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em 1888,
efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da República, fatos que intensificaram a
imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos.
Algum tempo depois, especificamente após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se
dirigiu ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se transformou num complexo econômico com várias extensões. Os
imigrantes que vinham à procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para os núcleos
urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo
se desenvolveu, em linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à exportação. A
ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fluido esse processo.
• A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador Boris Fausto, em
sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos assalariados e outras fontes de renda como
artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de
trabalho do imigrante com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos
manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.
Industrialização
Atualmente, São Paulo é um dos maiores centros urbanos do mundo com grandes indústrias e forte comércio.*
Por volta de 1880, já existia a presença de várias fábricas no Brasil, mas sem uma estrutura realmente significativa. Contudo,
por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades industriais já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São
Paulo. Por meio da intensa exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno brasileiro,
várias estruturas de maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já que muitos produtores de café também
passaram a investir nas fábricas.
Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos setores: têxtil (produção de tecido), de
bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito
dos setores referidos. E, para que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do valor da
moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o principal produto de exportação, o café,
desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes, o governo brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade
industrial. Esse fato demonstra que apenas na Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma política
econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial pleno.
• Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da proliferação de fábricas e trabalhadores assalariados, formou-se
também nesse período as primeiras organizações de trabalhadores com fins de protesto por melhores condições de
trabalho, dentre outras exigências. O anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores brasileiros na década de
1920, influenciados pelas ideias dos anarquistas italianos da mesma época, que aqui chegavam por meio dos imigrantes
italianos com experiência no trabalho fabril.

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