Nome: Maria Luiza Batista Rodrigues

Série: 2°C
Data: 15/03/21

Imigrantes e o
Ciclo do Café
O ciclo do café foi uma época, que durou de 1800 até 1930, onde grande parte
da econimia brasileira girava em torno da exportação do café, a elite brasileira era
formada por barões do café e até mesmo as primeiras fotografias do Brasil demonstraam
o cotidiano do cultivo do café nas grandez fazendas de São Paulo. Um dos produtos
mais importantes de toda a história brasileira e que pôde acompanhar narcos históricos
em todo o seu desenvolvimento. Sendo, até os dias de hoje, parte da história, da
economia, da cultura e da vida dos brasileiros.
Tudo começou no continente africano, mais especificamente nas altas regiões da
Etiópia, onde se originou a planta do café. A partir daí começa a rota do café, que da
Etiópia foi para a Arábia, onde assumiu papel medicinal. No século XVI, foi levado ao
Egito e, posteriormente, para a Turquia. A Itália e a Inglaterra o receberam já no século
XVII, quando se espalhou e se popularizou por toda a Europa ocidental.
Mas para chegar no território brasileiro, teve que ser transportado ilegalmente da
Guiana Grancesa, em 1727. A partir desse ano, o café passou por Belém, Maranhão e
Bahia, mesmo assim, não fez o sucesso desejado. Até que no ano de 1781, o café foi
levado para o Rio de Janeiro, em pouco tempo já se via a paisagem verde das plantações
de café, iniciando uma nova era para o Brasil.
Após a queda da exportação de cana-de-açucar, de algodão e com o fim do ciclo
do ouro em Minas Gerais, os grandes fazendeiros passaram a investir fortemente no
café, o que resultou em altos lucros, já que a Europa e os Estados Unidos, a essa altura,
viraram grandes consumidores, e importadores, da bebida.
Como a maioria da história do ciclo do café veio antes da abolição da
escravatura, é provável que o baixo custo e a enorme produção de grãos aumentaram o
trabalho, ou seja, contribuiram para andamento do mercado de negros escravizados.
Baseado nisso, criou-se o sistema plantation, que consiste no cultivo em grandes terras,
de um produto apenas, ultilizando mão de obra escrava e produzindo somente para a
exportação. Porém, esse termo não durou para sempre, já que em 1888, foi assinada a
Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil. Deste modo, começou uma séria crise na
mão de obra das plantações de café.
O que lenos leva à imigração. A vinda de outros povos para o Brasil é comum
desde 1500, quando os portugueses chegaram no território brasileiro. Entretanto, após a
abolição da escravatura, os únicos que aceitaram trabalhar em situações análogas a
escravidão e com um baixo salário, eram os imigrantes europeus. Esta imigração
européia acontecia desde 1850, quando o tráfico de escravos foi proibido, e era apoiado
pelo governo, para o embranquecimento do povo brasileiro. Por causa da economia, o
Brasil era, por muitos, visto como a “terra das oportunidades”, e esse foi um dos
motivos para que até 1914, o Brasil teria recebido 3 milhões de imigrantes. Eram, em
sua maioria, italianos, que foram para as lavouras de café, mas o sistema de parceria era
tão desleal, que muitos desistiram e foram para os centros das cidades, como
profissionais liberais etc. E foram substituídos pelos espanhóis nas lavouras de café e,
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posteriormente, nos laranjais. Fora os que, assim como os italianos, foram para os
centros da cidade afim de buscar outras oportunidades. Naquele período haviam muitas
guerras entre países, então as nacionalidades dos imigrantes variavam: alemães, suíços,
japoneses, portugueses e oriundos do oriente médio. E além das lavouras, foram
trabalhar nos comércios, as maiores concentrações de imigrantes estavam nos estados
de: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
As consequências da imigração, nós podemos ver até hoje, o Brasil é conhecido
mundialmente por sua ampla cultura, que carrega um pouco de cada país dos imigrantes,
diversificando sua essência e, também, a nossa nação.
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Política do
Café com Leite
A Política do Café com leite foi um momento histórico que se caracterizou pela
alternância de poder entre mineiros e paulistas no cargo da presidência do Brasil.
Ocorreu durante a República Oligárquica (1898 a 1930). Messe período, o Brasil
estava nas mãos, principalmente, das oligarquias (elites) cafeeiras.
Naquela época, a política era uma enorme troca de favores. Votavam apenas os
homens com mais de 21 anos, que não fossem analfabetos, religiosos ou militares, logo,
apenas uma pequena parte da população realmente “escolhia” seu representante. O fato é
que estes homens, por causa da troca de favores, eram manipulados pelos coronéis, que
eram homens ricos com propriedades e prestígio social, praticamente políticos locais. E
os coronéis estavam abaixo dos governadores dos estados, que estavam abaixo do
presidente do país. Sendo assim, havia muita influência (e ameaça) nas eleições, para que
ocorresse essa alternância da política do café com leite.
Um fato curioso, é que mesmo com tantos subornos e amizades importantes, em
todos esse anos tiveram presidentes de fora dos estados de SP e MG, como: Nilo Peçanha,
do Rio de Janeiro, que inclusive teve suas fotos retocadas pois ele era mais escuro que o
“normal”, por causa da sua ancestralidade africana que Nilo sempre tentou esconder.
Outra excessão foi Hermes da Fonseca, primeiro gaúcho a ser eleito presidente e sobrinho
do marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil.
Também é importante lembrar que São Paulo e Minas Gerais eram os estados
mais poderosos da época, sendo Minas Gerais o maior produtor de leite do país e maior
polo eleitoral do país, e São Paulo o maior produtor de café do Brasil. Por isso, o nome
café com leite.
As consequências desses fatos, no entanto, foi a super melhora na infraestrutura
dos dois estados, principalmente São Paulo. A desproporcional distribuição de recursos
do Governo Federal, principalmente para o Nordeste, o que resultou no empobrecimento
da região, que um tempo depois cumulou na migração de nordestinos para o eixo sul-
sudeste do Brasil. E até hoje há uma enorme desigualdade entre a infraestrutura e condição
de vida entre São Paulo e qualquer outro estado do Nordeste.
Apesar de tudo, a política do café com leite teve seu fim, terminou após a
revolução de 1930, que na verdade foi um golpe de estado. O movimento foi articulado
por uma aliança entre os estados de Paraíba, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. E isso
ocorreu porque, além da grande crise de 1929 e do crescimento dos outros estados do país,
romperam com a alternância entre os candidatos de Minas e São Paulo quando elegeram
Júlio Prestes, segundo paulista seguido a ocupar o cargo presidencial, a aliança acusava
fraude eleitoral. Desta forma, Getúlio Vargas acabou assumindo o cargo, acabando com
a República Oligárquica e dando incio a Era Vargas.
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