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A sociedade nacional
Durante os dois séculos de colonização portuguesa, a população do Brasil foi constituída por
índigenas, africanos e portugueses. Houve ainda nesse período pequena participação de
franceses, holandeses e britânicos. Dessa forma a mestiçagem entre indígenas, africanos e
portugueses, que foi intensa, formaram a base cultural da população brasileira .
Nas últimas décadas do século XX e início deste, outros latino-americanos, chineses, coreanos,
angolanos e demais povos africanos compõem os novos grupos que para cá vêm em busca de
melhores qualidade de vida. Históricamente todos esses povos vem contribuindo para a
formação e diversidade cultural do país.
LEI DE TERRAS: A lei de terras,sancionada por D. Pedro II, em setembro de 1850, foi uma lei
que determinou parâmetros e normas sobre a posse.(SEGUNDO REINADO)(chamarisco para
imigrantes virem para o brasil)
Essa lei limitava a 2% do total que havia imgressado nos últimos 50 anos, por nacionalidade.
Além dos cafezais da região Sudeste, outra grande área de atrção de imigrantes europeus, foi
no SUL DO PAÍS. Os imigrantes ganhavam a propriedade da terra, onde fundram colônias de
povoamento. Muitas dessas colônias,com o tempo, se transformaram em importantes cidades
como: Porto Alegre(RS) E Florianópolis(SC) -> fundadas por PORTUGUES
Os espanhóis não fundaram cidades. Em vez disso se espalharam pelos grandes centros
urbanos de todos centro-sul brasileiro, principalmente SP e RJ.
FLUXOS MIGRATÓRIOS:
Segundo o IBGE, em 2011, 40% dos hab. do país não eram naturais do município em que
moravam, e cerca de 16% deles não era procedente da unidade da federação em que
moravam. Ou seja, esses números mostram que predominam movimentos migratórios dentro
do estado de origem, e que há um crescimento dos fluxos urbano-urbano e
intrametropolitano.
Qualquer região do país que receba investimentos produtivos, públicos ou privados, que
aumentem a oferta de emprego, receberá também pessoas dispostas a preencher os novos
postos de trabalho. É o que acontece atualmente no estado de São Paulo. As cidades médias e
grandes do interior - como Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Sorocaba e São
José do Rio Preto, assim como algumas menores em suas respectivas regiões - apresentam
índices de crescimento econômico maiores que os da Grande São Paulo, o que gera aumento
populacional.
Essa situação ocorreu graças ao desenvolvimento dos sistemas de transportes, energia e
telecomunicações, que integraram o interior do estado não só ao país, mas ao mundo. Boa
parte da produção econômica estadual é destinada ao mercado externo.
Atualmente, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais cuja população menos
cresce no Brasil. As capitais que a população mais cresce estão nos estados da região Norte,
com destaque para Palmas(TO), Macapá (AP) e Rio Branco (AC), localizadas em áreas de
expansão das atuais fronteiras agrícolas do país. Em seguida, vêm as capitais nordestinas e,
finalmente, as do Sul do Brasil.
EXODO RURAL
Êxodo rural é o termo pelo qual se designa a migração do campo por seus habitantes, que, em
busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas de menos
condições de sustentabilidade a outras, podendo ocorrer de áreas rurais para centros urbanos.
Este fenômeno se deu em grandes proporções no Brasil na segunda metade do século XX.
A seca e o início do grande éxodo rural no Nordeste:
No Nordeste, em 1879, uma grande seca assola toda a região. Com ela, morreram cerca de
duzentas e vinte mil pessoas, de fome, de sede e de doenças trazidas pela miséria e
desnutrição. Praticamente todo o gado e toda a agricultura foram extintos.
O éxodo seguiu em direção ao Sul na década de 30; chegando em São Paulo; os nordestinos
foram buscar trabalho nos cafezais, porém, não eram bem-vindos, pois, com a chegada dos
imigrantes, muito mais robustos e saudáveis, os fazendeiros preferiram os europeus aos
nordestinos para o trabalho nos cafezais.
Os nordestinos estavam extremamente desnutridos, doentes e miseráveis, morriam às
centenas, sem condições para o trabalho pesado, pois sua caminhada do Nordeste ao Sul, por
milhares de quilômetros, foi feita em sua maioria a pé, sem água, sem comida e emcondiçoes
sub-humanas, exaurindo suas forças.
Fluxo migratório para região amazônica:
O fluxo migratório mudou de sentido, portanto o êxodo da massa populacional foi se
direcionando aos poucos para a região amazônica, onde os retirantes se tornaram
seringueiros, iniciando largo ciclo extrativista. Avançando cada vez mais em direção à mata,
em sentido Oeste, acabaram por invadir lenta, constante e gradualmente o território
pertencente à Bolivia, tomando posse da área onde hoje encontra-se o estado do Acre.
Em 1880, Manaus torna-se lider mundial na exportação de borracha. Em 1904, são oitenta mil
toneladas as exportações do produto ao ano, já dois anos depois, em 1906, cai a exportação
violentamente, gerando miséria, fome e morte novamente, agora por doenças como a malária,
a diarréia pelo consumo de água infectada, entre outras enfermidades tropicais; começa o
êxodo rural naquela região, e toda a zona de influência, em direção ao Sul, agora avançando
pela região central.
A industrialização e o "empobrecimento":
Com a industrialização na década de cinquenta, houve outra onda de migração. Novamente a
região Nordeste colabora com mais uma onda humana. As indústrias necessitavam de mão de
obra específica, os retirantes não tinham qualificação para o aproveitamento como operários,
iniciando uma aceleração da miséria, da criminalidade, da prostituição e da promiscuidade nas
periferias das grandes cidades, já inchadas pelo excesso populacional. O aproveitamento se
deu muitas vezes em subempregos, nos serviços domésticos e de construção civil, os
trabalhadores migrantes se sujeitavam a condições de quase escravidão.
A construção de Brasília e o êxodo para o planalto central:
Em 1957 começa a construção de Brasília, e novamente se inicia mais uma onda de êxodos
rurais de diversos pontos do Brasil, para o planalto central, desta vez, o fluxo se dirige das
áreas rurais de diversos pontos, sua partida não mais é de uma única macro região, portanto,
não só do Nordeste, e do Norte, vieram sulistas da região do Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e Paraná, além de mineiros, paulistas e cariocas, em grande quantidade, dentre outros.
O exodo rural na época do Regime Militar:
Já na década de sessenta, logo após ao golpe militar de 1964, houve novamente um grande
movimento de massa populacional devido à propaganda institucional, que propalava o
crescimento do Brasil, e a erradicação da pobreza. A partir dos grandes centros, com
urbanização acelerada e a construção civil, oferecendo oportunidades de emprego cada vez
maiores à mão de obra não especializada e analfabeta, os migrantes tiveram melhoras salariais
e de condições de vida. Em função desta melhora, começaram a mandar dinheiro para as
regiões de onde vieram, chamando a atenção dos parentes, amigos e vizinhos, que se
encontravam ainda vivendo em condições precárias nas áreas rurais. Isto ocasionou uma
aceleração do êxodo rural, causando ainda mais inchaço nos grandes centros, aumentando
ainda mais os problemas ocasionados pela miséria na periferia das grandes cidades.
Atualmente, o êxodo rural encontra-se em processo de extinção no Brasil. O IBGE prevê que
até 2020 ocorra o fim do êxodo rural no Brasil, com parcela esmagadora da população vivendo
nas cidades.
URBANIZAÇÃO
Segundo o IBGE, em 2010, o nível de urbanização brasileira já era de 84,4%, indice superior ao
da maior parte dos países europeus. Alguns estudiosos acreditam que o Brasil apresenta, na
verdade, nível de urbanização menor do que revelam as estatísticas do IBGE. De acordo com
os estudiosos, essa elevada urbanização apontada pelas estatísticas deve-se ao fato de a
legislação do País considerar como urbanas as localidades que são sede de município ou de
distrito e as demais áreas definidas como urbanas pelas legislações municipais
Conurbação:
Conurbação é o nome dado para o crescimento de duas ou mais cidades vizinhas, que acabam
por formar um único aglomerado urbano, no qual, em geral, há uma cidade principal e uma
(ou mais) cidade-satélite.
É o processo de integração física das manchas urbanas de duas ou mais cidades que cresceram
horizontalmente até os seus limites municipais, podendo ser também uma integração
funcional com intensos fluxos pendulares diários de trabalhadores.
Embora as cidades tenham administrações diferentes, espacialmente é como se fossem uma
única cidade. Portanto, os problemas de infraestrutura urbana passam a ser comuns ao
conjunto de municipios que formam a região metropolitana.
O crescimento demográfico das grandes cidades e dos núcleos urbanos dos seus arredores
gerou processos de conurbação. Na conurbação, pode ocorrer a integração física das manchas
urbanas, de modo que as estradas que conectavam núcleos distintos são incorporadas como
avenidas de uma única aglomeração. Exemplo: Niterói e São Gonçalo. A conurbação pode-se
dar também através da integração funcional de cidades que permanecem separadas por áreas
rurais, mas se conectam fortemente por fluxos pendulares diários de trabalhadores. Exemplo:
Sorocaba e Itú.
No Brasil, em geral, a conurbação dá origem às chamadas regiões metropolitanas, que são
conjuntos de municipios vizinhos interligados no espaço geográfico por meio das relações
econômicas e das práticas sociais
Atualmente, a cidade de São Paulo é conurbada com quase todos os seus municípios
limítrofes. É a representação mais expressiva do fenômeno de conurbação no Brasil.
Comumente as pessoas transitam de um município a outro dentro da região metropolitana de
São Paulo sem notar que ultrapassaram os limites que separam os municipios. Essa unificação
dos núcleos urbanos é uma caracteristica fundamental do processo de conturbação.
O éxodo rural pode ser considerado um dos fatores que contribuem para o surgimento do
processo de conurbação, pois provoca a expansão dos grandes centros urbanos.
O processo de conurbação, em geral, dá origem à formação de regiões metropolitanas, como
por exemplo, a Região Metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro.
MIGRAÇÃO PENDULAR:
É pelo qual milhões de pessoas saem de sua cidade no período da manhã para cumprir a
jornada de trabalho em outra cidade, retornando para sua casa apenas a noite. Entre os casos
de migração pendular está a dos boias-frias, que saem da cidade e se deslocam para para o
meio rural para exercer sua atividade.
Essa migração depende muitas vezes de um transporte público eficiente, e como a maioria das
cidades do brasil não possui(a maioria e uma merda) essa migração acaba se tornando muito
penosa e consome muito tempo.
A Migração Pendular é, necessariamente, um movimento diário?
Tomando por base a definição estabelecida acima, podemos afirmar que as migrações
pendulares não devem ser entendidas somente como movimentos de caráter diário, mas de
qualquer intervalo de tempo, desde que se trate de um movimento regular em que o tempo
entre a ida e a volta não seja muito longo.
MIGRAÇÃO SAZONAL:
Se caracteriza por estar ligada as estações do ano. É uma migração temporária, onde o migrnte
sai de um determinado local, em determinado período do ano, e posteriormente volta, em
outro período do ano. É o caso de trabalhadores rurais, que se descolam em certas épocas do
ano para fazer a colheita e depois voltam.
TRANSUMÂNCIA:
Transumância é o movimento sazonal de pessoas com seus animais (rebanho) da planície para
as montanhas e vice-versa, entre dois regimes de clima diferente. No Brasil, o termo não é
muito popular, e está restrita mais aos círculos de estudo cientifico, sendo mais utilizada a
denominação invernada. No sul, a prática é parte do trabalho do gaúcho. No pantanal, os
vaqueiros realizam a transferência do gado das áreas que serão alagadas por volta de janeiro,
levando-o para as terras secas.
No entanto, o movimento de transumância ganha outro significado quando interpretado do
ponto de vista de trabalhadores rurais. O termo "transumância" também é usado para
designar o movimento migratório realizado por camponeses que vão para a cidade em busca
de emprego nos períodos em que o calendário agrícola não oferece trabalho no campo.
Diante disso, podemos aceitar como conceito: deslocamentos populacionais temporários
relacionados às estações do ano ou às atividades econômicas.
Outras migrações
Migração Urbano-Rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações
urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito incomum.
Migração urbano-urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de populações de
uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias atuais.
Migrações intrarregionais: trata-se da migração de pessoas dentro de uma mesma região ou
estado. O surgimento de novos pólos de atração vem promovendo esse tipo de migração.
Como exemplo, temos a chegada da fábrica da Ford na cidade baiana de Camaçari, muitos
alagoanos, sergipanos saíram de seus estados e foram à Camaçari em busca de novas
oportunidades.
As tendências mais recentes da mobilidade da população no Brasil apontam para o aumento
das migrações intrarregionais e dos fluxos urbano-urbano.
Inter-regionais: trata-se da migração de pessoas de uma região para outra.
O ESPAÇO DAS CIDADES:
REGIÕES METROPOLITANAS
No Brasil, as maiores aglomerações urbanas têm sido legalmente reconhecidas como regiões
metropolitanas, que também costumam ser chamadas de metrópoles. Nelas, há sempre um
município-núcleo, com maior capacidade polarizadora e que lhe dá nome, como, por exemplo,
Grande São Paulo, Grande Salvador, Grande Curitiba, Grande Belém, etc.
As regiões metropolitanas brasileiras foram criadas por lei aprovada no Congresso Nacional em
1973, que as definiu como "um conjunto de municípios contiguos e integrados
socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infraestrutura comum",
que deveriam ser reconhecidas pelo IBGE.
A Constituição de 1988 permitiu a estadualização do reconhecimento legal das metrópoles,
onde os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum.