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O Fim do Ciclo do Café a Industrialização do Centro-Sul

A partir de segunda metade do século XVIII e XIX, nas Regiões Sudeste


e Sul do Brasil, o café encontrou o solo favorável e tornou-se o principal produto
de exportação nacional. O café favoreceu a vinda de imigrantes europeus para
o Brasil. Criou condições para o desenvolvimento econômico da região, da
expansão da malha ferroviária, desenvolvimento de portos e a expansão do
povoamento para o interior do Sudeste, norte do Paraná, de Mato Grosso e
Rondônia.
Nas proximidades dessas estradas começaram a se desenvolver
aglomerados urbanos, alguns estabelecimentos industriais. O cultivo do café
favoreceu o aparecimento de uma série de serviços de apoio à produção
cafeeira, como os bancos e diversos tipos de comércios.
Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos
paulistas barões do café num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros.
Era a chamada política do café com leite, viabilizada pela hegemonia da
oligarquia cafeeira paulista. Porém, com a crise de 1929, o mercado cafeeiro foi
afetado, o valor do café despencou e as exportações caíram. Devido a isso, os
investimentos passaram a ser dirigidos para outros cultivos agrícola, e
principalmente para a indústria, que se estruturou em São Paulo e no Rio de
Janeiro. Com o acumulo de capital, proporcionado pelo café, a malha ferroviária,
a modernização dos portos de Santos e Rio de Janeiro, a mão de obra
qualificada dos imigrantes e o crescente mercado consumidor urbano foram
fundamentais para o desenvolvimento da atividade industrial.

Malha ferroviária em 1890


Malha ferroviária em 1930

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