Ciclos Econômicos do Paraná
Aliado ao declínio do ciclo do ouro no PR
O Ciclo do ouro ou da
mineração O povoamento
do PR começou pelo
litoral e a partir do séc.
XVII foram descobertas
várias minas de ouro e
pedras preciosas no
litoral. Isso atraiu muitas
pessoas que povoaram o
litoral e o Primeiro
Planalto, fundando
cidades como: Paranaguá,
Curitiba, Morretes e Antonina. Também levou à descoberta de
novos caminhos entre o litoral e Curitiba usados para enviar
ouro e pedras preciosas para o governo português. A carência
de gêneros numa população que se formou rapidamente, criou
problemas de abastecimento
que foi o grande problema
enfrentado pelo governo
colonial na primeira parte do
século XVIII.
O Ciclo da Pecuária ou
Tropeirismo Com as atividades
da lavra de ouro em MG, as
populações eram abastecidas
com a carne bovina
proveniente do RS, o que
gerou um comércio entre
Viamão e Sorocaba.
e aproveitando ótimas pastagens, o gado (que era criado solto
p/cobrir necessidades alimentícias), começou a ser criado em
fazendas e a ser comercializado, transformando-se na principal
atividade econômica. Surgiu uma nova fase de atividades
econômicas no PR e sul de SP: o tropeirismo (compra de
mulas no Rio Grande, Uruguai e Argentina e conduzi-las em
tropas, durante três meses pela estrada de Viamão, inverná-las
por alguns meses nos campos do Paraná, e vendê-las na feira
anual de Sorocaba, onde vinham comprá-las paulistas,
mineiros e fluminenses).
O Ciclo da Pecuária ou Tropeirismo Esse comércio fez com
que aparecessem os "caminhos de gado", sendo o mais
importante deles a Estada da Mata (de Rio Grande do Sul até
Sorocaba). Esse ciclo modificou a economia e o modo de vida
das pessoas no PR, que passaram a ser mais ligadas ao
campo do que aos povoados, as vilas e cidades. A condução
do gado fez também que surgissem os pousos para os
tropeiros (descanso e abastecimento) surgindo cidades como:
Castro, Ponta Grossa, Lapa, Palmeira, Jaguariaíva. Começou
neste ciclo também a agricultura, para alimentar o gado
(produzia o milho, depois introduziu-se as plantações de feijão
e trigo). Esse ciclo começa em 1731 e se esgota na década de
1870 devido às construções das estradas de ferro do café, em
São Paulo, que desvalorizaram o mar como meio de
transporte.
Declínio da pecuária e o ciclo da erva-mate A conjuntura da
época trazia um rápido processo de empobrecimento para os
fazendeiros. Sua riqueza era cada vez mais nominal (dinheiro)
e menos real (consumo, estoque de capital, investimento, como União da Vitória, Porto Amazonas e São Mateus do Sul.
produção). A fazenda não cumpria mais a função de integrar O Ciclo da Erva-mate
uma comunidade no conjunto nacional, e logo depois, nem a
de manter as grandes famílias empobrecidas dentro do Os transportes ganharam impulso. A navegação fluvial nos
contexto social da província e do Estado. A baixa renda da rios Iguaçu e Paraná, a construção da ligação entre o planalto
propriedade, o aumento dos núcleos familiares da sociedade e o litoral com a Estrada da Graciosa (1871) e a Ferrovia
fazendeira dissociou a família da propriedade. Os membros Paranaguá/Curitiba (1885). O porto de Paranaguá ganhou
novos da grande família se viam forçados a procurar outras novo impulso com a exportação da erva-mate. A erva-mate foi
fontes de renda para suplementar a renda da terra. Com o esteio da economia paranaense até o início da II Guerra
tempo, a pecuária foi perdendo o lugar de primeira atividade Mundial. A erva mate manteve sua importância até a segunda
econômica do Estado, sendo substituída pela produção de guerra mundial quando começou a sofrer concorrência de
erva-mate. outras culturas como o café e posteriormente o milho e a soja.
O Ciclo da Erva-mate
A erva-mate, foi um dos mais longos e produtivos ciclos
econômicos da história paranaense, e teve seu apogeu, no Estrada de ferro Curitiba - Paranaguá
século XIX. O Paraná era a quinta Comarca da Província de
São Paulo, da qual dependia e sofria influência nos negócios
internos. Com o início do ciclo do mate, surgiu uma atividade
com técnicas que os paulistas desconheciam, fugindo-lhes das
mãos o controle da florescente indústria. O mate foi o grande
argumento de ordem econômica e o principal responsável pela
Emancipação Política do Paraná, concretizada a 19 de
dezembro de 1853. O Ciclo da Erva-mate e a Emancipação
Política do Paraná

Impulsionado pela economia do mate, que chegou a

representar 85% da economia da nova província, instalaram-se
indústrias: em 1853 existiam 90 engenhos de beneficiamento
de mate. Surgiram cidades como Guaíra (desbravada e
colonizada pela Companhia Matte Laranjeira S. A.), Rio Negro
que abrigava uma burguesia ervateira abastada e influente e
tantos outros centros urbanos que evoluíram de portos fluviais
 Ciclo da Madeira Esse ciclo aconteceu ao mesmo tempo que
o da erva-mate. Teve início no litoral, com a exploração do
cedro, da peroba e da canela-preta. Com a construção da
estrada da Graciosa e a estrada de ferro Curitiba – Paranaguá,
o pinho do Paraná passou a ser exportado para todo o Brasil e
até para o exterior. A madeira como atividade econômica
ultrapassou a própria erva-
mate em arrecadação
(principalmente durante a II
Guerra Mundial), influenciando
a história, cultura, literatura,
artes, hábitos e gastronomia
paranaenses, bem como
nomeou a própria capital:
Curitiba, que em tupi significa
"muito pinhão" além de constar
do nome de vários municípios: Araucária, Pinhão, Pinhais,
Pinhalão, São José dos Pinhais e localidades: Pinhalzinho,
Pinheiral, Três Pinheiros, etc. Surgiram ainda novas cidades
como Palmas e Campo Mourão.
Ciclo da Madeira: Foi este ciclo que atraiu os ingleses e
povoou o vazio das florestas derrubadas. No século XIX, o
Paraná recebeu milhares de agricultores originários da Suíça,
Itália, Alemanha, Polônia, Ucrânia e Rússia, entre outros. Por
outro lado, a extração da madeira de forma desordenada
também provocou um grande desmatamento, que modificou a
paisagem e alterou o equilíbrio ecológico da região.
O Ciclo do Café: Durante muito tempo, o café foi a atividade
econômica mais importante não só para o Paraná como
também para o Brasil. A plantação do café no Paraná teve
início em 1920, mas só em 1960 é que o Estado liderou a
produção de café no país. Com a descoberta da Terra-Roxa,
no norte do Paraná, é que a lavoura cafeeira ganhou um
grande impulso, dando início a um dos maiores movimentos de
migração interna com a vida paulistas, mineiros, catarinenses,
nordestinos, paranaenses de outras regiões e estrangeiros.
Essa ocupação ocorreu em três fases. A primeira delas durou
de 1860 a 1920, foi ocupado o chamado "norte pioneiro"
compreendendo a divisa do nordeste com o Estado de São
Paulo indo até a cidade de Cornélio Procópio. Cidades como
Jacarézinho, Tomazina, Santo Antônio da Platina foram
fundadas nesta época.
O Ciclo do Café A Segunda Fase, conhecido como "norte
novo" (1920 – 1950) fez a ocupação de Cornélio Procópio até o
rio Ivaí. Nesse período foram fundadas as cidades de Londrina,
Cambé, Rolândia, Maringá, Apucarana. Na última fase,
denominada "norte novíssimo" (1950 – 1960) foi povoada a
região entre os rios Piquerí e Ivaí, com fundação de cidades
como Umuarama, Xambre, Rondon e Cruzeiro do Oeste. Com
o café surgiram novas indústrias, houve um aumento da
imigração, com estrangeiros de várias nacionalidades vindo
trabalhar na lavoura além de terem surgido novas estradas,
para auxiliar no transporte da produção. Na década de 60 a
lavoura cafeeira, foi a principal fonte de divisas do Paraná,
chegando a representar 60% do valor total da produção
agrícola do Estado.
Soja, Trigo e a Agroindústria Essa novas culturas repetiram no
oeste e sudoeste paranaense o fenômeno de ocupação
territorial e econômica ocorrido no norte do PR. Migrantes
vindos principalmente do Rio Grande do Sul introduziram a
cultura da soja no Estado. Esse produto, juntamente com o
trigo, tornou-se um dos esteios da agricultura estadual,
alargando as fronteiras agrícolas. A partir de meados de 1970,
o Paraná começou a industrializar-se, embora a matéria-prima
seja ainda de origem agrícola. Implantaram-se empresas de
grande porte, com tecnologia moderna, como a de material
elétrico, de comunicações, automobilística, refino de petróleo,
além da agroindústria.
fonte: Setur. Secretaria do Turismo. Disponível em:
http://www.turismo.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud o=87. História
Paraná. Disponível em: http://tcch.vilabol.uol.com.br/historia_do_parana.
Primeiro núcleo de povoamento da região: Vila de Paranaguá -
resumo vídeo https://www.youtube.com/watch?v=C94XYQ1-
skM
CICLO DA ERVA-MATE As ferrovias substituem o gado; A erva-mate passa a
ser a principal atividade econômica; O comércio da erva-mate faz surgir
ferrovias e rodovias; Possibilidade do surgimento de uma classe média urbana;
CICLO DA MADEIRA Teve início no litoral; Estrada da Graciosa e estrada de
ferro Paranaguá-Curitiba, escoamento da produção; Instalação de novas
indústrias; Navegação fluvial; Desmatamento descontrolado;
CICLO DO CAFÉ Terra Roxa do norte do Estado; Mineiros e paulistas; Norte
Velho; Norte Novo; Norte Novíssimo; Infra-estrutura de transporte, comunicação
e energia no Estado
do
Primeiro núcleo de povoamento da região: Vila de Paranaguá -
resumo vídeo https://www.youtube.com/watch?v=C94XYQ1-
skM

CONQUISTA E POVOAMENTO Primeiro núcleo de povoamento da região: Vila CONQUISTA E POVOAMENTO Primeiro núcleo de povoamento da região: Vila
de Paranaguá em 1649; Até fins do século XVI: apenas populações indígenas; de Paranaguá em 1649; Até fins do século XVI: apenas populações indígenas;
A preocupação principal era explorar ouro no litoral. A preocupação principal era explorar ouro no litoral.
1640-1853: Descoberta de ouro no litoral; Em busca de ouro instalam-se no 1 o 1640-1853: Descoberta de ouro no litoral; Em busca de ouro instalam-se no 1 o
planalto, fundando cidades; Caminho do Viamão: favorecia o estabelecimento planalto, fundando cidades; Caminho do Viamão: favorecia o estabelecimento
de povoados e vilas. 1829: início da vinda de imigrantes europeus. 1853: de povoados e vilas. 1829: início da vinda de imigrantes europeus. 1853:
emancipação política do Estado; emancipação política do Estado;
1854-1900: Entre 1860-1880 chegam poloneses, italianos, alemães, franceses 1854-1900: Entre 1860-1880 chegam poloneses, italianos, alemães, franceses
e ucranianos; Últimas décadas do século XIX: colônias agrícolas no norte e ucranianos; Últimas décadas do século XIX: colônias agrícolas no norte
(café); Imigrantes europeus introduzem a policultura e a criação de animais. (café); Imigrantes europeus introduzem a policultura e a criação de animais.
1901-1940: Surgem núcleos no norte do Estado; 1927: companhias 1901-1940: Surgem núcleos no norte do Estado; 1927: companhias
colonizadoras passam a atuar no norte do Estado; Década de 1920: regiões colonizadoras passam a atuar no norte do Estado; Década de 1920: regiões
sudoeste e oeste recebem migrantes do RS; A população duplica em 20 anos. sudoeste e oeste recebem migrantes do RS; A população duplica em 20 anos.
1941-1960: Projetos de colonização do território paranaense; População cresce 1941-1960: Projetos de colonização do território paranaense; População cresce
em ritmo acelerado; Ao final da década de 60: os três planaltos já se em ritmo acelerado; Ao final da década de 60: os três planaltos já se
encontravam ocupados. encontravam ocupados.
População 1920: 685.711 1940: 1.236.276 1970: 6.997.682 População 1920: 685.711 1940: 1.236.276 1970: 6.997.682
CICLO DO OURO OU DA MINERAÇÃO Povoamento do litoral em virtude da CICLO DO OURO OU DA MINERAÇÃO Povoamento do litoral em virtude da
mineração (ouro); Fundação de cidades; Caminho do Peaberu: ligava Curitiba mineração (ouro); Fundação de cidades; Caminho do Peaberu: ligava Curitiba
ao litoral; ao litoral;
CICLO DO GADO OU TROPEIRISMO Atividade que surge em função do CICLO DO GADO OU TROPEIRISMO Atividade que surge em função do
esgotamento das minas; Caminhos do Gado; Fundação de vilas pelo caminho; esgotamento das minas; Caminhos do Gado; Fundação de vilas pelo caminho;
Caminho do Viamão; Ponta Grossa, Castro, Palmeira, Lapa... Caminho do Viamão; Ponta Grossa, Castro, Palmeira, Lapa...
CICLO DA ERVA-MATE As ferrovias substituem o gado; A erva-mate passa a
ser a principal atividade econômica; O comércio da erva-mate faz surgir
ferrovias e rodovias; Possibilidade do surgimento de uma classe média urbana;
CICLO DA MADEIRA Teve início no litoral; Estrada da Graciosa e estrada de
ferro Paranaguá-Curitiba, escoamento da produção; Instalação de novas
indústrias; Navegação fluvial; Desmatamento descontrolado;
CICLO DO CAFÉ Terra Roxa do norte do Estado; Mineiros e paulistas; Norte
Velho; Norte Novo; Norte Novíssimo; Infra-estrutura de transporte, comunicação
e energia no Estado