Você está na página 1de 9

Historia de tingua 2 – evolução histórica

Como diria Jack estripador, vamos por partes

Nariz empinado de pedra, em tupi guarani: Tinguá. Nome dado a uma das mais importantes
reservas biológicas localizadas no estado do Rio de Janeiro. Fato este por principalmente
abrigar as nascentes que abastecem cerca de 60% da baixada fluminense. Além do potencial
hídrico, a área protege a rica biodiversidade.

Bairro em Nova Iguaçu, maior bairro em extensão da Baixada Fluminense. Criado no dia 15 de
janeiro de 1833, tinha como maior característica sua importante rota comercial,
principalmente a partir de 1822, durante o Ciclo do Café. O escoamento da produção passava
pela Estrada Real do Comércio, em Tinguá.

No século XX, a atividade econômica primordial de Nova Iguaçu passou a ser o cultivo de
laranjas. Sendo assim, a cidade ganhou o apelido de “Cidade Perfume” devido ao aroma da
fruta. Com a produção voltada para a laranja, o bairro fértil de Tinguá passou a produzir
gêneros de subsistência para a população, sobretudo o aipim. A produção deu origem a Festa
do Aipim. De acordo com a prefeitura de Nova Iguaçu.

Tingua até o século XVII

Antes da chegada dos europeus, a região de Tingua era habitada pelos índios tamoios, uma
tribo que ocupava grande parte do litoral do Rio de Janeiro. Os tamoios eram conhecidos por
sua habilidade na pesca, caça e agricultura, além de sua organização social e política em
aldeias lideradas por um cacique.

Os índios tamoios que habitavam Tingua viviam em contato com a natureza, utilizando
recursos naturais como a água, a terra e os animais para subsistência e para a produção de
objetos e utensílios. Eles também tinham uma forte relação com o mar, utilizando canoas e
redes para a pesca e desenvolvendo uma cultura ligada aos mitos e lendas relacionados ao
mar e aos peixes.

Com a chegada dos europeus, a vida dos índios tamoios mudou drasticamente. Eles foram
explorados, escravizados e forçados a abandonar suas terras e suas tradições. As doenças
trazidas pelos europeus também dizimaram grande parte da população indígena.

Atualmente, a presença indígena em Tingua é bastante reduzida, mas há esforços para


preservar a cultura e as tradições dos povos originários, além de reconhecer a importância de
sua presença histórica na região.

Os Tamoios eram um povo guerreiro e resistiram à invasão dos portugueses, lutando pela
defesa de suas terras e pela manutenção de sua cultura e tradições. Além dos Tamoios,
também havia outros povos indígenas na região, como os Coroados e os Puris.
Esses povos tinham uma forte ligação com a natureza e viviam da caça, pesca, coleta e
agricultura. A região de Tingua era rica em recursos naturais, como rios, lagos, matas e
animais, o que possibilitava a sobrevivência e o desenvolvimento das comunidades indígenas
que habitavam a região.

Infelizmente, com a chegada dos colonizadores europeus e a consequente ocupação da região,


os povos indígenas foram expulsos de suas terras e sofreram com a violência, a exploração e a
escravidão. Atualmente, existem algumas comunidades indígenas na região de Tingua, que
lutam pela preservação de sua cultura e de seus direitos.

Tinguá século XVII

No século XVII, a região foi colonizada por europeus, que se estabeleceram na área para
cultivar cana-de-açúcar e criar gado. Durante esse período, a região era conhecida como
“Fazenda da Tingua”.

Durante o século XVII, a região de Tingua era habitada pelos índios Tamoios, que viviam da
pesca, da caça e da agricultura. Os Tamoios eram uma tribo guerreira que resistiu aos ataques
dos colonizadores portugueses, que buscavam expandir suas atividades na região.

No entanto, em 1615, os portugueses conseguiram estabelecer uma aldeia na região de


Tingua, onde construíram uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A partir daí,
iniciou-se um processo de colonização e exploração da região, que passou a ser utilizada para a
produção de alimentos e de outros produtos agrícolas, como o tabaco.

Os colonizadores portugueses também utilizaram a região de Tingua como ponto estratégico


para o comércio de escravos africanos, que eram trazidos para o Brasil para trabalhar nas
lavouras de cana-de-açúcar, café e outros produtos agrícolas. A região de Tingua se tornou um
importante centro de produção de açúcar e, posteriormente, de café.

Durante o século XVII, a região de Tingua passou por diversos conflitos entre os colonizadores
portugueses e os índios Tamoios, que resistiam à invasão de suas terras. Houve diversas
batalhas e massacres, que resultaram na morte de muitos índios e na expulsão de outros de
suas terras.

A exploração da região de Tingua pelos colonizadores portugueses continuou ao longo dos


séculos seguintes, com a introdução de novas atividades econômicas e a construção de
infraestrutura para o transporte de mercadorias e pessoas. A região se desenvolveu e se
transformou ao longo dos séculos, até se tornar uma importante área metropolitana do Rio de
Janeiro.

Tinguá século XVIII


Durante o século XVIII, a região de Tingua passou por um período de intensa exploração
agrícola. Na época, a produção de açúcar e aguardente era a principal atividade econômica da
região, impulsionada pela grande disponibilidade de terras férteis e pelo clima favorável.

As fazendas de cana-de-açúcar eram a principal fonte de riqueza da região e empregavam


grande parte da população local, que trabalhava nas lavouras e nos engenhos de açúcar.
Muitos escravos africanos foram trazidos para a região para trabalhar nas fazendas, o que
contribuiu para a expansão do comércio de escravos no Brasil.

Além da produção de açúcar, Tingua também se destacava pela criação de gado, que fornecia
carne, leite e couro para a região. O gado era criado em grandes fazendas, que se tornaram
importantes centros de produção e comercialização de produtos derivados do gado.

No final do século XVIII, a região de Tingua começou a perder importância econômica, à


medida que outras regiões do país se desenvolviam mais rapidamente. No entanto, as
atividades agrícolas continuaram a ser importantes na região e contribuíram para o
desenvolvimento da economia local ao longo dos séculos seguintes.

Tinguá XIX

No século XIX, a região de Tingua passou por diversas transformações que marcaram seu
desenvolvimento econômico e social. Durante essa época, a região foi palco de importantes
acontecimentos históricos, como a construção da Estrada do Comércio, a expansão da
agricultura e a chegada de imigrantes europeus.

A construção da Estrada do Comércio, também conhecida como Estrada Imperial, foi uma obra
importante para o desenvolvimento da região, uma vez que permitiu a ligação do porto do Rio
de Janeiro com a região serrana e possibilitou o escoamento de produtos agrícolas e a
circulação de pessoas e mercadorias entre as diferentes cidades e povoados da região.

A Estrada do Comércio recebeu este nome pois sua construção foi sugerida pela Junta Real do
Comércio em 1811, sendo esta primeira obra concluída em 1822. A referida estrada se iniciava
na Vila de Iguaçu, passava pelas Serras de Tinguá e da Viúva, cortava a Vila de Paty do Alferes,
terminando no rio Paraíba, especificamente no porto de Ubá, cujo destino era chegar às Minas
Gerais (PEREIRA, 1970).

Com a expansão da agricultura, a região de Tingua se consolidou como uma importante área
produtora de café e de outros produtos agrícolas, como frutas, legumes e verduras. A
atividade agrícola atraiu muitos imigrantes europeus, especialmente italianos e alemães, que
se estabeleceram na região e contribuíram para a diversificação da produção agrícola e o
desenvolvimento da agroindústria.

Além disso, no final do século XIX, a região de Tingua passou por um processo de urbanização
e modernização, com a construção de novas estradas, pontes, escolas e serviços públicos. A
presença de imigrantes europeus e a consolidação de uma economia baseada na agricultura e
na agroindústria contribuíram para o desenvolvimento da região e para a formação de uma
sociedade mais diversificada e cosmopolita.
No entanto, é importante destacar que a expansão da agricultura e da atividade econômica na
região de Tingua também gerou consequências negativas, como a exploração excessiva dos
recursos naturais, a degradação do meio ambiente e a exploração de trabalhadores rurais em
condições precárias.

Tinguá e água

Durante o século XIX, o Rio de Janeiro passou por um intenso processo de urbanização e
industrialização, o que gerou uma grande demanda por água para abastecer a cidade e suas
indústrias. Nesse contexto, a região de Tingua passou a ser vista como uma importante fonte
de água para o abastecimento da cidade.

Em 1856, foi criada a Companhia de Águas do Rio de Janeiro, com o objetivo de fornecer água
potável para a cidade. A companhia iniciou a construção de obras de captação, tratamento e
distribuição de água, incluindo a construção de represas, estações de tratamento e canais de
distribuição.

Uma das principais fontes de água para o abastecimento do Rio de Janeiro nessa época era a
represa de Guarapiranga, que ficava na região de Tingua. A represa foi construída em 1856 e, a
partir dela, a água era captada e levada para a cidade por meio de um sistema de canais e
aquedutos.

Com o crescimento da cidade do Rio de Janeiro no séc. XVIII, o governo de Dom Pedro II
publica no Jornal do Comércio:

“Compram-se terras regadas por água potável para abastecimento da Corte”, onde diversas
áreas de terra, junto ao rio São Pedro foram compradas pelo Governo Imperial.

A Estrada de Ferro Rio d’Ouro foi construída em 1876 e tinha por finalidade o transporte de
material para a obra da rede de abastecimento d’água à cidade do Rio de Janeiro. A Ferrovia
partia do bairro do Caju à represa do Rio d’Ouro em Iguaçu, tinha 53 km de extensão. Em
1877, foi concluída a obra que marca o início de uma nova fase do abastecimento de água no
Rio de Janeiro: a adutora do Rio São Pedro.

A capital do Império brasileiro, vive uma das piores estiagem de sua história. Políticos e
engenheiros buscam encontrar uma melhor solução para acabar com a falta de água no Rio.
O jovem engenheiro André Gustavo Paulo de Frontin, episódio conhecido como “o Milagre
das Águas“, que consistiu em fornecer para o abastecimento de água desta capital, no prazo
de 6 dias, um volume de 13 a 15 milhões de litros de água.

Paulo de Frontin contava com a ajuda de outro engenheiro, Raimundo Belfort Roxo. Falecido
ainda jovem, foi homenageado dando nome à estação do Brejo. Em volta dessa estação,
cresceu Belford Roxo, município criado em 03 de abril de 1990.
Além da represa de Guarapiranga, outras fontes de água em Tingua também foram exploradas
para o abastecimento da cidade. No entanto, a intensa exploração da água e os impactos
ambientais causados pelas obras de captação e distribuição de água geraram problemas como
a degradação ambiental, a poluição dos rios e a escassez de água em algumas regiões.

Atualmente, o abastecimento de água do Rio de Janeiro é feito por meio de uma série de
reservatórios, estações de tratamento e sistemas de distribuição que foram construídos ao
longo dos anos. A região de Tingua ainda é uma importante fonte de água para a cidade, mas
hoje em dia a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais são temas cada
vez mais relevantes na gestão dos recursos hídricos da região.

Atualmente a água de Tingua é utilizada para o abastecimento de diversas cidades da Baixada


Fluminense, além de parte da zona norte do Rio de Janeiro.

Isso ocorreu a partir da década de 1960, quando a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do
Rio de Janeiro (CEDAE) passou a explorar a região de Tingua com o objetivo de suprir a
crescente demanda por água na região da Baixada Fluminense. Foi construído o Sistema
Guandu, um complexo sistema de captação, tratamento e distribuição de água que se tornou
uma das maiores obras de engenharia hidráulica do mundo.

O Sistema Guandu capta água do rio Paraíba do Sul, que é conduzida por uma série de canais e
túneis até a estação de tratamento de água em Guandu, na Baixada Fluminense. A água é
tratada e distribuída para cerca de 11 milhões de pessoas em diversas cidades da Baixada
Fluminense, além de parte da zona norte do Rio de Janeiro.

Porém, Tingua ainda é uma importante fonte de água para o Sistema Guandu, sendo
responsável por cerca de 20% do abastecimento total. A preservação ambiental e o uso
sustentável dos recursos hídricos da região são temas relevantes na gestão dos recursos
hídricos de Tingua, uma vez que a exploração intensa pode causar impactos ambientais e
escassez de água em algumas regiões.

A água sempre foi de extrema importância para a região de Tingua, desde o período colonial
até os dias de hoje. Na época do Brasil colonial, a água de Tingua era utilizada principalmente
para abastecer as plantações de cana-de-açúcar e café, que eram os principais produtos de
exportação da época.

No século XIX, a região de Tingua se destacou pela exploração da água para a produção de
energia hidráulica, que foi utilizada para mover moinhos de açúcar e fábricas de tecidos. A
água de Tingua também foi utilizada para abastecer a cidade do Rio de Janeiro e outras regiões
próximas, por meio de uma rede de canais e aquedutos.

Hoje em dia, a importância da água em Tingua se mantém, principalmente pela sua utilização
para o abastecimento de diversas cidades da Baixada Fluminense, incluindo bairros do Rio de
Janeiro. A água de Tingua é captada, tratada e distribuída pela Companhia Estadual de Águas e
Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), sendo uma das principais fontes de abastecimento da
região.

Além disso, a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos hídricos de Tingua são
cada vez mais importantes, devido aos impactos do crescimento urbano e industrial na região.
A água de Tingua é um recurso finito e precioso, e a sua gestão adequada é fundamental para
garantir o seu uso sustentável e a qualidade de vida das populações que dependem dela.

Mananciais De Tinguá

Estrada de Ferro Rio d’Ouro

Foi autorizada em 1875 a implantar uma linha férrea, como auxiliar da construção da adutora
entre o Caju e as represas do Rio d’Ouro, na Baixada Fluminense.

A ferrovia foi construída para auxiliar nas obras de construção das adutoras para o
abastecimento de água para a cidade do Rio de Janeiro, de acordo com o Decreto nº 2639 de
22 de setembro de 1875, desde os mananciais da Serra do Tinguá, na Baixada Fluminense.
Tinha por objetivo transportar os materiais e os operários empregados durante a construção.

*Ramal de Tinguá, foi aberto provavelmente já em 1883, com a linha principal da E. F. Rio
D’Ouro. Saía da estação de José Bulhões (Cava) e seguia até a localidade de Tinguá. Passou a
transportar passageiros e fechou suas linhas em 1964.

Em sua melhor fase, a Rio d’Ouro servia diversos subúrbios do Rio, como o Engenho da Rainha,
Inhaúma, Irajá, os já citados Vicente de Carvalho e Pavuna, além de diversas localidades da
Baixada Fluminense, como Belford Roxo, Areia Branca etc.

Rebio Do Tinguá

Encravada na Serra do Mar, no Sudeste Brasileiro, a Reserva Biológica do Tinguá vem


cumprindo papel fundamental ao longo de nossa história.

A importância da Rebio para Tinguá

Rebio do Tinguá exerce papel de corredor ecológico entre as áreas protegidas e conservadas
do bioma Mata Atlântica no sudeste brasileiro

Rebio do Tinguá, por abrigar uma extensa área verde, tem muitas nascentes que fazem com
que seja considera uma importante bacia produtora de água potável que abastece o Rio de
Janeiro. Ainda na época do império, D. Pedro II inaugurou a rede de captação que leva água
potável para a capital.

Ela é identificada como importante bacia produtora de água potável, desde os tempos do
Império. O imperador D. Pedro II inaugurou a rede de captação que levou, em poucas
semanas, a água das nascentes de Rio d’Ouro, Xerém e Tinguá até a capital, o Rio de Janeiro,
que padecia de uma enorme seca provocada pelo desmatamento da Floresta da Tijuca. O
engenheiro Paulo de Frontin foi o responsável por essa façanha, realizada pelo braço escravo.

Anos após a queda da monarquia, em 1941, foi criada a primeira unidade de proteção
ambiental que se tem notícia naquela região. O governo Getúlio Vargas decretou a Serra do
Tinguá como “Floresta Protetora da União”, tendo em vista a proteção integral de seus
recursos hídricos.

“A reserva nasceu originalmente em 1880, na época do Império, em virtude de uma crise na


Corte de falta de água.”

A Rebio tem sua história diretamente ligada ao processo de crescimento da Baixada


Fluminense e da própria cidade do Rio de Janeiro, incluindo os mananciais denominados Serra
Velha, Boa Esperança e Bacurubu, que até hoje contribuem para o abastecimento de água
para boa parte da Baixada Fluminense.

As nascentes desses mananciais, nas antigas fazendas da Conceição, Tabuleiro e Provedor,


bem conservadas, motivaram o primeiro ato de proteção do lugar, assinado pelo imperador D.
Pedro II. Em 1883, ele decretou que todas as áreas ocupadas pelas referidas fazendas seriam
consideradas, a partir de então, florestas protetoras. A primeira foi incorporada à União por
meio de doação feita por Francisco Pinto Duarte, o Barão de Tinguá, e as outras duas
adquiridas por desapropriação

O episódio da água em seis dias

Ocorreu no final do Segundo reinado no Brasil, no verão de 1888. Eram dias de calor
insuportável na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império, com os termômetros
registrando 42 °C a população sofria com o abastecimento irregular dos chafarizes.

Os comícios e passeatas eram frequentes e as críticas encontravam voz na imprensa


principalmente através dos artigos de Rui Barbosa no Diário de Notícias. Pressionado, o
Imperador D. Pedro II ordenou a realização de um concurso público para a escolha de um
escritório de engenharia que realizasse novas obras de canalização.

O projeto vencedor, dos engenheiros Paulo de Frontin, Belfort Roxo e dos alunos da Escola
Politécnica do Rio de Janeiro foi dimensionado para ser realizado em seis dias, ao invés dos
seis meses prometidos pelos empreiteiros ao Governo Central, e a um custo bem menor. Na
ocasião Paulo de Frontin contava com 29 anos de idade apenas e era considerado muito novo
para tal desafio pelos colegas mais velhos.

Apesar das pressões políticas e ameaças de agressão física, o projeto foi realizado no prazo
prometido. A água das cachoeiras do Rio Tinguá, na Serra do Comércio, na Baixada
Fluminense, chegou à Represa do Barrelão, na cidade do Rio, canalizada em tubulação
assentada à margem da linha da Estrada de Ferro Rio d´Ouro. O volume diário era de 16
milhões de litros. Este sistema de abastecimento foi posteriormente ampliado e abasteceu
durante muito tempo a Capital. Com o Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro (PDA -RMRJ), elaborado pelo Eng. Jorge Paes Rios, para a
CEDAE, estas captações foram destinadas apenas ao abastecimento da Baixada Fluminense
devido a sua enorme expansão demográfica. O engenheiro Paulo de Frontin foi declarado
Patrono do Engenharia Brasileira.

Paulo de Frontin, posteriormente declarado patrono da engenharia brasileira, foi quem


realizou, em poucos dias, uma obra capaz de resolver a crise oriunda da estiagem no ao captar
a água localizada a 55 quilômetros de distância do Centro, na Serra do Comércio, na Baixada
Fluminense.

Rebio e o império
Desde os tempos do Império, ela segue protegendo amostras representativas da Mata
Atlântica e demais recursos naturais nela contidos, com especial atenção para os recursos
hídricos. Em seu interior existem represas e aquedutos da época do Império e que até hoje
funcionam em perfeitas condições. Por seu formidável potencial hídrico, a Rebio-Tinguá foi
classificada, em 1993, como Patrimônio Natural da Humanidade, na categoria de Reserva da
Biosfera, pelas Nações Unidas, via Unesco. Pesquisadores, alunos de diversas escolas, grupos
familiares e pessoas comuns podem visitar a reserva, com autorização prévia da REBIO de
Tinguá.

Serra do Tinguá

Embora ligada à serra do Mar, a serra do Tinguá (ou maciço do Tinguá) teve origem geológica
anterior.

De uma das suas abas, nasce o rio Iguaçu. Durante a segunda metade do século XIX, foram
construídas neste local várias represas para o abastecimento de água para a Corte do Rio de
Janeiro. A ferrovia Rio do Ouro foi construída para a manutenção dos aquedutos. A partir daí, a
Mata Atlântica foi sendo reconstituída naturalmente. Nesta destacada elevação encontra-se
hoje a Reserva Biológica do Tinguá (Mata Atlântica).

Na aba denominada Serra dos Caboclos, refugiaram, no século XVI, alguns velhos e crianças da
tribo indígena tupinambá.

RECURSOS HIDRICOS EM TINGUA

Tinguá faz parte da bacia hidrográfica do Rio Guandu, que é a principal fonte de abastecimento
de água da região metropolitana do Rio de Janeiro. O Rio Guandu recebe água de diversas sub-
bacias, incluindo a Bacia do Rio Tinguá.

Além disso, parte da água que passa pela região de Tinguá pode seguir em direção à Baía de
Guanabara, que é uma importante enseada localizada na cidade do Rio de Janeiro. Isso
acontece porque alguns dos rios e córregos que nascem na região de Tinguá desaguam em
outros corpos d’água que por sua vez deságuam na Baía de Guanabara.

Por isso, é muito importante que a região de Tinguá seja preservada e que sejam adotadas
medidas para proteger as nascentes e rios da região, pois isso contribui não só para a
conservação da água na região, mas também para a qualidade da água que abastece a cidade
do Rio de Janeiro e para a preservação da Baía de Guanabara.

A água é coletada em diversas estações de tratamento na região de Tinguá, onde passa por um
processo de tratamento para remover impurezas e garantir que esteja própria para o consumo
humano. Depois de tratada, a água é distribuída através de redes de tubulação para as casas,
escolas, hospitais e empresas da região.

A Rebio de Tinguá está localizada na bacia hidrográfica do rio Guandu, que é responsável pelo
abastecimento de água para cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de
Janeiro, incluindo a própria cidade do Rio de Janeiro e municípios vizinhos. Portanto, a
preservação da Rebio de Tinguá é essencial para a manutenção da qualidade e da quantidade
de água que chega às residências dessas cidades.
Problemas da água e desvios clandestinos

Infelizmente, o desvio clandestino de água é um problema que ocorre em diversas regiões do


Brasil, incluindo em Tingua. O desvio de água consiste na captação irregular de água de rios,
lagos ou outras fontes, sem autorização dos órgãos responsáveis, e muitas vezes para fins
comerciais.

Em Tingua, o desvio clandestino de água é um problema antigo e recorrente, que afeta não só
o abastecimento regular da população, mas também a preservação ambiental e a gestão
sustentável dos recursos hídricos da região.

Segundo informações da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE),


que é responsável pela gestão e distribuição da água em Tingua, o desvio clandestino de água
na região é comum, especialmente em épocas de estiagem, quando a demanda por água
aumenta.

Para combater esse problema, a CEDAE tem intensificado a fiscalização e ações de


monitoramento da captação de água na região, além de buscar parcerias com órgãos públicos
e a sociedade civil para conscientização e prevenção do desvio de água.

É importante destacar que o desvio clandestino de água é uma atividade ilegal, que prejudica
não só a gestão sustentável dos recursos hídricos, mas também a qualidade de vida da
população e o desenvolvimento econômico da região. A conscientização e a colaboração de
todos são fundamentais para garantir o uso adequado e sustentável da água em Tingua e em
todo o país.

Algumas formas comuns de desvio de água são a construção de diques, barragens, canais ou
sistemas de captação clandestina, que retiram água dos rios, lagos ou outras fontes sem
autorização. Outra forma de desvio de água é o desvio de água de redes públicas de
abastecimento, por meio de ligações clandestinas.

O desvio clandestino de água é um problema grave, que prejudica a gestão sustentável dos
recursos hídricos, a qualidade de vida da população e o meio ambiente. Por isso, é importante
que a população e os órgãos responsáveis estejam atentos e atuem em conjunto para
combater essa prática ilegal.

Você também pode gostar