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Parque
Arqueológico
do
Gogo
Morro Santo Antônio & Morro Santana
I. Introdução
VI. Os Ingleses
VIII.Comoção da população
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Nesse quadro a febre pelo ouro fez com que Portugal se movesse, au-
mentando a compra de pessoas na Àfrica para trabalhar como escravos
nas minas, forçando também uma guerra aos índios. Oficializou-se em
guerra em decreto real em 13 de maio de 1808, em guerra aos botocudos
de Minas Gerais. O governo português oferecia recompensa para quem
levasse orelhas de indios, promovendo uma caçada humana sem prece-
dentes, visando aniquilar todos perigos no caminho para as minas.
Nesse cenário logo acuparam a nossa região, que atingiu a soma de cen-
to e vinte mil escravos nas proximidades de Mariana, se estendendo na
área de mineração, do alto de Passagem , Mata Cavalos, e Morro Santana,
com milhares de casas feitas com pedra retirada das minas e telhados de
sapé, vivendo precariamente, a expectativa de vida não passava de qua-
renta anos, e se escravo nas minas 20 anos.
Cada vez mais as minas necessitavam de mão de obra, lotando merca-
dos de escravos, e toda economia que girava em torno das providências
para a mineração. Atrelada ao Estado Português estava a Igreja Católica,
com poder de polícia, em plena época de inquisição, onde bastava uma
acusação para a pessoa ser presa. Todos tinham que cumprir com sua
obrigação para a fé, e para isso capelas eram levantadas em todo ajun-
tamento de gente. Com isso os moradores e donos de mina no alto do
Morro Santana pediram ao Bispo do Rio de Janeiro, Dom Jerônimo au-
torização para fazer uma Igreja, e logo veio, mas deveria ser de Santana,
Mãe de Nossa Senhora, o culto mariano estava expandindo, e o bispo
queria dar mais uma Igreja em homenagem a Rainha, Maria Ana, devota
de Santana. Então em 1712 iniciou-se a construção da Igreja no alto do
Morro Santana/Gogo, para abençoar os fiéis, e os lucros e afastar a Inqui-
sição. Fato repetiu-se no Morro Santo Antônio onde o Coronel Maximi-
liano também erigiu uma capela particular.
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II. OS VIAJANTES NO MORRO
SANTO ANTÔNIO E SANTANA
Vários viajantes
igleses e franceses vie-
ram explorar o Brasil,
e estiveram em nossa
região, e em meados
de 1814 já realizam
pesquisas. Foram a
partir de observações
deles que percebeu-se
que o auge da mine-
ração já havia passado
e não tinha como mi-
nerar sem investir em
modernização. Má-
quinas foram trazidas
da Cornualha da Inglaterra.
Seus diários de viagem são famosos e vários estão a nossa disposição em
forma de livros. Graças a esses relatos de viagem muitas informações
sobre a nossa região estão preservadas,. Sir Richard Burton, viajante in-
glês presenciou um inglês vivendo de forma miserável junto com seus
escravos no Morro de Santo Antônio. Jess Martin, filha do diretor da
Mina deixou suas impressões sobre Passagem e região narrando aconte-
cimentos de 1897 a 1907, como a vida dos imigrantes em Passagem. Os
viajantes presenciaram também o declinio da região e passaram a dedi-
car a outras atividades econômicas, como pecuária, tropas de animais, e
agricultura. As casas na região das minas, alto do Gogo, Passagem, foram
sendo abandonadas aos poucos. Aliado a isso existia um clima de medo
de uma revolta dos escravos . Por duas vezes aconteceu no Morro Santo
Antônio fuga em massa e conflitos com mineradores. Os quilombos da
região eram refúgio para os insatisfeitos. Aconteciam raptos, roubos, e
cada um armava-se para defender-se como pudesse. As casas eram for-
tificadas, projetadas para defesa.
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III. ATAQUES DE ÍNDIOS
Indios atacaram Furquim por duas vezes e a população que esca-
pou abrigando-se na Igreja Bom Jeusus do Monte.
Indios Puris trazidos para Ouro Preto com escravos se rebelaram e
sairam pilhando a região. A partir dái não colocaram mais pessoas que
falavam a mesma lingua juntas. Esse assunto virou artigo de mestrado de
Rafael Souza e foi publicado no jornal O ESPETO.
Em Mariana houve o primeiro caso de um indio ser ordenado
Padre! Pedro da Mata, foi apadrinhado por Dom Viçoso. Padre Padro
da Mata por dez anos lutou pelos direitos dos indigenas pároco em Rio
Pomba porém largou a batina depois de dez anos voltando a viver com os
indios .
O Barão alemão Eschevegue foi um dos precursores a usar doen-
ças como gripe como arma biológica para lutar com os índios, que não
tinham resistência a essa doença e assim muitos milhares morreram.
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IV. OS INGLESES
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Os ingleses construíram em Passagem primeiro hospital da re-
gião que foi pioneiro da América Latina em raio X. Também construíram
uma Igreja para praticar sua religião anglicana e também um cemitério
onde foram enterrados 55 corpos de adultos e crianças. Mudaram tam-
bém nossa forma de falar, acrescentando palavras, como uai, sô, trem,
chulé, short, chaula. Introduziram o futebol, criando o Britanic Foot Ball
Clube em 1902. Além isso introduziram o tennis e o bilhar. Aproveitando
o clima ergueram uma fábrica de chá em Passagem, que era exportado
para Inglaterra. Montaram uma fábrica de arsênico. Todo esse conjunto
está na área está em estudo para tombamento.
Primeira Igreja Protestante de Minas foi construída pelos ingleses
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Mina a céu aberto deu origem a rua do Buqueirão em Passagem, onde
existe a lenda como de Maria Sabão, que pega meninos mal criados e que
não comem verdura para fazer sabão com sebo !
Cada vez mais difícil ficava para minerar levando ao fim do ciclo do ouro
cem anos depos veio o ciclo do ferro, explorado apenas grandes empresas
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VI. MAIOR ROUBO DE
NOSSA HISTÓRIA
IGREJA SANTANA CONSTRUÍDA EM 1714
Com a decadência do ouro, a
população do Gogo começou a
ir para Mariana, principalmen-
te na década de 1950 .
Leia ntrevista publicada no O
ESPETO 41 em maio de 2004, o
Sr. Aurélio de Oliveira, nascido
no Gogô, ele disse que veio para
Mariana em 1958, e seu pai era
zelador da Igreja Santana.
“ Com cada vez menos gente e
muitas pessoas cismaram de ir
lá para procurar ouro, meu pai,
que era zelador da Igreja Santa-
na, ao encontrar um dia a porta
aberta, decidiu procurar o bis-
po Dom Oscar em 1970, para
dizer que estávamos com medo
que as imagens, castiçais, fos-
sem roubadas, fizemos então uma relação do que tinha na Igreja e trou-
xemos para minha casa em Mariana, onde dormiram e depois foram le-
vadas para um depósito da Arquidiocese.
Dom Oscar até me deu a imagem de São Sebastião ( gesso) que levei
para a escola Dom Frei, aonde estudava, quando eu mudava de sala eu
levava a imagem e depois que formei deixei , onde está até hoje. ( atual
ICSA). Depois que trouxemos as imagens ficamos sabendo que a Igreja
Santana sumiu. Agora fiquei sabendo pelo O ESPETO que ela foi monta-
da em Belo Horizonte!”.
Segundo nossas informações Dom Oscar permitiu que as peças
fossem retiradas para salva-las de ladrões.
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Elcio Martins, pedreiro, marianense, foi contratado pela Mendes Junior
para desmontar a Igreja Santana do Morro, transporta-la e reconstrui-la
em Belo Horizonte na sede da Mendes Junior. Élcio participou da audi-
ência pública sobre o caso promovida pela Câmara de Mariana, presidida
pelo vereador Geraldo Sales, Bambu, que acompanhou todo caso.
“Capela de São Francisco das Chagas, construída por Artur Valle Mendes,
inaugurada no ano da graça de 1978 por sua Excia. Revmo. Dom Oscar
de Oliveira, Arcebispo de Mariana. B. Hte, 15-10-78.”
Texto escrito na placa de pedra sabão de inauguração da Igreja na sede
da Mendes Junior, construída com peças da Igreja Santana do Morro.
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VII. A IGREJA DO GOGO DEU
VISIBILIDADE E NOME AO PARQUE
De grande repercussão na midia nacional o caso da Igreja do Gogo
revelou toda área para o mundo, trazendo visibilidade para as ruínas, até
então praticamente ignoradas : dai o nome Parque do Gogo. Não pode-
mos esquecer das missas campais realizadas por Mons. Flávio nas ruinas
da Igreja de Santo Antônio em Passagem.
Seguindo pistas, desde 26 de maio de 2001, quando publicamos a
primeira matéria sobre a Igreja Santana, a equipe de reportagem do O
ESPETO encontrou provas que ela teria sido levada pela Empresa Men-
des Junior e reconstruída em sua sede na rua Prof. Mário Werneck 1685,
portaria 1, bairro Estoril, Belo Horizonte, atual sede da UNI-BH, fato
confirmado em vista ao local em 28 de março de 2004, a comissão dos
moradores do Gogo acompanhados do Vereador Geraldo Sales, Bambu .
CÂMARA DE MARIANA OUVE TESTEMUNHA CHAVE: Foi
nomeda pela Câmara de Mariana em maio de 2004 uma comissão com-
posta pelos vereadores Bené do Caminhão, Duarte Eustáquio Junior e
Geraldo Sales, Bambu, que ouviu o Sr. Elcio Martins, testemunha chave,
pois trabalhou na demolição da Igreja Santana, sua reconstrução em Belo
Horizonte, e a desmontagem de suas peças antigas para a UFMG, quando
a UNI-BH comprou a sede da Mendes Junior.
ABAIXO ASSINADO AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MARIA-
NA: Os moradores do Gogo, fizeram em 2004 um abaixo assinado, re-
latando os fatos e solicitando ao Promotor Antônio Carlos providências
para a comissão dos moradores do Gogo pudessem vistar essas peças na
UFMG. O ministério público já estava acompanhando o caso.
ENCONTRO DAS PEÇAS NO DEPÓSITO DA UFMG: O Pro-
motor Marcos Paulo, Promotoria de Patrimônio Histórico Estadual,
agendou uma visita no deposito da UFMG, dia 19 de novembro de 2008,
onde os moradores, acompanhados de representantes da Câmara de Ma-
riana, prefeitura, Arquidiocese e da UFMG, reconheceram que realmente
eram as peças da Igreja de Santana. Hoje essas peças foram doadas pela
Mendes Junior a Pontifícia Universidade Católica, PUC, de Belo Hori-
zonte, sendo a UFMG apenas a guardiã.
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VIII.MORADORES DO GOGO FAZEM ABAIXO
ASSINADO PARA VOLTA DAS PEÇAS DA
IGREJA SANTANA : 2004
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ACORDO JUDICIAL FEITO PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO ESTADUAL - parte 2 de 2
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PREFEITURA DE MARIANA ANUNCIA
RECONSTRUÇÃO DA IGREJA SANTANA
Notícia oficial da Prefeitura de Mariana - janeiro de 2008”
“Riqueza barroca de volta ao município
Prefeitura de Mariana reconstruirá Capela
de Santana no Gogô
A Prefeitura de Mariana adquiriu o direito de reaver o acervo da se-
tecentista Capela de Santana. Por meio do acordo, assinado no dia 30
de janeiro ( 2008) na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado
de Minas Gerais, a administração municipal afirmou o compromisso em
reconstruir o templo religioso no seu local de origem, devolvendo-a à
comunidade do bairro Gogô. O termo de devolução foi firmado pelo co-
ordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural
e Turístico de Minas Gerais, Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda, pelo
vice-prefeito de Mariana, Roque Camêllo, e pelas instituições envolvidas.
Reuniram-se com o coordenador representantes da Prefeitura de Ma-
riana, do Iphan, da empresa Mendes Júnior, da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e o
cônego João Francisco Ribeiro, da Arquidiocese de Mariana. Todos foram
favoráveis à devolução ao município de Mariana do material que hoje se
encontra em um galpão da UFMG, em Belo Horizonte.
Com consenso do prefeito Celso Cota, o vice-prefeito Roque Camêllo
afirmou durante o encontro que a administração municipal iniciará o
traslado das peças dentro de 30 dias após a assinatura do acordo e pro-
videnciará local seguro para o armazenamento do acervo. “Daremos
todo o apoio logístico e material para transporte, acondicionamento dos
objetos e recomposição da capela no mesmo local, aproveitando as fun-
dações existentes. Para isso, contaremos com a orientação do Iphan e da
Arquidiocese”, explica o vice-prefeito.
“Este é um momento de grande importância para a cultura, para a histó-
ria e para a comunidade marianense. É uma vitória de todos. Vamos nos
reunir com os moradores do Gogô em breve para comemorar este acon-
tecimento e informá-los de todos os detalhes da recomposição da capela”,
afirma o prefeito Celso Cota.
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“Esses objetos estão impregnados da alma do local e possuem um sim-
bolismo muito grande para aqueles que lá vivem e que não se conforma-
vam com a retirada da capela”, acrescenta o vice-prefeito, Roque Camêllo.
De acordo com a professora Eliane Ferreira, da universidade fede-
ral, os objetos ocupam cerca de 200m² do local em que estão acondicio-
nados. “O material está embalado e numerado, tendo passado até por um
processo de descupinização”, afirma.
Noventa dias após a assinatura do acordo, o município apresentará ao
Iphan o projeto de recomposição do monumento do século 18, bem como
um cronograma para execução das obras. (...) ”
As peças hojes se encontram no Centro de Convenções de Maria-
na aguardando vontade política para serem usadas para reconstrução da
Igreja, finalidade pela qual vieram. Foi promessa em palanque de polítcos
mas até hoje não realizada. Devido a ação do tempo as peças sofrem da-
nos, sendo a maioria de madeira, e guardadas sem cuidado adequado.
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Base da Igreja Santana do Morro, depois de retirado mato e entulho
pelos moradores. A tradicional festa de Santana foi resgatada e passa a
acontecer nas ruínas , causando muita alegria e emoção aos moradores.
A Igreja de Santana foi construída em 1712, no Morro Santana, Gogô, e
transferida para a capital mineira na década de 70, para a empresa Men-
des Júnior, no bairro Estoril, em Belo Horizonte. Com a venda da sede da
construtora, em abril de 2000 o acervo foi doado à UFMG. Por se tratar
de uma entidade pública não necessariamente católica, a universidade re-
passou o material à PUC que, por sua vez, não chegou a implementar um
templo religioso em sua sede. Dessa forma, os objetos permanecem em
um galpão da própria UFMG até serem transportados para Mariana via
acordo judicial para sua reconstrução.
FALTA DE CONTINUIDADE DE AÇÕES
Apesar de muita discussão poucas ações foram tomadas para le-
var a uma organização do parque do Gogo. Iniciativas populares como vi-
sitas, palestras e exposições foram feitas com apoio do jornal O ESPETO
e da ACAM associação de Caçadores de Assombração de Mariana, com o
interesse de difundir a população a importância da área não só para a his-
tória, e identidade, mas como fator ecônomico através do turismo desde
que bem orientado e acompanhado por pessoas formadas na área.
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PREFEITO CELSO COTA ASSINA
LEI 4.481 CRIANDO PARQUE DO GOGO
EM 28 DE FEVEREIRO DE 2008
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XI. APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE
RECONSTRUÇÃO DA IGREJA DO GOGO
2009: Lélio Pedrosa, co-
ordenador de Patrimônio
Histórico da Prefeitura de
Mariana e arquiteta Jô Vas-
concelos contratada para
elaborar projeto de recons-
trução da Igreja Santana
divulgam projeto aprovado
pelo IPHAN para recons-
trução da Igreja Santana,
com custo de cerca de 15
mil reais.
Em 2009 foi apresentado em três ocasiões o projeto para recons-
trução da Igreja Santana do Morro, que previa um anexo que seria usado
como sede do parque arqueológico do Gogo, e espaço museus para expo-
sição das diversas peças arqueológicas encontradas.
A primeira apresentação foi para setores da cultura e turismos de
Mariana, o direção do IPHAN tinha parecer favoravel ao projeto, sendo
representado na reunião pelo servidor Sr. Cássio.
Logo apresentou-se para toda comunidade, muitos não gostaram
do fato da Igreja não ter altar, e com paredes de vidro, todos preferiam
a forma mais fiél. O Profejeto está na Secretaria de Cultura e Turismo,
guardado.
Desde então nada mais foi feito de concreto para o parque do
Gogo. Nem plano de manejo, controle de entrada, sinalização.
Foi onde tudo parou, depende-se da recontrução da Igreja para
cumprir a ordem judicial, para ter um espaço para sede do parque arque-
ológico, para desevolver educação patrimonial na comunidade, e espaço
para celebração da festa de Santana. E ainda mais, o plano de manejo deve
ser feito após essa etapa, orga nização de portaria, entrada, acesso, guias.
Reformular esse projeto já aprovado e um plano de manejo é a
base para organização do parque do Gogo.
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ASSEMBLÉIA DE MINAS FAZ
AUDIÊNCIA SOBRE O PARQUE E
IGREJA DO GOGO : 2014
Dia 21 de novembro de
2014 a Assembléia de
Minas, atendendo o pedi-
do da ex-deputada Luzia
Ferreira - PPS, realizou
em Mariana audiência
pública para debater so-
bre a reconstrução da
Igreja Santana do Morro
e o parque do Gogo, com
a participação da Igreja,
do IPHAN, da moradores do Gogo, da Associação de moradores de Gogo
e Canela, moradores de Passagem, UAMA, só a prefeitura de Mariana não
enviou representante.
A Diretora do IPHAN, Srta, Izabel Nicolieto disse que o parque é de
responsabilidade da Prefeitura de Mariana.
No final da audiência pública a deputada Luzia Ferreira, que presidia
a reunião, lavrou na ata que ficaria acertado que o Vereador Juliano Vas-
concelos, presente, procuraria a prefeitura pois já existe um acordo judi-
cial assinado datado de 30 de janeiro de 2008.
Porém o vereador Juliano não conseguiu marcar reunião com o prefeito
Celso Cota, na qual estariam presentes os interessados na organização
do Parque do Gogo, reconstrução da Igreja Santana do Morro, Plano de
Manejo.
Pouco depois, em março de 2015, o Sr. Idelfonso ex-secretario de Cul-
tura, informou que estava acontecendo uma licitação para contratar uma
empresa para fazer o plano de manejo, mas não se realizou.
Por muitas vezes, inclusive na capa do jornal O ESPETO foi cobrado
esse plano de manejo e a organização do parque, assim como a reconstru-
ção da Igreja Santana.
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PROPOSTA DE RECONSTRUÇÃO DA
IGREJA SANTANA EM OUTRO LOCAL
É REJEITADA NO VOTO PELA
COMUNIDADE DO GOGO E CANELA
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Moradores optaram por continuar a subir o morro para fazer a festa de
Santana nas antigas ruínas da Igreja, local onde existe cemitério.
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XII. 239 ACIDENTES NO ÁREA
DO PARQUE DO GOGO
PREFEITURA DE MARIANA PUBLICA NOTA
INFORMANDO QUE O PARQUE MUNICIPAL DO
GOGO É DE RESPONSABILIDADE DA MINA DA
PASSAGEM SUPOSTA DONA DA ÁREA
Por muitos
anos, quase não se ou-
viu falar em acidentes
em buracos de sari, po-
rém, ano de 2015 acon-
teceram quatro, contan-
do com um cachorro,
que mobilizou uma
equipe dos Bombeiros e
crianças de Passagem.
Os bombeiros até fi-
zeram um tripé com
roldanas, só para atender acidentes em buracos de sari. Mas a prefeitura
continuava a se recusar a dialogar, torcendo para que não houvesse mais
acidentes e o caso acabasse ali mesmo. Talvez daqui a 30 anos ninguém
lembraria desse parque.
Só que não é assim. È vontade do povo ter sua história preservada prote-
gida e que se torna alternativa para o turismo na região.
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ACIDENTE FATAL: ALBERTO DOS SANTOS
EMILIO, DE NOVE ANOS CAI EM BURACO DE
SARI E MORRE NO DIA DE MARIANA
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XIII. COMO FAZER O PARQUE DO GOGO
SAIR DO PAPEL ?
O que queremos ?
Um parque organizado, que controle quem entra e quem sai, com guias,
com sede, no local da Igreja Barroca de referência, com um museu anexo,
com trilhas sinalizadas, com um programa de educação patrimonial e
ambiental voltado ao nosso povo. Um parque que tenha coordenação tu-
ristica e possa cobrar pela visitas uma taxa para sua auto sustentação. Que
o parque aumente o turismo de Mariana.
Que seja criado um conselho administrativo voluntário para o
Gogo, nos moldes do parque da Queimada em Ouro Preto - CONPARQ.
Que a estãção ferroviária de Passagem, hoje da VALE, que está
fechada seja sede para o parque do Gogo e abrigue espaço para exposição
dos artefatos encontrados, um museu da mineração.
Que sejam aplicadas as diretrizes para área tombada no dossiê de
tombamento, nas páginas 165 a 167. Como fazer ?
Começar de onde paramos, cumprindo o acordo judicial assinado
pelas partes envolvidas, adequando o projeto já feito e aprovado, e fazen-
do licitação para reconstruir a Igreja. De imediato colocar placas infor-
mativas e de advertência nas áreas mais vulneráveis do parque, evitando
assim invasões e mais acidentes. Criar um Conselho Administrativo para
o Gogo e ocupando a Estação de Passagem como sede do Parque.
Contratação pela prefeitura de Mariana de um arqueólogo e um
museologo pois não existe pessoal efetivo na secretaria de cultura, sendo
assim nada vai pra frente pois falta continuidade.
Podemos fazer ? Sim, a prefeitura de Mariana, segundo o próprio IPHAN,
detêm a posse do parque, é responsável por gerencia-lo, e cumprir sua
parte no acordo judicial.
O projeto da reconstrução da Igreja e do anexo espaço - museu , já
apresentado e pago, foi feita por especialistas e já foi aprovado por todos,
pode ser feito sem modificações, só internamente a decoração que será
inserida nos espaços vazios partes dos altares que foram transladados de
Belo Horizonte. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”
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5 MOTIVOS PARA EFETIVAR
O PARQUE DO GOGO
1 - PATRIMÔNIO HISTÓRICO ARQUEOLÓGICO
A área do parque do Gogo engloba o Morro Santo An-
tônio, Igreja e cemitério dos ingleses, Mata Cavalo, e Morro
Santana, locais onde existem ruínas de casas, cemitérios,
pontes, e muitas minas de ouro, onde se pode ver como era a vida dos
mineradores e da população além das técnicas antigas de minaração. È
Museu a céu aberto.
2 - PATRIMÔNIO, BIODIVERSIDADE E HIDRICO
Na área do parque o sub-solo é de rocha quartiztio, que
funciona como esponja, e armazena água que é usada pela
comunidade, como a fonte da Glória em Passagem e muitas
casas que consomem água de mina do entorno do parque. E é um elo
de ligação, um corredor verde entre Parque das Andorinhas, Parque do
Caraça e Parque do Itacolomi, importante para fauna e flora assim con-
tribui para a biodiversidade e equilibrio ambiental.
3 - PROTEÇÃO A VIDAS HUMANAS
Já aconteceram seis acidentes no parque do Gogo desde 2015,
resultando em uma criança morta, e outra paralitica. Foi ten-
tado cercar com arame área do parque mas não resolve.
4 - GERAÇÃO DE RENDA E EMPREGO
Com a efetiva implantação do parque será necessário
uma gestão administrativa ( gestor, tecnicos) e operacio-
nal ( guias, guardas, zeladores) para atender a demanda de
turistas que já visitam o parque , e também a comunidade
regional, se tornando referência em educação patrimonial e ambiental,
história, e turismo cultural.
5- RELIGIOSO E CULTURAL
A volta das tradições religiosas populares comemoradas em 26 de
julho no antigo Igreja Santana do Morro demonstram que a
comunidade não esquece sua herança cultural, reavivando
desde 2008 a história dos antepassados.
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XIV. ASSOMBRAÇÕES PROTEGEM AS
RUÍNAS DO PARQUE DO GOGO
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XV.