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Sumário ............................................................................................................................ 1
1. Pré-História: Sítio Arqueológico Serra da Capivara......................................................... 2
2. Povoamento e Formação Territorial .............................................................................. 4
2.1. Pecuária ...................................................................................................................................... 5
2.2. Missões ....................................................................................................................................... 5
3. A Capitania do Piauí ...................................................................................................... 7
4. O Processo de Independência e a Construção do Estado Brasileiro ................................ 9
4.1. Império do Brasil - Guerras da Independência ........................................................................... 9
4.2. A Independência do Brasil e a Batalha do Jenipapo ................................................................ 10
4.3. A Formação da PM-PI ............................................................................................................... 11
5. Organização do Império Brasileiro: Primeiro Reinado .................................................. 12
5.1. A Constituição Outorgada de 1824 .......................................................................................... 12
5.2. A Confederação do Equador (1824) ........................................................................................ 13
6. Período Regencial ....................................................................................................... 14
6.1. Balaiada ................................................................................................................................... 14
7. A Transferência da Capital de Oeiras para Teresina ..................................................... 16
7.1. O Governador José Antônio Saraiva ......................................................................................... 17
8. O Ciclo da Maniçoba.................................................................................................... 20
9. Exercícios .................................................................................................................... 21
10. Considerações Finais ................................................................................................. 44
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O território do Piauí, na época do início da colonização, era povoado pelos indígenas Tabajara
e Cariri. Ao longo do processo de colonização, foi grande a violência usada contra os povos indígenas,
e as práticas de escravização eram recorrentes. Eles eram defendidos pelos padres jesuítas, mas
estes não conseguiam barrar os colonizadores. A guerra travada contra os indígenas recebeu vários
nomes, por exemplo, Confederação dos Cariris. No Piauí, foi travada uma guerra contra os
pimenteiras que durou de 1769 até 1815, quando eles foram considerados extintos. Ao transferir a
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corte, Dom João declarou guerra contra os indígenas. Hoje o avanço da fronteira agrícola pelo
cerrado nordestino pressiona as comunidades tradicionais e há conflitos pela posse da terra entre
indígenas, quilombolas e comunidades extrativistas. Abaixo temos um mapa com as principais áreas
indígenas que sofrem a pressão do agronegócio, como o povo Cariri, da Aldeia Serra Grande,
localizada em Queimada Nova, e o povo Gamela, da comunidade Pirajá, localizada em Currais Novos.
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2.1. PECUÁRIA
2.2. MISSÕES
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capela e foi elevado a vila e sede de concelho em 1712, com o nome Vila do Mocha, por situar-se às
margens do rio Mocha. Em 1759, a ordem dos jesuítas foi expulsa do Brasil pelo primeiro ministro
português, o Marquês de Pombal e as fazendas da ordem incorporadas pela coroa portuguesa. A
cidade foi batizada em sua homenagem, foi fora antes de Marques, o Conde de Oeiras.
O sincretismo é muito forte na formação cultura do piauiense, ou seja, a mistura de
elementos culturais católicos europeus, trazidos pelos padres, com elementos da cultura indígena e
africana. Era muito comum a devoção a Santo Antônio e a Nossa Senhora do Rosário nas irmandades
católicas leigas, que cuidavam dos doentes, dos enterros e faziam caridade. Um exemplo de
sincretismo é a lezeira, danças e cânticos em que as pessoas se divertem após as rezas, a qual foi
tombada pelo IPHAN como patrimônio imaterial. O principal ritual católico popular são as romarias,
em Oeiras, temos a Procissão do Fogaréu.
Oeiras - Patrimônio Cultural Brasileiro e Capital da Fé. A religiosidade católica está arraigada no município que encontra seu auge no período da
Semana Santa https://www.pi.gov.br/
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3. A CAPITANIA DO PIAUÍ
A partir da segunda metade do século XVIII, no reinado de D. José I e do gabinete de Sebastião
José de Carvalho e Melo, iniciou-se um processo de fortalecimento do estado português na América.
Bem como, em 1750, teve início um processo de reorganização da conquista das capitanias do Norte.
Mediante esse contexto, D. José I determinou a criação do Estado do Grão-Pará e do Maranhão. Ele
pretendia transferir, de São Luís para Belém, o centro de poder, ficando responsável pela
administração Francisco Xavier de Mendonça. Foram criadas simultaneamente a Capitania do Rio
Negro e a Capitania do Piauí, a primeira desmembrada do Pará e a segunda do Maranhão. Em 1758,
foi criada, oficialmente, a Capitania de São José do Piauí. Em 1761, a Vila da Mocha foi elevada à
categoria de cidade. Nas cidades ficavam os palácios dos governadores e dos membros do alto
escalão da administração colonial, a câmara municipal, a sede do governo e um pelourinho. O
pelourinho é um símbolo português, monumento parecido com um obelisco, que representava a
presença da lei portuguesa e de suas armas.
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A Independência do Brasil foi marcada por uma série de eventos ocorridos entre 1822 e 1824,
num contexto de conflitos regionais. A influência de Portugal sobre o Brasil era mantida pelas
guarnições em portos estratégicos, pois queriam retomar o controle do Brasil. As regiões que
estavam mais ligadas a Portugal, como Piauí, Maranhão, Pará e Bahia, foram atacadas por tropas
lusitanas em resistência à emancipação.
Na Bahia, ocorreram episódios de grande conflito, que duraram de 19 de fevereiro de 1822 a
2 de julho de 1823. Esses episódios foram motivados pelo sentimento federalista emancipador de
seu povo, e terminaram pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, durante a
Guerra da Independência do Brasil.
Na Província do Piauí, tradicional produtora de gado, os grandes proprietários estavam
ligados à Metrópole, inclusive por laços de sangue. A adesão à Independência do Brasil foi
proclamada na vila de Parnaíba, ao passo que o interior e a capital estavam sob o controle das tropas
do Exército português. As tropas brasileiras foram inicialmente derrotadas na batalha do Jenipapo,
em 13 de março de 1823, data que foi incluída na bandeira do Piauí.
Enviada do Rio de Janeiro, uma frota foi comandada pelo Lord inglês Thomas Cochrane, o
qual foi contratado para comandar a Armada Imperial brasileira. Militar inglês experiente, ele atuou
no comando das guerras de independência do Brasil, participou das guerras de independência do
Chile e também foi o responsável por debelar a Confederação do Equador, em 1824.
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Em 18 de agosto de 1831, o Ministro da Justiça da Regência, Padre Diogo Antônio Feijó, criou
o Corpo de Guardas Municipais Permanentes no Rio de Janeiro e a Guarda Nacional na Corte e em
todas as províncias, ambos subordinados ao Ministério da Justiça, e que constituíram a principal
força armada do Império. Com essa medida, as províncias criaram seus efetivos militares. Uma vez
eleita e reunida a primeira Assembleia Legislativa da Província, foi votada a Lei Provincial n° 13, de
25 de junho de 1835, que criou seu Corpo de Polícia, pelo presidente da Província, o Barão da
Parnaíba.
Na ocasião, também foi nomeado o primeiro Comandante do Corpo de Polícia da Província
do Piauí, o Capitão do Exército Antônio de Sousa Mendes, escolhido não por ser sobrinho do Barão
e presidente da Província, mas pelo próprio valor militar já demonstrado nas lutas pela
independência, e que se ressaltaria depois na Guerra dos Balaios.
Casa da Pólvora, em Oeiras: referência fundamental na História do Piauí e também da Polícia Militar. Visite:
http://www.pm.pi.gov.br/memorial.php
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Ele lançou, em 1824, uma nova constituição outorgada (imposta) que possuía 4 poderes:
executivo, legislativo e judiciário e um quarto, que era o poder moderador. Este poder era
representado pela figura do imperador, que passava a ter poderes quase absolutos. De acordo com
essa constituição, ele poderia dissolver o parlamento (câmara dos deputados) quando quisesse e
convocar novas eleições, poderia também barrar qualquer medida que não concordasse. Só havia
deputados federais, e as províncias não poderiam eleger representantes locais. Os governadores de
província eram indicados pelo imperador, e os senadores tinham cargo vitalício. Com pequenas
mudanças (a criação das assembleias estaduais e a Lei Áurea, por exemplo), ela se manteve como a
Constituição do Império até a proclamação da República.
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O ato de dissolver a constituição de 1823 gerou muitas revoltas. No Nordeste, eclodiu uma
revolta separatista contra o autoritarismo de D. Pedro: a Confederação do Equador, a qual foi uma
revolta republicana que chegou a se separar, mas foi sufocada. Com a independência, as províncias
não passaram a ter mais liberdade, o que era uma reinvindicação dos liberais. Na verdade, a
liberdade tendia a diminuir com as mostras do autoritarismo e do pensamento conservador
centralista (que defendia todo o poder concentrado na capital do país, sem autonomia provincial).
Os presidentes de província, de acordo com a Constituição outorgada de 1824, seriam indicados pelo
imperador.
Ocorreram muitos protestos contra a nomeação de Pais Barreto. O mesmo ocorreu na
Paraíba e no Ceará. Em Pernambuco, a reação mais incisiva foi de Manoel Carvalho Andrade, um
liberal que participou da Revolução de 1817 e que se exilou nos EUA. Lá sua convicção liberal
republicana se consolidou. Ele liderou a resistência contra o imperador: a Confederação do Equador,
que eclodiu em 1824.
Foi muito importante o papel da imprensa liberal, destacadamente, de dois jornais: o
Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, de Cipriano Barata, e o Tifis Pernambucano,
dirigido por frei Caneca. Eles realizaram um levante contra o governo do conservador Barreto e seus
aliados, que era conhecido como a “junta dos matutos” e instalaram uma junta governativa na
cidade de Goiana.
Conclamaram o levante dos estados do Nordeste, e o apelo foi seguido pelo Ceará, Rio Grande
do Norte e Paraíba, que formaram a Confederação do Equador. Dom Pedro I reagiu violentamente
e usou o máximo da força disponível. Saíram tropas por terra e mar para combater os revoltosos. As
condenações foram severas. Frei caneca, por sua destacada ação política liberal, foi condenado à
forca. Ele era tão querido e popular que os carrascos se recusaram a matá-lo, assim, foi morto por
fuzilamento. Manoel Carvalho teve o mesmo destino. Apesar da confederação do Equador ter sido
derrotada, continuou crescente a oposição ao autoritarismo do imperador.
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6. PERÍODO REGENCIAL
6.1. BALAIADA
O Período Regencial, compreendido entre 1831 e 1840, isto é, entre a abdicação de D. Pedro
I e o golpe da maioridade de D. Pedro II, foi marcado por grande instabilidade, causada pela disputa
entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que
assumiram características bem distintas entre si.
No Maranhão e Piauí, o processo de reconhecimento da independência política não
acontecera de forma pacífica. Apesar do Sete de Setembro, a realidade das camadas sociais mais
humildes não se modificara: prosseguiam excluídas e afastadas do poder político e econômico.
Durante o Período Regencial, a província maranhense foi marcada por disputas entre duas correntes
políticas que, conforme prática frequente naquela época, revezavam-se no poder. As tentativas dos
grupos para permanecerem no poder, impondo suas ideias com intensidade e virulência, levaram o
Maranhão a se transformar em um palco onde aconteciam disputas políticas e eleitorais.
A Balaiada foi uma reação e uma luta dos maranhenses e piauienses contra injustiças
praticadas por elites políticas e também contra as desigualdades sociais que assolavam o Maranhão
do século XIX. A origem da revolta remete à confrontação entre duas facções, os Cabanos (de linha
conservadora) e os chamados “bem-te-vis” (de linha liberal). Eram esses dois partidos que
representavam os interesses políticos da elite do Maranhão.
Até 1837, o governo foi chefiado pelos liberais, mantendo seu domínio social na região. No
entanto, diante da ascensão de Araújo de Lima ao governo da província e dos conservadores ao
governo central, no Rio de Janeiro, os cabanos do Maranhão afastaram os bem-te-vis e ocuparam o
poder. Os enfrentamentos entre “bem-te-vis” e “cabanos” agravaram-se após a votação da chamada
Lei dos Prefeitos, que aconteceu durante o governo regencial do político “regressista” Pedro de
Araújo Lima, de 1838 a 1840. A lei concedia autonomia local aos presidentes das províncias, pois
ganhavam o privilégio de nomear os prefeitos municipais com poderes que incluíam o de autoridade
policial.
Essa mudança dá início à revolta em 13 de dezembro de 1838. O fato com que se costuma
marcar o início da revolta ocorreu quando Raimundo Gomes, um vaqueiro que administrava a
fazenda do Padre Inácio Mendes (bentevi), passava pela vila do Manga levando uma boiada para ser
vendida em outra localidade. O subprefeito da vila, José Egito, cabano e adversário político de Padre
Mendes, baixa uma ordem para o recrutamento de alguns homens que acompanhavam Gomes e
também para a prisão do irmão do vaqueiro. Reagindo, Raimundo Gomes assalta a cadeia e foge
para Chapadinha. Irrompidas as agitações populares concentradas, num primeiro momento, na
coluna de Raimundo Gomes, o aparecimento de manifestações em outras regiões passa a ser
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Nos últimos momentos, D.Cosme ficou só. Não tinha motivos para entregar-se. Suas tropas
lutavam sem nenhuma esperança, eram escravos, não queriam voltar ao jugo de seus
senhores, pois tinham sido homens livres e temidos. Lutaram até a morte. D.Cosme foi
enforcado em praça pública, oferecendo à população o espetáculo de uma punição
exemplar. Acabava a Balaiada.
Balaiada a construção da memória histórica https://www.scielo.br/j/his/a/8hSqyNvfZJp6mRbSPkKKxPy/?lang=pt
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árida e com solo pouco produtivo para agricultura, além de estar distante da capital, do litoral e ser
de difícil acesso.
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oposição política dos coronéis locais. Duas cidades se candidataram ao posto de nova capital,
Amarante e Parnaíba. Amarante, apesar de possuir uma agricultura desenvolvida e ser localizada à
beira do Parnaíba, possuía seu acesso e meio de abastecimento pelo rio Canindé, era isolada, com
terrenos acidentados e sem prédios públicos, ou que valessem para tal. Parnaíba possuía uma
melhor infraestrutura e posição litorânea, porém, era longe dos principais núcleos de povoamento
e bem distante do interior.
Teresina foi escolhida por reunir diversas qualidades importantes: estava numa região
estratégica e bastante irrigada, entre o rio Parnaíba e o rio Poti, numa região de solos muito férteis
e propícios para a agricultura. Poderiam navegar a vapor, conectar-se ao Rio de Janeiro e,
estrategicamente, controlar os fluxos e retirar a influência de Caxias, no Maranhão. Em ofício de 20
de janeiro de 1852, o presidente da Província do Piauí, Antônio Saraiva, determinou ao secretário
de obras provinciais – o português João Isidoro França – o plano urbano e a construção da Igreja de
Nossa Senhora do Amparo e interviu diretamente no que pôde. O sítio urbano era separado da Vila
do Poti Velho, devido às frequentes enchentes do rio e também das frequentes epidemias de
doenças tropicais. Isidoro fez um planejamento com traçado todo geométrico.
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Desde o ano de 1842 que a câmara municipal desta vila solicitara à Assembleia Provincial a
transferência de sua sede, por conta das frequentes cheias do Poti e a inviabilidade em
permanecerem os moradores no lugar. A igreja Matriz estava seriamente danificada e a ameaça de
ruína era iminente. Mesmo assim, o seu estado precário representava um elemento em comum
com as demais matrizes, quase todas remanescentes do século XVIII: os relatórios governamentais
de 1844 até 1850 enfatizavam o problema, geralmente motivo de análise por parte dos
administradores provinciais. Dessa forma, desde o pedido formal até o início da construção foram
transcorridos quase uma década. [...] repreendeu veementemente França acerca dos atrasos da
obra, iniciada um ano antes, em 8 de janeiro de 1851, quando a pedra fundamental foi lançada em
cerimônia oficial. [...] De janeiro até maio de 1852, Saraiva interferiu diretamente em diversos
aspectos da construção: escreveu sobre castigos, escravos doentes, gastos com trabalhadores,
estratégias de trabalho e sobre os custos desenfreados. Analisada em termos urbanísticos, a
escolha do plano de construção da nova cidade, com ruas perpendiculares em forma de tabuleiro
de xadrez, constituído a partir de uma praça central onde se materializavam, através das
construções, o poder espiritual e secular, parece mesmo uma sofisticação da visão urbanística
presente nas cartas régias de Oeiras, com ruas retas e casas alinhadas em torna da Igreja Matriz.
Teresina foi resultado de uma projeção de futuro do Império, que a partir de conceitos como
civilização e progresso, procurou elaborar a sua imagem política.
A fundação de Oeiras, em 1762, foi resultado da criação da Capitania de São José do Piauí,
a partir de um projeto urbanístico e civilizatório do Estado português, com conceitos
políticos específicos daquele período.
A nova capital, a 300 km de Oeiras, foi batizada em homenagem à imperatriz Teresa Cristina,
esposa do imperador Dom Pedro II.
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8. O CICLO DA MANIÇOBA
No início do período republicano, foi marcante para o Piauí o ciclo da maniçoba, da qual
extraímos a borracha. O ciclo da borracha piauiense foi simultâneo ao que ocorreu na Amazônia,
entre o final do século XIX e o início do século XX. A demanda internacional ocorreu com a invenção
do automóvel e da borracha vulcanizada. Enquanto o látex amazônico era extraído das seringueiras,
no Piauí ele era extraído da maniçoba, uma planta típica do sertão, cuja árvore alcança até 12 metros
de altura. A exploração da maniçoba provocou imigração para o sudeste do Estado, em municípios
como São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Caracol e Canto do Buriti. Trabalhadores de
Pernambuco, Alagoas, Bahia e Ceará vieram para essas cidades.
A decadência do ciclo da maniçoba foi a biopirataria dos ingleses, na qual eles roubaram
mudas e sementes de seringueiras para a Malásia, onde passaram a produzir pelo modelo de
plantation (grandes propriedades, monocultoras e com a produção voltada para a exportação), o
que fez o preço internacional cair, assim, a concorrência levou à decadência do ciclo da borracha,
que aqui no Brasil era extrativismo da maniçoba, no sertão nordestino, e da seringueira, na
Amazônia.
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9. EXERCÍCIOS
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Gabarito: C
3. (Quadrix - 2017)
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4. (CESPE – 2018)
Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte
das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século
XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.
Comentários
A afirmativa está certa, pois de fato a Independência do Brasil foi marcada por diversos episódios de
conflito em diferentes regiões do país. Aquelas regiões que estavam mais ligadas a Portugal, como
Piauí, Maranhão, Pará e Bahia, foram coagidas por tropas lusitanas em resistência à emancipação
da sua principal e mais lucrativa colônia, além da Cisplatina (atual Uruguai). Aconteceram
campanhas militares nessas localidades, e os combates contra as forças que não aderiram à
independência estenderam-se até 1824. Esses fatos, por seu lado, contrariam algumas
representações mitológicas acerca da emancipação política “pacifica e harmoniosa”. Quando das
tentativas recolonizadoras das Cortes de Lisboa, iniciadas em 1820 com a Revolução Liberal do Porto,
muitas regiões nordestinas sublevaram-se contra a preponderância de D. Pedro, sendo focos dessa
resistência as províncias da Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará, igualmente dizimadas pela
repressão militar do Rio de Janeiro. Nesse contexto específico, outros fatores devem ser levados em
conta, sobretudo a subordinação dos proprietários de terras e de escravos regionais aos grandes
negociantes portugueses que, uma vez expulsos, os privaria de recursos. O caráter abertamente
belicoso da consolidação da independência não deve ser relegado a segundo plano, mas sim
articulado a uma estrutura mais complexa que incluía até mesmo as difíceis condições do
reconhecimento internacional da soberania do Brasil, os conflitos oriundos da hegemonia do
Sudeste e a luta contra a manutenção de certos interesses lusitanos. Dessa perspectiva ressaltaria a
necessidade de imposição da hegemonia do Sudeste sobre as demais regiões, bem como a da
reprodução do funcionamento de um Estado autoritário ou de um projeto autoritário de Império.
(MENDONÇA, 2010).
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Gabarito: Certo
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uma tuberculose. Teve um papel importante na vida social, artística e até política do Recife na época.
Fez muitas amizades, conheceu governadores, senhores-de-engenho, comerciantes, coronéis.
A alternativa D também está incorreta, pois Robert Walsh foi médico e capelão inglês, que teve
relações com o Brasil como um funcionário britânico durante o Império Brasileiro. Ora a serviço de
Deus, ora a serviço da Sua Majestade Britânica, viajou do Rio de Janeiro para Minas Gerais, com
destino a São João Del Rey, onde passou a maior parte do tempo, chegou a visitar Vila Rica e São
José (atual Tiradentes). Em sua obra intitulada Notícias do Brasil: 1828-1829, publicada em 1830 e
traduzida para o português em 1985, apresenta um breve resumo dos principais fatos que ocorreram
aqui, desde o descobrimento do Brasil até o momento de sua chegada.
A alternativa E também está incorreta, pois John Armitage foi um historiador inglês que escreveu a
História do Brasil em 1836, focalizando a centralidade do comércio como fator de expansão cultural
e refinamento das paixões, dada por meio do contato com as pessoas e coisas. Essa postura de sua
escrita dizia respeito ao projeto de construção do Império Britânico no século XIX.
(SECO, 2006; GASPAR, 2009; VARELLA, 2012; MAXWELL, 2016).
Gabarito: A
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A alternativa A está incorreta, pois os negros escravos que fugiram das fazendas na ocasião dos
conflitos se aliaram aos “balaios”, que lutavam contra as injustiças sociais reinantes. Eram pessoas
do povo, homens livres e pobres, como vaqueiros, artesãos, lavradores, negros, mestiços e escravos
que enfrentaram a ordem dominante, representada por setores como o dos grandes proprietários
agrários regionais. A ação que efetivaram foi uma resposta à violência da sociedade escravagista.
A alternativa B é a resposta correta. No Maranhão, como no Grão-Pará, o processo de
reconhecimento da independência política não acontecera de forma pacífica. Apesar do Sete de
Setembro, a realidade das camadas sociais mais humildes não se modificara: prosseguiam excluídas
e afastadas do poder político e econômico. Durante o período regencial, a província maranhense foi
marcada por disputas entre duas correntes políticas que, conforme prática frequente naquela
época, revezavam-se no poder. Existiam os “bem-te-vis” – liberais que se opunham aos governistas
– e os conservadores – pejorativamente chamados de “cabanos”, termo que se referia, de acordo
com a historiadora Magda Ricci, aos “homens que viviam em casas simples, cobertas de palha”. As
tentativas dos grupos para permanecerem no poder, impondo suas ideias com intensidade e
virulência, levaram o Maranhão a se transformar em um palco onde aconteciam disputas políticas e
eleitorais. Os enfrentamentos entre “bem-te-vis” e “cabanos” agravaram-se após a votação da
chamada Lei dos Prefeitos, que aconteceu durante o governo regencial do político “regressista”
Pedro de Araújo Lima, de 1838 a 1840. A lei concedia autonomia local aos presidentes das províncias,
pois ganhavam o privilégio de nomear os prefeitos municipais com poderes que incluíam o de
autoridade policial. Os balaios se movimentaram atacando fazendas e libertando escravos.
Enfrentamentos se espalham alcançando as províncias vizinhas do Piauí e do Ceará. Batalhas
renhidas foram travadas, com os rebelados conseguindo algumas vitórias. Em 1839, tomaram a Vila
de Caxias, a segunda cidade do Maranhão em importância, organizando um Conselho Militar,
resultado de uma assembleia entre seus líderes, que admitiu elementos “bem-te-vis” da cidade.
A alternativa C também está incorreta, ao passo que a revolta da Balaiada contou com a participação
de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos, contra os grandes senhores de terras e negociantes.
As principais causas da Balaiada estão ligadas à pobreza da população da província maranhense,
bem como à sua insatisfação diante dos desmandos políticos dos grandes fazendeiros da região.
A alternativa D também está incorreta, pois não se pode afirmar que a Balaiada pretendia instalar a
República no Maranhão. Além disso, receberam o apoio dos bem-te-vis, que eram os liberais
defensores do fim das práticas abusivas tomadas pelos proprietários de terras e pelos comerciantes
portugueses.
A alternativa E também está incorreta, uma vez que a repressão atuou violentamente contando com
recursos enviados pelo governo imperial. Os redutos foram invadidos, e combates aconteceram
corpo a corpo. Os momentos derradeiros da Balaiada foram marcados pelas rivalidades entre os
líderes balaios, por traições, deserções, prisões, torturas e assassinatos atestados nos registros
produzidos pelas forças oficiais. Em 1841, um decreto imperial concedeu anistia aos revoltosos
sobreviventes. Contudo, em 13 de maio de 1841, Caxias diria: "Não existe hoje um só grupo de
rebeldes armados, todos os chefes foram mortos, presos ou enviados para fora da Província”.
(ABI-RAMIA, 2016).
Gabarito: B
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Cabo Frio, envolvendo, também, tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, contra os colonizadores
portugueses, entre 1554 e 1567.
(ORIÁ; LEGISLATIVA, 2019).
Gabarito: C
8. (NUCEPE - 2015)
“A Balaiada teve suas causas nos desmandos dos prefeitos e nas arbitrariedades dos homens
do governo, que, para satisfazer os caprichos partidários, sacrificavam os interesses do povo.
Ela irrompeu no Maranhão e dentro em pouco se propagou pelo Piauí”.
(NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina: COMEPI, 1975, p. 71).
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9. (SEMAD - 2008)
Em 1820, iniciou-se na cidade do Porto um movimento que, apesar de ostensivamente liderado
por militares, aglutinou as insatisfações de muitos setores sociais de Portugal diante do
reordenamento político do Império. Esse movimento foi refletido em várias províncias do
Brasil.
No Maranhão, os desdobramentos da revolução do Porto podem ser percebidos a partir da (o):
A) resistência das autoridades instituídas à formação de Juntas de governo e à renúncia de
Filipe Alberto Patroni Martins Maciel, acusado de incitar os escravos à luta contra a nomeação
de um novo governador.
B) resistência de antigas autoridades à adesão incondicional às Cortes e da abdicação do
governador João Carlos de Augusto de Oeyenhausen.
C) descontentamento da maioria da população que não era favorável ao retorno de D. Pedro,
bem como a permanência dos cargos burocráticos nas mãos da nobreza.
D) denúncias de conspirações sofridas por Manoel Marques de Sousa, então governador da
província, e a criação de uma Junta governativa sob a presidência do capitão Rego Barreto.
E) organização de uma Junta Constitucional organizada pelo governador Bernardo da Silveira
Pinto da Fonseca e a incitação por parte de alguns jornalistas que prometiam, através dos
pasquins, a liberdade dos escravos.
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A alternativa A é incorreta, pois Filipe Alberto Patroni Martins Maciel participou de forma ativa do
movimento constitucional no Brasil, sendo a província do Pará a primeira a aderir à Revolução
Constitucionalista do Porto. Foi o primeiro brasileiro a falar nas sessões da Assembleia Constituinte,
em 5 de abril de 1821. Foi delegado da Junta Provisória do Governo do Pará e deputado provincial
pelo Pará na legislatura de 1842 a 1845.
A alternativa B também é incorreta, de modo que João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg,
primeiro e único visconde e marquês de Aracati, foi governador do Pará, tendo também governado
a capitania do Ceará (1803-1807), a de Mato Grosso (1807-1819) e a de São Paulo (1819-1822).
Apesar de ter apoiado o movimento pela Independência do Brasil, fez oposição, junto com José da
Costa Carvalho, ao grupo de José Bonifácio, motivo pelo qual foi demitido do cargo de governador
de São Paulo.
A alternativa C também é incorreta, pois os fatos em questão não dizem respeito à contenda do
retorno de D. Pedro a Portugal.
A alternativa D também é incorreta, pois Manoel Marques de Sousa nunca foi governador da
província do Maranhão.
A alternativa E é a resposta certa, pois foi graças à Revolução do Porto, de 1820, ao dar posição de
destaque ao parlamento e ao ampliar a esfera de atuação deste, que no Maranhão o ato de
peticionar propiciou aos habitantes da província o direito de reclamar por escrito, em decorrência
disso, observou-se o surgimento de novas demandas políticas, econômicas e sociais nos primeiros
decênios do século XIX. Se num primeiro momento funcionou apenas como um órgão consultivo,
posteriormente sofreu alterações e passou a ser também deliberativo. Ao unir o parlamento ao
monarca, se estabelece em Portugal uma monarquia constitucional. Nesse sentido, o órgão de
representatividade da nação funciona como um instrumento de recebimento dessas petições
enviadas pelos cidadãos do além-mar, e em particular, dos cidadãos naturais e dos portugueses
radicados no Maranhão.
(SENA, 2013).
Gabarito: E
O samba enredo A Balaiada, de 1989, foi revisitado pela Escola de Samba Turma do Quinto no
ano de 2008. Sobre essa revolta, que aconteceu no Maranhão e no Piauí no período regencial,
pode-se afirmar que:
A) foi um movimento elitista, liderado pelos republicanos, no Maranhão representado pelo
partido Bem-te-vi.
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B) deve ser considerada como uma continuidade da Revolta de Beckman, uma vez que várias
reivindicações dos manifestantes representavam os mesmos descontentamentos da revolta
anterior.
C) foi uma revolta de caráter popular que, apesar da participação de expoentes de outras
camadas sociais, as camadas menos abastadas representaram a expressão mais significativa
do movimento.
D) foi uma revolta de caráter popular que, após a tomada do poder, tinha como meta a
implantação de uma Monarquia Constitucional liderada pelo negro Cosme.
E) após a tomada do poder, os revoltosos, para que aceitassem a deposição das armas, exigiram
que o novo governo aceitasse, na sua administração, representantes de todas as camadas
sociais e que o negro Cosme fosse nomeado para o cargo de vereador da câmara de Caxias.
Comentários
A alternativa A é falsa, apesar da Balaiada de fato ser chamada de Guerra dos Bem-te-vi, não foi um
movimento elitista, pelo contrário, uma vez que foi a mais longa e numerosa revolta popular
ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841, com início em 13 de dezembro de 1838.
A alternativa B também é falsa, pois a Balaiada aconteceu entre 1838 e 1841, enquanto a Revolta
dos Beckman ocorreu em 1648.
A alternativa C está correta, pois de fato a Balaiada foi uma revolta de caráter popular que, apesar
da participação de expoentes de outras camadas sociais, as camadas menos abastadas
representaram a expressão mais significativa do movimento. É mais um capítulo das convulsões
sociais e políticas que atingiram o Brasil no turbulento momento que vai da independência do Brasil
à proclamação da República. Naquele momento, a sociedade maranhense estava dividida,
basicamente, entre uma classe baixa, composta por escravos e sertanejos, e uma classe alta,
composta por proprietários rurais e comerciantes. A Balaiada foi uma reação e uma luta dos
maranhenses contra as injustiças praticadas pelas elites políticas e contra as desigualdades sociais
que assolavam o Maranhão do século XIX.
As alternativas D e E também são falsas, uma vez que a participação do negro Cosme na Balaiada foi
a liderança de cerca de três mil escravos, que fugiram das fazendas, se aquilombaram e depois
ficaram sob a sua liderança.
(SILVA, 2008).
Gabarito: C
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C) Esparta Maranhense
D) Ilha dos Amores
E) Ilha Rebelde
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a expressão Jamaica brasileira se deu porque houve inicialmente
resistência em associar o reggae a São Luís. O epíteto “Jamaica Brasileira” é adotado até mesmo pela
Secretaria de Turismo de São Luís, que criou um guia turístico do reggae na cidade.
A alternativa B também é incorreta, uma vez que a expressão Atenas brasileira diz respeito à
evocação de um passado glorioso, de grandes nomes da literatura, artes e ciências, encarnado por
jovens filhos de comerciantes e produtores agrícolas, que retornavam de seus estudos na Europa.
A alternativa C é falsa, pois não há registros da expressão ser empregada a São Luís.
A alternativa D também é incorreta, pois a expressão Ilha dos Amores foi empregada com o fim da
Ilha Rebelde, despolitizada pelo regime militar, vislumbrava-se um espaço para São Luís conquistar
outras qualificações, estas impregnadas de louvação ao amor e à beleza da cidade. Aproveitam-se
dessa lacuna os cantores e compositores maranhenses João Sá ou Claudio Fontana, César
Nascimento e Carlinhos Veloz. Essa apologia musical a São Luís nasce e vinga entre os anos 1970 e
1990. Claudio Fontana, que morava em São Paulo, saiu na frente com uma declaração de amor à
terra em que nasceu e se criou. Com letra e música de sua autoria, lança a canção intitulada Ilha do
Amor.
A alternativa E está correta. A Greve de 1951, em São Luís, no Maranhão, tem um papel importante
na formação do caráter político da massa urbana ludovicense, e foi o mais formidável movimento
urbano da história do Maranhão, o dia em que a Ilha fez fama de rebelde. Na ocasião, como presente
pelos seus 349 anos de fundação, a cidade recebeu a denominação de “Ilha Rebelde”, pela brava
resistência oferecida, à época, aos detentores do poder. Essa resistência ganhou visibilidade na
greve política contra a posse do governador Eugênio Barros, que, segundo os oposicionistas, vencera
a eleição de outubro de 1950, realizada sob os auspícios da fraude eleitoral e com o beneplácito da
Justiça. Contra isso se levantou o povo de São Luís por meio de um fabuloso movimento popular que
durou mais de seis meses e com presença nas ruas, dia e noite.
(MARTINS, 2018).
Gabarito: E
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E) comunismo.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a plutocracia é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo
mais rico, o que pode se aproximar do período em questão, mas não é a expressão comumente
utilizada.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a oligarquia sempre teve papel central em termos de
articulação dos processos políticos, apresentando um caráter tradicional, em função do qual a
estrutura de representação e de intermediação de interesses se fundou nas diversas expressões
históricas do patrimonialismo estatal, sendo o sistema de participação caracterizado, sobretudo,
pelo clientelismo político. Em função desse tipo de dominação, as relações estabelecidas
historicamente no Maranhão entre a sociedade e o Estado sempre conferiram a este um papel mais
ativo do que reativo à primeira, tendo a articulação dos grupos sociais se dado sempre de forma
subordinada à instância estatal.
A alternativa C também é falsa, pois teocracia é o sistema de governo em que as ações políticas,
jurídicas e policiais são submetidas às normas de algumas religiões.
A alternativa D também é falsa, pois ditadura é um dos regimes não democráticos ou
antidemocráticos, ou seja, governos regidos por uma pessoa ou entidade política onde não há
participação popular, ou em que essa participação ocorre de maneira muito restrita.
A alternativa E também é falsa, uma vez que o comunismo é uma ideologia política e socioeconômica
que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e
apátrida, baseada na propriedade comum dos meios de produção.
(GUILHON, 2018).
Gabarito: B
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A alternativa A é incorreta, apesar de a balaiada ter ocorrido entre 1838 e 1841, durante o Período
Regencial, a revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a
participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.
A alternativa B também é incorreta, uma vez que a sabinada foi um movimento que ocorreu na
Bahia, que teve início entre as elites militares, médicas e jornalistas baianas, seu principal idealizador
foi Francisco Sabino, médico e jornalista; entretanto, o movimento se destacou por ter grande
participação das camadas populares.
A alternativa C é a resposta certa. A setembrada foi o levante ocorrido, durante o período regencial,
no Maranhão e também em Pernambuco, levando o nome do mês em que ocorreu (assim como as
chamadas Abrilada e Novembrada), no ano de 1831, refletindo o sentimento antilusitano que se
seguiu à Abdicação de D. Pedro I, e que teve, noutras províncias, manifestações similares. O principal
objetivo do movimento era a saída definitiva dos portugueses do Brasil.
A alternativa D também é incorreta, uma vez que a cabanagem foi uma revolta popular e social
ocorrida durante o Império do Brasil, entre 1835 e 1840, no Período Regencial, influenciada pela
Revolução Francesa, na antiga Província do Grão-Pará, que abrangia os atuais estados do Pará,
Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia.
A alternativa E também é incorreta, pois a revolta praieira foi um conflito que teve seu centro no
Pernambuco, ocorrido durante o período imperial brasileiro.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: C
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chamados por morarem em cabanas à beira dos rios. Violentamente explorados pelas autoridades
governamentais, viviam em estado de quase absoluta miséria.
A alternativa B está incorreta, pois a Balaiada não teve um caráter puramente elitista, tampouco
ocorreu por causa do aumento de impostos sobre a venda do charque e do couro. A Balaiada foi
uma luta popular que sucedeu na província do Maranhão durante os anos de 1838 e 1841. A revolta
surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação de
vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.
A alternativa C também está incorreta, uma vez que era a Revolução Farroupilha que sustentava
ideais federalistas e republicanos na região Sul do Brasil, e não os governos do Período Regencial.
A alternativa D também está incorreta, ao passo que a Sabinada foi uma revolta autonomista de
caráter separatista transitório, tendo ocorrido de 6 de novembro de 1837 a 16 de março de 1838.
Ocorreu na Província da Bahia à época do Brasil Imperial, seus líderes foram o médico e jornalista
Francisco Sabino e o advogado João Carneiro da Silva.
(MOTA; BRAICK, 2005; VAZ, 2013).
Gabarito: A
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III. O Piauí tornou-se uma capitania em 1811, quando já tinha mais de dez vilas e centenas de
fazendas de gado. A luta pela independência durou até 1823. Outros movimentos que agitaram
o Piauí foram a Balaiada, insurreição de cunho popular e social iniciado no Maranhão, e a
Confederação do Equador.
3. (Quadrix - 2017)
O desenvolvimento da historiografia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite
novos olhares sobre o passado protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se
estudos que lançam luz sobre a trajetória do País, da colônia aos dias atuais. Da independência,
em 1822, passando pela implantação da República, em 1889, ao cenário presente, a história
brasileira é marcada por avanços e recuos, enfrentando percalços e se mostrando ainda
inconclusa em relação à construção da cidadania. Relativamente à história contemporânea, da
produção do conhecimento histórico a alguns dos mais marcantes fatos ocorridos no Brasil e
no mundo, julgue o item.
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Ainda que tenha sido conduzida por setores da elite colonial, a independência do Brasil
motivou muitos brasileiros a assumirem a causa da emancipação nacional: levantes populares
ocorreram em vários pontos do país, a exemplo do Pará, do Maranhão, do Piauí e da Bahia..
4. (CESPE – 2018)
Tendo em vista que o processo de independência do Brasil pode ser compreendido como parte
das profundas mudanças que marcaram a história ocidental a partir do último quartel do século
XVIII, julgue (C ou E) o item que se segue.
A historiografia recente mostra que a tese da independência do Brasil como movimento
pacífico não se sustenta. Embates armados que duraram meses ocorreram em regiões da
Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de
independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial.
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C) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos) aos
grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes.
D) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo controle
dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha – então monopólio dos bem-te-
vis, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade.
E) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os diversos
segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo imperial, em
1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império de reintegrar,
na vida da província, todos os que haviam participado do movimento.
8. (NUCEPE - 2015)
“A Balaiada teve suas causas nos desmandos dos prefeitos e nas arbitrariedades dos homens
do governo, que, para satisfazer os caprichos partidários, sacrificavam os interesses do povo.
Ela irrompeu no Maranhão e dentro em pouco se propagou pelo Piauí”.
(NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina: COMEPI, 1975, p. 71).
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9. (SEMAD - 2008)
Em 1820, iniciou-se na cidade do Porto um movimento que, apesar de ostensivamente liderado
por militares, aglutinou as insatisfações de muitos setores sociais de Portugal diante do
reordenamento político do Império. Esse movimento foi refletido em várias províncias do
Brasil.
No Maranhão, os desdobramentos da revolução do Porto podem ser percebidos a partir da (o):
A) resistência das autoridades instituídas à formação de Juntas de governo e à renúncia de
Filipe Alberto Patroni Martins Maciel, acusado de incitar os escravos à luta contra a nomeação
de um novo governador.
B) resistência de antigas autoridades à adesão incondicional às Cortes e da abdicação do
governador João Carlos de Augusto de Oeyenhausen.
C) descontentamento da maioria da população que não era favorável ao retorno de D. Pedro,
bem como a permanência dos cargos burocráticos nas mãos da nobreza.
D) denúncias de conspirações sofridas por Manoel Marques de Sousa, então governador da
província, e a criação de uma Junta governativa sob a presidência do capitão Rego Barreto.
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O samba enredo A Balaiada, de 1989, foi revisitado pela Escola de Samba Turma do Quinto no
ano de 2008. Sobre essa revolta, que aconteceu no Maranhão e no Piauí no período regencial,
pode-se afirmar que:
A) foi um movimento elitista, liderado pelos republicanos, no Maranhão representado pelo
partido Bem-te-vi.
B) deve ser considerada como uma continuidade da Revolta de Beckman, uma vez que várias
reivindicações dos manifestantes representavam os mesmos descontentamentos da revolta
anterior.
C) foi uma revolta de caráter popular que, apesar da participação de expoentes de outras
camadas sociais, as camadas menos abastadas representaram a expressão mais significativa
do movimento.
D) foi uma revolta de caráter popular que, após a tomada do poder, tinha como meta a
implantação de uma Monarquia Constitucional liderada pelo negro Cosme.
E) após a tomada do poder, os revoltosos, para que aceitassem a deposição das armas, exigiram
que o novo governo aceitasse, na sua administração, representantes de todas as camadas
sociais e que o negro Cosme fosse nomeado para o cargo de vereador da câmara de Caxias.
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