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COLÉGIO ESTADUAL DE TEMPO INTEGRAL DE SERROLÂNDIA/CETIS

HISTÓRIA – 2º ANO
PROFESSOR: Jairo Soares Rios Júnior

COLONIZAÇÃO DA
AMÉRICA PORTGUESA
• No início os portugueses não se interessaram
pelas terras da América, pois não acharam pedras
preciosas.

• Eles decidiram ocupar o território somente depois


das ameaças de invasores, como os franceses e
holandeses.
• Os portugueses resolveram buscar lucrar com uma
madeira que já conheciam da África:
o pau-brasil
• Para explorar o pau-brasil, foram estabelecidas as
primeiras FEITORIAS.

• Início da administração
da colônia.
Vamos ver como foi a
Administração Colonial...
FEITORIAS

 A Coroa arrendou a exploração


do pau-brasil a um grupo de
mercadores, que tinha que
erguer no litoral uma feitoria.
 Os feitores obtinham a madeira por meio do
escambo com os Tupiniquim (trocavam por
machados, facas, canivetes, espelhos, etc.).
 Com o tempo, a Coroa (rei D. João III) enviou
a expedição de
Martim Afonso de Sousa,
para explorar melhor o
Brasil.
• Ele expulsou os franceses, fundou São Vicente
(1532) e ergueu o primeiro engenho de açúcar.
• O governo também dividiu a região em lotes de
terra, onde ficavam as feitorias:

As Capitanias Hereditárias
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
 Doação a particulares (gente da confiança do
rei D. João III): os capitães donatários.

 Objetivos: expulsar os invasores, administrar a


colônia e organizar a economia.
• Eram 15 lotes de ter-
ra com 12 donatá-
rios (Martim Afonso e
o irmão ficaram com
2 lotes cada um).
 Documentos que assinavam:

 “Carta de doação”: doava o lote de terra e o


cargo de capitão.

 “Foral”: fixava direitos e deveres.


 Deveres:

1. Promover a economia e ocupação da terra.

2. Organizar a defesa militar.

3. Divulgar a fé cristã.
 Direitos:

1. Administrar todo o lote de terra.

2. Utilizar escravos livremente.

3. Julgar os habitantes da capitania.

4. Doar sesmarias.
 Sesmarias:

 Doação de terras
menores do tama-
nho de fazendas.
 Crise das Capitanias Hereditárias (exceto
Pernambuco, Bahia e São Vicente):

 Falta de investimento.

 Falta de comunicação entre as capitanias.


 Resistência indígena.

 Ataques de corsários.

 A Coroa decidiu implantar o Governo-Geral.


• As capitanias passaram a se subordinar ao
governador-geral (representante do rei no Brasil).
1º: Tomé de Souza.
2º: Duarte da Costa.
3º: Mem de Sá.
TOMÉ DE SOUZA
(1549)

• Trouxe auxiliares:
 Capitão-mor.
 Ouvidor-mor.
 Provedor-mor.
• Bahia se tornou sede do governo: construção da
primeira capital do Brasil, São Salvador, 1549.
• As Câmaras Municipais:
 Com 3 ou 4 vereadores:

um procurador
um escrivão
um tesoureiro
 Era preciso ter “pureza de sangue” (não ser
descendente de negro, judeus ou mouros).
 Eram proprietários de terra e comerciantes.
 Ajudavam na administração da área urbana
e rural, realizavam obras públicas, cobravam
impostos.
DUARTE DA COSTA
(1553)

• Veio solidificar o do-


mínio português e com-
bater os franceses.
• Trouxe o padre José de Anchieta:

 Ergueu uma construção no planalto de


Piratininga para abrigar uma escola, o Colégio
de São Paulo.

 Essa escola deu origem à vila de São Paulo


(1554).
MEM DE SÁ
(1558)

• Aliou-se aos indíge-


nas para vencer os
franceses.
• Veio com o irmão Estácio de Sá, comandante das
tropas:
 Fundou um forte próximo ao Pão de Açúcar.
 Esse forte deu origem à cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro (1565).
E como se desenvolvia
a economia no
período colonial?
• Produto: açúcar de
cana.

• Experiência anterior na Ilha de Madeira.


• Engenhos no Nordeste (solo e clima favoráveis).

• Mão de obra africana escravizada.


• Capital:

 O custo era muito


alto (aquisição de
moenda, bois e tra-
balhadores).
 Dinheiro em-
prestado de co-
merciantes por-
tugueses, holan-
deses e italianos.
E os trabalhadores,
quem eram?
• Mão de obra: indígena e africana.

• Indígenas:

 Utilizados livremente
no século XVI.
 Proibição pelo acordo com os jesuítas.

 Permissão em caso de “guerras justas”.


• Africanos:

 Utilizados a partir
de fins do século XVI
e início do XVII.
 Foram utilizados devido à escassez de mão de
obra com a alta mortalidade indígena.
 Além disso, os africanos eram hábeis, pois já
trabalhavam em outros engenhos na África.
 Também havia a lucratividade no tráfico de
escravos.
Além da cana-de-açúcar,
outros produtos
também eram cultivados
e produzidos.
 Fumo.

 Aguardente.

 Algodão.
 Cacau:
Para exportação (o fumo era o segundo produto
mais exportado).

 Pecuária
Para consumo interno, junto com a mandioca.
Como estava dividida
a sociedade colonial?
• Senhores de engenho:

 Tinham o poder local


(da região da sua proprie-
dade).
 Poder público:
Câmara Municipal

 Poder privado:
Imposições de suas vontades aos habitantes.
 “Sociedade patriarcal”.
• Comerciantes:
 Possibilidade de riqueza.
 Vendiam açúcar, tabaco, algodão para
Portugal.

 Revendiam o que vinha de lá: vinhos, queijos e


doces.
 Alguns enriqueceram com o comércio de
africanos.
• Escravizados:

 Do campo: agricultores,
criadores, pescadores, ca-
çadores e carroceiros.

80%
 Os que se dedicavam à fabricação do
açúcar.

10%

 Os domésticos.

10%
• Assalariados:

mestre de açúcar
carpinteiro
ferreiro
feitor (vigiava e punia os escravos)
• Durante o século XVI
os portugueses se res-
tringiram à ocupação
do litoral.

• Tinham dificuldade e medo de avançar pelo


interior.
• Os principais medos:

 Mata fechada.
 Animais peçonhentos.
 Febres transmitidas por mosquitos.
 Resistência indígena.
• Os colonos só começaram a avançar depois das
ações dos jesuítas, bandeirantes e criadores de
gado.
Vamos iniciar vendo
a ação dos jesuítas pelo
interior do Brasil.
Os jesuítas...
• Objetivo: difundir o cristianismo, converter
indígenas e ensiná-los a cultura ocidental.
• Uma das primeiras ações dos jesuítas foi
organizar as “missões”.

• Missões: aldeamentos
indígenas organiza-
dos pelos jesuítas para
catequese.
• Existiam missões no litoral e no interior.
 No litoral: no início, onde fundaram
colégios.
 No interior: depois das fugas de indígenas
para o interior, principalmente na Amazônia e
no sul do Brasil.
• Os jesuítas eram contrários à escravidão
indígena.

• Passaram a ser chamados de “soldados de


Cristo”.
• Essa defesa provocou conflito com os colonos
(donos de terra).

• Um exemplo disso aconteceu no Maranhão com


a Revolta de Beckman (Manuel Beckman).
E quem eram e
como agiam os
bandeirantes?
Os bandeirantes...
• As bandeiras eram expedições com disciplina
militar, que partiam de São Paulo para capturar
indígenas e encontrar metais preciosos.
• Em 10 anos, Manuel Preto e Antônio Raposo
Tavares destruíram as missões de Guairá
(Paraná), Itatim (Mato Grosso do Sul) e Tape
(Rio Grande do Sul).
• Mas com as armas de fogo cedidas pelos
jesuítas, os indígenas venceram as batalhas
de
Caasapaguaçu
e Mbororé.
• Alguns bandeirantes foram contratados por
fazendeiros e autoridades para combater índios e
negros rebelados contra a escravidão:

o “sertanismo de contrato”
• O Quilombo de Palmares é um exemplo de
invasão e destruição com o “sertanismo de
contrato”.
• A Coroa portuguesa ficou estimulada em
procurar pedras preciosas depois que os
espanhóis encontraram ouro em diversas áreas
do interior do continente americano, como em
Zacatecas (México) e Potosí (Bolívia).
• Fim do século XVII (1690): período que
realmente foram encontradas grandes
quantidades de ouro e pedras preciosas no
Brasil.
• Principais bandeiras mineradoras:

1. A de Antônio Arzão: que encontrou ouro em


Sabará/Minas Gerais, em 1693.
2. A de Pascoal Moreira Cabral: que encontrou
ouro em Cuiabá/Mato Grosso, em 1719.

3. A de Bartolomeu Bueno da Silva: que


encontrou ouro em Vila Boa/Goiás, em 1725.
• Algumas bandeiras seguiram as montanhas que
faziam ligação entre os atuais estados de MG e
BA e descobriram ouro onde hoje é a cidade de
Jacobina, no final do século XVII (1695).
• Os padres franciscanos também se interessaram
pela catequização dos indígenas do lugar em
1697: os payayás.
• A Coroa Portuguesa logo se interessou pela
mineração da localidade e elevou o povoado à
categoria de vila em 1722, com o nome de Vila
de Santo Antônio de Jacobina.
• Para as demandas de produtos para a
sobrevivência dos mineradores, foram organizadas
as monções:

 Expedições comerciais que seguiam os leitos


dos rios para vender alimentos, roupas e
instrumentos de trabalho para as regiões
mineradoras.
• Com as monções, foram surgindo os primeiros
povoados da região mineradora.

• Ainda houve a corrida de inúmeras pessoas de


diversas origens e condições sociais: gente de
São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Portugal.
• Foi necessário o governo português restringir a
emigração.

• Houve três crises de fome na região mineradora


de Minas Gerais no século XVIII.
• Motivo das crises de fome:
 As pessoas só se dedicavam à mineração,
deixando de lado a agricultura e a criação de
gado, mas a partir de 1720 resolvem plantar e
desenvolver a pecuária, além de comprarem
alimentos de outras regiões.

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