Você está na página 1de 47

menti.

com
INTRODUÇÃO

Grandes Navegações
Mercantilismo
Sistema Colonial
América Portuguesa
1 – A sociedade DO AÇÚCAR
 Séc. XVI e XVII (auge).
 Nordeste (BA e PE).
 Litoral.
 Solo e clima favoráveis.
 Experiência de cultivo (Açores, Cabo Verde e Madeira).
 Mercado consumidor.
 Alto valor na Europa.
 Participação de capital holandês: financiamento da produção,
transporte, refino e distribuição na Europa.
A PRODUÇÃO AÇUCAREIRA NO BRASIL
⬗ Engenhos (unidade produtiva básica):
⬗ Casa Grande (residência do senhor de engenho e família).
⬗ Senzala (ambiente insalubre destinado aos escravos).

CASA GRANDE

SENZALA
O texto é uma propaganda de um adoçante que
tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”. A
estratégia que o autor utiliza para o
convencimento do leitor baseia-se no emprego
de recursos expressivos, verbais e não verbais,
com vistas a

A) ridicularizar a forma física do possível cliente


do produto anunciado, aconselhando-o a uma
busca de mudanças estéticas.

B) enfatizar a tendência da sociedade


contemporânea de buscar hábitos alimentares
saudáveis, reforçando tal postura.

C) criticar o consumo excessivo de produtos


industrializados por parte da população, propondo
a redução desse consumo.

D) associar o vocábulo “açúcar” à imagem do


corpo fora de forma, sugerindo a substituição desse
produto pelo adoçante.

E) relacionar a imagem do saco de açúcar a um


corpo humano que não desenvolve atividades
físicas, incentivando a prática esportiva.
⬗ Sociedade açucareira:
⬗ Senhores.
⬗ Escravos.
⬗ Patriarcalismo.
⬗ Ruralismo.
⬗ Outros produtos:
⬗ Suporte para a lavoura canavieira.
⬗ GADO (exploração do interior, couro, tração, carne, leite,
pecuária extensiva, trabalho livre).
⬗ FUMO (troca por escravos na África).
⬗ DROGAS DO SERTÃO: produtos extraídos da floresta
amazônica com relativo valor na Europa, tais como anil,
guaraná, salsa, corantes, e sobretudo o cacau.
⬗ Agricultura de subsistência.
A ECONOMIA COLONIAL NO SÉCULO XVII
⬗ Trabalho escravo:
⬗ ÍNDIOS: mais utilizados até aproximadamente 1560,
utilizados em lavouras menos desenvolvidas ou mais pobres.
⬗ NEGROS: preferencialmente utilizados a partir de 1560, mão-
de-obra básica do Brasil durante todo o período colonial e
imperial. Utilizados acima de tudo pelo fato de representarem
uma fonte de lucro extra através do tráfico de escravos.
Além disso, os índios foram sendo exterminados e o grau de
evolução das comunidades negras era maior, pois eles já
conheciam a agricultura.
ESCRAVOS: OS PÉS E AS MÃOS DOS SENHORES
TRÁFICO DE ESCRAVOS: UM NEGÓCIO LUCRATIVO
CASTIGAR PARA DOMINAR
2 - UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS
 União Ibérica (1580 – 1640):
 Período em que POR e ESP foram governados pelos
mesmos reis. POR foi dominada pela ESP.
 D. Sebastião (POR) morre em 1578 sem deixar sucessores.
 D. Henrique, seu tio já idoso assume o trono e falece em D. SEBASTIÃO
1580, também sem sucessores.
 Felipe II, rei da ESP invade o país e impõe governo
conjunto.
 Possessões portuguesas passam a ser da ESP.

FELIPE II
A UNIÃO IBÉRICA
 Acordo com nobreza portuguesa determina manutenção de órgãos
administrativos portugueses nas colônias, portanto, internamente
não houve alterações no Brasil.
 Tratado de Tordesilhas começa a ser ultrapassado.
 Inimigos da ESP na Europa invadem o BRA em represália ao
governo espanhol.
 HOL, um dos inimigos da ESP é impedida de fazer comércio em
qualquer possessão espanhola.
 Comércio do açúcar no BRA que tinha participação holandesa é
atingido.
 Holandeses invadem o BRA tentando romper o bloqueio espanhol
ao comércio de açúcar.
 As invasões holandesas
 (1624 – 1654):
 Tentativa de romper o bloqueio
econômico imposto pelo governo
espanhol ao comércio do açúcar.
 1624 – Invasão da BA (fracasso).
 Criação da Companhia das Índias
Ocidentais – empresa holandesa
responsável por viabilizar recursos
para invadir novamente o Brasil.
 1630-1654 – Invasão de PE (maior
centro mundial de produção
açucareira).
⬗ Maurício de Nassau – governante
holandês responsável pelo controle de PE e
estabelecer um clima amistoso com os
brasileiros.
● Modernização e urbanização.
● Embelezamento de cidades (com a vinda
de artistas holandeses).
● Financiamento para donos de engenho.
MAURÍCIO DE NASSAU ● Liberdade de culto.
● Demitido em 1644 pela CIA. das Índias
Ocidentais.
⬗ Insurreição Pernambucana (1645-1654): movimento luso-
brasileiro que expulsou os holandeses do BRASIL.
⬗ Conseqüência da expulsão dos holandeses: início da crise do
ciclo do açúcar pois os holandeses ao saírem do BRASIL
instalam-se nas Antilhas (América Central), produzindo lá um
açúcar mais barato e de melhor qualidade que o nosso.

AS ANTILHAS
–21.1 – As bandeiras e a exploração mineradora

–Portugal enfrentava
problemas econômicos

–O açúcar brasileiro enfrentava a –Perda de possessões no


concorrência antilhana Oriente e na África

–Grave crise econômica

–A Coroa passou a estimular a procura


por metais preciosos na colônia

▪ Busca de índios
–Entradas: para escravização
–Bandeiras:
expedições oficiais de expedições armadas ▪ Combate às
–Objetivos
exploração do interior organizadas em geral revoltas indígenas
da colônia por particulares ▪ Destruição de
paulistas quilombos
▪ Procura por
metais preciosos
–As bandeiras dos séculos XVII e XVIII
–BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII

–CARTOGRAFIA: ERICSON GUILHERME LUCIANO


–330 km

–Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991, p. 24.


–Os ataques às missões
▪ Missões jesuítas espanholas no sul: terras dos atuais
estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e
Mato Grosso do Sul, além de áreas da Argentina e do
Paraguai.

▪ Nessas missões, os índios eram evangelizados,
principalmente por meio do canto e do teatro. Cultivavam
a terra, criavam gado, faziam artesanato.

▪ As bandeiras paulistas atacaram as missões em busca de
índios para trabalhar como escravos, principalmente nas
lavouras paulistas.

▪ Após sucessivas investidas paulistas, muitas missões
jesuíticas foram destruídas.
–A exploração aurífera
▪ Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das
Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se
várias áreas em Minas, Mato Grosso e Goiás.

▪ Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas


áreas próximas às minas descobertas.

▪ O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de


gêneros de subsistência causaram graves crises de fome.

▪ Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzindo com


o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das
atividades econômicas e o comércio de produtos vindos
de outras regiões da colônia.
–A exploração aurífera
▪ A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração
das minas:
• Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos.
• Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável pela
cobrança dos tributos, policiamento e justiça local.

▪ As formas de arrecadação variaram com o tempo,


destacando-se:
• O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa.
• A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de escravo
maior de 12 anos.
• A derrama → cobrança de impostos atrasados ou
extraordinários.

▪ Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição –


onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras.
–A Guerra dos Emboabas
▪ Guerra dos Emboabas (1708-1709) → conflito entre
paulistas e outros colonos, principalmente portugueses, pelo
controle da região das minas.

▪ Os paulistas exigiam o direito exclusivo sobre as lavras


concedidas pela Coroa.

▪ Resultado do confronto:

• Derrota dos paulistas.


• Criação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro.
• Os paulistas avançam mais para o interior em busca de
novas minas de ouro → descoberta de novas jazidas em
Mato Grosso e Goiás → ampliação da América portuguesa.
–A extração de diamantes
▪ Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de
Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle
eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino.

▪ As regras para a exploração de diamantes tiveram três


momentos:

• Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) → semelhante


ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do
quisto.
• Contratos de Monopólio (1740-1771) → um contratador tinha
o monopólio da exploração.
• Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiu
o controle direto da atividade no Distrito.
–Cálculo aproximado da produção de
ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso no século XVIII (kg)
Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso
1730-1734 7.500 1.000 500
1735-1739 10.637 2.000 1.500
1740-1744 10.047 3.000 1.100
1745-1749 9.712 4.000 1.100
1750-1754 8.780 5.880 1.100
1755-1759 8.016 3.500 1.100
1760-1764 7.399 2.500 600
1765-1769 6.659 2.500 600
1770-1774 6.179 2.000 600
1775-1779 5.518 2.000 600
1780-1784 4.884 1.000 400
1785-1789 3.511 1.000 400
–Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979.
1790-1794 3.360 750 400
1795-1799 3.249 750 400
–21.4 – As revoltas coloniais
–Os rebeldes da colônia

–Revoltas coloniais
(séculos XVII e XVIII)

–Revoltas com caráter regional, –Revoltas com caráter separatista,


que contestavam aspectos da buscando o rompimento
política metropolitana com a metrópole

–Revolta de –Guerra dos –Revolta de –Conjuração –Conjuração


Beckman Mascates Vila Rica Mineira Baiana
(1684) (1710-1711) (1720) (1789) (1798)
–Os rebeldes da colônia
–REVOLTAS COLONIAIS

–CARTOGRAFIA: ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL


–350 km

–Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998.
–A Revolta de Beckman
▪ O estado do Maranhão sofria no século XVII →
desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados
e escravos.

▪ A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do


Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram
problemas:

• A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava


os colonos.
• Os produtos e escravos enviados para a região eram
insuficientes.

▪ Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman.


–A Revolta de Beckman
▪ Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio
da Companhia e formaram um Governo Provisório.

▪ A Coroa negociou com os sublevados, determinou o fim


do monopólio da Companhia e nomeou um novo governador
para o Maranhão → depois prendeu os líderes
e executou Manuel Beckman em 1685.

▪ Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram


restabelecidos.
–A Guerra dos Mascates
▪ Durante a invasão holandesa, Recife foi escolhida
para sede da administração e recebeu diversas melhorias
e infraestrutura, o que não ocorreu com Olinda.

▪ Segunda metade do século XVII → concorrência do açúcar


antilhano → queda nos preços do açúcar brasileiro →
→ endividamento dos senhores do engenho de Olinda com os
comerciantes de Recife.

▪ 1709 → Recife foi elevada à categoria de vila → a aristocracia


de Olinda não aceita e inicia-se a revolta.

▪ A aristocracia de Olinda ocupa Recife → os comerciantes de


Recife retomam a cidade com o apoio de outras capitanias.

▪ 1711 → O novo governador nomeado pela Coroa ordenou a


prisão dos líderes olindenses e manteve Recife como vila.
–A Revolta de Vila Rica
▪ A Coroa decretou, em 1719, a instalação das Casas
de Fundição na área mineradora → objetivos:

• Ampliar o controle sobre a atividade nas minas.


• Cobrar o quinto e evitar o contrabando.

▪ Os colonos se rebelaram contra essas leis, liderados pelo


minerador português Filipe dos Santos.

▪ Os rebeldes publicaram um documento no qual denunciavam


a corrupção dos funcionários da Coroa e exigiam o
fechamento das Casas de Fundição.

▪ O governador da capitania reprimiu rapidamente o


movimento → os rebeldes foram presos e Filipe dos Santos
foi condenado à morte e executado.
A) MOVIMENTOS EMANCIPACIONISTAS(XVIII)
As bases do colonialismo português passaram a ser questionadas e
contestadas.
- Fatores internos:
.crise da economia colonial
.tirania fiscal
.arrocho do exclusivo comercial
- Fatores externos:
.Iluminismo
.Crise do Absolutismo
.Revolução Francesa
.Revolução Industrial
A.1) A INCONFIDÊNCIA OU CONJURAÇÃO
MINEIRA(1789)

MOVIMENTO das elites econômicas e intelectuais de MG

PROJETOS elitistas privilegiando MG:


- República com capital em São J. D. Rey
- Universidade em Vila Rica
- Liberdade comercial e industrial
obs.:quanto ao futuro da escravidão, não houve consenso,
demonstrando as limitações do liberalismo no movimento.
INFLUÊNCIAS:
- iluminismo
- Independência dos EUA
- Liberalismo de Smith e Ricardo
RESULTADO: fracasso
- falta de estrutura militar /elitismo/ delação do Coronel Silvério
dos Reis
–ALFERES JOAQUIM JOSÉ DA
SILVA XAVIER.
Obs.: Tiradentes foi condenado à forca e ao esquartejamento em
21/04/1792. BODE EXPIATÓRIO no processo.
B) A CONJURAÇÃO BAIANA OU A REVOLTA DOS ALFAIATES(
1798)

Movimento mais popular e democrático: Negros


alforriados, mulatos, padres, soldados, alfaiates e
escravos.
Projetos
⬗ Fim da escravidão
⬗ Reforma agrária
⬗ República democrática e independente
⬗ Liberdade comercial e industrial
Influências:
⬗ Guerra de independência do Haiti
⬗ Revolução Francesa
⬗ Maçonaria(“cavaleiros da luz”)
Resultado:
⬗ Falta de estrutura militar
⬗ Dura repressão
⬗ Ingenuidade das lideranças

Você também pode gostar