Você está na página 1de 31

Apostila História ENEM 2023

Sumário

● Período colonial e escravização no Brasil;


● Segundo Reinado;
● República Velha;
● Era Vargas;
● Ditadura Militar no Brasil;
● Idade Média;
● Revolução industrial;
● Primeira e Segunda Guerra Mundial;
● Nazismo/Holocausto e Fascismo

PERÍODO COLONIAL E ESCRAVIDÃO NO


BRASIL

INTRODUÇÃO HISTÓRICA

É importante começar pontuando que desde o começo da Idade Moderna, com as


grandes navegações e a expansão marítima na Europa, as potências europeias
mantinham relações com o continente africano.
Para alavancar esse processo, era necessário ter grandes quantidades de mão-de-obra.
Mas, porque os portugueses foram buscar um enorme contingente humano em um
continente distantes, ao invés de utilizar o trabalho dos nativos indígenas?
Alguns fatores influenciaram para que a escolha fosse por escravizar os africanos,
principalmente.
Em primeiro lugar, a forma de produção dos indígenas não era condizente com a do
sistema mercantilista europeu, pois estavam acostumados a produzir apenas para o
próprio consumo.
Por não entender a função desse tipo de trabalho exaustivo, a mão-de-obra indígena
tornou-se menos eficaz.
Enquanto isso, grande parte da população africana já trabalhava em um sistema de
produção mercantilista aplicado nas ilhas e costas africanas.
É importante pontuar que já existia escravidão na África antes da escravização
imposta pelos europeus.
O TRÁFICO NEGREIRO

O tráfico atlântico foi responsável pela retirada de quase 13 milhões de pessoas do


continente africano.
O porto do Rio de Janeiro foi o porto que mais recebeu africanos escravizados no
mundo.
Nesse momento, era oferecida uma alimentação mais consistente também.
O comércio era também feito frequentemente pelos anúncios de jornais e os homens
adultos eram os cativos mais caros.
Estes último realizavam pequenos comércios e serviços nos espaços urbanos.
A mão-de-obra negra africana era submetida a longas jornadas de trabalho, sem
alimentação e condições de vida adequadas.
Tudo o que produziam era tomado pelos senhores e não eram remunerados por seu
trabalho.

A RESISTÊNCIA E O FIM DA ESCRAVATURA

Exemplo disso foram os inúmeros quilombos organizados entre os escravizados


fugidos e que constituíram uma grande força de resistência à escravidão.
Além disso, as estratégias que englobaram a manutenção de sua cultura, tradição e
costumes - assim como a formação de famílias - representaram formas de sobreviver e
resistir à violência que lhes era imposta.
Negros que trabalhavam como escravos de ganho frequentemente conseguiam
comprar sua própria liberdade.
Havia também pessoas em condições sociais mais altas que eram contra a escravidão e
compravam a liberdade dos escravos que podiam.
A partir de algumas brechas, negros e seus descendentes conseguiram conquistar
outros espaços que não o de “escravos” ainda dentro da ordem escravocrata.
Isso porque, estava interessada na expansão de seu mercado consumidor no Brasil e,
em meio a sua ação imperialista na África, não via vantagens no tráfico atlântico
brasileiro.
Os movimentos abolicionistas se intensificaram neste momento a partir da ação de
negros libertos e da classe média branca do país.
Mediante às pressões internas e externas, foram adotadas leis que levaram,
gradativamente, ao fim da escravidão no Brasil:
● 1850 - Lei Eusébio de Queiroz: proibição do tráfico negreiro;
● 1871 - Lei do Ventre Livre: determinou que os filhos nascidos de mulheres
escravizadas, nasciam livres.
Porém, o senhor permanecia responsável por essa criança até que ela atingisse 21
anos; fazendo com que permanecessem trabalhando em regime de escravidão, apesar
da lei;
● 1885 - Lei dos Sexagenários: determinou a libertação dos escravizados que
tivessem 60 anos ou mais.
Essa lei, entretanto, era mais vantajosa para os senhores do que para os escravizados,
uma vez que eram poucos os negros escravizados que chegavam a essa idade e os que
chegavam, já não eram produtivos nas fazendas;

● 1888 - Lei Áurea: Lei assinada em 13 de maio, enquanto Dom Pedro II viajava,
por sua filha, a Princesa Isabel.
É por conta das resistências dos próprios escravizados, da pressão inglesa e do
movimento abolicionista que a escravidão chegou ao fim em 13 de maio de 1888, com
a assinatura da Lei Áurea.

A lei, entretanto, não significou a inserção efetiva dessa população na sociedade que
continuou a sofrer com as péssimas condições de vida e com o preconceito racial,
mesmo após a suposta “libertação”.

REBELIÕES NATIVISTAS

● GUERRA DOS EMBOABAS

A Guerra dos Emboabas foi o primeiro conflito ocorrido na região das minas e
envolveu bandeirantes, os primeiros que encontraram o metal precioso, e os
estrangeiros, pessoas vindas de outras partes do Brasil e de Portugal.
Logo após o conflito, a Coroa portuguesa decidiu intervir na exploração do ouro no
Brasil, e os bandeirantes foram explorar a região de Goiás e Mato Grosso.
Logo após a crise da produção açucareira, no final do século XVII, no Nordeste
brasileiro, a Coroa portuguesa incentivou a formação de expedições para o interior do
Brasil em busca da exploração de metais preciosos.
No vilarejo de São Paulo de Piratininga, expedições particulares foram organizadas
para adentrar o sertão brasileiro em busca de metais preciosos e de indígenas para
trabalharem escravizados nas plantações paulistas.
As inúmeras expedições organizadas pelos bandeirantes saíram de São Paulo e
avançaram pelo interior do Brasil, encontrando os primeiros indícios de que havia
ouro na região.
Com a notícia da descoberta de ouro no sertão do Brasil, inúmeras pessoas migraram
para a região das minas em busca da riqueza por meio da exploração do metal
precioso.
No entanto, os estrangeiros, ou seja, aqueles que chegaram depois dos paulistas, não
queriam saber quem chegou primeiro, mas sim iniciar prontamente a exploração do
ouro.
Não tardou para que paulistas e emboabas entrassem em conflito, disputando a
exploração das minas de ouro.
Os emboabas, pouco antes da guerra, mataram dois chefes paulistas que tentaram
impor o domínio dos bandeirantes e nomearam Manuel Nunes Viana como
governador da região das minas.

● GUERRA DOS MASCATES

A Guerra dos Mascates foi um conflito que envolveu fazendeiros de Olinda contra os
comerciantes de Recife pelo domínio político e econômico da Capitania de
Pernambuco.
Recife obteve a elevação à condição de vila e, ao estabelecer limites com Olinda, a
guerra foi desencadeada.
O resultado do conflito foi desastroso para os fazendeiros, pois as plantações de
cana-de-açúcar foram destruídas em decorrência da guerra.
Isso fez com que a concorrência contra a produção açucareira do Brasil fosse mais
forte.
Após dois séculos sendo a principal atividade econômica do Brasil Colônia, a
produção de cana-de-açúcar entrava em crise.
Os fazendeiros de Olinda foram os mais atingidos por essa crise.
Ao contrário de Olinda, Recife não dependia da agricultura.
Maurício de Nassau, administrador dos domínios holandeses no Brasil, remodelou a
cidade de Recife, ao contrário da vizinha Olinda.
Recife não foi atingida pela crise do açúcar, ao contrário de Olinda, que dependia da
produção açucareira para se manter.
Com a crise do açúcar inaugurando o século XVIII, os fazendeiros de Olinda não
conseguiam recursos para reerguer suas plantações.
A solução foi recorrer aos comerciantes de Recife e pedir empréstimos para voltar a
investir na agricultura.
A situação econômica de Olinda estava tão complicada que os empréstimos
concedidos pelos comerciantes não foram suficientes para reerguer a cidade após a
expulsão dos holandeses.
Os fazendeiros olindenses temiam que essa medida motivasse os comerciantes de
Recife a cobrarem os empréstimos concedidos.
Assim sendo, era necessário traçar uma fronteira entre as duas cidades, limitando os
domínios de cada uma.
A fronteira entre elas foi a causa da Guerra dos Mascates.

● REVOLTA DOS BECKMAN

O Estado do Maranhão foi uma criação dos espanhóis, durante a União Ibérica, o
período em que o trono de Portugal e da Espanha era ocupado pelo mesmo rei.
No ano de 1621, por ordem de Filipe II da Espanha, foi criado o Estado do Grão-Pará
e Maranhão, o que fez parte de um esforço realizado por espanhóis e portugueses para
expulsar invasores que tentavam se fixar naquela região.
O primeiro governador desse estado foi o capitão-general Francisco Coelho de
Carvalho, que esteve à frente do Maranhão por dez anos.
Como a economia do Maranhão era muito simples, havia pouca circulação de dinheiro
e o estado dependia bastante do trabalho escravo realizado pelos indígenas, uma vez
que a compra de africanos para cumprir esse papel era bastante dispendioso.
A questão indígena, por sua vez, era muito conflituosa no período colonial por conta
da rivalidade existente entre os padres que formavam a Companhia de Jesus,
conhecidos como jesuítas, e os colonos.
A partir da década de 1680, a administração colonial determinou que todo o comércio
em São Luís fosse realizado pela Companhia de Comércio do Maranhão.
Essa companhia entrou em atividade, em 1682, e recebeu da Coroa a autorização para
monopolizar o comércio local, assim, essa empresa era a única que poderia comprar o
que fosse produzido pelos moradores do Maranhão e era a única que poderia vender as
mercadorias.
Na questão dos escravos, a Companhia de Comércio do Maranhão tinha como
promessa a entrega de remessas regulares de escravos africanos como forma de
substituir os indígenas, controlados pelos jesuítas.
A promessa era de enviar dez mil escravos em até 20 anos, mas as remessas de
escravos não eram cumpridas.
Duas pessoas que faziam parte desse grupo eram Manuel Beckman e Tomás Beckman,
dois portugueses que ficaram conhecidos pelo envolvimento com a revolta e por
darem o nome ao movimento.
Homens-bons e outros moradores do Maranhão, insatisfeitos com as autoridades
locais, decidiram rebelar-se no dia de uma importante procissão que acontecia em São
Luís: Nosso Senhor dos Passos.
Depois de iniciada a revolta e tomado o poder, os rebelados formaram um governo
provisório conhecido como Junta Geral de Governo, que era formada por
homens-bons, homens comuns e membros do clero local, que não eram jesuítas.
Entre as medidas tomadas por essa junta, estão a deposição do governador do
Maranhão, o fechamento da Companhia de Comércio do Maranhão e a expulsão dos
jesuítas.
Os rebelados de São Luís tentaram levar o movimento para outros locais da província,
mas não tiveram sucesso.
Os rebelados controlaram São Luís por mais de um ano, mas, a partir de 1685, eles
começaram a perder força.
O irmão de Manuel, Tomás Beckman, foi condenado à prisão pelo período de 20 anos.
Depois que o movimento foi derrotado, os jesuítas retornaram ao Maranhão e o direito
deles de explorar os indígenas foi restabelecido, mas mecanismos legais para obtenção
de indígenas como escravos foram criados em 1688.

SEGUNDO REINADO

● Se durante o Período Regencial foram muitas as revoltas populares e os


conflitos entre liberais e conservadores, o Segundo Reinado foi um momento
de relativa estabilidade.
● Dom Pedro II tratou de atuar como um mediador político entre os dois partidos,
através do Poder Moderador, e criou estratégias para agradar ambos os lados,
uma vez que estes eram pertencentes à elite econômica do país.
● Entretanto, o sistema ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”,
uma vez que o presidente do Conselho não era escolhido por votação, como na
Inglaterra, e sim pelo próprio imperador.
● Esse foi o período de auge da exportação de café para a Europa.
● As plantações de café funcionavam sob o regime de plantation, ou seja, sempre
em grandes latifúndios, em sistema monocultores e com uso de mão-de-obra
barata (escravizados e imigrantes).
● O Oeste Paulista foi outra região forte na plantação de café, por conta de suas
terras roxas propícias para esse tipo de uso.
● Os fazendeiros do Oeste Paulista priorizavam a mão-de-obra livre, o que
acabou aumentando o fluxo de imigrantes para essa região.
● Esses imigrantes trabalharam, principalmente, no Oeste Paulista.
● Foi uma estratégia para impedir que negros libertos e imigrantes tivessem
acesso às terras por meio de doação ou herança.
● Nesta época, o Paraguai, liderado por Solano Lopes, estava se tornando
autossustentável e já não dependia de outros países para sobreviver.
● É nesse contexto que seu governante decide buscar uma saída para o mar, a fim
de solidificar a suficiência do país.
● Esses países foram Brasil, Argentina e Uruguai, que formaram a chamada
Tríplice Aliança.
● Em 1866, mediante as perdas de contingente humano durante os conflitos,
Dom Pedro II convoca os escravizados para lutar, prometendo-os a liberdade
no seu retorno da guerra.
● A guerra teve fim com a Campanha da Cordilheira, em que o exército brasileiro
consegue eliminar o líder paraguaio Solano Lopes.
● O exército brasileiro saiu fortalecido e o país endividado com a Inglaterra, por
conta dos muitos empréstimos realizados.
● Ao mesmo tempo, parte dos fazendeiros teve dificuldade na contratação de
mão-de-obra assalariada e, com o fim da escravidão, tornaram-se força
contrária à figura de Dom Pedro II.

REPÚBLICA VELHA

República Velha é a denominação dada à primeira fase da República brasileira,


que se estendeu da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 até
a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas.

Tradicionalmente, a República brasileira é dividida em:

● República Velha (1889-1930)


● República Nova ou Era Vargas (1930-1945)
● República Contemporânea (1945 até nossos dias)

● Primeiro Período da República Velha (1889-1894) O primeiro período da


República Velha ficou conhecido como República da Espada, em virtude da
condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca
e Floriano Peixoto.

● No dia seguinte à proclamação organizou-se no Brasil um Governo Provisório,


chefiado por Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o país até que fosse
elaborada uma nova Constituição.

● A primeira Constituição Republicana foi promulgada pelo Congresso


Constituinte no dia 24 de fevereiro de 1891.

● No dia seguinte, o congresso elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca


(1889-1891) - o primeiro presidente do Brasil e o vice Floriano Peixoto.
● Contra Deodoro, já havia uma forte oposição no Congresso.
● Assim, no dia 3 de novembro, Deodoro dissolveu o Congresso, que de
imediato, organizou um contragolpe.
● Deodoro renunciou e entregou o poder ao vice-presidente Floriano Peixoto.
● Floriano Peixoto (1891-1894) assumiu o cargo apoiado de uma forte ala militar.
● A dissolução do Congresso foi suspensa.
● A constituição determinava que fosse convocada novas eleições, o que não
ocorreu.

● Segundo Período da República Velha (1894-1930) O segundo período da


República Velha ficou conhecido como “República das Oligarquias”, por ser
dominada pela aristocracia dos fazendeiros.

● Nesse período apenas três presidentes eleitos (Hermes da Fonseca, Epitácio


Pessoa e Washington Luís) não procediam dos Estados de Minas Gerais e de
São Paulo.

ERA VARGAS

A Era Vargas designa o governo de 15 anos de Getúlio Vargas, entre 1930 e 1945,
categorizado em Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo. Foi um
momento crítico e decisivo na história brasileira que alterou o cenário político
nacional de forma contundente, marcado por populismo, autoritarismo e políticas
trabalhistas.

● Um dos principais antecedentes históricos da Era Vargas foi o enfraquecimento


das chamadas república do café com leite e república das oligarquias.
● As principais características da Era Vargas foram: o populismo, um sistema
partidário frágil e a centralização de poder, acompanhados por uma política
trabalhista e conciliatória.
● As fases da Era Vargas foram:
● Governo Provisório (1930-1934),
● Governo Constitucional (1934-1937)
● e Estado Novo (1937-1945).
● O fim da Era Vargas se deu com o enfraquecimento do regime autoritário, a
insatisfação das massas com sua forma de poder e a conspiração militar que
levou à sua deposição.

DITADURA MILITAR NO BRASIL

A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe
militar em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart.
O golpe militar de 31 de março de 1964 tinha como objetivo evitar o avanço das
organizações populares do Governo de João Goulart, acusado de comunista.
Enquanto João Goulart iniciava sua viagem de volta, os ministros militares expediram
um veto à posse de Jango, pois sustentavam que ele defendia ideias de esquerda.
Diante da ameaça de guerra civil, foi feita no Congresso, composto por maioria
oposicionista a Jango, a proposta de Emenda Constitucional nº 4, estabelecendo o
regime parlamentarista no Brasil.
Dessa forma, Goulart seria presidente, mas com poderes limitados.
O acordo com Jango previa ainda que em 1965, no fim de seu mandato, haveria um
plebiscito para consultar a população sobre o retorno ou não ao presidencialismo.
Nesse ano, João Goulart conseguiu adiantar o plebiscito.
A população brasileira decidiu assim pelo fim do parlamentarismo e o retorno ao
presidencialismo.

● GOVERNO JOÃO GOULART

Em 1964, agora com mais poderes em suas mãos, Jango resolve lançar as "Reformas
de Base" a fim de mudar o país. Assim, o presidente anunciou:

● Desapropriações de terras;
● nacionalização das refinarias de petróleo;
● reforma eleitoral garantindo o voto para analfabetos;
● reforma universitária, entre outras.
A inflação chegou a atingir em 1963, o índice de 73,5%. O presidente exigia uma
nova constituição que acabasse com as "estruturas arcaicas" da sociedade brasileira.

Jango era apoiado por universitários que atuavam por meio de suas organizações e
uma das principais era a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Igualmente, os comunistas de várias tendências, desenvolviam intenso trabalho de
organização e mobilização popular, apesar de atuarem na ilegalidade.

Goulart era visto com insatisfação por ambos os lados: enquanto liberais e
conservadores o criticavam por afirmar ser ele um presidente que poderia trazer o
comunismo para o Brasil, à esquerda, a visão era que ações importantes para atacar a
desigualdade social do país, como a reforma agrária, aconteciam em um processo
muito lento.

Diante do quadro de crescente agitação, os adversários do governo aceleraram a


realização do golpe.

No dia 31 de março de 1964, o presidente João Goulart foi deposto pelos militares e
Jango refugiou-se no Uruguai. Aqueles que tentaram resistir ao golpe sofreram dura
repressão.

Para cobrir o vazio de poder, uma junta militar assumiu o controle do país. No dia 9 de
abril foi decretado o Ato Institucional nº 1, dando poderes ao Congresso para eleger o
novo presidente.

O escolhido foi o general Humberto de Alencar Castelo Branco, que havia sido chefe
do estado-maior do Exército. Isto era apenas o início da interferência militar na gestão
política da sociedade brasileira.

Depois do golpe de 1964, o modelo político instaurado visava fortalecer o poder


executivo. Dezessete atos institucionais foram impostos à sociedade brasileira.

Com o Ato Institucional nº 2, os antigos partidos políticos foram fechados e foi


adotado o bipartidarismo.Desta forma surgiram:

● a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o governo;


● o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), representando os opositores, mas
cercado por estreitos limites de atuação.
● O governo, através da criação do Serviço Nacional de Informação (SNI),
montou um forte sistema de controle que dificultava a resistência ao regime.
Chefiado pelo general Golbery do Couto e Silva, este órgão investigou todos
aqueles suspeitos de conspirar contra o regime, desde empresários até
estudantes.
Em termos econômicos, os militares trataram de recuperar a credibilidade do país
junto ao capital estrangeiro. Assim foram tomadas as seguintes medidas:

● contenção dos salários e dos direitos trabalhistas;


● aumento das tarifas dos serviços públicos;
● restrição ao crédito;
● corte das despesa do governo;
● diminuição da inflação, que estava em torno de 90% ao ano.
Entre os militares, porém, havia discordância. O grupo mais radical, conhecido como
"linha dura", pressionava o grupo de Castelo Branco, para que não admitisse atitudes
de insatisfação e afastasse os civis do núcleo de decisões políticas.

As divergências internas entre os militares influenciaram na escolha do novo general


presidente.

No dia 15 de março de 1967, assumiu o poder o general Arthur da Costa e Silva,


ligado aos radicais. A nova Constituição de 1967 já havia sido aprovada pelo
Congresso Nacional.

Os atos institucionais promulgados durante os governos dos generais Castelo Branco


(1964-1967) e Arthur da Costa e Silva (1967-1969), na prática, acabaram com o
Estado de direito e as instituições democráticas do país.

Apesar de toda repressão, o novo presidente enfrentou dificuldades. Formou-se a


Frente Ampla para fazer oposição ao governo, tendo como líderes o jornalista Carlos
Lacerda e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Com um forte esquema repressivo montado, Médici governou procurando passar a


imagem de que o país encontrara o caminho do desenvolvimento econômico.
O setor que mais cresceu foi o de bens duráveis, eletrodomésticos, carros, caminhões e
ônibus.
Em 1973, o ‘‘milagre‘‘ sofreu seu primeiro grande baque, pois a crise internacional
elevou abruptamente o preço do petróleo, encarecendo as exportações.
O aumento do juros no sistema financeiro internacional, elevou o juros da dívida
externa brasileira.
Isto obrigou o governo a tomar novos empréstimos aumentando ainda mais a dívida.
Além disso, esse crescimento econômico não alcançou as camadas mais pobres da
sociedade, levando ao aumento das desigualdades sociais no país.
● No dia 15 de março de 1974, Médici foi substituído na Presidência pelo general
Ernesto Geisel (1974-1979).
● Nas eleições de 1974, a oposição que até então estava aglutinada no MDB,
obteve ampla vitória.
● Como resposta, Geisel procurou conter este o avanço, limitando a propaganda
eleitoral durante as eleições de 1976, através da criação da Lei Falcão, que
restringia o tempo de tela dos candidatos nas propagandas políticas.
● No ano seguinte, diante da recusa do MDB em aprovar a reforma da
Constituição, o Congresso foi fechado e o mandato do presidente foi
aumentado para seis anos.
● O Congresso não podia mais ser fechado, nem cassados os direitos políticos
dos cidadãos.
● Figueiredo assumiu o cargo em 15 março de 1979, com o compromisso de
aprofundar o processo de abertura política.
● Com o fim do bipartidarismo, surgiram vários partidos, entre eles o Partido
Democrático Social (PDS) e o Partido dos Trabalhadores (PT).
● Os espaços de luta pelo fim da presença dos militares no poder central foram se
multiplicando.
● Nos últimos meses de 1983, teve início em todo o país uma campanha pelas
eleições diretas para presidente, as ‘‘Diretas Já‘‘, que uniram várias lideranças
políticas como Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ulysses Guimarães, entre
outros.
● O movimento que chegou ao auge em 1984, quando foi votada a Emenda
Dante de Oliveira, que pretendia restabelecer as eleições diretas para
presidente.
● No dia 25 de abril, a emenda apesar de obter a maioria dos votos, não
conseguiu os 2/3 necessários para sua aprovação, frustrando a população, que
havia ido as ruas em favor do voto direto.
● Logo depois, grande parte das forças de oposição resolveu participar das
eleições indiretas para presidente.
● Reunido o Colégio Eleitoral, a maioria dos votos foi para Tancredo Neves, que
derrotou Paulo Maluf, candidato do PDS.

IDADE MÉDIA
A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do século V ao século
XV. Seu início foi marcado pela Queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.,
e o fim, pela Tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453.
Foi também nesse período que surgiu e se consolidou o feudalismo, organização
política, econômica e social baseada na posse da terra.

Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade das Trevas.


Eles afirmavam haver ocorrido na Europa, um retrocesso artístico, intelectual,
filosófico e institucional, em relação à produção da Antiguidade Clássica. Fato este
completamente errático pois nessa época houve um grande avanço em todas as áreas
humanas, avanço este majoritariamente provocado pela ICAR que não só desenvolveu
diversas filosofias por meio de seus Santos Doutores como ainda construiu faculdades
e hospitais

● ALTA IDADE MÉDIA

A Alta Idade Média foi um período de instabilidade e insegurança generalizada, que


se estendeu do século V ao século X. Nesse período destacam-se:

● Os Reinos Germânicos – os germânicos eram povos estabelecidos ao longo das


fronteiras do Império Romano. Os romanos os chamavam de "bárbaros”, por
serem estrangeiros e não falarem o latim. Os germanos formaram vários Reinos
Germânicos dentro do território romano;

● O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituiu o reino mais
poderoso da Europa Ocidental;

● O Sistema Feudal – o feudalismo começou a se formar no século V, na Europa


Ocidental, com a crise do Império Romano.

● O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império Bizantino


sobreviveu a invasões bárbaras e perdurou por todo o período medieval.

● Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica, nasceu em


630 o Islão, como resultado das Guerras Santas empreendidas por Maomé.
Lentamente, o Islamismo se expandiu por um extenso território, conquistando
terras da Ásia, África e Europa.

● BAIXA IDADE MÉDIA


A Baixa Idade Média é o período que vai do século XI ao século XV. Destacam-se
nessa época:

● Crise do feudalismo
● As cruzadas e a expansão das sociedades cristãs;
● O ressurgimento urbano na Europa;
● O renascimento comercial europeu;
● A formação das monarquias nacionais europeias;

● A CULTURA MEDIEVAL

Durante a Baixa Idade Média, com a expansão dos turcos-otomanos no século XIV,
tomando os Bálcãs e a Ásia Menor, o Império Bizantino acabou reduzido à cidade de
Constantinopla.

A queda em 1453, foi um fato histórico que marcou o fim da Idade Média na Europa.
A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano sob o comando do sultão
Maomé II, marcou o fim do Império Romano no Ocidente.

● O FEUDALISMO

● O Feudalismo foi uma organização econômica, política e social baseada na


posse da terra - o feudo - que predominou na Europa Ocidental durante a Baixa
Idade Média.
● As terras e títulos de nobreza eram doadas pelo rei como recompensa aos
líderes por terem participado de batalhas.
● O feudo era uma grande propriedade rural que abrigava o castelo fortificado, as
aldeias, as terras para cultivo, os pastos e os bosques.
● A partir do século IX, quando o este império se desintegra, o que sobrou foram
várias regiões independentes entre si, governadas por um nobre.
● Nobreza A nobreza era proprietária de terras e seus integrantes eram chamados
senhores feudais.
● No topo da nobreza estava o rei, que concentrava pouco poder político, pois
este era dividido entre o monarca e os senhores feudais.
● No entanto, o monarca tinha prestígio junto aos outros senhores feudais Clero
A Igreja se tornou a mais poderosa instituição feudal, pois foi proprietária de
vastas extensões de terra, além de determinar diretamente as relações sociais.
● Segundo ela, cada membro da sociedade tinha uma função a cumprir em sua
passagem pela terra.
● A função do nobre era proteger militarmente a sociedade, a do clero, rezar e a
do servo, trabalhar.
● Por outro lado, os senhores feudais deveriam protegê-los em caso de ataques.
● Além dos servos, havia outros trabalhadores como:
● Vilões: homens livres que moravam na vila, mas podiam prestar serviços ao
senhor feudal e tinham permissão para trocar de propriedade;
● Ministeriais: ocupavam a administração da propriedade feudal e podiam
ascender socialmente, chegando à condição membros da pequena nobreza.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Primeira Revolução Industrial foi gerada pela Revolução Comercial. Ela se inicia
por volta da metade do século XVIII.

A expansão do comércio internacional e o aumento da riqueza permitiram o


financiamento do progresso técnico e a instalação de indústrias.

Podemos citar como principais características desse período:

● pioneirismo inglês;
● o uso de máquinas a vapor na fábricas;
● exploração da classe trabalhadora (baixos salários, longas jornadas de trabalho
e condições insalubres no interior das indústrias);
● transição da manufatura para a maquinofatura;
● crescimento urbano desordenado;
● divisão do trabalho na linha de montagem dos produtos.

»A Primeira Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra por volta de 1750, e logo


alcançou a França, a Bélgica e posteriormente a Itália, a Alemanha, a Rússia, o Japão
e os Estados Unidos.
Mas foi na produção dos tecidos de algodão que começou o processo de mecanização,
isto é, da passagem da manufatura para o sistema fabril.
Cerca de 90% dos tecidos ingleses de algodão eram vendidos no exterior, o que teve
papel determinante na arrancada industrial da Inglaterra.
E foi isso o que aconteceu com a Inglaterra, sendo o primeiro país a se industrializar
utilizando a máquina na produção: a máquina de fiar, que transforma em fios as fibras
têxteis de algodão, seda e lã, para o fabrico de tecidos.
Essa invenção revolucionou a técnica de produção, transformando a Inglaterra no
maior produtor de fios para tecidos.
o tear mecânico, inventado em 1785, em substituição ao tear manual, aumentou de
forma considerável a produção de tecidos, colocando a Inglaterra na liderança mundial
da época.
a máquina a vapor, cujo uso na indústria de tecido, nas usinas de carvão mineral, na
industrialização do ferro, nas embarcações (navios a vapor), nas estradas de ferro
(locomotiva a vapor), entre outras, representou uma revolução no transporte de
passageiros e cargas.
A invenção de máquinas, o aproveitamento da energia calorífica do carvão mineral e
sua transformação em energia mecânica para fazer funcionar as máquinas,
representaram um avanço nas técnicas empregadas para a fabricação de mercadorias e,
consequentemente, no aumento da produção.
A Inglaterra passou, assim, da manufatura para a maquinofatura.
Esse momento representou uma verdadeira revolução no modo de produzir
mercadorias em tempo bastante menor, se comparado à manufatura.
O desenvolvimento inicial das indústrias têxteis mecanizadas na maioria da Europa e
nos Estados Unidos dependia de muitas dessas invenções britânicas.

● SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Segunda Revolução Industrial foi uma nova fase de desenvolvimento tecnológico


aplicado dentro das indústrias.
Ela nasceu com o progresso científico e tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e
Estados Unidos, por volta da segunda metade do século XIX.
Eles aos poucos foram substituindo os motores a vapor, muito utilizados durante a
Primeira Revolução Industrial.
Na busca por maiores lucros, levou-se ao extremo a especialização do trabalho e a
produção foi ampliada, passando-se a produzir artigos em série, o que barateava o
custo por unidade.
A indústria automobilística Ford, do empresário Henry Ford, implantada nos Estados
Unidos, foi a primeira a recorrer às esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer
toda a fábrica.
A descoberta e o aproveitamento de novas fontes de energia revolucionaram ainda
mais a produção industrial.
A busca por descobertas e invenções foi longa, o que representou maior conforto para
o ser humano.
Contudo, ocorreu também a dependência dos países que não realizaram a revolução
científica e tecnológica ou industrial.
O uso do petróleo para mover motores de combustão interna, substituindo as antigas
máquinas a vapor, também é um ponto importante.
Além disso, a energia elétrica, tanto para as máquinas como para o dia a dia das
cidades industriais foi uma grande inovação disseminada pela Segunda Revolução
Industrial; No campo econômico, toda essa revolução propiciou o surgimento de
grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas, que formaram as
holdings, trustes e cartéis.
E, por fim, a produção em massa moldou a forma de se consumir os produtos.

Entre as várias descobertas e invenções realizadas durante a Segunda Revolução


Industrial, estão:

● novos processos de fabricação do aço, permitindo sua utilização na construção


de pontes, máquinas, edifícios, trilhos, ferramentas etc;
● desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica;
● invenção da lâmpada incandescente;
● surgimento e avanço dos meios de transporte (ampliação das ferrovias seguida
das invenções do automóvel e do avião);
● invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e cinema);
● avanço da química, com a descoberta de novas substâncias; a descoberta do
múltiplo aproveitamento do petróleo e seus derivados como fonte de energia e
lubrificantes; o surgimento dos plásticos; desenvolvimento de armamentos
como o canhão e a metralhadora; a descoberta do poder explosivo da
nitroglicerina etc;
● na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre as
doenças e novas técnicas de cirurgia

PRIMEIRA G. M

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um conflito de ordem global entre os


países da Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. O segundo grupo saiu vencedor.

A Tríplice Aliança foi formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, e a Tríplice


Entente, por França, Inglaterra e Rússia.

A guerra durou quatro anos: começou em 28 de julho de 1914 e terminou em 11 de


novembro de 1918, com a vitória da Tríplice Entente.
Desde o final do século XIX o mundo vivia em tensão. O extraordinário crescimento
industrial possibilitou a Corrida Armamentista, ou seja: a produção de armas numa
quantidade jamais imaginada.

Depois da partilha da África na Conferência de Berlim, em 1885, as rivalidades entre


as nações imperialistas, a luta pelos mercados e o desejo de ganhar áreas de influência,
deu início à corrida armamentista.

Nesta época, o Império Alemão decidiu se transformar em potência naval, para


complementar sua capacidade militar terrestre.

O expansionismo do Império Alemão e sua transformação na maior potência


industrial da Europa fizeram brotar uma enorme desconfiança entre a Alemanha e
França, Inglaterra e Rússia.

A ferrovia passou a ser utilizada para auxiliar o Exército e faria a diferença em


comparação com as guerras anteriores.

O trem era capaz de se locomover dez vezes mais rápido que um cavalo e transportar
maior quantidade de materiais e homens de uma só vez.

Quanto ao Exército, já havia grande mobilização por parte das nações envolvidas. A
Alemanha possuía 2.100.000 homens, a Áustria-Hungria, 1.330.000, França,
1.800.000.

O mais surpreendente era o pequeno número de soldados do Reino Unido, com apenas
170.000 homens.

O Império Russo possuía o maior número de efetivos, porém seu exército era o menos
equipado e o mais atrasado tecnologicamente, se comparado aos outros europeus.

No mar, os navios de guerra se aperfeiçoaram. Em 1906, o Reino Unido lança o navio


de guerra “Dreadnought” que revolucionaria a Marinha.

Estava equipado com 10 canhões de 305 mm, 27 canhões de 76 mm e 5 tubos de


torpedo de 450 mm.

Também os desentendimentos quanto às questões de limite nas colônias gerados pela


Conferência de Berlim (1880).
A derrotada França foi obrigada a entregar aos alemães as regiões de Alsácia e
Lorena, esta rica em minério de ferro.
A rivalidade russo-germânica foi causada pela pretensão alemã de construir uma
estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá, que passava por regiões ricas em petróleo
onde os russos pretendiam aumentar sua influência.
Às vésperas da guerra, os produtos alemães começavam a chegar em mercados que
eram dominados pela Inglaterra.
Na África, tenta deslocar a França de suas possessões, como o Marrocos, mas não
consegue.
Igualmente, ocorrem a primeira e segunda guerra dos Balcãs, onde Sérvia, Bulgária,
Grécia e Montenegro conquistam zonas do Império Turco-OtomanoA rede de alianças
era uma bomba armada pronta para explodir.
A fim de mostrar uma boa relação entre os novos súditos, o herdeiro do trono
Austríaco, o arquiduque Francisco Ferdinando, fez uma visita à região junto com sua
esposa, em 28 de junho de 1914.
Neste dia, um estudante bósnio assassinou Francisco Ferdinando e sua esposa, em
Sarajevo, capital da Bósnia.
Esse duplo assassinato foi o pretexto para a explosão da Primeira Guerra Mundial que
durou até 11 de novembro de 1918.

A Primeira Guerra, no entanto, foi distinta das demais guerras que ocorriam na Europa
Central. A diferença fundamental era o sistema de alianças e a política agressiva dos
chefes de Estado.

Durante uma semana, os enfrentamentos permaneceram entre Áustria e Sérvia, mas a


Rússia resolveu acudir em ajuda desta última para reforçar sua posição nos Balcãs.

A Alemanha, então, reage se posicionando a favor da Áustria, declarando guerra à


Rússia e vai mais além invadindo Luxemburgo e dando um ultimato à Bélgica.

Aliada dos russos, a França inicia a mobilização de tropas contra os alemães e são
registrados atritos na fronteira entre os dois países. Isto culminaria na declaração de
guerra no dia 3 de agosto de 1914.

Entram na guerra a Grã-Bretanha, que se alia à França; a Turquia, que apoia a


Alemanha, e ataca os portos da Rússia no Mar Negro.

Assim, os países se dividiram em Tríplice Aliança e Tríplice Entente.


De um lado, estavam as Potências Centrais ou Tríplice Aliança: Alemanha e
Áustria-Hungria, Império Turco-Otomano e Bulgária.

De outro, a Tríplice Entente: Rússia, França e Inglaterra.

No começo do conflito, as forças se equilibravam, em número de soldados, mas se


diferenciavam em equipamentos e recursos.A Tríplice Entente, por exemplo, não tinha
canhão de longo alcance, mas dominava os mares, graças ao poderio inglês.

Os tanques de guerra, os encouraçados, os submarinos, os obuses de grosso calibre e a


aviação, entre outras inovações tecnológicas da época, constituíram artefatos bélicos
de grande poder de destruição.

Com artilharia pesada e 78 divisões, os alemães passaram pela Bélgica, violando a


neutralidade deste país. Venceram os franceses na fronteira e rumaram para Paris.

O governo francês transferiu-se para Bordeaux e na Batalha de Marne, conteve os


alemães, que recuaram.Depois, franceses e alemães firmaram posições cavando
trincheiras ao longo de toda a frente ocidental. Protegidos por arame farpado, os
exércitos se enterravam nos buracos, onde a lama, o frio, os ratos e o tifo mataram
tanto quanto as metralhadoras e canhões. Este momento do conflito é chamado de
Guerra de Trincheiras.

Em 1917, os Estados Unidos, que se mantivera fora da guerra, apesar de emprestar


capitais e vender armas aos países da Entente, principalmente à Inglaterra, declaram
guerra à Alemanha.

A Grande Guerra deixou profundas consequências para todo o mundo. Podemos


destacar:

● redesenhou o mapa político da Europa e do Oriente Médio;


● marcou a queda do capitalismo liberal;
● motivou a criação da Liga das Nações;
● permitiu a ascensão econômica e política dos Estados Unidos.
● O conflito envolveu 17 países dos cinco continentes como: Alemanha, Brasil,
Áustria-Hungria, Estados Unidos, França, Império Britânico, Império
Turco-Otomano, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino da
Romênia, Reino da Sérvia, Rússia, Austrália e China.

● CONSEQUÊNCIAS PARA A ALEMANHA


Embora a Alemanha continuasse sofrendo sucessivas derrotas e seus aliados tivessem
se rendido, o governo alemão continuava na guerra. Esfomeado e cansado, o povo
alemão se revoltou e os soldados e operários forçaram o kaiser (imperador) a abdicar.

Formou-se um governo provisório e foi proclamada a República de Weimar. No dia 11


de novembro de 1918, o novo governo assinou a rendição alemã.

A Primeira Guerra chegava ao fim, mas a paz geral só foi firmada em 1919, com a
assinatura do Tratado de Versalhes.

Entre os termos do tratado, estava a cessão de regiões do território alemão para as


nações fronteiriças.

A Alemanha também perdeu suas colônias africanas e a República de Weimar foi


obrigada a aceitar a independência da Áustria. Igualmente, teve que pagar uma
indenização de 33 milhões de dólares pelos prejuízos causados pelo conflito.

Os termos foram considerados humilhantes e foram usados para provocar a queda da


República de Weimar em 1933, e a posterior consolidação no poder de Adolf Hitler e
do nazismo.

Sendo assim, em 1939, pouco mais de 20 anos depois, provocaram a Segunda Guerra
Mundial.

As reações aos efeitos do tratado estão entre as principais consequências da Primeira


Guerra Mundial.

SEGUNDA G. M

A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1º de setembro de 1939 e terminou 8 de


maio de 1945, e em 2 de setembro, no Pacífico.

As operações militares envolveram 72 países, entre os quais estão Grã-Bretanha,


Estados Unidos e União Soviética, combatendo a Alemanha, Itália e Japão.

A contenda deixou cerca de 45 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e três


milhões de desaparecidos.
Entre os fatores que levaram à 2ª Guerra Mundial está o descontentamento da
Alemanha com o desfecho da Primeira Guerra (1914-1918).

A Alemanha foi declarada a única culpada deste conflito, teve suas Forças Armadas
reduzidas e teve que pagar indenizações aos vencedores.

Isto provocou fragilidade econômica, alta inflação e acúmulo de problemas sociais.


Na década de 20, surgem movimentos radicais como o nazismo, liderado por Adolf
Hitler, que conquistam parte da população.

Hitler defendia o nacionalismo, a ideia que os arianos eram uma raça superior e as
demais deveriam ser submetidas ou eliminadas, especialmente, os judeus,
considerados culpados de todos os males. Isto gerou o chamado Holocausto, que foi o
assassinato em escala industrial deste povo.

Igualmente foram condenados e assassinados descapacitados mentais e físicos,


comunistas, homossexuais, religiosos e ciganos

O conflito pode ser dividido em três fases:

● As vitórias do Eixo (1939-1941);


● O equilíbrio das forças (1941-1943);
● A vitória dos Aliados (1943-1945).

A 2ª Guerra Mundial se iniciou com a invasão da Polônia pela Alemanha no dia 1º de


setembro de 1939 e terminou com a rendição da Alemanha em 8 de maio de 1945. No
Pacífico, porém, a contenda continuaria até a capitulação do Japão em 2 de setembro
de 1945.

A frente de batalha era formada pelas nações do Eixo (integrado por Alemanha, Itália
e Japão) e os países Aliados (Grã-Bretanha, União Soviética e Estados Unidos).

O Brasil declarou guerra ao Eixo em 22 de agosto de 1942 e mandou soldados para a


Itália em 1944. Além disso, os Estados Unidos usaram uma base aérea em Natal/RN

● FASES DA GUERRA

1. vitórias do Eixo (1939-1941)


A primeira fase da 2ª Guerra Mundial ocorreu com a invasão da Polônia pela
Alemanha em 1939.
Na tentativa de barrar as incursões do chanceler alemão Adolf Hitler (1889-1945), os
governos de França e Grã-Bretanha impuseram bloqueios econômicos à Alemanha.
Em maio de 1940, Hitler ordenou a invasão da Holanda e da Bélgica, e uma vez
ocupados estes países, as tropas nazistas rumam à França e conseguem dominá-la.
Hitler volta seus olhos para a Grã- Bretanha e, no dia 8 de agosto, a Alemanha
bombardeou as cidades britânicas com a Luftwaffe, a força aérea alemã.
Embora tivessem em menor número, a Força Aérea Britânica (RAF), consegue
neutralizar o ataque e o governo da Grã-Bretanha ordenou incursões em solo alemão.
Esta foi a única derrota de Adolf Hitler na primeira fase da guerra e permitiu aos
Aliados a recompor suas forças.

2. equilíbrio de forças (1941-1943)

O equilíbrio das forças caracteriza a segunda fase da Segunda Guerra.


A conquista da União Soviética tinha como finalidade a ocupação das regiões de
Leningrado (hoje São Petersburgo), Moscou, Ucrânia e Cáucaso.
Quando as forças de Hitler chegaram a Moscou, em dezembro de 1941, foram
contidas pelo Exército VermelhoParalelo ao conflito na Europa, as forças do Japão e
dos Estados Unidos tinham as relações estremecidas.
Antes da guerra, na década de 30, o Japão invadiu a China e em 1941, a Indochina
francesa.
Em meio a negociações diplomáticas entre EUA e Japão, este bombardeou a base
naval de Pearl Harbor, no Havaí, e prosseguiu a ofensiva contra os americanos na Ásia
meridional e no Pacífico.
Diante do ataque, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão.
No meio da tensão, o Japão ocupou o porto de Hong Kong e ilhas no Oceano Pacífico
que pertenciam à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos.
Além disso, a Alemanha e a Itália declararam guerra aos Estados Unidos.
O cenário da Segunda Guerra Mundial começa a mudar ao final de 1942, quando os
Aliados passam a ter êxito contra os ataques do Eixo.

3. vitória dos Aliados (1943-1945)

A partir da capitulação da Itália, a Segunda Guerra Mundial entra na terceira fase, que
termina com a rendição do Japão em setembro de 1945.
Em setembro do mesmo ano, a Itália firma o armistício com os Aliados.
O cerco à Alemanha se concretiza com a queda da Itália.
Ainda na Europa, o Exército soviético liberta a Polônia em janeiro de 1945, conquista
a Alemanha e derrota o III Reich.
Já no Pacífico, os Estados Unidos pressionam o Japão e no fim de 1944, conquistam
as ilhas Marshall, Carolinas, Marianas e Filipinas.
Sem perspectiva de capitular, o Japão sofre a pior ofensiva bélica da Segunda Guerra
Mundial.
Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos jogam uma bomba atômica sobre
Hiroshima e em 9 de agosto fazem o mesmo em Nagasaki A rendição do Japão é
assinada em 2 de setembro de 1945, pondo fim ao conflito no Pacífico.

● CONSEQUÊNCIAS DA 2°GUERRA MUNDIAL

A Segunda Guerra Mundial marcou profundamente o mundo contemporâneo.

A Alemanha não foi declarada culpada da guerra, como no conflito anterior, porém
passou por um profundo processo de depuração ideológica.

Os países europeus se encontravam destruídos e com sua população reduzida.


Somente com a ajuda americana, através do Plano Marshall, foi possível a
reconstrução europeia.

Também foi concretizada a criação de um fórum internacional, a Organização das


Nações Unidas (ONU), que seria um instrumento diplomático entre as nações para
evitar a guerra.

No entanto, o grande vencedor da contenda foram os Estados Unidos, que não tiveram
seu território invadido (exceto o Havaí). Desta maneira, o país não acumulava grandes
perdas materiais, comparado aos países europeus.

A Europa também foi dividida em dois blocos econômicos de acordo com o país que
libertou e ocupou as nações. Países do leste europeu como Polônia, Hungria e
Romênia passara a sofrer influência da União Soviética e construíram governos de
caráter socialista.

Já países como França, Bélgica e Holanda, se viram ocupadas pelos Estados Unidos e
inauguram a época do Estado de Bem-Estar Social.

O confronto entre as duas ideologias marcou o mundo inteiro e foi conhecido como
Guerra Fria.
FASCISMO

O Fascismo surge num periodo de pós-Primeira Guerra, na Itália, com Benito


Mussolini. Nesse período, o fascismo representou um governo totalitário, representado
por um líder com busca reforçar sua imagem junto ao povo, apresentando discursos
extremistas e nocivos a etnias minoritárias,

A palavra fascismo vem do latim fascio (feixe), pois um dos símbolos fascistas era o
fascio littorio. Este consistia num machado envolvido num feixe de varas utilizado nas
cerimônias do Império Romano como um símbolo de união.

Após os abusos e violências causados por essa ideologia na primeira metade do século
XX, a palavra fascismo foi ganhando novos significados. Agora, nas primeiras
décadas do século XXI, é comum denominarmos "fascismo" ou "fascista" o indivíduo
ou movimento que defende a repressão e segregação étnica para resolver problemas da
sociedade.

O fascismo se caracteriza por ser um sistema político oposto ao socialismo e também


imperialista, autoritário, antiliberal e antisocialista, anticomunista e nacionalista.

Algumas características gerais:

● Estado totalitário: o Estado controlava todas as manifestações da vida pública e


privada da população.
● Autoritarismo: a autoridade do líder era indiscutível. Ele seria o mais preparado
e sabia exatamente o que a população necessitava.
● Nacionalismo: a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício
devia ser exigido e feito pelos indivíduos.
● Antiliberalismo: o fascismo comungava de algumas ideias capitalistas, como a
propriedade privada e a livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por
outro lado, defendia a intervenção estatal na economia, o protecionismo e, no
caso de algumas correntes fascistas, a nacionalização de grandes empresas.
● Expansionismo: alargar as fronteiras era visto como uma necessidade, pois era
preciso conquistar o “espaço vital” para que a nação se desenvolvesse.
● Militarismo: a salvação nacional viria por meio da organização militar, da luta,
da guerra e do expansionismo.
● Anticomunismo: os fascistas rejeitavam a ideia da abolição da propriedade, da
igualdade social absoluta, da luta de classes.
● Corporativismo: ao invés de defender o conceito de "um homem, um voto", os
fascistas acreditavam que as corporações profissionais deviam eleger os
representantes políticos. Também sustentavam que somente a cooperação entre
classes garantia a estabilidade da sociedade.
● Hierarquização da sociedade: o fascismo valorizava uma visão do mundo
segundo a qual cabem aos mais fortes, em nome da "vontade nacional",
conduzir o povo à segurança e à prosperidade.
● O fascismo prometia restaurar as sociedades destruídas pela guerra,
prometendo riqueza, uma nação forte e sem partidos políticos que
alimentassem visões antagônicas.

FASCISMO NA ITÁLIA

Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra


Mundial (1914-1918). O país saiu decepcionado por não ter suas reivindicações
atendidas no Tratado de Versalhes e a situação econômica era mais difícil que antes da
guerra.

Assim, a crise social ganhava aspectos revolucionários com o crescimento da esquerda


e dos movimentos de direita.

Em março de 1919, em Milão, o jornalista Benito Mussolini cria os "Fasci di


Combatimento" e os "Squadri" (grupos de combate e esquadrão, respectivamente).
Esses tinham como objetivo combater os adversários políticos, em especial os
comunistas, por meios violentos.

O Partido Nacional Fascista, fundado oficialmente em novembro de 1921, cresceu


rapidamente: o número de filiados passou de 200 mil em 1919 para 300 mil em 1921.
O movimento agrupava pessoas com tendências políticas de origens variadas:
nacionalistas, antiesquerdistas, contrarrevolucionários, ex-combatentes e
desempregados.

Em 1919, um milhão de trabalhadores entraram em greve; no ano seguinte, já


totalizavam 2 milhões. Mais de 600 mil metalúrgicos do norte ocuparam fábricas e
tentaram dirigi-las seguindo as ideias socialistas.
Por seu lado, o governo parlamentar, composto pelo partido socialista e pelo partido
popular, não chegava a um acordo nas grandes questões políticas. Isto facilitaria a
chegada dos fascistas ao poder

É muito comum haver confusão entre os termos “fascismo” e “nazismo”. Afinal,


ambos são regimes políticos de cunho totalitários e nacionalistas que se
desenvolveram na Europa no século XX.

Entretanto, o fascismo foi implementado na Itália por Benito Mussolini durante o


período entre guerras. Já o nazismo foi um movimento de inspiração fascista que
ocorreu na Alemanha, liderado por Adolf Hitler e que se baseava, principalmente, no
antissemitismo.

NAZISMO

O Nazismo foi um movimento ideológico nacionalista, imperialista e belicista.

Nos moldes do fascismo, que se desenvolveu na Itália, o nazismo esteve sob a


liderança de Adolf Hitler, entre os anos de 1933 a 1945.

O símbolo do nazismo era a bandeira vermelha com uma cruz gamada, conhecido
como suástica.

Esse movimento consistia numa mistura de dogmas e preconceitos a respeito da


pretensa superioridade da raça ariana. Os alemães acreditavam ser superiores aos
outros grupos sobretudo de judeus.

O nazismo não era um movimento completamente novo na sociedade alemã. Outros


movimentos compartilhavam de seu nacionalismo extremado, de seu racismo sob a
tentativa de criar uma sociedade militarista e reacionária.

Grupos antissemitas (aversão aos judeus) já existiam na Alemanha e na Áustria desde


o século XIX.

Além disso, muitos regimes totalitários se desenvolveram no período chamado “entre


guerras”, ou seja, entre a primeira (1914-1918) e a segunda guerra mundial
(1939-1945).
ORIGEM DO NAZISMO

Em 1919, em Munique, Hitler aderiu a um pequeno grupo chamado de ‘‘Partido


Trabalhista Alemão‘‘, fundado por um mecânico ferroviário.
Seu programa falava em bem-estar da população, igualdade perante o Estado,
anulação dos tratados de paz e exclusão dos judeus da comunidade.
O programa do partido denunciava judeus, marxistas e estrangeiros, prometia trabalho
e o fim das reparações de guerra.
Em 1921, aos 33 anos de idade, Hitler torna-se chefe do partido, que tinha apenas três
mil filiados.
Inspirado no fascismo e no bolchevismo, Hitler reorganizou seu partido.
Dotou-o de estruturas administrativas e hierárquicas regionais, de um jornal e de
grupos paramilitares: além da SA, criou as SS (Brigadas de Segurança), a força de
elite.elite

CARACTERÍSTICAS DO NAZISMO

● Totalitarismo – O indivíduo pertenceria ao Estado não poderia ser liberal nem


parlamentar, pois não deveria fragmentar-se em função de interesses
particulares. Como o fascismo, o nazismo era antiparlamentar, antiliberal e
antidemocrático. Deveria ter um único chefe, o Führer. Esses princípios podiam
ser resumidos em: um povo (Volk), um império (Reich), um chefe (Führer).
● Racismo – Segundo essa ideologia, os alemães pertenciam a uma raça superior,
a raça ariana, que sem se misturar a outras raças, deveria comandar o mundo.
Os judeus eram considerados seus principais inimigos. O combate a outras
ideologias, como o marxismo, o liberalismo, a franco- maçonaria e a Igreja
católica, era fundamental.
● Antimarxismo e Anticapitalismo – Para Hitler, o marxismo era produto do
pensamento judaico, uma vez que Marx era judeu e propunha a luta de classes;
o capitalismo só iria agravar as desigualdades, ambos atentavam contra a
unidade do Estado.
● Nacionalismo – Para o nazismo, as humilhações surgidas com o Tratado de
Versalhes deveriam ser destruídas. Deveria ser construída a Grande Alemanha,
que constituía o agrupamento das comunidades germânicas da Europa, como a
Áustria, os Sudetos e Dantzig.

NAZISMO NA SEGUNDA G. M
O regime nazista, que vigorou na Alemanha entre 1933 a 1945, ocorreu no período da
Segunda Guerra Mundial.

A segunda Guerra representou um grande conflito entre diversos países que estavam
diante de uma grande crise econômica, política e social. Essa crise foi adquirindo
grande proporções após a primeira guerra mundial (1914-1918).

Os países envolvidos na segunda guerra mundial constituíam dois grandes grupos:

os Aliados, formado pela Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética;


o Eixo, constituído por Alemanha, Itália e Japão.
Todos os países envolvidos possuíam pretensões imperialistas e, portanto, lutavam
pelo poder e a conquista de territórios.

Com a ascensão de Hitler e do regime nazista na Alemanha, o principal objetivo era


unir os povos germânicos. Nesse sentido, exterminar os judeus, marxistas, socialistas,
ciganos, etc.

Assim, com o intuito de conquistar territórios e se tornar a grande potência mundial, a


segunda guerra mundial começa no momento que o exército de Hitler invade a
Polônia no dia 1º de setembro de 1939. Esse território lhes pertencia antes da primeira
guerra mundial.

O Nazismo e a Segunda Guerra Mundial terminaram em 1945, ano em que Hitler


morreu. Nesse mesmo ano, os Estados Unidos lançou as bombas atômicas sobre as
cidades japonesas de Hiroshima e três dias depois de Nagasaki, respectivamente nos
dias 6 e 9 de agosto de 1945.

HOLOCAUSTO

O Holocausto foi o genocídio de cerca de seis milhões de judeus nos campos de


concentração e de extermínio, comandados pela Alemanha. Esse evento histórico foi
orquestrado pelo regime nazista de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).

Os discursos antissemitas (discursos de ódio contra povos de origem judaica) nortearam o


Terceiro Reich, período em que Hitler foi Chefe de Estado da Alemanha, levando a um
governo com práticas eugenistas.
Além de judeus, negros, testemunhas de Jeová, ciganos, opositores políticos e pessoas
com deficiência também foram perseguidos e mortos.

Em 1933, o líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, Adolf Hitler, foi
convidado para o cargo de chanceler da Alemanha. Os nazistas, que já vinham ganhando
cargos políticos nas eleições, passaram a ter mais poder para aprovar seu projeto de
governo.

O ditador desenvolveu uma grande capacidade de oratória para que pudesse angariar mais
adeptos às suas práticas.

Diversas leis foram sendo criadas visando segregar e exterminar os judeus. Em 1935, foi
assinada por Hitler as Leis de Nuremberg que criavam uma segregação imediata do povo
judeu. Entre outras determinações:

● proibia os judeus de serem atendidos em hospitais;


● os estudantes universitários judeus não podiam mais fazer exames de doutorado;
● nenhum judeu podia ser considerado alemão;
● Eles não podiam trabalhar em qualquer agência governamental;

CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO

Campos de concentração foram os espaços utilizados pelos nazistas para aprisionar povos
considerados uma ameaça para os alemães. Já os campos de extermínio foram locais onde
esses mesmos alvos eram levados para serem mortos.

Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial e as derrotas se acumulando, as


perseguições aos judeus se acentuaram. A partir de 1942, numa conferência realizada em
Wansee, na periferia de Berlim, os nazistas adotaram a “solução final”. Ficou acordada uma
diretriz de massacre científico, principalmente dos judeus.

Já existia na Alemanha e em outros países, campos de concentração nazistas, onde


inimigos políticos, judeus e doentes mentais eram mantidos e muitos deles, mortos.

Passou-se então à construção de campos de extermínio, para onde seriam levados


prisioneiros eslavos, ciganos, religiosos pacifistas e principalmente judeus.

Recadinho do Professor

Aoba, essa é a primeira das 3 ou 4 apostilas que vou te enviar(estava querendo


fazer de história, geografia, inglês e talvez espanhol)

🤨🤨
Bem, sinceramente espero que essa apostila ajude vocês 3(itauana, Vanessa e
barbs) e espero também que vossas senhorias virem Uespianas ein
Bem, gostaria de desejar boa sorte na prova pra vcs, o Enem incrivelmente só é
difícil na mente de quem tá nervoso pq na real aquilo ali é patético

Vocês são todas lindas perfeitas cheirosas e maravilhosas e não tem fdp no
mundo que possa dizer o contrário, a única pessoa que pode botar uma pedra no
sonho de vocês é vocês mesmas.

É isso, um Beijo gigante no coração, amo vcs e xararau

Att.te; Ryk, o maior

Você também pode gostar