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Tribunal de Contas da União

Secretaria de Controle Externo da Saúde


Secretaria de Métodos e Suporte ao Controle Externo
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO - QACI
Auditoria de conformidade no Processo de Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social na área da Saúde

Objeto da Auditoria: Processo de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área da Saúde (CEBAS).
Objetivo da Auditoria: Avaliar a regularidade do processo de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área da Saúde (CEBAS).
Unidade auditada: Departamento de Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área da Saúde (DCEBAS)/Secretaria de Atenção Básica em Saúde
(SAS)/Ministério da Saúde (MS).
Avaliação
Item COMPONENTE/Elemento /Critério de Avaliação OBSERVAÇÕES
(de 1 a 5)

1 AMBIENTE DE CONTROLE

Possível
1.1 Integridade e valores éticos
achado?

Em entrevista com os servidores, afirmaram conhecer o código de ética do servidor


Os servidores têm uma clara percepção acerca de comportamentos
público, porque tiveram que estudar para concurso público. Fora isso, desconhecem
1.1.1 aceitáveis de si mesmos e de sua instituição, fomentada pelo tom 2
ações do Ministério para disseminar orientações da comissão de ética sobre conduta
ético estabelecido no alto escalão.
ética.

Não há código de ética específico para o Ministério da Saúde, tampouco para o


Código ou códigos formais de conduta e outras políticas DCEBAS, apenas o Decreto 1.171, de 22 de junho de 1994, que aprova o Código de
adequadamente comunicados explicitam as normas de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, e ainda as
1.1.2 comportamento ético e moral esperado, incluindo conflito de 3 legislações:
interesses e outros pontos sensíveis peculiares às atividades da Lei 12.846/2013 – anticorrupção
instituição, nas suas relações internas e com terceiros. Lei 12.813/2013 – conflito de interesse
Decreto 7203/2013 - nepotismo
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Portaria 2.524, de 19 de outubro de 2006: institui a Comissão de Ética do Ministério da
Saúde;
Portaria 2.583, de 30 de outubro de 2013: aprova o Regimento Interno da Comissão de
Comissão de ética ou equivalente efetivamente promove a ética, Ética do Ministério da Saúde, nos termos do Anexo a esta Portaria, e altera a Portaria
1.1.3 conscientizando, orientando e julgando conflitos éticos, bem como 2 2.524/GM/MS, de 19 de outubro de 2006;
aplicando um adequado sistema de consequências.
Sobre a comissão de ética, alguns afirmaram já ter ouvido falar, mas nunca receberam
qualquer orientação. Não há quaisquer informações sobre conduta ética em murais ou
no site do MS. Desconhecem iniciativas nessa questão.

1.2 Filosofia de direção e estilo gerencial

A filosofia de direção e o estilo gerencial adotado para conduzir as


1.2.1 atividades da instituição marcam nitidamente o nível de risco em que 3
ela opera, reforçando uma cultura de responsabilidade.
Os riscos em novos empreendimentos (projetos, programas,
1.2.2 contratos, convênios) são cuidadosamente avaliados e só são aceitos N/A Não se aplica ao Dcebas.
após deliberação em instâncias adequadas.
Os dirigentes apoiam a auditoria interna e outras áreas críticas para o
1.2.3 controle e respaldam as competências e atribuições de todas as 3
unidades organizacionais em todos os níveis.

1.3 Estrutura organizacional e de governança


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Existem dois grandes processos de trabalho relacionados à atividade fim do
departamento: concessão/renovação e supervisão, ambos compreendidos nas
competências definidas pela legislação.
Contudo, o decreto de organização do MS definiu apenas duas coordenações para o
A estrutura organizacional é formalizada por meio de organograma DCEBAS, uma para concessão/renovação e outra para apoio tecnológico. Dessa forma,
complementado por manual da organização ou instrumentos um dos processos de trabalhos, importante para a certificação, não foi contemplado
1.3.1 normativos (resoluções, portarias etc.) estabelecendo competências, 3 com uma estrutura organizacional para exercer as competências legais.
atribuições e responsabilidades das unidades organizacionais e dos
cargos que a compõem. Em razão disso, o DCEBAS estruturou um processo de supervisão e optou por alocar os
servidores responsáveis por esse processo de trabalho dentro do Gabinete da Diretoria
do DCEBAS, com o objetivo de manter um nível de segregação de funções aceitável
segundo entendimento do departamento.

Identificou-se um processo de trabalho bastante significativo (o da supervisão) e que é


crucial para o alcance dos objetivos do departamento, contudo não possui uma
coordenação específica. A alternativa encontrada pelo DCEBAS foi alocar a alguns
A estrutura organizacional é apropriada para o porte e as atividades servidores dentro do Gabinete tarefas de supervisão, de forma que houvesse Sim, não é
da instituição e sua concepção favorece o cumprimento dos objetivos segregação de funções entre quem concede/renova o certificado e quem 0 totalmente
1.3.2 3
e metas da instituição, de modo suficiente para dar cumprimento à supervisiona. apropriada
sua missão e visão.
Podemos dizer que formalmente há segregação de funções. Os processos registram
que os analistas fazem o parecer técnico, encaminha para o coordenador que revisa e
despacha para a diretora.
Autoridade é adequadamente atribuída e responsabilidades são
apropriadamente delegadas e comunicadas em todos os níveis da
1.3.3 4
instituição, juntamente com procedimentos efetivos para monitorar
resultados (prestação de contas).
Mecanismos e instrumentos formais de acompanhamento de
1.3.4 projetos e de gestão e melhoria de processos organizacionais estão 4 Relatórios do SisCEBAS, planilhas de acompanhamento
estabelecidos e em efetivo funcionamento.
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A política de governança institucional privilegia princípios como


prestação de contas (accountability), transparência e divulgação,
equidade no tratamento das partes interessadas e responsabilidade
1.3.5 N/A Não se aplica ao DCEBAS e sim a um nível mais estratégico.
institucional refletida em considerações de ordem ética, social e
ambiental em todos os processos e relacionamentos, promovendo a
confiança da sociedade.
O conselho específico do CEBAS está adequadamente constituído,
1.3.6 estruturado, atuante e desenvolve suas missões, competências e 2
atribuições conforme as leis e as melhores práticas.
A SAS monitora sistematicamente o cumprimento de objetivos e
metas estabelecidos, analisa criticamente os desvios, determinam
1.3.7 2 O projeto AvanSAS ainda está no início.
ações corretivas de rumo, considerando riscos futuros e
aproveitamento de oportunidades.
Auditoria interna adequadamente posicionada na estrutura da
instituição, propósito e responsabilidades formalmente definidos em
1.3.8 3 Acórdão TCU 1.171/2017-TCU-Plenário.
estatuto apropriado, atuando e desenvolvendo suas atividades
conforme as normas, técnicas e práticas reconhecidas.

1.4 Políticas e práticas de Recursos Humanos

Os bolsistas do DCEBAS não possuem acesso ao sistema SEI, não podendo assinar
Os servidores, pela maneira com que são tratados e incentivados a se documentos naquele sistema. (Os bolsistas são os contratados via OPAS, ou seja, não
consolidar tecnicamente e como pessoa humana, reconhecem que a deveriam ter atribuições como os servidores, entretanto o MS os usa para completar
1.4.1 instituição os considera um valioso recurso, motivando-os a ofertar o 3 força de trabalho).
melhor rendimento para o alcance de objetivos e metas
estabelecidos. Alguns servidores reclamaram da ausência de curso de formação nos últimos
concursos.
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Políticas e procedimentos formalizados estabelecem as práticas


admitidas pela instituição para capacitar, orientar, avaliar, promover,
1.4.2 recompensar, disciplinar e desligar servidores, terceirizados e 2
estagiários, alinhados com as melhores práticas recomendadas para o
setor público.
Procedimentos para identificar e definir as competências necessárias
para o preenchimento de cargos e o exercício de funções são
1.4.3 adotados para permitir selecionar, formar, avaliar e promover 2 Não há política formalizada nesse sentido.
servidores de maneira que cada posto de trabalho seja suprido com
pessoas competentes.
Um programa de capacitação e treinamento regular e sistemático é
adotado pela instituição, atrelado à realização dos objetivos
Os servidores se queixaram da oferta de treinamento. A capacitação é informal e feita
1.4.4 estratégicos e planos estabelecidos, de modo que todos sejam 2
pelos mais experientes.
adequadamente capacitados para desempenhar suas atribuições de
maneira proveitosa.

2 AVALIAÇÃO DE RISCOS

2.1 Fixação de objetivos

A missão, a visão, os valores e compromissos da instituição, O Ministério da Saúde está em processo de formalização do planejamento estratégico
direcionados para o cidadão cliente de sua atividade, estão definidos, organizacional. Segundo o DCEBAS, foi finalizada a fase de participação dos
2.1.1 formalizados e amplamente comunicados, de modo que todos na 2 departamentos para identificação da missão, visão, objetivos e estratégia, e o
instituição têm consciência e uma clara compreensão de como devem documento foi encaminhado para consolidação da SAS.
atuar para concretizá-los. O documento preliminar elaborado com a missão, visão, objetivos e estratégia do
A instituição adota um processo formal e sistemático de DCEBAS foi disponibilizado à equipe de auditoria, juntamente com indicadores
2.1.2 planejamento e gestão estratégica para estabelecer e gerenciar os 2 estratégicos definidos para o Dcebas.
objetivos da unidade. Contudo, não há definição do objetivo geral de conformidade, somente os específicos.
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Juntamente com o estabelecimento de objetivos são estabelecidos Também não foi definido objetivo operacional. Na percepção do gestor do DCEBAS, a
padrões para medir o progresso, a qualidade e o desempenho definição desse objetivo não é de responsabilidade direta do Ministério da Saúde, pois
2.1.3 2 a definição da política de renúncia não seria do MS, mas do Governo Federal, na
desejado, incluindo os indicadores que serão utilizados para
monitorar o cumprimento desses padrões, em bases periódicas. pessoa da Presidência da República ou Ministério da Fazenda.

Antes da validação, os objetivos no nível estratégico são avaliados


quanto ao seu alinhamento à missão e visão da instituição e os
2.1.4 objetivos no nível de atividades (planos táticos e operacionais) são N/A Não se aplica ao DCEBAS e sim a um nível mais estratégico.
avaliados para assegurar que fluem e estão ligados aos planos e
objetivos estratégicos..
A definição de objetivos no nível de atividades envolve todos os níveis
de direção e gerência comprometidos com sua consecução, além
2.1.5 disso, os objetivos, metas e padrões estabelecidos são comunicados a 2 Idem resposta do 2.1.1.
todos por meios e no formato que assegurem uma adequada
compreensão e comprometimento com sua realização.
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O DCEBAS identificou os seguintes objetivos no nível de atividades:
Coordenação Geral de Certificação (CGCER/DCEBAS):
Objetivos:
1. Analisar e julgar os processos formalizados de concessão e renovação de CEBAS de
entidades que têm por finalidade a prestação de serviços na área da saúde e submetê-
los à autoridade certificadora;
2. Informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil-SRF/MF sobre todas as concessões,
renovações e indeferimentos de pedidos de certificados, publicados anualmente pelo
Ministério da Saúde.
O DCEBAS identifica os objetivos no nível de atividades (divisões, Coordenação-Geral de Análise e Gestão de Processos e Sistemas (CGAGPS/DCEBAS):
2.1.6 processos e operações) que são cruciais para o alcance dos objetivos 4 Objetivo: Prover o departamento das ferramentas tecnológicas e informações
mais gerais para apoiá-los e monitorá-los. necessárias às atividades de certificação e supervisão de entidades beneficentes de
assistência social em saúde, por meio de registros, cruzamentos e compilação de
dados dos Sistemas de Informação do Ministério da Saúde (SIH – SIA – CIHA –
CNES/DATASUS/MS e SisCEBAS/DCEBAS/SAS/MS).
Área Técnica de Supervisão:
Objetivo: Supervisionar as entidades certificadas como Beneficentes pelo Ministério da
Saúde, zelando pelo cumprimento dos requisitos obrigatórios à certificação durante a
vigência dos certificados concedidos, podendo, a qualquer tempo, iniciar o processo de
cancelamento do CEBAS, se constatado o descumprimento, resguardados o
contraditório e a ampla defesa da entidade.

2.2 Identificação de eventos de riscos

Integrado ao processo de planejamento (ver item 2.1.2) ou em O DCEBAS identificou recentemente um risco, que está no nível do objetivo de
separado, a instituição adotada metodologias para identificar riscos conformidade do departamento, qual seja, manter certificada uma entidade que não
2.2.1 relevantes relacionados a seus objetivos-chave, levando em conta, 2 cumpra os requisitos legais obrigatórios à manutenção.
por meio de mecanismos adequados, as fontes de risco externas e
internas. Não foram identificados riscos no nível de atividades do departamento.
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A identificação de riscos considera os objetivos no nível da entidade


(estratégicos) e os objetivos em cada nível significativo das atividades
2.2.2 (processos, sistemas, operações), documentando-se, comunicando-se 2
ao pessoal pertinente e atribuindo-se responsabilidades para o
gerenciamento.
A metodologia de identificação de riscos contempla a descrição dos
eventos mediante utilização de um vocabulário comum para permitir
2.2.3 uma compreensão precisa dos componentes do risco, contemplando 2
identificação das fontes, indicação das causas e consequências
potenciais.

2.3 Análise de riscos

Uma vez identificados os eventos relativos aos riscos relevantes


relacionados aos objetivos-chave, a administração faz uma adequada
2.3.1 1
análise da magnitude (nível de risco), envolvendo os níveis
apropriados da instituição (alta administração, gestores de unidades).
Os riscos identificados são valorados ou mensurados e classificados
(p.ex. alto, médio, baixo), considerando a probabilidade e as
2.3.2 consequências de sua ocorrência, para informar à administração 1
Não há gerenciamento de riscos, tampouco análise de risco.
sobre as áreas/atividades onde é necessário adotar ações e qual o seu
grau de prioridade.
A administração adota uma abordagem para servir de base às
decisões sobre gerenciamento de riscos, indicando níveis em que os
2.3.3 riscos podem ser aceitos de forma prudente (apetite ao risco e 1
tolerância a riscos, expresso em mapas de riscos e outras formas de
comunicação).

2.4 Resposta a riscos


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A partir da análise de riscos efetuada e tendo por base os critérios de


riscos estabelecidos pela instituição (apetite ao risco e tolerância a
2.4.1 riscos) é que são determinadas, de maneira consciente, as estratégias 4 Não há processos de gerenciamento dos riscos formalizados. O MS está na fase de
(respostas) para gerenciar os riscos (evitar, reduzir, compartilhar, identificação e consolidação dos riscos do órgão.
aceitar). Apesar disso, existem respostas aos riscos identificados pela equipe de auditoria e
foram considerados satisfatórios. Embora não haja um processo de gerenciamento de
Os custos e os benefícios relativos às opções de respostas alternativas riscos formalizado, a legislação define competências, obrigações e responsabilidades,
2.4.2 para o gerenciamento dos riscos são avaliados com vistas a se tomar 4 sob as quais o DCEBAS estabeleceu processos de trabalho que além de obedecer a lei,
a decisão que represente maior economicidade para a administração. mitigam os riscos identificados.
Planos, programas e ações para lidar com riscos identificados são Em razão disso a equipe de auditoria considerou satisfatório a respostas aos riscos,
comunicados a todas as partes que têm qualquer responsabilidade ou embora não haja formalização do processo de gerenciamento de riscos do Dcebas.
2.4.3 podem contribuir para sua implementação, assumindo-os 4
formalmente; a auditoria interna os inclui no seu plano de trabalho
para monitoramento.

3 ATIVIDADES DE CONTROLE

A estrutura de controle interno da instituição está documentada por Não há um documento formal que descreva de forma detalhada as atividades de
escrito e inclui as atividades de controle, os objetivos e os riscos controles do DCEBAS, nem do MS como um todo. Existe o Decreto que estrutura e
relacionados em todos os níveis da organização e a identificação das organiza o MS. Nesse normativo tem-se as competências de cada secretaria e
3.1 atividades-chave (unidades, processos, operações, sistemas) onde 2 departamento, incluindo o Dcebas.
estão implementadas. Essa documentação e seus registros são
adequadamente administrados, mantidos e periodicamente Os processos de trabalho foram mapeados e colocados em fluxo de processo, porém
atualizados. em nível de atividades mais agregados.
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Não há política e procedimentos formalizados para atuar sobre os riscos.


Em razão do mapeamento do fluxo do processo realizado pela equipe de auditoria,
bem como dos riscos identificados, percebeu-se preliminarmente que o departamento
estabeleceu controles que mitigam razoavelmente os riscos no nível de atividade
Há políticas e procedimentos estabelecidos e aplicados para atuar (estes identificados pela equipe de auditoria), embora o estabelecimento desses
sobre os riscos identificados em todas as atividades relevantes para o controles não tenha sido guiado pelo gerenciamento de riscos.
3.2 3
alcance de objetivos-chave, relacionados ao cumprimento da missão Identificou-se a utilização de modelos check-list para orientar o que deve ser analisado
e da visão da instituição. no processo de certificação. Há modelo padrão de parecer e modelos de ofícios para
que o analista não esquecer de analisar qualquer questão.
Contudo, não há orientações formalizadas em políticas e procedimentos (documentos
formalizados). O que há são os documentos modelos que os gestores e analistas estão
construindo ao longo do processo de aprendizagem.
Existem limites (alçadas de competência) com definições claras de
Em razão do mapeamento do fluxo do processo realizado pela equipe de auditoria,
quem pode autorizar, executar ou aprovar atos e transações
3.3 4 bem como dos riscos identificados, percebeu-se preliminarmente que o departamento
relevantes em nome da instituição e para assegurar que esses limites
estabeleceu controles que mitigam razoavelmente os riscos no nível de atividade.
sejam de fato observados há procedimentos de monitoramento.
Existe uma cartilha do DCEBAS intitulada “O caminho para certificação”. Esta cartilha
Estão indicadas nos manuais de políticas e procedimentos ou em foi elaborada pela equipe do departamento para orientar as entidades sobre os
outros normativos da instituição as atividades ou transações requisitos a serem cumpridos. Eventuais servidores novos a utilizam para entenderem
3.4 relevantes que necessitam de uma autorização ou aprovação superior 3 o processo. Contudo ela está desatualizada em relação à legislação mais recente.
para que sejam efetivadas e há procedimentos de monitoramento Embora não haja manuais, os servidores se valem da legislação, da cartilha e modelos
para assegurar a observância. de parecer que orientam as principais avaliações que devem ser feitas durante as
análises de requerimento.
A própria legislação define alguns marcos de responsabilidade, como por exemplo a
Atribuições ou responsabilidades por atividades-chave de
responsabilidade do Secretário de Atenção à Saúde para emitir a portaria de
autorização, execução, atesto/aprovação, registro e revisão ou
certificação. A responsabilidade dos outros agentes decorre das competências do
3.5 auditoria são devidamente segregadas entre diferentes pessoas, 3
departamento delineadas no Decreto 8.901/2016 de estruturação do MS. Não há um
porém, quando isso não é possível, são adotados controles
documento interno do DCEBAS ou da SAS com o detalhamento das atividades-chaves e
compensatórios satisfatórios.
das respectivas responsabilidades.
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Em entrevistas, gestores e servidores afirmaram que os processos são organizados no


sistema (SisCEBAS) por ordem cronológica de apresentação do requerimento
(concessão/supervisão) da entidade e que assim são distribuídos aos servidores para
análise. À medida que o servidor vai terminando a análise de um determinado
processo, ele pega o próximo da fila, de forma que a evitar direcionamento na
distribuição dos requerimentos para análise.
Atividades ou transações com elevada probabilidade de serem Já os processos de supervisão são abertos de acordo com a data da publicação das
atingidas por irregularidades têm assegurado o rodízio de
3.6 4 portarias (desde que o período seja passível de supervisão). Ainda existem os casos
responsabilidades, o gozo regular de férias por parte dos executantes
demandados pela área de certificação (quando identificados riscos).
e revisões independentes ou auditorias periódicas.
Há situações em que uma entidade que ingressou com o requerimento em uma data
posterior a uma outra consiga o certificado primeiro. Isso se deve a demora da
resposta à diligência ou demora em demonstrar o cumprimento de requisitos, ou
ainda, a processos que são encaminhados para o MEC/MDS e que demoram para
retornar para a análise da certificação no MS.

Ativos da instituição (informação) identificados como críticos estão O SisCEBAS tem perfis de acesso com diferentes níveis de acesso. Qualquer alteração
protegidos por controles que limitam o acesso apenas às pessoas realizada no sistema é registrada em ordem cronológica de alteração.
3.7 3
autorizadas à sua guarda, conservação e controle, as quais prestam
contas regularmente de sua custódia e utilização.
Transações, posições e registros relacionados a atividades relevantes
são verificados antes e depois de ocorrerem e procedimentos de
3.8 N/A Não se aplica ao DCEBAS.
conciliação são realizados em tempo hábil à detecção e correção de
eventuais impropriedades ou irregularidades.
A direção superior da instituição acompanha regulamente, a cada
Segundo os servidores entrevistados, a chefia imediata (tanto os coordenadores como
período fechado, o alcance dos objetivos-chave e as realizações da
a diretoria do DCEBAS) acompanha de perto as atividades rotineiras. Mas não
3.9 instituição, determinando prontamente a avaliação de operações, 3
percebem a mesma proximidade no que se refere à SAS como um todo. Na opinião
processos e atividades ineficazes e a adoção de ações corretivas
deles a proximidade com a SAS ocorre mais com a diretoria e os coordenadores.
necessárias.
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Foram apresentados à equipe de auditoria documentos como relatório de


Os gestores, em todos os níveis, acompanham concomitantemente o desempenho operacional – monitoramento semanal do processo de supervisão,
desempenho real em relação às metas, analisando tendências e monitoramento de ausência de resposta a ofício de diligência e documento de
3.10 4 acompanhamento dos requerimentos de concessão e renovação do CEBAS.
ajustando tempestivamente o percurso e o ritmo necessário das
atividades para alcançar os objetivos preestabelecidos. Segundo a Diretora do DCEBAS, tanto o SAS como o próprio Ministro solicitam com
certa frequência alguns dados de acompanhamento.
As atividades relevantes para os objetivos-chave da instituição são Segundo os servidores entrevistados a comunicação com a chefia é boa.
adequadamente supervisionadas em todos os níveis da organização,
3.11 incluindo a atribuição, revisão e aprovação dos trabalhos, bem como 4 Há muitos momentos de conversas entre os servidores e deles com as chefias, não só
adequada orientação e treinamento em serviço do pessoal para tirar dúvidas, mas também para definir os padrões de procedimentos a serem
supervisionado. utilizados nas análises.

4 INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O Decreto 8.901/2016, que define a estrutura organizacional do Ministério da Saúde,


já define as principais competências do DCEBAS. Apesar disso, não há nenhum outro
documento formal que explique de forma mais detalhada e específica as competências
Informações relevantes para que as pessoas cumpram suas dos servidores dentro do Dcebas.
responsabilidades são identificadas, coletadas, comunicadas e Contudo, em entrevista com os servidores sobre como ocorre o processo de
4.1 disponibilizadas tempestivamente, no formato e com o detalhamento 3 aprendizagem e adaptação ao trabalho no dia-a-dia eles responderam que, em geral,
suficiente, tornando possível a condução e o controle dos negócios de ao chegar um servidor novo, este recebe a legislação para leitura, recebe orientações
forma eficiente e eficaz. dos coordenadores, depois faz processos acompanhado de um colega para ver na
prática como se faz (duas semanas) e, em seguida, já pode fazer processos sozinho,
mas com supervisão próxima de um colega.
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Dentro do departamento as atividades e o desempenho da equipe são comunicados de


Informações sobre atividades, operações, transações e desempenho forma mais próxima e direta, dado que o departamento tem apenas 53 pessoas. Os
são comunicadas por meios e canais normais, tanto para o canais de comunicação dentro do DCEBAS são a forma verbal e por meio do SisCEBAS.
responsável, como para um nível superior ao deste, porém há canais Quanto a informações delicadas, relacionadas aos processos de trabalho, o principal
4.2 4
alternativos de comunicação para transmitir informação delicada, canal de comunicação são os coordenadores. Os servidores afirmaram que têm
como atos ilícitos, antiéticos, conluio, fraudes, e comunicação de suficiente abertura para abordar quaisquer assuntos de trabalho.
riscos. Todos têm conhecimento sobre a Ouvidoria e alguns servidores também possuem um
canal de comunicação mais próximo com o SAS.

5 MONITORAMENTO

A instituição adota procedimentos de monitoramento contínuo que O DCEBAS estabeleceu indicadores para medir os resultados e os efeitos das atividades
possam capturar indicativos de fraquezas nas atividades de controle realizadas e para monitorar o desempenho do departamento, a exemplo do indicador
5.1 3 abaixo:
ou na estrutura de controle interno, pelo menos em relação às
atividades, operações, processos e sistemas mais críticos ou sensíveis.

Os valores e dados registrados pela contabilidade e em outros


sistemas de informação são periodicamente conciliados e
5.2 N/A Não se aplica ao DCEBAS.
comparados com os ativos físicos e com outras informações
existentes fora dos sistemas.
A auditoria interna do Ministério da Saúde, que é a SFC/CGU, não faz trabalhos de
A auditoria interna avalia as atividades de controle para assegurar avaliação de controles internos. Seus trabalhos mais comuns são auditorias
que são apropriadas ao risco e funcionam conforme planejado, bem operacionais e auditorias de contas. Nesses trabalhos, chegam a avaliar alguns
5.3 como faz avaliações em separado do sistema de controle interno para 1 controles de forma, mas não é de modo sistematizado, tampouco avaliam se tais
determinar se estão presentes e em funcionamento todos os seus controles são apropriados ao risco, já que nem o Ministério, nem o DCEBAS realizaram
componentes. avaliação de riscos. Cabe ressaltar que o MS está em fase de identificação dos riscos do
órgão.
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(de 1 a 5)

As avaliações de controle interno são adequadamente reportadas às


Segundo a diretoria do DCEBAS, sempre que é demandada por órgãos de controle, por
pessoas que tem poder para determinar as ações corretivas e aos
meio da Assessoria Especial de Controle Interno (AECI), procura implementar
5.4 órgãos de controle, supervisão e regulamentação cabíveis. Os planos 3
recomendações, atender determinações ou responder as demandas, inclusive oriundas
de ação decorrentes e a execução das recomendações do controle
do Ministério Público Federal.
externo são monitorados.

Total de pontos adquiridos /Total de pontos possíveis 123/225 54,6%


1 Ambiente de Controle 43/80 53,7%

2 Avaliação de Riscos 33/70 47,1%

3 Atividades de Controle 33/50 66%

4 Informação e Comunicação 7/10 70%

5 Monitoramento 7/15 46,6%

Elaborado por: Lídia Firmina 8/10/2017

Revisado por: Marília Piola e Bruno Machado 21/11/2017

Supervisionado por: Rodrigo Schafhauser 8/12/17

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