Você está na página 1de 12

Indice

I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 2

1.1.Objectivos ................................................................................................................................. 3

1.1.2.O bjectivo geral ...................................................................................................................... 3

1.1.3.Objectivos espeificos ............................................................................................................. 3

2.0 Norma 14001 e sua implementação nas organizações .............................................................. 4

3.0 AUDITÓRIA AMBIENTAL .................................................................................................... 4

3.1.0 Tipos de auditoria .................................................................................................................. 5

3.1.1 Parte auditora ......................................................................................................................... 5

3.1.2 Classificação de acordo com os objectivos da auditoria ........................................................ 7

3.2.0 Objectivos da auditoria ambiental ......................................................................................... 8

3.3.0 Funções da auditoria ambiental ............................................................................................. 9

4.0 Auditoria ambiental e minimização da poluição e riscos na saúde pública .............................. 9

4.1.0 Princípio da prevenção ......................................................................................................... 10

v. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 12


I. INTRODUÇÃO
Muitas organizações têm efetuado análises ou auditorias ambientais para avaliar seu desempenho
ambiental. Por si só, entretanto, tais análises ou auditorias podem não ser suficientes para
proporcionar a uma organização a garantia de que seu desempenho não apenas atenda, mas
continuará a atender, aos requisitos legais e aos de sua política, para que sejam eficazes, é
necessário que esses procedimentos sejam realizados dentro de um sistema da gestão estruturado
que esteja integrado na organização. Para que isso aconteça surgem normas como a ISO 14001
que é ferramenta criada para auxiliar empresas ou organizações a identificar, priorizar e
gerenciar seus riscos ambientais como parte das suas práticas usuais (SILVEIRA, 2010)., as
discussões sobre os tipos de risco têm crescido nos últimos tempos, pela própria necessidade que
a ciência requer de procurar alternativas que direcionem a tomada de medidas preventivas, a fim
de conseguir minimizar os inúmeros efeitos negativos à sociedade, falar de risco na atualidade
requer, necessariamente, cautela, uma vez que o assunto abrange concepções e enfoques
diferentes e também diferentes formas de visualizar ou de perceber o que vem a ser realmente
um risco, tendo em vista a dinamicidade vivenciada na atual sociedade, onde a realidade do
cotidiano difere enormemente no tempo e no espaço, com demasiada velocidade (Icaro A. da
Cunha, 2008).

2
1.1.Objectivos

1.1.2.Objectivo geral

 Descrever a auditoria ambiental com base na norma ISO 14001;

1.1.3.Objectivos espeificos

 Descrever os objectivos da auditoria ambiental;

 Analisar o impacto da auditoria ambiental na minimização da poluição e efeitos na saúde


pública;

3
2.0 Norma 14001 e sua implementação nas organizações
A família de normas ambientais tem como eixo central a norma ISO 14001, que estabelece os
requisitos necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). E tem
como objectivo conduzir a organização dentro de um SGA certificável, estruturando e integrando
à actividade geral de gestão, especificando os requisitos que deve apresentar e que sejam
aplicáveis a qualquer tipo e tamanho de organização (NORMALIZAÇÃO, 2004).

Organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas com o atingimento e
demonstração de um desempenho ambiental correto, por meio do controle dos impactos de suas
actividades, produtos e serviços sobre o meio ambiente, coerente com sua política e seus
objectivos ambientais, agem assim dentro de um contexto de legislação cada vez mais exigente,
do desenvolvimento de politicas económicas e outras medidas visando adoptar a protecção ao
meio ambiente e de uma crescente preocupação expressa pelas partes interessadas em relação às
questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável.

3.0 AUDITÓRIA AMBIENTAL


Este mecanismo surge da constatação de que a AIA (Avaliação de Impactos Ambientais), só por
si, não garante a cabal prevenção contra eventuais danos ao ambiente. Por um lado, porque nada
impede que determinado projecto de actividade tendo sido sujeito a AIA e, seguidamente,
licenciado pelo MICOA (Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental), possa vir a causar
danos sérios e irreversíveis após a entrada em funcionamento do mesmo nos diversos
componentes ambientais. Por outro lado, porque o processo de AIA é recente na história do país
sendo, por enquanto, reduzidos os empreendimentos que se sujeitaram a tal mecanismo
(SILVEIRA, 2010).

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para monitorar e medir


regularmente as características principais de suas operações que possam ter um impacto
ambiental significativo. Os procedimentos devem incluir a documentação de informações para
monitorar o desempenho, os controles operacionais pertinentes e a conformidade com os
objectivos e metas ambientais da organização (ROMÃO, 2016).

4
A auditoria pode ser conceitualizada de várias formas dependendo do autor:

Dentro da norma 14001 a Auditoria ambiental pode ser vista como um processo sistemático e
documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objectiva, evidências de
auditoria para determinar se as actividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais
especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de
auditoria, e para comunicar os resultados deste processo ao cliente (NORMALIZAÇÃO, 2004).

Segundo (ROMÃO, 2016) é uma ferramenta de gerência que compreende uma avaliação
periódica, objectiva, sistemática e documentada do desempenho da organização, do seu sistema
de gestão e dos processos e equipamentos destinados à protecção do meio ambiente, com o
objectivo de verificar as práticas gerenciais relativas ao meio ambiente e verificar a
conformidade com a política da organização e com a legislação.

3.1.0 Tipos de auditoria


Podem ser classificadas de acordo com:

1. PARTE AUDITORA;
2. CRITÉRIO DA AUDITORIA;
3. OBJECTIVO DA AUDITORIA AMBIENTAL;

3.1.1 PARTE AUDITORA


a) Auditoria interna

Realizada pela equipa formada por membros da própria organização auditada. A organização
deve assegurar que as auditorias internas do sistema da gestão ambiental sejam conduzidas em
intervalos planeados para:

1. Determinar se o sistema da gestão ambiental

 Está em conformidade com os arranjos planeados para a gestão ambiental, incluindo-se


os requisitos desta Norma;
 Foi adequadamente implementado e é mantido;
 Fornecer informações à administração sobre os resultados das auditorias.

5
b) Auditoria externa

Realizada por uma equipe formada por membros ou representantes de uma parte interessada
directamente na gestão ambiental da organização auditada e que tenha poder legal ou de
negociação para exigir a auditoria.

Segundo o decreto n 32/2003 do boletim da república a auditoria pode ser pública ou


privada.

 Auditoria publica quando é realizada pelo órgão estatal competente para o efeito;

A auditoria ambiental pública será realizada sempre que o estado julgar necessária para as
actividades em laboração constantes da lista do processo de Avaliação do Impacto Ambiental,
aprovado pelo Decreto no 76198, de 29 de Dezembro.

 Auditoria privada, quando é realizada e determinada pelas próprias entidades cuja


actividade seja potencialmente causadora de degradação do ambiente.

A auditoria ambiental privada será utilizada pelos empreendedores, visando conformar os


seus processos laborais e funcionais do seu empreendimento, com o plano de gestão
ambiental aprovado para o efeito e com as imposições legais ambientais em vigor.

3.1.2 Classificação de acordo com os critérios de auditoria


 Auditoria de conformidade legal ambiental;
 Auditoria de desempenho ambiental;
 Auditoria de sistemas de gestão ambiental;

a) Auditoria de conformidade

Consiste na verificação do cumprimento da legislação aplicável existente. Segundo a própria


autora, é uma auditoria de ambição muito limitada, pois se restringe à legislação existente e éde
caráter defensivo.

6
b) Auditoria de desempenho ambiental

São verificados indicadores de desempenho, a serem comparados com padrões, geralmente


setoriais, ou com metas definidas.

c) Auditoria de sistemas de gestão ambiental

Avalia o cumprimento das normas, critérios e procedimentos de gestão ambiental estabelecidos


pela própria organização auditada.

3.1.3 Classificação de acordo com os objectivos da auditoria


 Auditoria ambiental de certificação;
 Auditoria ambiental de acompanhamento;
 Auditoria ambiental de verificação de correcções;
 Auditoria ambiental de responsabilidade;
 Auditoria compulsória;
 Auditoria Pontual ou de Processos;
 Auditoria ambiental de sítio;

a) Auditoria ambiental de certificação

Tem por objectivo produzir uma declaração ou certificado atestando que os critérios de auditoria
são cumpridos pela organização auditada (NORMALIZAÇÃO, 2004).

b) Auditoria Pontual ou de Processos

Destinada a optimizar a gestão dos recursos, a melhorar a eficiência do processo produtivo e,


consequentemente, minimizar a geração de resíduos, o uso de energia ou de outros insumos.

c) Auditoria ambiental de sítio

Destinada a avaliar o estágio de contaminação de um determinado local;

7
d) Auditoria ambiental de acompanhamento

Verifica se as condições de certificação continuam sendo cumpridas.

e) Auditoria ambiental de verificação de correcções

Verifica se as não-conformidades de auditorias anteriores foram corrigidas.

f) Auditoria ambiental de responsabilidade

Avalia o passivo ambiental das empresas, ou seja, suas responsabilidades ambientais efectivas e
potenciais. Em geral, contabiliza-se como passivo ambiental, os seguintes custos: multas, taxas e
impostos ambientais a serem pagas.

3.2.0 Objectivos da auditoria ambiental


Na condição de instrumento auxiliar da gestão organizacional, a auditoria interna, em sua
modalidade ambiental, deve apresentar objectivos gerais que sejam capazes de vislumbrar a
possibilidade de contribuir de forma efectiva para a consecução dos objectivos operacionais
das entidades, fazendo garanti r à eficácia da gestão. Estes objectivos gerais, segundo Perrone
(1996) citado por (TEIXEIRA & TEIXEIRA, 2005) devem ser descritos como:

 Verificação do atendimento a regulamentos ambientais;


 Prevenção a processos e acções judiciais reparatórias;
 Redução de riscos de impactos ambientais negativos;
 Maximização do desempenho das equipes internas nas questões ambientais;
 Optimização do controle operacional e de custos dos sistemas de gerenciamento.

8
3.3.0 Funções da auditoria ambiental
São consideradas funções da auditoria ambiental as seguintes:

 Identificar o potencial técnico e científico dos profissionais que actuarão na modalidade


ambiental;
 Relacionar os padrões de auditoria usuais para a modalidade ambiental, em função da
legislação vigente;
 Delimitar o escopo do trabalho de auditoria;
 Verificar habilidades e trabalhar a qualificação dos membros da equipe de auditoria;
 Estabelecer parâmetros capazes de fazer garantir a consistência dos trabalhos de
auditoria;
 Estabelecer critérios à nível da relação objectividade/subjectividade para definir as
variáveis que se consubstanciarão em evidências para a auditoria;
 Classificar as evidências em função da tipologia: Documental, analítica, física, e de
testemunho;
 Desenvolver mecanismos para avaliação do desempenho da equipe de auditoria.

4.0 Auditoria ambiental e minimização da poluição e riscos na saúde pública


A degradação ambiental tem um custo estimado de 370 milhões de USD anuais, dos quais 48%
são devidos ao abastecimento de água não potável, à falta de higiene e de saneamento com 18%
de poluição do ar interior e 3,5% de poluição do ar exterior. Recomenda-se que o Governo
moçambicano dedique mais tempo à coordenação intersectorial, incluindo questões como
política, elaboração e monitorização de normas e regulamentos, em vez de estar envolvido na
planificação e implementação de acções específicas relacionadas com a saúde ambiental (SERA,
2012).

9
4.1.0 Princípio da prevenção
O princípio da prevenção é baseado nas premissas que incluem a irreversibilidade dos danos
ambientais, vulnerabilidade do meio ambiente, as limitações da ciência em prever os efeitos dos
danos ambientais e a disponibilidade de alternativas sobre processos e produtos menos poluentes.

Provocado o dano ao meio ambiente, nem sempre será possível encontrar soluções técnicas para
restabelecer a área afectada. Dessa forma é primordial o fomento de medidas preventivas
eficientes que evitem a ocorrência de danos ambientais, mesmo no caso de haver apenas um
simples risco de danos graves e irreversíveis ao meio ambiente.

A auditoria ambiental compulsória, é uma actividade de política ambiental e enquadra-se na


categoria de auditoria pública utilizada como instrumento de acções de controlo pelo poder
público, enquanto as demais integram o sistema de gestão ambiental. Uma de suas principais
características é a imposição da sua execução, independente da vontade da unidade auditada.
Ademais, destaca-se que as directrizes e a sua obrigatoriedade são determinadas por lei (PIVA,
2008).

A auditoria ambiental compulsória, da mesma forma, pauta-se no princípio da prevenção, pois


ela tem escopo de verificar a viabilidade e continuidade das actividades económicas, bem como
analisar se há passivos ambientais. Dessa forma, torna-se instrumento indispensável à
concretização do princípio da prevenção, pois oferece às companhias ambientalmente
impactastes e a colectividade informações confiável para cessar, prevenir e corrigir de forma
continua danos ambientais causados por suas actividades (PIVA, 2008).

Portanto, em prol da prevenção é fundamental que a prática da auditoria ambiental, inclusive a


compulsória, seja incentivada para evitar o agravamento da poluição ambiental, tendo em vista
ser mais eficiente a aplicação dos instrumentos preventivos ao invés da adopção de mecanismos
puramente repressivos (PIVA, 2008).

10
V. CONCLUSÃO
A auditoria ambiental é um processo sistemático e documentado de verificação, executado para
obter e avaliar, de forma objectiva, evidências de auditoria para determinar se as actividades,
eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados de uma organização estão em
conformidade com a lei do ambiente em vigor.

Uma auditoria ambiental pode ser realizada com finalidades diferentes, dependendo do tipo de
organização, objectivos, entidades interessadas, e ela é como uma ferramenta a ser utilizada no
processo de Avaliação de Impacto Ambiental.

A auditoria realizada após a implantação de um empreendimento permite averiguar se as


medidas de mitigação e monitoramento previstas foram instaladas; se essas medidas têm
desempenho satisfatório; se, e como, os impactos previstos se realizaram; ou ainda, se ocorreram
impactos que não estavam previstos; refere-se à auditoria ambiental na contratação de seguro
ambiental para um empreendimento, ao citar a necessidade da realização, pela empresa
seguradora, de uma inspecção técnica criteriosa das instalações.

11
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NORMALIZAÇÃO, F. N. (2004). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
BRASILIA: ROTULAGEM AMBIENTAL NO BRASIL.

PIVA, A. L. (2008). UM ENFOQUE SOBRE A AUDITORIA AMBIENTAL COMPULSÓRIA E A


APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS AMBIENTAIS. PARANÁ: UNIVERSIDADE
CATÓLICA DO PARANÁ.

ROMÃO, É. L. (2016). AUDITORIA AMBIENTAL. SÃO PAULO: DEPARTAMENTO DE


CIÊNCIAS BÁSICAS E AMBIENTAIS.

SERA, C. M. (2012). O MEIO AMBIENTE EM MOÇAMBIQUE. MAPUTO: GRUPO


AMBIENTE.

SILVEIRA, P. D. (2010). ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI DO AMBIENTE EM


MOÇAMBIQUE. BEIRA: INSTITUTO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA DA FDL E A
UNIZAMBEZE.

TEIXEIRA, I. S., & TEIXEIRA, R. C. (2005). A AUDITORIA AMBIENTAL E O PROCESSO


DE COLETA DE EVIDENCIAS. BRASILIA: GESTÃO E TECNOLOGIA – SEGET.

12

Você também pode gostar