Você está na página 1de 17

REVISÃO DAS AULAS DE AUDITORIA PARA A PROVA

Aula 1 - Histórico
A prática de auditoria contábil teve suas origens no século XII, na França,
quando os barões apresentavam publicamente suas contas na presença de
representantes designados pela Coroa. No século XIII, na Inglaterra, os barões
tinham o direito de nomear seus próprios representantes oficiais. Os primeiros
relatórios de auditoria surgiram nessa época.

Oficialmente, a prática de auditoria surgiu em Veneza, em 1581. A


auditoria contábil evoluiu ao longo dos séculos e se tornou uma parte importante
da governança corporativa, ajudando a proteger os interesses dos acionistas e
do público em geral.

Em 1947, foi fundada a International Organization for Standardization


(ISO), que tem como objetivo estabelecer padrões internacionais para uma
variedade de atividades, incluindo auditoria e contabilidade. A ISO desenvolveu
normas de auditoria e contabilidade reconhecidas mundialmente para ajudar a
garantir a qualidade e a confiabilidade das informações financeiras.

A Auditoria Ambiental surgiu como resposta a tragédias ambientais como


a explosão da planta química da Hoffman-LaRoche na Itália em 1976, a tragédia
de Bhopal na Índia em 1984 e a poluição em Cubatão, Brasil, na década de 80.
A prática ganhou importância para avaliar e melhorar as práticas ambientais das
empresas e recebeu reconhecimento na Rio-92.

Na década de 1990, foram implantadas leis para a Auditoria Ambiental,


destacando-se a Lei Municipal n°790 de Santos-SP, a Lei Estadual n°1.898 do
Rio de Janeiro, a Lei Estadual n°10.627 de Minas Gerais, a Lei Estadual n°4.802
do Espírito Santo e o Projeto de Lei Federal n°3.160. Essas leis estabeleceram
diretrizes e regulamentações para a prática da Auditoria Ambiental em diferentes
níveis de governo e jurisdição.
A Lei n°3.471/2000 alterou a Lei n°1.898 de 1991, definindo a Auditoria
Ambiental como a realização de estudos para determinar os níveis de poluição
e degradação ambiental, as condições de operação e manutenção dos
equipamentos, as medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e
a saúde humana, bem como a capacitação dos responsáveis pela operação e
manutenção dos sistemas. Essa lei estabeleceu critérios mais específicos e
rigorosos para a prática da Auditoria Ambiental no Brasil.

Aula 2 - O que é Auditoria

Auditoria é um processo sistemático de avaliação das atividades


desenvolvidas em um setor ou empresa, com o objetivo de identificar se os
requisitos estabelecidos previamente foram implantados com eficácia e estão
sendo cumpridos. Em outras palavras, é uma verificação para garantir que as
práticas e procedimentos estão em conformidade com as normas e
regulamentos aplicáveis.

A auditoria é um processo documentado e independente que tem um


escopo variável. É realizada por profissionais que conhecem o assunto a ser
auditado e tem como principais participantes o cliente, o auditado e o auditor.

Esquema geral e etapas

Preparação e planejamento: definição dos objetivos e escopo da auditoria,


seleção da equipe de auditoria, identificação dos requisitos legais aplicáveis e
elaboração do plano de auditoria.

Execução da auditoria: coleta de informações e evidências, verificação do


cumprimento dos requisitos legais, identificação de não conformidades e
avaliação dos impactos ambientais.

Relatório de auditoria: elaboração do relatório de auditoria, incluindo as


conclusões e recomendações para melhorias, identificação de pontos fortes e
oportunidades de aprimoramento.
Acompanhamento das ações corretivas: verificação da implementação
das recomendações e ações corretivas definidas no relatório de auditoria.

Encerramento da auditoria: avaliação dos resultados da auditoria,


comunicação dos resultados aos responsáveis pela empresa e encerramento da
auditoria.

Classificação das partes envolvidas

Quando o objetivo da auditoria é certificar a conformidade de um produto,


processo ou serviço com uma norma ou outro documento normativo, é comum
utilizar a Resolução do Conselho Nacional de Metrologia, Normatização e
Qualidade Industrial - CONMETRO no 08/92.

Auditoria interna, também conhecida como auditoria de primeira parte, é


um processo de avaliação realizado pela própria empresa para auditar seus
sistemas, processos e procedimentos, garantindo que os parâmetros do sistema
de gestão estão sendo seguidos.

A Auditoria no Fornecedor ou de Segunda Parte é realizada pela empresa


contratante ou por uma empresa auditora especializada para avaliar critérios
importantes para a organização que está comprando produtos ou serviços.

A auditoria no fornecedor ou de segunda parte avalia a organização e


qualificação dos recursos humanos, o cumprimento da legislação, gestão e
controle da qualidade, política ambiental, entre outros.

AUDITORIA EXTERNA OU DE TERCEIRA PARTE é realizada por uma


empresa independente com o objetivo de verificar se os requisitos legais e
regulamentares estão sendo atendidos de acordo com uma norma específica. É
a última fase do processo de certificação.

Existem três tipos principais de auditoria:


Auditoria interna ou de primeira parte - é realizada pela própria empresa
para auditar seus próprios sistemas, processos e procedimentos, garantindo que
os parâmetros do sistema de gestão estão sendo seguidos.

Auditoria no fornecedor ou de segunda parte - é realizada pela empresa


contratante ou por uma empresa auditora especializada. Tem como objetivo
avaliar critérios importantes para a organização que está comprando produtos
ou serviços.

Auditoria externa ou de terceira parte - é realizada por uma empresa


independente e tem como objetivo verificar se os requisitos legais e
regulamentares estão estabelecidos, documentados, implementados e mantidos
de acordo com uma norma específica. A auditoria externa é a última fase do
processo de certificação.

De acordo com a norma ISO 19011 (2012), a auditoria ambiental é um


processo sistemático, documentado e independente que busca obter evidências
de auditoria para avaliar objetivamente se os critérios da auditoria (políticas,
procedimentos ou requisitos) estão sendo atendidos. Os resultados da auditoria
podem indicar conformidade, não conformidade ou oportunidades de melhoria.
As evidências de auditoria podem ser qualitativas ou quantitativas e devem ser
verificáveis.

Aula 3 – Auditoria Ambiental Compulsória e Voluntária

A auditoria ambiental compulsória é um instrumento de controle


estabelecido pelo poder público para ações de controle ambiental, com critérios
e formas definidas de execução, independente da empresa auditada.

Está se referindo a auditoria ambiental compulsória. Em resumo, é um


instrumento legalmente exigido por um órgão governamental que auxilia na
verificação da adequação da Política Ambiental e na elaboração do Plano de
Ação, além de ser um facilitador no licenciamento e oferecer oportunidades de
melhorias na gestão ambiental.

O processo de correção das não-conformidades em empreendimentos


auditados envolve a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC)
baseado em um Plano de Ação, que pode incluir medidas compensatórias e a
participação do Ministério Público além da empresa e do órgão ambiental.

As funções da auditoria ambiental de forma resumida são: garantir o


cumprimento das normas legais ambientais, verificar os níveis de poluição e
degradação ambiental, avaliar as condições de operação e manutenção dos
equipamentos, proteger o meio ambiente e a saúde humana.

Atividades ou empreendimentos sujeitos à auditoria ambiental devem ser


realizados por exigência justificada dos órgãos ambientais para processos de
licenciamento, renovação ou prorrogação de licenças. Isso pode ocorrer devido
a normas federais, estaduais ou municipais, e se aplica a atividades
potencialmente poluidoras.

A Resolução Conama 237/97 estabelece critérios para o licenciamento


ambiental e prevê a simplificação do processo para atividades e
empreendimentos que implementem planos e programas voluntários de gestão
ambiental, visando à melhoria contínua e ao aprimoramento do desempenho
ambiental.
O Decreto 47.400/02 de São Paulo estabelece que os empreendimentos
ou atividades que comprovarem a eficiência de seus sistemas de gestão e
auditorias ambientais, durante a renovação de suas licenças de operação,
poderão ter o prazo de validade da nova licença ampliada em até um terço do
prazo anteriormente concedido, a critério do órgão ambiental.

A auditoria ambiental compulsória deve ser realizada a cada dois anos ou


de acordo com o histórico de problemas ambientais identificados na atividade,
podendo ser exigida a critério do órgão ambiental na licença ou renovação.
A Lei 13.448/2002 do Estado do Paraná estabelece que a auditoria
ambiental compulsória deve ser realizada periodicamente a cada no máximo 4
anos para atividades com elevado potencial poluidor ou degradador do meio
ambiente.

A auditoria compulsória no Paraná, resumindo: Essas são algumas das


atividades que podem estar sujeitas à obrigatoriedade de realização de auditoria
ambiental de acordo com normas e regulamentações ambientais.

As sanções obrigatórias são as penalidades aplicadas quando as


empresas não cumprem as normas e exigências ambientais. As multas podem
variar de acordo com a gravidade da infração e são estabelecidas pelo Poder
Executivo em regulamento. A não renovação da licença ambiental e a interdição
parcial ou total da atividade também são sanções que podem ser aplicadas em
casos de descumprimento das normas ambientais.

O Rio de Janeiro instituiu a Lei Estadual nº1.898/1991, regulamentada


pelo Decreto Estadual 21.470-A/1995, seguido por outros estados e municípios
que também adotaram auditorias ambientais compulsórias. A Resolução
CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002, define os critérios e abrangência das
auditorias, que incluem a identificação da legislação ambiental aplicável,
verificação da conformidade com as normas e leis ambientais vigentes,
existência e validade das licenças ambientais, cumprimento das condições
estabelecidas nas licenças, identificação de acordos e compromissos
ambientais, e verificação da existência de uma política ambiental documentada
e adequada.

Vantagens da auditoria compulsória incluem a identificação de


degradação ambiental, antecipação de situações que podem levar a catástrofes
e a informação para a população e investidores. Por outro lado, as desvantagens
incluem dificuldade na relação entre auditores e auditados, omissão de
informações importantes, exposição de informações estratégicas sobre as
operações das empresas, falta de ganhos perceptíveis em termos de práticas de
gestão preventiva e fiscalização reduzida.
Auditoria Ambiental Voluntária envolve seguir as exigências da legislação
ambiental vigente e realizar periodicamente auditorias com empresas
independentes, registradas e acreditadas, divulgando os resultados. A adesão a
um sistema de certificação pode trazer vantagens como redução de conflitos,
incentivo à participação em programas de desenvolvimento ambiental, mudança
de comportamento e intercâmbio internacional. Ambas as auditorias,
compulsória e voluntária, podem trazer benefícios como definição de estratégias,
alinhamento com a visão e missão da empresa, ganhos competitivos, otimização
dos processos produtivos, conformidade com normas e regulamentos
ambientais, prevenção e solução de problemas ambientais e vantagens
financeiras em relação a seguros. No entanto, a auditoria compulsória pode
trazer desvantagens como dificuldades na relação entre auditores e auditados,
omissão de informações importantes, exposição de informações estratégicas
sobre as operações das empresas, falta de ganhos perceptíveis em termos de
práticas de gestão preventiva e fiscalização reduzida.

Aula 4 – Classificação das Auditorias Ambientais

Categorias e objetivos: Existem diversas categorias de auditoria


ambiental, cada uma com objetivos específicos, como a auditoria de
conformidade legal, sistemas de gestão ambiental, avaliação do desempenho
ambiental, descomissionamento, cadeia produtiva, responsabilidade, pós-
acidente, certificação, pontual, sítio e acompanhamento. Cada uma dessas
categorias visa verificar diferentes aspectos e garantir a conformidade ambiental
das empresas, processos e produtos, além de identificar oportunidades de
melhoria e prevenir possíveis impactos ambientais negativos.

A auditoria de conformidade legal tem como objetivo verificar se a


empresa está cumprindo com os requisitos legais ambientais, sendo realizada
quando a empresa precisa de uma licença ambiental ou quando busca prevenir
a aplicação de multas e outras sanções. É importante acompanhar um plano de
ação para implementar melhorias necessárias.
As vantagens para a empresa diante das conformidades legais incluem a
prevenção de multas, autuações e paralisação de atividades, o atendimento a
requisitos normativos obrigatórios para sistemas de gestão, a preparação para a
obtenção de certificação internacional, a tomada de decisões estratégicas e
priorização de recursos, e a garantia de compliance nos requisitos legais
aplicáveis ao negócio.

Resumo: A auditoria de sistemas de gestão avalia o cumprimento das


normas, critérios e procedimentos de gestão ambiental estabelecidos pela
própria organização auditada, verificando a conformidade com os requisitos da
norma ISO 14001.

Resumo:

Auditoria de Conformidade Legal: Verifica o cumprimento das leis, normas


e regulamentos ambientais aplicáveis pela entidade auditada, notificando os
eventuais descumprimentos ao órgão responsável para aplicação das sanções
pertinentes.

Auditoria de Sistema de Gestão: Avalia o status do SGA da entidade


auditada, informando os resultados da auditoria ao cliente, sendo os critérios de
auditoria os principais elementos do SGA e seguindo as diretrizes definidas pelo
mercado.
Resumo: A avaliação de desempenho tem como objetivo verificar a
eficiência e eficácia de uma organização, programa, atividade ou projeto. É feita
para avaliar se a unidade auditada está em conformidade com a legislação,
regulamentos e indicadores de desempenho ambientais aplicáveis.

A auditoria de descomissionamento avalia os danos causados ao


ecossistema e à população do entorno de uma unidade empresarial em
consequência de sua desativação.
A auditoria de cadeia produtiva avalia todas as etapas, incluindo agentes
e serviços utilizados durante todo o processo de produção de um determinado
produto. A responsabilidade ambiental é considerada objetiva e solidária.

Auditoria de responsabilidade avalia o passivo ambiental das empresas,


ou seja, as obrigações ambientais a que a empresa está sujeita, decorrentes de
danos ou impactos ambientais causados no passado. Essa auditoria é
importante em processos de fusões, aquisições ou refinanciamento de
empresas, pois permite identificar e quantificar essas obrigações ambientais e
incluí-las nas avaliações financeiras e contábeis da empresa.

Auditoria pós-acidente: É realizada logo após a ocorrência de algum


acidente com consequências ambientais, tendo como objetivo verificar as
causas, responsáveis e a possibilidade de recorrência desses acidentes.

O objetivo da auditoria de certificação é verificar se a organização está


em conformidade com os objetivos estabelecidos pelas normas nas quais a
empresa deseja se certificar.

A auditoria pontual tem como objetivo a otimização pontual da atividade,


através da gestão dos recursos, melhoria da eficiência do processo produtivo,
minimização da geração de resíduos e uso de energia ou outros insumos.

A auditoria de sítio tem como objetivo avaliar o grau de contaminação de


determinado local, identificando algum passivo ambiental.

A auditoria de acompanhamento tem como objetivo verificar se as


condições de certificação continuam sendo cumpridas e se as não
conformidades foram corrigidas no processo.

É de grande importância para as organizações a tentativa de reverter o


quadro de degradação ambiental, pois isso as torna comprometidas com a ética
do meio ambiente, além de mais competitivas no mercado globalizado.
Aula 5 – O Auditor

O auditor ambiental realiza uma avaliação sistemática, documentada e


objetiva de uma organização na área ambiental, seguindo a legislação e normas
específicas. Ele avalia a conformidade e não conformidade da empresa em
relação aos aspectos ambientais, identifica potenciais riscos ambientais e sugere
ações corretivas. O objetivo é garantir que a empresa opere em conformidade
com as leis e regulamentações ambientais, minimizando o impacto ambiental de
suas atividades.

A legislação e normas para auditoria ambiental incluem a Resolução


CONAMA nº 306/2002, que estabelece requisitos mínimos e o termo de
referência para a realização da auditoria, a Resolução CONAMA nº 381/2006
que altera dispositivos da Resolução nº 306 e a Portaria MMA nº 319/2003 que
estabelece requisitos mínimos para o credenciamento, registro, certificação,
qualificação, habilitação, experiência e treinamento de auditores ambientais.
Além disso, a norma ABNT NBR ISO 19011 de 2018 fornece diretrizes para a
auditoria de sistemas de gestão.

Um auditor ambiental é um profissional certificado e registrado para


realizar auditorias em sistemas de gestão e controle ambiental. De acordo com
a Portaria MMA nº 319/2003, é necessário ter realizado um curso de formação
de auditores ambientais com duração mínima de 40 horas, abordando princípios
e práticas de auditoria ambiental e gestão da equipe de auditoria. O organismo
de certificação de auditores ambientais deve ser acreditado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade - INMETRO.

A Resolução CONAMA nº 306, de 2002, estabelece os requisitos de


qualificação para um auditor ambiental, que incluem: formação em nível superior,
quatro anos de experiência profissional na área ambiental, especialização em
formação de auditores, dois anos de experiência em gestão ambiental e
experiência em auditorias.
As habilidades do auditor incluem: compreender riscos e oportunidades
associados à auditoria; planejar e organizar o trabalho de forma eficaz; cumprir
o cronograma acordado; priorizar questões significativas; comunicar-se de forma
clara, oralmente e por escrito; coletar informações por meio de entrevistas,
escuta, observação e análise crítica de informações documentadas e entender
as técnicas de amostragem para auditoria. Fonte: ABNT NBR ISO 19011:2018.

Para ser um auditor ambiental certificado, é necessário ter graduação,


quatro anos de experiência em função técnica ou gerencial na área ambiental,
especialização em formação de auditores, experiência de dois anos em gestão
ambiental e experiência em auditorias.

A certificação tem validade de três anos, durante os quais o auditor deve


manter ou ampliar sua experiência e desenvolvimento profissional.

O papel do auditor é avaliar o atendimento aos requisitos de normas,


especificações técnicas e documentos de referência, identificando problemas e
registrando evidências para elaborar um relatório.

A equipe de auditoria deve ter capacitação técnica no objeto de auditagem


e a avaliação dos auditores pode ser feita por organismos de avaliação da
conformidade credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

Aula – 6 Planejamento e condução da Auditoria ambiental


As fases da auditoria ambiental são:

Preparação: definição do escopo, objetivos, equipe, planejamento e


identificação de documentos e informações relevantes.

Revisão documental: análise dos documentos e informações identificados


na preparação para compreender as atividades, processos e impactos
ambientais da organização.

Visitas técnicas: realização de visitas aos locais da organização para


verificar as informações coletadas na revisão documental e identificar potenciais
impactos ambientais.

Identificação de não conformidades: comparação dos dados coletados


com os requisitos legais e normativos aplicáveis para identificar eventuais não
conformidades.

Avaliação de riscos: análise dos impactos ambientais identificados e


classificação dos riscos associados.

Elaboração do relatório: documentação das constatações,


recomendações e oportunidades de melhoria identificadas durante a auditoria.

Follow-up: monitoramento das ações corretivas implementadas pela


organização em resposta às não conformidades identificadas.

Objetivos: definidos com clareza e foco reduzido


Escopo: delimitação do campo de auditoria com base na localização
geográfica, limites organizacionais, objeto da auditoria, período e tema ambiental
Critérios: políticas, práticas, procedimentos ou regulamentos utilizados
como referência
Recursos: humanos, físicos e financeiros necessários para realização da
auditoria
Equipe de auditores: imparcial e independente, composta por no mínimo
dois auditores, capacitados tecnicamente ou apoiados por especialistas.

Os auditores devem ter conhecimento e compreensão do sistema de


produção, dos aspectos ambientais, dos mecanismos de controle e gestão, bem
como das atribuições e responsabilidades da unidade auditada. Eles devem
identificar a necessidade ou não de um especialista para compor a equipe.

Preparação e entendimento dos auditores:

Identificar as atribuições de cada indivíduo dentro da unidade, as


atividades realizadas, como são realizadas, em quais locais e com que
frequência.
Conhecer a unidade por meio de reunião de trabalho, visita de
reconhecimento e revisão do plano de auditoria.
Coleta de evidências:
Entrevistas com empregados, observação de práticas de trabalho, exame
dos processos de produção, controle de equipamentos e revisão da
documentação.
Amostragem significativa de registros, documentos, equipamentos,
grupos de empregados e análises.
Técnica de amostragem dirigida ou probabilística.
Avaliação das evidências:
Avaliação criteriosa das evidências obtidas.
Apresentação dos resultados:
Apresentação das evidências e observações detectadas durante a
auditoria.
Plano de ação:
Proposta de ações corretivas, designação dos responsáveis pela
execução, identificação dos recursos disponíveis e determinação do prazo para
execução.

Aula 7 – Instrumentos P/ Realização de Auditoria Ambiental


O questionário é um instrumento utilizado na pré-auditoria para obter
informações da unidade a ser auditada e servir de base para a elaboração dos
demais instrumentos. Ele abrange informações sobre operação, manutenção,
registros de controle e relatórios internos.

O Protocolo de Auditoria Ambiental é um plano para o auditor atingir seus


objetivos, com procedimentos para coletar evidências e geralmente é usado por
aqueles com pouca experiência.

A lista de verificação (checklist) é uma parte crucial da auditoria que


investiga os procedimentos relacionados aos mecanismos de controle da
empresa, documentos, sistema gerencial, regras, responsabilidades,
treinamentos, entre outros aspectos.

O relatório de auditoria ambiental deve ser claro, objetivo, preciso e


conciso, podendo incluir observações em outras áreas, como saúde e segurança
do trabalhador e gestão da qualidade.
O formato do relatório deve ser padronizado e considerar o público-alvo,
evitando a falta de clareza nas não-conformidades.
O relatório deve ser entregue dentro do período acordado, analisado
criticamente e aceito, e distribuído às partes interessadas. A auditoria é concluída
quando todas as atividades planejadas foram realizadas.
O plano de ação não faz parte do escopo da auditoria, mas pode ser
necessário para correções, ações corretivas ou oportunidades de melhoria, com
a verificação da eficácia dessas ações.

Aula 8 – Certificações

A certificação é um processo em que uma entidade independente avalia


se um produto atende às normas técnicas por meio de auditorias no processo
produtivo, coleta e ensaios de amostras.

A certificação ambiental é concedida a empresas que atendem às


legislações ambientais e objetivos de organismos certificadores. Ela traz
vantagens como estar em conformidade com requisitos legais, otimização de
processos, redução de gastos, eficiência energética, minimização de impactos
ambientais, melhoria nas condições de trabalho e na imagem da empresa,
vantagem competitiva, ampliação de mercado e facilidade em linhas de crédito.

O processo de certificação ambiental envolve identificar a norma


apropriada, obter informações sobre a norma e realizar auditorias para verificar
se a empresa atende aos requisitos da norma. A certificação ambiental oferece
vantagens competitivas, como melhorias no controle de custos e condições de
trabalho, além de facilitar a obtenção de linhas de crédito. A recertificação é
necessária após 3 a 5 anos e a auditoria de manutenção é realizada para
verificar a implementação e manutenção contínua do cumprimento da norma. Os
clientes certificados podem solicitar alterações ao escopo de certificação a
qualquer momento.

Selos verdes são rótulos ambientais utilizados para informar aos


consumidores sobre o impacto ambiental de um produto.
Esses selos identificam produtos que causam menos impacto ao meio
ambiente em comparação a outros produtos similares.
Os selos verdes podem ser concedidos por organizações governamentais
ou não governamentais, como ONGs e instituições de certificação.
Existem diversos tipos de selos verdes, cada um com critérios específicos
para a sua concessão.
Alguns exemplos de selos verdes incluem o selo FSC (para produtos de
madeira proveniente de manejo florestal sustentável), o selo Energy Star (para
produtos eletrônicos com maior eficiência energética) e o selo Green Seal (para
produtos de limpeza e higiene que atendem a critérios ambientais).

O rótulo ecológico da ABNT considera o ciclo de vida do produto desde a


extração até o descarte. É um requisito para compras públicas sustentáveis e
pode ser aplicado a qualquer setor industrial. A ABNT é membro pleno do Global
Ecolabelling Network (GEN).
ISO 14001 é uma norma que especifica os requisitos para implementação
de um sistema de gestão ambiental, com o objetivo de criar alternativas que
contribuam para um desenvolvimento sustentável. Alguns benefícios da ISO
14001 são o auxílio às organizações no atendimento aos requisitos legais e
aumento do desempenho ambiental, controle ou influência no modo como os
produtos e serviços são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e
descartados, alcance de benefícios financeiros e operacionais, e comunicação
de informações ambientais para as partes interessadas pertinentes.

Forest Stewardship Council (FSC): certificação para produtos florestais


que atendem a critérios de manejo responsável, incluindo respeito aos direitos
dos trabalhadores, dos povos indígenas e da comunidade, uso múltiplo dos
recursos, cuidado com os valores da floresta e minimização dos impactos
ambientais, entre outros.

Selo IBD: certificação para produtos orgânicos e biodinâmicos que exigem


desintoxicação do solo, não utilização de agrotóxicos e adubos químicos,
respeito a aspectos ecológicos e sociais, preservação de espécies nativas e
mananciais, entre outros.

RenovaBio: compromisso de usinas com a produção de biocombustíveis


que contribuem para a mitigação de gases de efeito estufa. As usinas podem
receber créditos para comercialização, e a certificação é emitida pela Agência
Nacional de Petróleo (ANP).

Certified Humane Brasil: certificação para a melhoria das condições de


vida dos animais na produção de alimentos, do nascimento ao abate. A
certificação é concedida pela Humane Farm Animal Care (HFAC), organização
internacional.

Breve Introdução a ISSO 14001 ABNT

A ISO 14001 é uma norma internacional que estabelece os requisitos para


um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Desenvolvida pela International
Organization for Standardization (ISO), ela tem como objetivo ajudar
organizações a identificar e controlar os impactos ambientais de suas atividades,
produtos e serviços, além de promover a melhoria contínua do desempenho
ambiental. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão
responsável por implementar e regulamentar a ISO 14001 no Brasil. Neste
contexto, a certificação ISO 14001 ABNT é uma comprovação de que uma
organização está em conformidade com os requisitos da norma e que está
comprometida com a gestão ambiental de suas atividades.

Você também pode gostar