CURSO DE AUDITORIA AMBIENTAL

AULA 1

INTRODUÇÃO

Hoje iremos aprender sobre auditoria ambiental. Saberemos como a

auditoria progrediu e passou a regular as relações do homem com meio
ambiente. Veremos a evolução da auditoria e as leis criadas para
regulamentar essa profissão. Por último, saberemos da importância desse
fundamento para o mundo empresarial nos tempos modernos. Bons
estudos!

Olá, como vai? Vamos começar nosso tema de hoje?

Nosso assunto é auditoria ambiental, tema amplamente discutido e que

transformou o relacionamento das empresas com o meio ambiente.

AUDITORIA AMBIENTAL

Auditoria ambiental é um processo muito organizado e documentado que

verifica e avalia de forma objetiva se auditoria de atividades eventos,
gestão, condição e informações ambientais específicas estão de acordo com
os critérios, comunicando o processo ao cliente.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do NBR ISO

14010, estabeleceu as normas da auditoria ambiental.

Mas, vamos entender como surgiu o processo de auditoria?

Nos Estados Unidos, por volta da década de 70, a auditoria foi criada como
forma de análise crítica do desempenho ambiental, com o objetivo de
reduzir os riscos dos investimentos, antecipando qualquer ação legal contra
problemas que surgissem das operações feitas pela empresa. Mas somente
no final da década de 80 que as auditorias ambientais se tornaram um

1
processo comum de gestão nos países desenvolvidos e passou a ser aplicada
a cada mais por empresas nacionais e internacionais.

Devido às exigências da Securities and Exchange Comission (SEC), o peso da

auditoria nas empresas americanas ficou mais forte, impulsionando, assim,
o seu desenvolvimento.

Hoje, no Brasil, as auditorias ambientais são determinadas em alguns

estados como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará
e Amapá. Mas se torna mais comum que as empresas busquem por conta
própria a certificação de que está de acordo com as normas estabelecidas.
Isso porque a legislação ambiental é rigorosa.

Portos, terminais marítimos, e atividades de exploração e produção de

petróleo também estão sujeitos à auditoria ambiental. Que as auditorias
sejam solicitadas pela empresa ou não vão corresponder as necessidades
da organização. Essas investigações variam em programas únicos ou
modernos, e são desenvolvidas junto com a gestão empresarial de algumas
companhias.

A auditoria ambiental varia conforme a sua finalidade. Temos:

• auditoria de gestão ambiental

• auditoria de conformidade legal
• auditoria de sistemas gerenciais
• auditoria de técnica
• auditoria de processos de risco
• auditoria de desempenho
• auditoria de responsabilidade ou de diligência

O conceito de Auditoria Interna é expandir a Auditoria de Gestão.

O The Institute of Internal Auditors (IIA) declarou que fosse incluída na

responsabilidade da fiscalização interna das organizações a Gestão
Ambiental. Isso significou que esses tipos de auditorias não seriam

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diferentes de uma auditoria comum, e muito menos andariam separadas
uma da outra.

Por esse fato, a IIA incluiu em 2002 matérias ambientais nos exames de
certificação dos auditores internos. Os auditores desenvolvem suas
habilidades e competências de acordo com o grau de responsabilidade,
caráter e verdade nas informações e dados de suas análises. Não Basta
apenas conhecer tecnicamente tudo, mas encontrar uma finalidade social
maior no serviço que faz, trazendo sempre conclusões baseadas em provas
objetivas e mantendo a mente aberta. O auditor tem obrigação de ter seu
julgamento independente e buscar sempre a verdade sem nenhum
interesse individual envolvido.

A HISTÓRIA DA AUDITORIA AMBIENTAL

Como vimos, a auditoria ambiental surgiu no fim da década de 70 nos

Estados Unidos com a intenção de cumprir a legislação e também se
preparar para a inspeção da agência do governo Environmental Protection
Agency (EPA).

Com o passar dos anos a própria EPA se alterou em relação às auditorias

ambientais. Acompanhe!

Em 1980 foi pedido que qualquer empresa causadora de danos ao meio

ambiente tivesse programas de auditoria ambiental. Já em 1981 permitiu
que auditoria ambiental fosse realizada de forma voluntária pelas
empresas, oferecendo agilidade nos pedidos de licença e menos visitas de
fiscalização às organizações que aceitassem. No ano de 1982 incentivava
auditoria voluntária sem concessão de benefícios e passou a fornecer
assistência à programas de auditoria ambiental.

Na Europa, a Holanda foi a primeira, em 1985, a usar auditoria ambiental.

As filiais norte-americanas nesse país influenciaram esse processo que se
espalhou pelo resto dos países europeus, como Reino Unido, Noruega e
Suécia.

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A BS 7750, de 1992, foi criada pelos britânicos e é a primeira norma de
Sistemas de Gestão Ambiental. Foi baseada na BS 5770 (norma que Visa o
sistema de gestão de qualidade).
E no Brasil, sabe quando surgiram as leis de auditoria ambiental? Veja a
explicação:

Com a forma de lei, a auditoria ambiental surgiu no Brasil no início da

década de 90. Foram as seguintes:

• Lei nº 790, de 5/11/1991 – Santos/SP;

• Lei nº 1.899, de 16/11/1991 – MG;
• Lei nº 10.627, de 16/01/1992 – MG;
• Lei nº 4.802, de 02/08/1993 – ES;
• Projeto de Lei Federal nº 3.160, de 26/08/1992;
• Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo.

Com a criação da Strategic Advisory Group on Envoroment (SAGE), a

auditoria ambiental passou a ter bases de normas internacionais no quesito
ISO no ano de 1991.

Os projetos de Norma foram incluídos no ISO 14.000, devido a uma

discussão mundial em 1994. E no ano de 1996, passou a regras
internacionais adotadas por vários países.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em dezembro de 1996,

apresentou as NBRs ISO 14010, 14.011 e 14.012 referentes às auditorias
ambientais.

Conforme a EPA, a Auditoria Ambiental foi definida como uma "revisão

sistemática, documentada periódica e objetiva por parte das entidades
reguladas sobre as práticas e operações de suas instalações relativas aos
requisitos ambientais".

E foi durante essa mesma época que a Câmara de Comércio Internacional

coloca Auditoria Ambiental, em definição, como “um instrumento de gestão
que abrange uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva,
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da maneira que uma organização, a gestão e o equipamento ambiental
atuam para preservar o meio ambiente, primeiro, facilitando o controle
administrativo, e, segundo, estabelecendo a concordância com as políticas
da companhia que iriam de encontro com as regras regulamentadas”.

O que devemos ter em mente é que auditoria ambiental é uma atividade

que verifica o desempenho da organização, avalia estudos e impactos de
poluição ou degradação que a empresa pode causar.

Para saber mais sobre que tipo de impactos a auditoria analisa é só ficar
atento.

PARA SABER MAIS

São averiguadas pela Auditoria Ambiental a seguintes situações:

• fontes de poluição e medidas de controle prevenção;

• uso de energia e água medidas de economia;
• processos de produção e distribuição;
• pesquisas e desenvolvimentos de produtos;
• uso, armazenagem, manuseio e transportes de produtos controlados;
• subprodutos e desperdícios;
• estações de tratamento de águas residuais;
• sítios contaminados;
• reformas e manutenção de prédios e instalações;
• panes, acidentes e medidas emergência e mitigação;
• saúde ocupacional e segurança no trabalho;
• condições de operação;
• manutenção dos equipamentos;
• sistemas de controle de poluição;
• medidas adotadas para restaurar o meio ambiente;
• proteger a saúde humana;
• capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos
sistemas, rotinas e instalações;

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 • equipamentos de proteção ao meio ambiente e a saúde dos
trabalhadores.

Uma auditoria ambiental bem feita envolve o processo com objetivos

limitados, porém, bem definidos. Exige treinamento, experiência,
habilidade e suporte gerencial.

Se o procedimento realizado for de maneira abrangente o restrita a

auditoria ambiental ajudará no melhoramento do desempenho da
empresa.

Viu quanta coisa importante aprendemos hoje? Para que tudo fique bem
guardado na nossa memória, vamos fazer uma revisão.

REVISÃO

Aprendemos que auditoria ambiental é uma atividade que verifica o

desempenho da organização; avalia e estuda os impactos de poluição ou
degradação que a empresa pode causar.

E, até chegar às regras que formalizam Auditoria Ambiental, houve muitas

discussões.

Vimos que, conforme a sua finalidade, a Auditoria Ambiental varia, e pode

ser solicitada pela empresa ou não, mas sempre terá a intenção de assinalar
os pontos positivos e negativos dos procedimentos da organização.

Por fim, estudamos que a primeira norma de Sistemas de Gestão Ambiental

foi criada pelos britânicos, chamadas de BS 7750. Mas, somente com a
criação da Strategy Advisory Group on Envoroment (SAGE) a Auditoria
Ambiental definiu as regras de qualidade da norma ISO.

Foi possível observar que auditoria caminha junto com a gestão da empresa.
Afinal, os objetivos das duas são de traçar e verificar processos que estejam
adequados ao que é exigido por lei.

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Entendemos que, devido à rigorosidade da legislação ambiental, as
auditorias se tornaram necessárias. Sendo assim, é esperado que os
auditores cumpram suas obrigações de forma clara e honesta, não apenas
acumulando conhecimento, mas aplicando as teorias para ajudar no
desempenho da empresa e na qualidade da preservação ambiental.

Ficamos por aqui. Agradecemos a sua atenção. E continue sempre

estudando!

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AULA 2

TIPOS DE AUDITORIA

Hoje falaremos sobre os diferentes tipos de auditoria.

Aprenderemos como acontece o planejamento da auditoria ambiental, e de

que maneira ela é executada.

Veremos as etapas e normas que regem o trabalho do auditor.

Acompanhe com atenção. e bons estudos!

Olá, tudo bem? Ansioso para iniciar os estudos?

Tenho certeza que o assunto de hoje será de imensa ajuda para o seu futuro
profissional.

Explicaremos sobre as formas existentes da auditoria ambiental.

Interessante, não é?

Então vamos começar.

As auditorias nas empresas são classificadas em tipos diferentes. Cada uma

de acordo com um objetivo, embora elas possam ser diferentes em alguns
aspectos. Basicamente, possuem o mesmo esquema de execução:

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Planejamento, Preparação, a Auditoria propriamente dita, análise dos
Resultados, e emissão de Relatórios.

No final desse processo investigativo, as possibilidades de melhorias e

eventuais irregularidades são verificadas para que a empresa possa
melhorar seus processos.

Os tipos de auditoria são divididos em:

• Auditoria de conformidade legal,

• Auditoria de desempenho Ambiental,

• Auditoria de sistema de gestão ambiental,

• Auditoria de certificação,

• Auditoria de descomissionamento,

• Auditoria de sítios,

• Auditoria pontual,

• Auditoria de responsabilidade,

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 • Auditoria Ambiental de acompanhamento,

• Auditoria compulsória, e

• Auditoria ambiental de verificação de correções ou follow-up.

Viu quantas diferentes formas de auditoria ambiental existem? Mas não se

preocupe, vamos explicar as características de cada uma:

AUDITORIA DE CONFORMIDADE

A Auditoria de Conformidade verifica-se a legislação existente está sendo

cumprida. Possui um caráter defensivo e limitado porque somente se baseia
em cumprir esse objetivo.

AUDITORIA DE DESEMPENHO AMBIENTAL

A auditoria de desempenho ambiental procura avaliar se a legislação,

regulamentos e indicadores setoriais, estão sendo cumpridos.

AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO

A auditoria de certificação observa-se tudo está de acordo com as normas

certificadoras.

AUDITORIA DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

A Auditoria de sistema de gestão ambiental procura ver a adequação e

eficiência desse sistema.

AUDITORIA DE DESCOMISSIONAMENTO

A Auditoria de descomissionamento estuda os danos que pode ser

causados ao redor da unidade produtiva, que será desativada.
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AUDITORIA DE SÍTIOS

A Auditoria de sítios averigua os níveis de contaminação de um local.

AUDITORIA PONTUAL

A Auditoria pontual procura saber sobre melhoramento dos recursos no

processo produtivo.

AUDITORIA DE RESPONSABILIDADE

A Auditoria de Responsabilidade avalia o passivo ambiental da empresa.

AUDITORIA AMBIENTAL DE ACOMPANHAMENTO

Já a Auditoria Ambiental de Acompanhamento vê se as condições

certificadas continuam sendo cumpridas.

AUDITORIA COMPULSÓRIA

A Auditoria Compulsória realiza o cumprimento das exigências legais

naquilo que se refere a Auditoria ambiental.

AUDITORIA AMBIENTAL DE VERIFICAÇÃO DE CORREÇÕES OU FOLLOW-UP

A Auditoria Ambiental de Verificação de Correções ou Follow-Up fiscaliza se

a empresa já cumpriu aquilo que não estava conforme o exigido.

Bom, agora que já sabemos sobre os tipos de inspeção, vamos conhecer as

etapas da Auditoria Ambiental?

FIQUE POR DENTRO!

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De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, existem
três normas em relação ao auditoria ambiental que são baseadas nas regras
do International Organization for Standardization:

• NBR ISO 14010

• NBR ISO 14011
• NBR ISO 14012

Geralmente consideram três etapas de auditoria ambiental:

• Pré-auditoria
• Auditoria
• Pós-auditoria.

Para começar o trabalho, o auditor deve:

• Estabelecer os objetivo
• Determinar o campo em que vai agir
• Determinar o que ele vai auditar
• Determinar o período de realização

Os critérios na coleta de material para a auditoria devem estar ligado à

política, prática, procedimento, regulamentos legais ou da empresa.

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Vamos entender melhor o processo da auditoria ambiental?

Observe o quadro:

Na PRÉ AUDITORIA todos os recursos humanos, físicos ou financeiros que

serão usados, vão ser determinados nessa fase. O auditor vai planejar o
esquema pensando nas informações sobre controles internos e análise do
ambiente de trabalho.

Na AUDITORIA começa a recolha de materiais, a análise e a avaliação das

evidências. Tudo será antecipadamente estabelecido em reunião com a

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equipe no plano. O procedimento da AUDITORIA inclui, além da análise dos
documentos, a observação das atividades da empresa e entrevista.

Durante a PÓS AUDITORIA os resultados são apresentados por escrito

dentro das formalizações, datado e assinado pelo auditor líder. De acordo
com o material apresentado, as medidas para corrigir os problemas serão
apresentadas e classificadas por grau de importância.

O PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

Para se obter sucesso na auditoria é preciso planejar tudo nos mínimos

detalhes para determinar os passos que serão dados. Isso ocorre na
primeira reunião entre a empresa auditada e a equipe de auditores.

A empresa define o objetivo e contrata auditoria.

O cliente é o auditado.

Ao definir a finalidade da auditoria, será determinado:

• O período
• O objeto
• Os temas ambientais específicos
• A localização geográfica
• A identificação da organização auditada

RECURSOS FINANCEIRO E HUMANOS

Os RECURSOS serão definidos em FINANCEIROS e HUMANOS e será

destinado ao pagamento das despesas, deslocamento da equipe de
auditores, equipamentos da segurança para trânsito nas áreas auditadas,
material para registro, elaboração de relatórios e equipamentos.

A equipe é escolhida de acordo com a qualificação necessária para a

auditoria do momento. A formação e experiência são fundamentais para a
escolha.
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Alguns quesitos como: organização, trabalhar sob pressão, respeito à
diversidade cultural, capacidade de julgamento, objetivo, imparcialidade,
assim como a ética e o bom relacionamento humano, influenciam na
definição dos candidatos.

As informações da empresa como: razão social, endereço, número de

funcionários, produtos, planta, fluxograma, inventário das fontes de
poluição, licenças ambientais já conseguidas, e registro de acidentes serão
coletadas antecipadamente.

Por último será definido o cronograma com a data e hora de cada atividade
desenvolvida durante a auditoria.

EXECUÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL

O PRIMEIRO PASSO para iniciar a auditoria é promover uma reunião com

os donos da empresa.

Essa reunião é muito importante porque todas as atividades realizadas

serão informadas, confirmadas e ajustadas, caso necessário.

Nessa fase firmam um acordo de colaboração.

O SEGUNDO PASSO é fazer uma visita local para ver as instalações

No TERCEIRO PASSO se coletará todas as evidências para análise.

No QUARTO PASSO será verificada se os critérios estabelecidos

anteriormente foram cumpridos.

No QUINTO PASSO as estratégias são definidas de acordo com as

necessidades de adaptações e outros requisitos que precisam ser
atendidos.

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Por ser o mais complexo dos passos da execução da auditoria ambiental,
vamos falar um pouco detalhadamente sobre ele.

Fique atento para não perder nada.

FIQUE LIGADO!

É durante o momento do planejamento da estratégia que o foco fica

voltado para:

• danos à saúde dos trabalhadores

• redução dos níveis de emissões
• efluentes, e
• resíduos

Logo que esses pontos são vistos, a fase seguinte é a revisão da maneira
como os produtos e os processos acontecem, e quais melhorias podem ser
feitas sem causar um aumento do índice de degradação ao meio ambiente.

Essas ações preventivas levam até dois anos ou mais para surtirem efeito.
Praticamente estão direcionadas apenas para os problemas ambientais que
afetam diretamente a empresa.

O conceito de Design Ambiental, ou Design for Environment, vai ser

incorporado ainda no processo de criação de estratégias da organização
para o desenvolvimento de processos e produtos ecologicamente
sustentáveis.

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Lembrem-se: cada projeto de algum produto ou processo sustentável é
acompanhado de uma ACV – Análise de Ciclo de Vida. Ou seja, um estudo
de todos os aspectos que tornam essas alterações menos destrutivas ao
meio ambiente.

Claro que uma indústria pode acompanhar as tendências culturais e

tecnológicas na hora de fornecer suporte e elaborar análise do ciclo de vida.

A gente já falou, alguns minutos atrás, na palavra “sustentável”.

Será que com essa dica você consegue imaginar qual a próxima estratégia?

Se você pensou em “sustentabilidade”, é exatamente isso!

A indústria, ou empresa, não importa o tamanho, passam adotar uma visão

de desenvolvimento que não prejudica o ambiente e muito menos os
objetivos da companhia.

Todas as estratégias que foram elaboradas são voltadas para a visão

sustentável, não porque isso, hoje, é apenas uma tendência, mas sim uma
necessidade. Afinal, o planeta em que vivemos é um só, que possui recursos
limitados, que precisam ser conservados e não explorados ao extremo.

Essa necessidade de ser e de ter uma estrutura sustentável é um

compromisso assumido que pretende integrar os aspectos ambientais e
econômicos da organização.

Depois dessas estratégias definidas, podemos prosseguir para o quinto

passo: As entrevistas e observação.

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É a hora em que o auditor confirma se as pessoas conhecem os
procedimentos.

muitas vezes o auditor deve usar algum sentido para conseguir saber as
informações necessárias dentro da própria unidade auditada.

São informações como:

• licenças ambientais
• listas de legislação aplicável
• projetos cronogramas
• planos de investimentos
• laudos analíticos
• notas fiscais de compra de materiais e produtos químicos
• notas fiscais e manifestos de carga para envio de resíduos
• certificado de destruição de resíduos
• certificado de calibração de instrumentos de medição
• lista de verificação de atividades diárias de operação
• relatórios de manutenção de equipamentos
• listas de presença e certificados de treinamento
• relatórios de auditoria
• correspondência com órgãos ambientais e com a comunidade
• licenças ambientais

Muita atenção: nenhum desses documentos pode estar rasurado. Se caso

for necessário obter alguma prova mais específica, o auditor pode aplicar
testes.

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No momento da reunião de equipe de auditores as informações serão
juntadas e analisadas. Encerrando a reunião com a apresentação dos
resultados aos donos da empresa

RELATÓRIO FINAL

O último passo é o RELATÓRIO FINAL.

Ele deve ter Identificação do cliente, objetivos, escopo, os critérios usados,

datas, identificação da equipe e dos membros da unidade auditada, resumo
da auditoria, declaração de confidencialidade, e lista de distribuição desse
relatório.

Agora que sabemos muitas coisas sobre a diretoria ambiental, que tal
fazermos uma revisão?

REVISÃO

Hoje aprendemos que existem vários tipos de auditoria, que podem ser: de
Conformidade Legal, de Desempenho Ambiental, de Gestão Ambiental, de
Certificação, de Sítios, de Responsabilidade Compulsória e Ambiental, e de
Verificação de Correções (Follow-up).

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Estudamos que cada uma tem uma finalidade diferente, porém, em alguns
aspectos, possuem o mesmo esquema de execução/planejamento,
preparação, a auditoria propriamente dita, a análise dos resultados, e
emissão de relatório.

Vimos que, de acordo com a Associação Brasileira de normas técnicas, há

três normas em relação à auditoria ambiental, que são baseadas nas regras
do ISO.

Por fim, compreendemos as etapas de auditoria ambiental, e os passos de

execução da auditoria como forma de tornar as organizações sustentáveis
diante da necessidade de preservar o mundo e garantir a qualidade no
futuro.

Obrigada pela atenção! Continue estudando! Tchau.

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AULA 3

DIRETRIZES PARA AUDITORIA AMBIENTAL

Hoje falaremos sobre as normas brasileiras que definem os processos de

auditoria de sistemas de gestão ambiental.

Você vai aprender sobre o papel de cada um dos envolvidos no decorrer de

uma auditoria.

Falaremos sobre os princípios que cada norma exige do auditor, auditado e

clientes.

Por fim, você conhecerá as instruções da NBR 14010 e NBR 14011, que
devem ser seguidas na realização da auditoria.

Bons estudos!

Olá, tudo bem?

Nosso assunto de hoje trata de normas extremamente importantes para os

auditores.

Você sabe o que é NBR?

NBR a norma brasileira que determina como algo específico será realizado.
Por exemplo, a auditoria ambiental do sistema de gestão.

Teremos a oportunidade de saber um pouco mais sobre a NBR da auditoria

ambiental.

Vamos estudar o nosso tema? Acompanhe!

NBR ISO 14010

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Os princípios gerais para todas as auditorias ambientais são definidas pela
NBR 14010. São sugestionados três quesitos como base:

• Definição
• Requisito
• Princípios gerais

Os requisitos para executar os procedimentos de acordo com a Auditoria

Ambiental de Norma NBR 14010 são claramente definidas, documentadas
e aprovadas pelo Auditor Líder.

É responsabilidade do Auditor Lider a aprovação de aspectos como:

• início da auditoria
• recolhimento de informações
• recursos para processo
• cooperação do auditado

Se todos esses requisitos forem atendidos, o Auditor Líder autoriza que a

vistoria seja realizada.

Os papéis de cada envolvido são bem definidos. Cada termo corresponde a

um posto.

Vamos saber mais como foram divididas as funções!

PARA SABER MAIS

Todos os termos usados na auditoria são para identificar as funções que

cada um desempenhará.

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Sendo assim, devemos saber que o auditado é diferente do cliente.

O AUDITADO é aquilo ou quem será submetido à auditoria ambiental.

O CLIENTE é quem solicitou a auditoria.

O AUDITOR AMBIENTAL é pessoa que vai realizar o processo.

O AUDITOR LIDER AMBIENTAL será o responsável mais qualificado para

gerenciar e executar as auditorias ambientais.

A EQUIPE DE AUDITORIA pode incluir um ou vários auditores.

A ORGANIZAÇÃO é qualquer tipo de empresa que tenha funções e estrutura

administrativa própria.

A AUDITORIA AMBIENTAL será todo o processo documentado, onde foi

feita a verificação para determinar se o sistema de gestão, as condições
ambientais específicas, ou critérios, foram atendidos para comunicar o
cliente.

Os CRITÉRIOS DA AUDITORIA correspondem a todos os requisitos que vão

comparar as evidências obtidas que, por sua vez, são as informações,
registros ou declarações averiguadas.

As CONSTATAÇÕES DE AUDITORIA são os resultados de todas as avaliações

que compararam as evidências e os critérios para finalmente chegar à
conclusão, que será transmitida num PARECER FINAL.

Agora que já sabemos todos os termos, vamos acompanhar os PRINCÍPIOS

GERAIS para realizar a auditoria ambiental conforme a NBR 14010.

PRINCÍPIOS DA AUDITORIA AMBIENTAL

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Na hora de definir a RESPONSABILIDADE, ela ficará dividida em seu CLIENTE
— que deve dizer qual será o objetivo auditado —, e o AUDITOR LÍDER —
que determina a finalidade da auditoria para atender aos objetivos do
cliente.

É preciso comunicar o auditado sobre o objetivo escopo antes do início da

auditoria.

Os membros da equipe de auditores devem, além de ter experiência e

habilidades, ser neutros, ficar longe de interesses particulares,
independente do tipo de atividade que auditarão.

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CONFIDENCIALIDADE e DISCRIÇÃO são palavras que marcam a relação entre
auditor e auditado. Isso caracteriza o profissionalismo do auditor.

Todas as informações, documentos recolhidos, além do relatório final,

somente serão divulgados quando a lei exigir. Em outros casos, jamais sem
a autorização do cliente ou do auditado.

O procedimento sistemático da auditoria vai determinar que para cada tipo

de auditoria ambiental corresponda a uma norma.

Por exemplo, para auditoria de SGA, a norma seguida é determinada pela

NBR ISO 14011.

Os critérios definidos pelo auditor e cliente devem ser comunicados ao

auditado. As evidências precisam ser recolhidas por coleta, análise,
interpretação e documentação das informações, e devem permitir que o
mesmo trabalho, sendo executado por auditores independentes, cheguem
a resultados parecidos.

Todas as constatações e conclusões necessitam ser confiáveis, e quaisquer

limitações ou incertezas das evidências coletadas precisam ficar claras.

Os itens do relatório de auditoria são:

• identificações

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 • objetivos
• escopo
• critérios
• período
• datas
• equipes de auditores, dentre outros

Nesse mesmo relatório devem incluir:

• obstáculos encontrados
• conclusões
• declaração de confidencialidade
• identificação das pessoas que receberam o relatório

Recomenda-se que o Auditor Líder entre em acordo com o cliente para

determinar os itens de relatório.

As ações corretivas são de responsabilidade do cliente ou do auditado.

Somente quando o cliente concordar é que o auditor pode apresentar no

relatório algumas recomendações.

NBR ISSO 14011

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Para as auditorias de sistemas de gestão ambiental os procedimentos serão
determinados pela NBR ISO 14011, e sua estrutura será dividida em:

• definição
• objetivo
• função
• responsabilidade

As definições servem para que certos termos sejam compreendidos. Dessa

forma, temos três termos:

• “sistema de gestão ambiental”

• “auditoria do sistema”
• “critérios da auditoria”

A auditoria do Sistema de Gestão Ambiental é definida pela NBR ISO 14001

como “a parte do sistema de gestão global, que inclui estrutura
organizacional, atividades e planejamento, responsabilidades, práticas,
procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar,
atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental”.

A auditoria do Sistema de Gestão Ambiental é o processo de documentação,

verificação e execução da auditoria que determina se o Sistema de Gestão
Ambiental da organização está de acordo com os critérios; e comunica o
resultado final ao cliente.

Os critérios de auditoria são os requisitos exigidos pela NBR ISO 14001, e,

se for necessário, se aplica a qualquer outro critério adicional.

Em relação ao objetivo, função e responsabilidade da auditoria de gestão

ambiental, a norma traz algumas recomendações aos fiscais e pessoas
envolvidas no processo, além de fornecer um caminho para o procedimento
da auditoria ambiental.

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Vamos entender melhor o que a norma determina sobre as pessoas
envolvidas na auditoria.

VAMOS ENTENDER MELHOR!

A norma estabelece que auditoria defina seus objetivos que devem

determinar se o auditado cumpre os critérios de auditoria do sistema.
Promove a melhoria da manutenção e do sistema, além de avaliar a
capacidade do processo interno de análise crítica, e se o Sistema de Gestão
Ambiental da empresa visa o estabelecimento de relações contratuais com
outras empresas

Quanto ao Auditor Líder, cabe a tarefa de conseguir a eficácia da execução

e conclusão da auditoria. Sua responsabilidade é:

• definir, juntamente com o cliente, o escopo da auditoria

• obter as informações fundamentais
• determinar se os quesitos para auditoria foram atendidos
• formar a equipe de auditores
• obedecer às normas ISO 14010 e 14011 para realizar auditoria
• elaborar e comunicar o plano a todos envolvidos no processo
• instruir a equipe
• coordenar a preparação da documentação
• solucionar qualquer problema que surgir
• representar a equipe nas discussões
• notificar de imediato o auditado em caso de existir uma não
conformidade crítica
• reconhecer quando um objetivo que será alcançado e relatar as
razões ao cliente e auditado
• fazer as recomendações necessárias para melhorar o sistema de
gestão ambiental

Se for objetivo da auditoria, relatar os resultados obtidos de maneira clara,

conclusiva e, principalmente, dentro do prazo acordado.

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Do AUDITOR se espera:

• objetividade
• eficácia
• responsabilidade

Que :

• siga as instruções
• apoie os Auditor Líder
• colete e analise evidências suficientes para chegar às conclusões da
auditoria
• prepare os documentos
• auxilie na elaboração do relatório

Em relação às responsabilidades do CLIENTE fica definido, de acordo com a

norma, que ele:

• determine a necessidade da auditoria

• entre em contato com o auditado
• diga os objetivos
• selecione o Auditor Líder ou a empresa contratada

Se for possível é permitido ao CLIENTE que avalie os elementos da equipe

de auditores.

O cliente deve fornecer:

• recursos para a realização da auditoria

• estar de acordo com auditor líder em relação à definição e ao objetivo
da auditoria
• avaliar os critérios e planos
• receber os relatórios definindo sua distribuição

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O AUDITADO deve receber uma cópia do relatório final da auditoria, a não
ser que o cliente determine que ele não deve receber.

É da responsabilidade do AUDITADO:

• informar aos funcionários da organização sobre a auditoria

• fornecer os recursos para que a mesma seja realizada
• permitir o acesso às instalações, pessoal, informações e registros
• designar os funcionários que serão os guias da equipe de auditores
• cooperar para que o objetivo proposto seja atingido

Foram mesmo muitas informações sobre as normas brasileiras da auditoria

ambiental, e, para não esquecer, vamos fazer uma revisão.

REVISÃO

Você aprendeu sobre as normas brasileiras que determinam o comprimento

da NBR ISO 14010 e 14011.

Vimos que as regras para as auditorias do Sistema de Gestão Ambiental são

definidas pela NBR ISO 14010, que exige definição, requisito e princípios
gerais como padrões fundamentais para sua realização. A partir desses
quesitos, define as funções de cada participante no procedimento de
auditoria ambiental, e que regras serão aplicadas para os diferentes tipos
de auditoria.
31
Por fim, conhecemos a NBR ISSO 14011, que define normas específicas para
auditar o Sistema de Gestão Ambiental.

Esse procedimento está estruturado em quatro temas: “definições”,

“objetivos”, “funções” e “responsabilidades”, que conduzirão todo trabalho.

Aprendemos como as responsabilidades são distribuídas entre auditor,

cliente e auditado.

32
O Auditor Líder deve conduzir e definir a equipe; determinar os recursos
utilizados; entrar em acordo com o cliente; e relatar o resultado final.

Estudamos que é o cliente que determina a necessidade da auditoria;

comunica o auditado; e traça ao plano junto com o auditor.

Observamos que é de responsabilidades do auditado disponibilizar

funcionários, recursos e acesso às instalações para a equipe de auditores.

Você aprendeu que as definições são feitas em conjunto para atingir o

objetivo final, que será entregue no relatório final do trabalho.

Obrigada pela companhia, e continue prosseguindo com os estudos!

Até a próxima!

33
AULA 4

CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO PARA AUDITORES AMBIENTAIS

Hoje aprenderemos sobre todas as etapas que envolvem auditoria do

Sistema de Gestão determinadas pela NBR ISO 14011.

Veremos o que cada uma dessas fases exige, e como elas evoluem dentro
do processo de auditoria ambiental.

Por fim, falaremos da NBR ISO 14012, que prevê todas as regras para que
alguém possa exercer o cargo de auditor ambiental ou auditor líder.

Acompanhe com atenção e bons estudos!

Olá, preparado para começar os estudos? Tenho certeza que sim.

Falaremos sobre normas fundamentais para quem deseja aprimorar a

carreira de auditor ambiental

Sei que está ansioso para dar início ao nosso tema. Então, vamos lá!

ETAPAS DE AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT dividiu o processo de

auditoria do Sistema de Gestão Ambiental em etapas, de acordo com a
norma brasileira ISO 14011.

Essas etapas correspondem a quatro fases:

• início da auditoria
• preparação
• execução
• elaboração do relatório final

34
Acompanhe atentamente como se desenvolve o processo de cada uma
dessas etapas.

No início da auditoria começa a fase definição do escopo, realização e

análise preliminar da documentação. Durante esse processo auditor líder e
cliente trabalham juntos para decidir o caminho da auditoria. O auditado
será consultado e os recursos necessários determinados para atingir o
objetivo. No decorrer desse período inicial, se houver necessidade, podem
ser solicitadas informações adicionais, mas toda análise é realizada pelo
auditor.

Quando passarmos para a preparação da auditoria, o plano será elaborado,

as funções atribuídas, e os documentos de trabalho preparados.

O planejamento na auditoria é totalmente elaborado pelo auditor líder e

avaliado pelo cliente. Necessita ser flexível para eventuais alterações para
que ao longo do caminho possam ser efetuadas. É fundamental que no
plano conste:

• objetivo
• finalidade
• critérios
• procedimentos
• programas de reuniões
• requisitos para retenção de documentos
• conteúdo
• formato do relatório com data prevista de sua emissão.

Além disso são necessárias as identificações:

• do auditado
• dos funcionários responsáveis diretamente pelo sistema de gestão da
ambiental da empresa
• dos elementos priorizados no sistema
• do idioma dos documentos de referência

35
 • das datas
• dos locais
• dos membros da equipe da auditoria

No momento de distribuir as funções pela equipe, o auditor Líder procura

entrar em acordo com o grupo que vai trabalhar, e depois passa a fornecer
as instruções para a realização do procedimento.

Os documentos do trabalho podem ser formulários que arquivam

evidências e comprovações, lista de verificação ou latas de reunião. Até o
momento de encerramento todo documento deve ser arquivado.

Os papéis sigilosos ou particulares são protegidos pela equipe.

A fase seguinte envolve:

• execução a auditoria, com a reunião de abertura

• coleta e análise de evidências
• reunião de encerramento

Na primeira reunião haverá:

• apresentação dos membros da equipe;

• revisão dos propósitos;
• revisão dos objetivos e plano da auditoria;
• revisão dos procedimentos de emergência e segurança da equipe;
• apresentação dos métodos de trabalho e procedimentos;
• definição dos canais de comunicação;
• confirmação das condições necessárias para acontecer o trabalho.

Feito isso, o calendário é aprovado e a data e horário da reunião de

encerramento é confirmada.

A recolha de evidências pode ocorrer por meio de entrevistas, documentos,

ou observações das atividades ou situações.
36
Tudo em quantidade suficiente para conseguir estabelecer se houve ou não
cumprimento do Sistema de Gestão Ambiental. Aquilo que não estiver de
acordo é registrado e relatado. Mas atenção: se irregularidades forem
descobertas por meio de entrevista, o auditor deve averiguar com cuidado
para confirmar essa situação.

Todo o processo de análise da prova será feita em comparação com os

critérios exigidos. As irregularidades devem ser analisadas pela gerência do
auditado. Mais um vez: tenha atenção! As irregularidades ficarão
registradas com o máximo de cuidado para que se torne garantia absoluta
que nunca serão alteradas.

Antes do relatório final da auditoria se realiza a reunião de encerramento

com a presença de auditores, da administração do auditado, e responsáveis
pelas funções que foram avaliadas.

Nesse momento tudo o que foi constatado será apresentado, e qualquer

conflito é solucionado, cabendo ao auditor líder a responsabilidade final.

A última etapa da preparação do relatório final. Todos os pontos que foram

levantados no plano de auditoria serão abordados.

Qualquer alteração somente acontece quando há comum acordo com as

três partes: auditor, auditado e cliente.

O conteúdo será adaptado e assinado pelo auditor líder, além de constar o

registro ou o resumo das constatações que são provadas pelas evidências.

Vamos citar algumas coisas que podem aparecer no relatório. Preste

atenção!

FIQUE LIGADO!

No Relatório da auditoria ambiental do Sistema de Gestão deve constar:

37
 • identificação do cliente
• organização auditada
• objetivos
• intuito
• plano
• critérios combinados
• lista de documentos que conduziu auditoria
• identificação dos membros da equipe
• identificação dos representantes do auditado que participaram da
auditoria
• declaração de confidencialidade
• lista de distribuição do relatório
• resumo do processo da auditoria
• relato de todos os obstáculos encontrados e
• conclusões
• regularidades em relação aos critérios
• se a gestão implantada é adequada
• se a administração será capaz de garantir uma melhora continuada
do sistema de gestão ambiental

O cliente define para quem o auditor líder deverá enviar o relatório.

Essa definição foi determinada antes, no plano de auditoria, e pode incluir

ou excluir o auditado.

A confidencialidade do relatório deve ser respeitada por todos os

destinatários.

Caso haja atraso na entrega do relatório, cliente e auditado devem ser

comunicados, e a nova data indicada.

Auditor líder, cliente e auditado entram em acordo quanto à retenção ou ao

descarte de documentação, como minutas, relatórios, entre outros.

NBR ISSO 14012

38
Os critérios que definem as normas e qualificam para a profissão de auditor
e auditor líder ambiental, externo ou interno, são determinados pela NBR
ISO 14012.

Porém, tanto auditor externo quanto interno devem ter o mesmo nível de
competência, sendo diferentes apenas em alguns fatores, como as
características da organização, tamanho, natureza, complexidade, impactos
ambientais, ou qualidade do auditor ambiental que leva em conta,
conhecimento especializado, e experiência.

A norma define o auditor líder ambiental como alguém qualificado para

gerenciar e executar auditorias ambientais.

A qualificação é conseguida com a obtenção do diploma reconhecido

nacional ou internacionalmente.

Qualificação equivalente é feita em tempo integral ou parcial, com duração

mínima de 3 anos, que pode ser realizada pós-educação secundária.

A própria NBR ISO 14012 diz, em anexo, que a avaliação dos auditores
somente pode ser feita por pessoa com conhecimento na área e experiência
em processo de auditoria.

Esse processo de avaliação deve passar por:

• entrevistas
• provas
• análise de trabalho
• referências dos empregos anteriores
• simulação
• observação do candidato no processo de auditoria
• entre outros.

39
De acordo com a norma, deve existir um organismo que certifique os
auditores ambientais, seguindo critérios que atendam o previsto na lei.

Os critérios exigidos para essa organização são:

• certificar, direta ou indiretamente, através de entidades

credenciadas;
• os auditores devem estabelecer como será a avaliação;
• cadastrar e atualizar as informações dos auditores ambientais que se
encontram regulares como pede a norma.

Vamos fixar melhor o que é preciso para desempenhar a profissão de

auditor ambiental?

VAMOS ENTENDER MELHOR!

No mínimo, é exigido que o auditor possua Ensino Médio completo.

A Experiência profissional deve desenvolver as competências do auditor no

campo da ciência e tecnologia ambiental, aspectos técnicos e ambientais
das operações da instalação, leis e regulamentos do sistema de gestão
ambiental e procedimentos, processos e técnicas de auditoria.

Se o auditor estiver somente o Ensino Médio, precisa pelo menos cinco anos
de experiência profissional. Caso o auditor tenha, após o final do Ensino
Médio, realizado algum curso nessas competências citadas, os anos de

40
experiência diminui, mas o tempo não pode ser maior do que a duração do
curso, nem ultrapassar a marca de um ano.

Se o auditor possuir o diploma universitário, quatro anos de experiência

profissional são suficientes para se exigir dele

Esses anos também podem ser reduzidos caso ele tenha feito algum curso
na área técnica e científica no máximo em dois anos.

É requerido ao auditor que passe por treinamentos que envolvam tanto

teoria quanto a prática.

O treinamento teórico ou formal abrange os temas técnicos ou científicos,

sendo dispensados somente quando prova sua competência por
qualificação profissional ou em avaliações.

O treinamento prático é aquele feito em campo por 20 dias no mínimo, em

quatro auditorias, e é necessário que o auditor tenha participado de todo o
processo conforme as orientações do auditor líder.

O tempo máximo para a realização desse treinamento não pode ultrapassar

três anos.

Diplomas certificados de cursos, trabalhos e livros publicados são provas da

educação, experiência e treinamento do auditor.

O profissional precisa ter capacidade para:

41
 • falar e escrever bem
• ser bom ouvinte
• objetivo
• organizado
• respeitoso em relação às outras convenções diferentes da sua,
seguindo sempre a ética profissional.

As exigências aos auditores líderes é que tenha participado de algum

processo adicional que some mais 15 dias de trabalho em pelo menos três
auditorias completas, e ter sido auditor líder em uma das três auditorias
feitas sempre com a supervisão de outro auditor líder. Também o
profissional de liderança pode demonstrar sua capacidade de gestão de
auditoria nas entrevistas, observações, referências ou avaliações do seu
desempenho. Esses critérios adicionais não podem ultrapassar o limite de
três anos seguidos.

É bom que o auditor fale outras línguas, caso contrário, pode recorrer a um
intérprete.

Assim como qualquer profissão, o auditor precisa manter seu conhecimento

atualizado sempre.

Viu a importância de continuarmos sempre estudando? Conhecimento

nunca é demais, e pode ser essa a diferença fundamental entre você e o
candidato concorrente.

Aprendemos muitas coisas importantes e, por isso, vamos lembrar tudo na

revisão.

REVISÃO

Hoje estudamos sobre as etapas que envolvem auditoria de sistemas de

gestão ambiental de acordo com a NBR ISO 14011.

42
Vimos que esse processo é feito por quatro fases: início, preparação,
execução, e elaboração do relatório final da auditoria.

Cada fase tem um objetivo específico:

Na primeira etapa se define o escopo e análise da documentação preliminar

Na segunda etapa o plano da auditoria é elaborado; os documentos

preparados; e as funções distribuídas aos membros da equipe.

Na terceira etapa a reunião de abertura é realizada; as evidências colhidas

e analisadas; e acontece a reunião de encerramento.

Na quarta e última etapa o relatório final da auditoria é preparado e

distribuído; os documentos retidos ou descartados.

43
Aprendemos que a NBR ISO 14012 define as exigências para trabalhar na
profissão de auditor ambiental, e que esses requisitos são desde o nível de
escolaridade, experiência profissional anterior, treinamento, competência,
profissionalismo, domínio de outros idioma; como a busca e valorização do
conhecimento contínuo do profissional.

Obrigada pela atenção. Temos a certeza de que tudo que vimos vai ajudar
muito no seu futuro profissional.

Estude sempre.

44
AULA 5

EXECUÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL

Hoje veremos como funciona cada etapa do processo de execução de

auditoria ambiental.

Falaremos sobre o sistema de gestão ambiental como forma de conservar;

e a implementação do desenvolvimento sustentável empresarial.

Saberemos como a elaboração desse sistema contribui de forma positiva

para organização.

E, por fim, estudaremos a sustentabilidade como necessidade humana de

gerir os recursos do planeta.

Olá, como vai?

Vamos começar mais um tema interessante?

Aprenderemos muito a respeito da sustentabilidade, uma palavrinha

fundamental para a realização da auditoria ambiental.

Curioso para começar? Então Fique atento!

A AUDITORIA AMBIENTAL

Quando é solicitado uma auditoria ambiental, o primeiro passo é se reunir

com o cliente para definir e programar todas as atividades.

Nessa reunião de abertura ou auditores e os proprietários da empresa

confirmam e ajustam tudo que for necessário para o início da auditoria.

A segunda etapa é conhecer as instalações que serão auditadas.

45
O auditor vai buscar conhecer a unidade no geral e coletará as evidências
para a realização da auditoria.

Enquanto recolhe evidências, o auditor verifica se os critérios estabelecidos

estão sendo cumpridos. Mas atenção, é preciso que o auditor saiba
diferenciar entre o que é suposto e o que é realidade.

A definição de estratégia pelas corporações é descrita por autores como

Radel (?) e Allenby, como um processo onde há preocupação das empresas
em se adaptar e obedecer os regulamentos e desempenho ambiental.

Além desses quesitos as corporações buscam assegurar o lado financeiro, a

segurança do trabalhador diminuindo os danos à saúde, reduzindo as
emissões de poluentes, e mantendo o compromisso com os clientes.

Assim a companhia pode rever as atividades que realiza, e tentar minimizar

os impactos ambientais que provoca, como por exemplo, substituir algum
material por algo menos poluente. Essa mudança não afeta o produto ou o
processo, apenas aperfeiçoa o modo como é fabricado. Esse tipo de ação
preventiva de poluição, e seus efeitos, levam entre um ou dois anos para
serem sentidos.

O Design Ambiental, também chamado Design for Environment, é um

processo que considera todas as questões ambientais em conjunto com o
desenvolvimento de processos e produtos.

Para atender as exigências dos clientes, entre os produtos com

superioridade ambiental, o Design Ambiental desenvolve toda a estrutura
necessária para atender esse mercado.

46
Esses produtos ambientais superiores passam por uma análise do ciclo de
vida que considera todo o projeto de produção e as ações tomadas para a
segurança ambiental.

Ainda, segundo Radel (?) e Allenby, a Ecologia Industrial é definida como

uma forma da indústria manter sua capacidade de suporte e continuar a
evolução econômica juntamente com a evolução cultural e tecnológica.

Ou seja, mesmo com o crescimento econômico a empresa vai continuar

desenvolvendo tecnologia e cultura que acompanha e se sustente
ecologicamente.

O desenvolvimento industrial sustentável defendido por Schimdheiny &

Zooraquin, membros do Word Business Council for Sustenable
Development, é uma mudança profunda nas ações empresariais.

Segundo eles, isso mostra como as indústrias estão procurando se adaptar

às mudanças impostas pela nova sociedade.

Dessa maneira, o papel dos novos líderes executivos é procurar novas

formas de manter um foco diferente para a empresa em relação ao
comportamento ambiental proativo.

Essa nova visão empresarial parte do modelo de compromisso empresarial

e gestão de mudança, onde os acordos da organização com o
desenvolvimento sustentável é feita em todos os setores do negócio,
melhorando e inovando a tecnologia.

47
“Se essa visão for compreendida como um contexto comum para ação, ao
contrário de uma simples grande meta ou um quadro idealizado do futuro,
ela pode propiciar a estrutura e as diretrizes para estimular a ação”.
(Schimdheiny & Zooraquin)

Concluída essa fase de elaboração de estratégia sustentáveis, segue a

entrevista dos colaboradores da empresa para identificar se conhecem e
seguem os procedimentos adequados.

Mas é durante a observação que o auditor recolhe muitas informações

sobre o que é praticado dentro da empresa auditada.

Na hora de verificar os documentos, o auditor deve observar se eles não

possuem rasuras. Os documentos e dados, como, licenças ambientais,
projetos, cronogramas, planos de investimentos, laudos analíticos, relatório
de manutenção de equipamentos, e de auditoria anteriores, entre outros,
serão vistoriados.

48
Alguns auditores aplicam testes para conseguir obter dados mais
específicos. Depois de efetuadas essas etapas, a equipe de auditoria é
reunida para juntar todas as informações e analisá-las.

Os resultados são apresentados na reunião de encerramento da auditoria,

com o proprietário da empresa, e a entrega do relatório.

Nesse relatório deverá constar:

• identificação da empresa auditada e do cliente

• objetivos
• escopo
• critérios
• datas
• identificação dos membros da equipe
• resumo do processo de auditoria
• conclusão
• declaração de confidencialidade
• lista de distribuição do relatório

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O Sistema de Gestão Ambiental é todo o procedimento que procura o

desenvolvimento sustentável.

49
De acordo com a ISO NBR 14001, a SGA é parte do sistema de gestão que
compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas,
os procedimentos, os processos e recursos para aplicar, elaborar, revisar e
manter a política ambiental da empresa.

São consideradas quatro etapas como parte do sistema da gestão

ambiental:

• definição
• planejamento
• instalação
• auditoria

Durante a definição e comunicação tudo será implantado, e é definido

através de um documento.

No planejamento é feito uma revisão dos pontos definidos anteriormente,

antes de seguir com o programa.

Por fim, é implantado o sistema de gestão ambiental.

Auditoria e certificações são realizadas.

50
Qualquer empresa pode adotar o Sistema de Gestão Ambiental.

Mas e você, sabe qual vantagem uma empresa tem ao implantar esse
sistema?

Ao seguir o sistema de gestão ambiental, as vantagens das corporações são

várias. Vamos dizer algumas:

• a empresa passa a redução de riscos de acidentes

• diminui as sanções legais
• aumenta a qualidade dos produtos serviços e processos
• economize reduza o consumo de matérias-primas, água e energia
• capta novos clientes
• melhora a imagem e procedimentos da organização
• aumenta as chances de futuro e permanência da empresa no
mercado
• aumenta as chances de conseguir um financiamento devido ao seu
bom histórico ambiental

Viu como hoje a sustentabilidade é considerada um medida importante

para a indústria?

Companhias, corporações, firmas, empresas e instituições são os alvos da

Gestão Ambiental Empresarial.

Todos esses conjuntos de medidas e programas administrativos

operacionais, que visam melhorar a qualidade de saúde e proteção das
pessoas e do meio ambiente, fazem parte do Sistema de Gestão Ambiental.

51
Durante todo o seu planejamento, as tarefas são organizadas
cronologicamente em uma tabela, e os recursos existentes para realizar o
sistema são considerados, tomando sempre cuidado com os custos e
prazos.

Já falamos várias vezes sobre sustentabilidade. Aliás, essa palavra é muito

dita nos dias de hoje. Mas, o que significa isso?

PARA SABER MAIS

Sustentabilidade: desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades

da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras.

Ou seja, todas as formas de usar os recursos do planeta sem comprometer

o futuro da humanidade. Por isso, a sustentabilidade é um desafio global,
onde vários governos, por meio de políticas de desenvolvimento
sustentável, visam modificar a forma de pensar das organizações.

AUDITORIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

Com o objetivo de recolher informação e elaborar um relatório sobre a

ligação entre ambiente e desenvolvimento, as Nações Unidas constituíram,
em 1983, a Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento, que
produziu o Relatório Brundtland, e tornou o termo “desenvolvimento
sustentável” uma referência.

52
Mas em 1960 já se falava em sustentabilidade. Contudo, a urgência em
discutir mais profundamente esse assunto ganhou mais força nas últimas
décadas.

Essa palavra gerou um movimento histórico de mobilização da sociedade

industrial para rever seu desenvolvimento que deveria manter a harmonia
em relação ao meio ambiente e à sociedade.

Se o progresso da sociedade é medido pela sua qualidade de vida, então,

para preservar sua própria espécie bem como planeta, é necessário adotar
medidas preventivas.

Estas são as cinco características básicas de um procedimento de

sustentabilidade:

• Interdependência
• Reciclagem
• Parceria
• Flexibilidade
• Diversidade

A auditoria ambiental é extremamente importante e valiosa para que as

empresas definam meios ecoeficientes de existir.

Os relatórios de sustentabilidade são resultados de todo o processo, que

identifica, mede, divulga e presta conta das ações sustentáveis das
organizações.

53
A auditoria de Gestão Ambiental será sempre um processo contínuo de
estratégia da indústria, e, com certeza, uma ferramenta de
desenvolvimento e diferença entre as organizações.

Viu quanta coisa importante aprendermos hoje? Para que tudo fique bem
guardado na nossa memória, vamos fazer uma revisão.

REVISÃO

Hoje aprendemos sobre como é feito o trabalho da auditoria ambiental.

Vimos que o processo da auditoria inclui:

• reunião de abertura

• conhecer as instalações
• coletar provas
• verificar e elaborar estratégias
• entrevistar
• observar
• averiguar
• aplicar testes
• reunir a equipe e promover a reunião de encerramento com a
entrega do relatório

Todos esses procedimentos fazem parte do sistema de ação ambiental que

pode ser implantado por qualquer empresa para torná-la sustentável.

54
Aprendemos que a palavra do momento é “sustentabilidade”, o que
significa conservar os recursos do planeta para as gerações futuras.

Esses recursos são explorados de maneira inteligente pelas pessoas e,

principalmente, pelas organizações que procuram acompanhar essa nova
realidade.

A preocupação com a exploração do planeta já acontece há muitas décadas,

mas em 1987 com um relatório de Brundtland, mas a emergência se
controlar o desenvolvimento é que a sustentabilidade passou a ser
amplamente discutida.

55
Por último Vimos que o desenvolvimento humano está profundamente
associado à qualidade de vida. Por isso existe a necessidade de as
corporações de contribuir de forma racional com esse crescimento

Uma empresa sustentável hoje além de conseguir vantagens no aspecto de

melhorar seus produtos, processos e serviços, ajuda a construir sua imagem
e seu futuro no mercado.

Obrigada pela companhia, e até a próxima.

56
AULA 6

LICENÇA AMBIENTAL

Hoje aprenderemos sobre os tipos de licenças ambientais, e como consegui-

las.

Saberemos quais atividades requerem a obtenção da licença, e

estudaremos como desenvolver um estudo de impacto de vizinhança.

Teremos informações para diferenciar os estudos de impactos e, por fim,

conheceremos o relatório de impacto ambiental como conclusão de todo o
processo feito anteriormente, e a implementação de um projeto.

Bons estudos!

Olá, tudo bem?

Vamos estudar sobre as licenças ambientais. E você vai notar o quanto elas
são importantes para regularizar os procedimentos de uma empresa. E é
claro que falaremos sobre outras coisas importantes. É só prestar bastante
atenção e continuar aprendendo. Vamos começar?

As licenças ambientais são conferidas pela Administração Estadual de Meio

Ambiente, que certifica a localização, instalação, ampliação e operação de
empreendimentos e utilização dos recursos.

O IBAMA confere a licença ambiental no âmbito Federal, através da

Diretoria de Licenciamento Ambiental.

É por meio das licenças que a administração pública controla as atividades

potencialmente poluidora das empresas. Para conceder a licença é
considerado o potencial impacto ambiental das atividades exercidas pela
companhia. Algumas delas são:

• extração de vegetais e minerais

57
 • pesca comercial
• instalação e construção de barragens
• portos
• aeroportos
• laboratórios radiológicos de análises clínicas
• estabelecimentos de assistência hospitalar
• instalação de geradores de energia e vias de transporte
• exploração de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos
• indústrias agrícolas, pecuária, de caça, agroindustriais
• atividades e coleta transporte armazenamento tratamento e
disposição de resíduos

Existem três tipos de Licença:

• Prévia
• de Instalação
• de Operação

Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.

FIQUE LIGADO

A LP (Licença Prévia) é dada durante a fase de planejamento da atividade;

e contém todos os requisitos necessários que devem ser atendidos durante
a localização, instalação e operação da empresa, sempre observando os
planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo.

58
A LI (Licença de Instalação) é fornecida como autorização para o início da
implantação de um empreendimento que esteja de acordo com as
especificações apresentadas no projeto executivo aprovado.

Já a LO (Licença de Operação) será autorizada tanto para o início da

atividade como para o funcionamento de equipamentos que anteriormente
foram verificados pelos órgãos responsáveis que confirmaram as condições
exigidas pela Licença de Instalação.

Agora que sabemos quais são os tipos de licenças, vamos entender o

processo para conseguir o licenciamento

Marcelo Pinheiro (engenheiro agrônomo): “bom, um empreendimento,

dependendo do seu tamanho, ele envolve uma complexidade de
licenciamento ambiental. O estudo de impacto ambiental ele tem que ser
feito da seguinte forma, em quatro etapas: a primeira etapa tem que ser
analisado o que tá sendo proposto, e a adequação do projeto com relação
a isso que está sendo proposto; a segunda etapa seria a analisar os
59
impactos desse empreendimento no entorno, para o meio ambiente, para
que não ocorram danos ambientais, não só no entorno como também na
área do empreendimento; a terceira etapa seria pensar no futuro, não
apenas no momento do empreendimento, mas a geração estruturas.. daqui
a 10, 20 ou 30 anos. Tomados esses três passos aí, tem que ser tomada a
decisão sobre o que vai ser feito efetivamente, ou seja, o final de tudo que
vai ser feito para evitar problemas econômicos, sociais, na região, em tudo.”

Entendeu agora como importante a licença ambiental para começar o

empreendimento? Sem ela a obra pode ser embargada, ou a atividade de
organização paralisada, e a empresa multada.

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Quero te fazer uma pergunta: quando você ouve falar em meio ambiente,
que que você pensa? Qual a primeira coisa que imagina? Provavelmente
você deve ter lembrado uma paisagem natural, a água limpa, ar puro, a terra
muito verde, muitas árvores. Mas essa imagem é aquela que muitas vezes
formamos mentalmente quando pensamos em natureza, e nos esquecemos
de colocar nesse retrato o homem e as suas ações como parte da paisagem.

A visão mais moderna passou a reconhecer e introduzir a presença humana

e as modificações feitas por ela como parte do meio ambiente.

A Constituição Federal de 1988 promoveu surgimento de uma nova ordem

social, que ultrapassou o conceito do interesse individual. O uso da
propriedade ficam sendo de responsabilidade administrativa, e adquiriu
função social, que privilegia o coletivo.
60
Sendo assim, o meio ambiente é um direito fundamental e de interesse
coletivo previsto em lei.

A Política Nacional do Meio Ambiente prevê o estabelecimento de padrões

de qualidade, zoneamento e avaliação de impactos ambientais.

Diante desses fatos do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança surge como

um documento técnico, feito antes do licenciamento ou qualquer outro tipo
de autorização de construção, ampliação ou funcionamento de
empreendimento privado ao público, realizado em área urbana.

61
Esse estudo deve conter todas as informações, sejam elas negativas ou
positivas sobre os impactos que a atividade irá causar e fornecer soluções
para reduzir ou anular os efeitos não positivos de interesse geral.

O município as Leis Municipais determinam quais empreendimentos ou

atividades precisam obter uma licença de estudos de impacto de
vizinhança, e isso independente ou não da atividade, mas sim se ocorrerá
algum fator negativo, porque o futuro e qualidade de vida das pessoas que
moram na região e proximidades podem ser afetados.

Questões como crescimento populacional, equipamentos urbanos e

comunitários, uso e ocupação do solo, valorização Imobiliária, geração de
tráfego, necessidade de transporte público, ventilação e iluminação,
paisagem urbana, e patrimônio natural e cultural são de caráter obrigatório
em qualquer estudo. O próprio Estatuto da Cidade exige que esse tema seja
abordado.

Mas atenção, o Estudo de Impacto de Vizinhança é diferente do Estudo de

Impacto Ambiental, porque tratam de fins diferentes; e o artigo 38 da Lei de
Política Urbana irá distinguir os dois.

Para entender a diferença, veja bem.

VAMOS ENTENDER MELHOR

62
O Estudo De Impacto Ambiental concede a Licença Ambiental, aprovada
pelo órgão ambiental, e procura a identificar os recursos ambientais e a
maneira como está integrado no meio físico, biológico e socioeconômico.
Nesse estudo é avaliado qual seria a melhor localização e alternativa
tecnológica para redução ou compensação dos recursos.

Enquanto isso, o Estudo de Impacto da Vizinhança concede a Licença

Urbanística para empreendimentos que alteram significativamente o
espaço urbano.

63
Não existe, dessa maneira, um limite de extensão territorial ou da área
construída, apenas o diagnóstico ambiental e socioeconômico que
comunica e afirma, para o poder público, a capacidade que o meio urbano
tem em receber aquele empreendimento.

Ter um meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito

fundamental, e sua proteção um dever, não só do Estado, mas de todos.

A Proteção Ambiental é essencial, e o reconhecimento do homem e suas

ações como parte integrante do conceito de Meio Ambiente, faz com que
nossas análises sobre as questões urbanas e qualidade de vida cresçam cada
vez mais.

IMPACTO AMBIENTAL

A resolução CONAMA número 001/86, de 23 de janeiro de 1986, é o

instrumento mais utilizado de Política Nacional do Meio Ambiente. As
atividades que causam grande ação poluidora precisam de Estudo Prévio de
Impacto Ambiental, que resulta em um Relatório de Impacto Ambiental.

Para conseguir esse tipo de licenciamento é necessário atender a

procedimentos específicos, incluindo efetuar audiência pública com a
população interessada ou que sofrerá com a construção do
empreendimento. Tanto o estudo quanto o relatório ficam à disposição do
público em geral que tiveram interesse.

64
Falamos tanto de impacto ambiental. Mas você sabe o que significa?
Acompanhe!

CURIOSIDADES

Impacto ambiental é a alteração no meio ou em alguns de seus

componentes por determinada ação ou atividade. Avaliar as consequências
de certas ações prevenindo sofrimento do ambiente, quando algum projeto
é executado ou implantado, é o objetivo do estudo de impactos ambientais.

Quatro pontos fundamentais devem ser entendidos antes de iniciar uma

avaliação específica.

Vamos ouvir o nosso especialista.

A PALAVRA DO ESPECIALISTA

Marcelo Pinheiro (engenheiro agrônomo): “as auditorias de desempenho

ambiental começou a ser utilizada nos anos de 1970 nos Estados Unidos. Aí
depois, em 1980, começou a ser aplicada no Brasil. Então, ela é aplicada
principalmente empresas, indústrias, no ramo petrolífero, em portos, em
outras atividades de grande importância. Então, nós temos as auditorias
internas rotineiras, temos as auditorias de conformidade, auditoria de
desempenho, e as auditorias internas feitas por clientes ou por autoridades
públicas. Essas auditorias têm que seguir as normas. Geralmente as normas
utilizadas são as NBR ISO 14000, 14.001 e 14012.”

Esse processo precisa observar todas as alternativas tecnológicas e de

localização do projeto, e considerar a hipótese de que o mesmo possa não
ser executado; identificar e avaliar os impactos ambientais que ocorrerão
no momento da implantação e início de atividades; definir todos os limites
geográficos da área afetada, principalmente os recursos hidrográficos da
região; levar em consideração os programas e planos do Governo na área
do projeto, verificando a hipótese de haver compatibilidade entre eles.

65
A Política Nacional do Meio Ambiente possui algumas leis que o Estudo do
Impacto Ambiental deve obedecer.

Quando o Estudo do Impacto Ambiental é realizado por vários profissionais

de áreas diferentes, que trabalhem com o mesmo objetivo, fica mais
completo e aumenta as chances de conseguir soluções para problemas.

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

Tudo o que foi concluído no Estudo do Impacto Ambiental é descrito no

Relatório de Impacto Ambiental.

Nesse relatório irão constar todas as informações de forma clara e objetiva,

ilustrada por gráficos, quadros e todos os recursos de comunicação visual
possível.

O relatório pode ser acessado pelo público, mas respeita sempre o sigilo
industrial, caso seja solicitado.

Dados como:

• objetivo e justificativa do projeto

• relação do mesmo com as políticas setoriais e planos governamentais
• descrição e alternativas tecnológicas
• resumo de diagnóstico ambiental
• técnicas e critérios utilizadas para identificar os danos
66
 • qualidades ambientais futuras com ou sem projeto
• medidas de redução dos impactos negativos e seu grau de alteração
• acompanhamento e monitoramento do impacto e a conclusão
• comentários gerais

devem estar presentes no Relatório de Impacto Ambiental.

O roteiro básico que serve de apoio para elaboração do estudo do relatório

de impacto ambiental é disponibilizado pela Secretaria do Meio Ambiente.

A partir desse roteiro é possível que a empresa desenvolva um plano de

trabalho, que será enviado para aprovação da Secretaria.

Hoje falamos de temas fundamentais para auditoria ambiental. Por isso,

vamos fazer uma revisão para recordar.

REVISÃO

Hoje aprendemos sobre os três tipos de licenças ambientais necessárias

para o empreendimento: a Licença Prévia, de Instalação e de Operação.

Vimos que algumas atividades, por serem consideradas causadoras de

impacto ambiental, para serem exercidas, precisam obrigatoriamente de
licenças.

67
Aprendemos que o Estudo de Impacto de Vizinhança é diferente do Estudo
de Impactos Ambiental: um tem caráter ambiental, e o outro urbanístico.

Por fim, vimos que o Relatório de Impacto Ambiental traz todas as

informações recolhidas no Estudo de Impacto Ambiental, sugerindo
soluções para as causas ocasionadas com a implantação e o futuro, pós
conclusão do empreendimento.

Ficamos por aqui. Até a próxima, e continue estudando!

68
AULA 7

MONITORAMENTO AMBIENTAL

Hoje aprenderemos sobre o processo de estudo chamado “Monitoramento

Ambiental”.

Estudaremos sobre a difícil tarefa de valorização econômica do meio

ambiente, como forma de ajudar no uso consciente dos recursos ambientais
explorados, uma vez que são recursos finitos.

Por fim, conheceremos qual é a lei que pune os auditores ambientais que
não exercem sua função com honestidade e competência.

Bons estudos!

Olá, tudo bem?

Tenho certeza de que hoje está com a disposição para estudar.

Falaremos sobre temas importantes para os auditores ambientais.

Fique atento, e vamos começar.

Quando o processo de recolhas e dados estudos e acompanhamento

continuado das alterações ambientais acontecem, e pretendem identificar
e avaliar todas as condições ambientais do momento presente e futuro,
significa que estamos realizando Monitoramento Ambiental.

As mudanças sociais e econômicas e institucionais devem ser incluídas no

monitoramento, afinal, fornecem detalhes sobre a conservação,
preservação, degradação e recuperação ambiental da região, auxiliando na
definição de políticas ambientais.

Através do Monitoramento Ambiental é possível entender a relação do

homem com o meio ambiente e a maneira como ele modifica a natureza.
69
Assim, podemos observar se as instituições conseguem manter o equilíbrio
ecológico ou recuperar as áreas e sistemas afetados.

Para implantar o Monitoramento Ambiental é necessário atender a uma

lista de fatores, e observar a qualidade e quantidade do objeto que será
estudado.

O objeto monitorado, a finalidade do monitoramento, e as informações

pretendidas fazem parte dos elementos que devem ser verificados.

Essas características devem ser claras no momento em que descrever sobre

o estado e tendência dos recursos ambientais, situação socioeconômica da
área de estudo, e desempenho da instituição no cumprimento de suas
funções.

Esses critérios são analisados em campo, laboratório e escritório, e serão

executados de forma simples ou extremamente complexa.

Um processo de monitoramento da água tem como objetivo:

• acompanhar as alterações da sua qualidade

• prever o seu comportamento
• desenvolver sua gestão
• fornecer recursos para ações de saneamento.

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS E DANOS AMBIENTAIS

70
Atualmente, as pessoas têm mais consciência de que os recursos do planeta
são limitados, e a sociedade se interessa pelas questões que envolvem o
meio ambiente.

As empresas estão buscando alterar sua imagem por meio do marketing

verde, ou seja, se preocupam mais com a degradação ambiental, o que
torna sua imagem positiva na sociedade.

Assim a política ambiental ganha espaço e se torna cada vez mais

importante e sofisticada, o que aumenta a necessidade de maior
investimento econômico nesse programa.

Essa valorização econômica dos recursos naturais ajuda a contar como os

incentivos econômicos afetarão as decisões sobre o uso dos recursos
naturais, ou seja, quando determinamos o valor econômico de um recurso
ambiental estamos determinando qual seria o valor monetário dele em
relação a outros bens e serviços que a economia dispõe.

Ao valorizar um ecossistema podemos determinar os custos e benefícios da

sua conservação, o que auxilia na definição do desenvolvimento sustentável
e as bases das políticas ambientais.

Dessa forma fica preservado tantas necessidades humanas quanto as

necessidades econômicas, garantindo recursos para futura geração.

Pensar que o meio ambiente tem capacidade de repor sozinho tudo aquilo
que tiramos é um passo para a destruição da própria humanidade, pois essa
ideia de recursos infinitos não corresponde à realidade.

Ao taxar os recursos naturais atribuindo um valor, os agentes econômicos

passam a adicionar os custos da deterioração ambiental nas suas
obrigações, e utilizam os recursos de maneira consciente e sem excessos.

Vamos entender melhor como funciona o conceito de valorização

econômica do ambiente?
71
Existem vários métodos de valorização do ambiente. Importante é a
maneira que escolhemos. Se considerarmos o objetivo, a eficiência, as
informações como guias da valorização, estamos optando por um método
eficiente.

Ao adotar o processo de valorização conseguimos dimensionar os custos e

benefícios da expansão da atividade humana, corrigindo as tendências
negativas do livre e mercado.

Quando estabelecemos o preço é possível ter base para impor as multas e

taxas por danos ambientais, casos possam acontecer. No entanto, é difícil
para a economia tradicional chegar a um valor exato, pois os recursos
naturais são bem públicos, de uso comum, de livre acesso e sem
propriedade definida. Porém, essa atribuição de valor seria importante para
implantação de políticas de conservação e preservação ambiental.

AUDITORIA DE CONFORMIDADE LEGAL

Auditoria Compulsória, ou Conformidade Legal, é uma ferramenta que

verifica se a situação real da empresa corresponde às leis ambientais em
vigor. Mas temos de conservar na nossa mente que a legislação ambiental
deve ser cumprida pelas organizações e verificada por qualquer tipo de
auditoria ambiental.

Muitas vezes os empresários são pegos pela fiscalização ambiental com

irregularidades em suas empresas. Isso ocorre geralmente nas pequenas e
médias empresas devido ao acúmulo de funções dos administradores e a
falta de conhecimento das leis ambientais. Ao contrário das grandes
empresas, que têm departamentos especializados somente para essa
causa, afinal possuem infraestrutura suficiente para implantar esse setor.

Aqui no Brasil a prática da auditoria ambiental é bem recente, por volta do

início da década de 90, por influência das empresas norte-americanas,
canadenses, e europeias.

72
Em 26 de novembro de 1991, o estado do Rio de Janeiro foi o primeiro a
obrigar a auditoria ambiental para algumas atividades.

Depois, o estado de Minas Gerais, em 6 de janeiro de 1992, copiou algumas

leis da Auditoria Ambiental do Rio de Janeiro, e passou a obrigar que fossem
realizadas a cada 3 anos.

A seguir, Espírito Santo aprovou auditoria ambiental em 2 de Agosto de

1993, autorizando as entidades do Estado a solicitarem as auditorias e
estabelecer os prazos e quesitos.

Quando houve um derramamento de óleo no estado do Paraná, a região

decretou, através do Conselho Estadual do Meio Ambiente, a resolução
CEMA 007, obrigando a auditoria ambiental independente em todas as
instalações das empresas petroleiras.

As auditorias de conformidade legal recolhem informações indispensáveis

para desenhar estratégias para o futuro da empresa, reduzindo os riscos de
punição de penas futuras para a organização e seus administradores.

É possível apontar sete benefícios trazidos pela auditoria de conformidade

legal. Vamos conhecê-los?

Em primeiro, temos a prevenção das possíveis penalizações que a

organização pode sofrer.

Segundo, permite ter um controle maior dos fornecedores críticos.

73
Terceiro, conseguimos o Suporte Gerencial, ou seja, um relatório que
atualiza os administradores sobre a real situação.

Quarto, atende aos requisitos da ISO 14001 (4.5.2), OSHAS 18001 (4.5.2), e
ISO 16001 e AS 8000.

Quinto, deixa claro em que níveis requisitos são atendidos, o que tranquiliza
o sistema de gestão.

Sexto, ajuda no preparo seguro em relação às auditorias para obtenção de

certificados.

74
E em sétimo lugar, serve como consulta e apoio no momento de criar um
plano de ação, e registro das evidências.

Os benefícios trazidos pela auditoria são inegáveis quando o assunto é a

melhoria da qualidade.

RESPONSABILIDADE PENAL E CIVIL DOS AUDITORES

Os auditores ambientais, tanto internos quanto externos, são

responsabilizados legalmente pela lei.

Art. 2º. “Quem de qualquer forma concorre para a prática dos crimes
previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como diretor, o administrador, o membro de conselho e
órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a
sua prática quando podia agir para evitá-la”.

Essa é a lei federal que põe o auditor no campo civil e penal pela negligência
no comprimento do seu dever.

O auditor que souber de alguma conduta criminosa, se possuir poder para

evitá-la e deixar de agir, ele será responsabilizado penalmente por essa
prática.

Existe quem defende a punição dos auditores de acordo com o Código Civil
pelos danos causados no cumprimento da sua função.

75
Também pela lei da Política Nacional de Meio Ambiente, no que toca a sua
responsabilidade civil, independente de culpa.

E ainda, pelo Código de Defesa do Consumidor, que puniria a atividade

como profissional liberal.

A auditoria ambiental está longe de ser uma atividade isenta de riscos. O

auditor deve ter sua relação com auditado estabelecida com base em regras
para se proteger tanto civil quanto criminalmente.

Por hoje ficamos por aqui, mas para recordar o que estudamos faremos a
revisão.

REVISÃO

Aprendemos que o processo de recolha de dados, estudos e

acompanhamento contínuo das alterações ambientais que identificam e
avaliam as condições ambientais do presente e futuro, é chamado de
Monitoramento Ambiental.

Vimos que através do Monitoramento Ambiental podemos entender a

relação do homem com o meio ambiente e a maneira como ele modifica a
natureza.

76
Estudamos que as mudanças sociais econômicas e institucionais são
incluídas no monitoramento porque fornecem detalhes sobre a
conservação, preservação, degradação e recuperação ambiental da região,
ajudando a definir as políticas ambientais.

Você aprendeu que Auditoria de Conformidade Legal é uma ferramenta que

verifica se a situação real da empresa corresponde às leis ambientais em
vigor.

Buscam informações indispensáveis para desenhar estratégias para o futuro

da empresa.

77
Por último, vimos que o auditor ambiental que não cumpre com o seu
trabalho de maneira íntegra pode e será punido pela lei.

Aprendemos muito hoje. Obrigada pela companhia. Tchau tchau.

78
AULA 8

PROTOCOLO DE AUDITORIA AMBIENTAL

Hoje você vai aprender sobre os protocolos necessários para executar a

auditoria ambiental.

Aprenderá o passo a passo da auditoria e os pontos que devem ser

observados em todos os níveis da organização.

Veremos como ocorre o processo de política ambiental desenvolvida pela

empresa, e as áreas que devem ser cobertas pelo plano desenvolvido

Por fim, você aprenderá a importância da comunicação e treinamentos.

Pronto para mais um dia de estudo? É claro que sim, principalmente porque
falaremos dos processos de vistoria das políticas ambientais, e esse tema é
muito importante para a carreira do auditor ambiental.

Acompanhe com atenção!

Para iniciar o processo de auditoria, começaremos por verificar as políticas

ambientais da empresa.

Todas as áreas e operações realizadas pela organização devem

corresponder aos padrões da política ambiental determinada pela empresa,
e obedecerem as exigências legais.

Observamos:

• processo produtivo
• matérias-primas utilizadas
• fontes de emissão
• gerenciamento de resíduos
• licenciamento

79
 • investimentos
• expansão e encerramento de unidades
• uso e conservação de energia
• marketing e relações públicas.

O auditor fica atento se os objetivos da política ambiental são postos em

prática, sendo executados e direcionados para obedecerem e incentivarem
o cumprimento da legislação em vigor.

Para que a política ambiental aconteça de forma organizada, a gerência

necessita participar e ser informada sobre o que ocorre na empresa.

Um coordenador fica responsável por implantar e monitorar a política

ambiental, verificar se existem meios de comunicação suficiente entre a
coordenação e a gerência superior, e, por último, ajustar os objetivos
ambientais com as metas da empresa.

Durante o processo da política ambiental, é necessário avaliar se a empresa

considerar os fornecedores, os clientes, a comunidade local, os grupos que
representa, os grupos ambientalistas e agentes ambientais como
participantes no processo do plano ambiental.

Lembre-se, a empresa deve ter um plano para reduzir impactos ambientais

em todos os setores que possuem responsabilidade, detalhamento da
introdução das políticas ambientais, e se as aplicações dela são possíveis
nas decisões empresariais, são pontos importantes no plano de objetivos
da companhia.

No momento da auditoria, procure pelos critérios de revisão da política

ambiental.

80
Tudo necessita ser escrito e servir para determinar o período das próximas
revisões.

As dúvidas da companhia, e se empregados fornecedores clientes e

comunidades foram informados sobre as questões da política ambiental,
são aspectos que precisam constar na revisão.

Muita atenção: no período de distribuição dos recursos destinados da

preservação ambiental, eles precisam ser suficientes e corresponder à
estimativa anual de gastos declarados pela empresa.

E não perca de vista dos recursos humanos físicos e orçamentários

emergenciais. Veja se eles, somados ao Monitoramento Ambiental das
emissões e descargas, são adequadas.

Procedimentos de monitoramento de resíduos e seus destino, bem como a

realização de auditoria ambiental e pesquisas que ajudam a controlar os
impactos ambientais, são apontados na política ambiental da empresa.

Vamos saber mais sobre a realização da auditoria na hora de analisar o

desempenho ambiental, estrutura gerencial, e o gerenciamento de pessoal
e treinamento.

A PALAVRA DO ESPECIALISTA

Marcelo Pinheiro (engenheiro agrônomo): "a auditoria ambiental é muito

importante para avaliação do desempenho da empresa. Então
normalmente é feito uma pré-auditoria onde são estabelecidos os
parâmetros da auditoria: o que vai ser avaliado, os locais, equipes, recursos
humanos, e o plano. Depois efetivamente é feita a auditoria. Na auditoria

81
são feitas reuniões, divididas as equipes, e, aí sim, feita as análises, onde se
vê os indícios, as avaliações, e tiram-se as conclusões. Após feita auditoria
se inicia a pós-auditoria onde é feito uma revisão, o relatório final, e, se for
necessário, sendo adotadas as medidas corretivas. Com relação ao
gerenciamento e pessoal, isso é muito importante para empresa. Então os
níveis têm que começar desde alta gerência. Essa alta gerência ela tem que
ter um ambiente com prioridade. Todos têm que ter uma participação nas
questões ambientais, desde a alta gerência até os funcionários menores.
Tem que ser feita também, se recomenda, recompensas por atingir as metas
ambientais traçadas. Além disso, tem que ser feito também, no caso de
problemas, sanções devido a omissões referentes ao que tinha sido traçado.
As questões ambientais têm que estar sempre em foco nas discussões,
tanto da empresa, como no empreendimento ou do que está sendo
realizado a auditoria. As rotinas de trabalho também tem que ser avaliado
com relação aos riscos ambientais para os funcionários e também para o
meio ambiente ao entorno. Ou seja, tem que ser feito também um bom
treinamento da equipe para que além da gerência as medidas sejam
efetivamente executadas visando atender a qualidade total de acordo com
as normas da ISO 9000 a ISO 14012."

Todos esses pontos são obrigatoriamente verificados no período da

auditoria ambiental.

Com tantos quesitos para auditor verificar o melhor é sempre manter a

concentração e nunca perder o foco no processo de auditoria.

VERIFICANDO A COMUNICAÇÃO

As técnicas de comunicação da empresa precisam ser vistoriadas pelo

auditor ambiental. Esse procedimento fica marcado pela verificação dos
departamentos de relações públicas das empresas, que comunica todas as
pessoas sobre o desempenho ambiental da organização.

A importância da comunicação é porque toda a divulgação serve para

educar o público-alvo e promover a empresa. Por isso, o auditor fica atento
em relação à existência desse material produzido, sua atualização,
82
distribuição e identificação. A divulgação deve ocorrer de forma clara, no
momento em que relatar as atividades ambientais desenvolvidas pela
companhia, e orientar em caso de reclamações e reivindicações.

A transparência é fundamental na política ambiental empresarial.

As metas: desempenho, impactos, investimentos e recursos, são analisados

pelo auditor.

Como as empresas geralmente causam impactos ambientais nas

proximidades de onde se localizam, elas precisam consultar a comunidade
sobre os novos investimentos que pretendem realizar.

A existência de um registro, e as respostas às questões da comunidade

através de algum método específico, são vistoriados.

É pessoal, esse trabalho de auditar necessita atenção aos mínimos detalhes,

e, dentro da empresa, até os investimentos e fornecedores são pontos de
observação.

Fique ligado!

Quando uma empresa faz um orçamento, ela prevê quanto investir no setor
ambiental. Não importa a maneira como esse recurso financeiro será
aplicado, o que interessa é que seu destino seja a preservação do meio
ambiente. Então, tanto faz aparecer como patrocínio em pesquisas
ambientais ou produtos e programas ecológicos.

83
Além dos recursos previstos, os custos ambientais são calculados pela
gestão ambiental com muito cuidado para que tudo fique dentro de um
orçamento capaz de cumprir com as obrigações fiscais.

Tudo é avaliado para que cada unidade produzida, a monitoria de consumo

de água, o despejo de líquidos, e a gestão de resíduos, entre outras coisas
auditadas, consigam atender aos padrões da fiscalização ambiental.

Mas auditoria não é sinônimo de punição, multa e dor de cabeça. Ela pode
beneficiar apontando lugares em que a corporação pode reduzir custos com
programas ambientais específicos.

Em relação aos fornecedores, não precisa dizer que são parte essencial do
funcionamento de uma companhia.

Então, quando a auditoria passa observar os fornecedores o que ela procura

são provas de que a empresa leva em consideração o desempenho
ambiental de seus parceiros, se eles também estão atentos às questões
ambientais dando suporte financeiro, técnico ou assistência gerencial ou
constitutiva.

Quando a empresa atende as condições exigidas por lei, seu licenciamento

é concedido, porém, essa licença ambiental tem validade, e cada mudança
ocorrida deve ser informada no cadastro Industrial.

Devido às alterações, é fundamental que a organização mantenha os

responsáveis pelo acompanhamento, divulgação, manutenção, arquivos e
procedimentos internos, constantemente atualizados.
84
Funcionários e gerentes precisam de conhecimento sobre a legislação
básica da atividade que exercem, e participar da divulgação e pesquisa das
tendências legislativas sobre sua área funcional.

Essas medidas de conhecimento contribuem para a própria segurança do

trabalho. Os riscos passam a ser identificados mais facilmente, o que pode
produzir documentos e mecanismos que busquem a correção das práticas
e condições de trabalho.

O uso de equipamentos individuais, os tipos utilizados, documentos

específicos, manutenção, inspeção, controle e registos, são executados de
maneira eficiente quando as pessoas envolvidas no processo tem as
informações adequadas

A segurança dos trabalhos perigosos é garantida com o treinamento e a

formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, que
certificam a eficiência de programas de segurança por meio de reuniões
frequência do trabalhador e documentos.

Aprendemos muito sobre a execução da auditoria ambiental, mas chegou o

momento da nossa revisão.

REVISÃO

85
Vimos que o processo de auditoria ambiental envolve verificar as políticas
ambientais da empresa auditada, e, à gerência, participar do planejamento
e execução.

Vimos que a transparência é fundamental na política ambiental

empresarial, pois as metas, desempenho, impactos, investimentos e
recursos serão analisados pela auditor.

Aprendemos que devido aos impactos que as companhias causam nas

proximidades, precisam consultar a comunidade sobre os novos
investimentos que pretendem realizar.

86
Estudamos que os custos ambientais são calculados pela Gestão Ambiental
para cumprir as obrigações fiscais.

Por fim, estudamos a introdução da política ambiental, e se a sua aplicação

é possível nas decisões empresariais, uma vez que seu objetivo é obedecer
e incentivar o cumprimento da legislação em vigor.

Mais uma vez agradecemos a sua companhia, e temos a certeza de que tudo
que falamos será de grande utilidade no seu futuro profissional. Tchau!

87
AULA 9

GESTÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Hoje falaremos como a auditoria ambiental fiscaliza os resíduos líquidos

produzidos por uma empresa.

Aprenderemos todo o caminho que deve ser efetuado para garantir a

licença e a auditoria ambiental adequada aos quesitos exigidos pela lei.

Veremos como ocorre a vistoria de fluídos e quais as medidas ideais para

controlar a maneira de lidar com os resíduos produzidos.

Por fim, daremos algumas dicas para quem quer garantir a conquista da
licença ambiental, ou se tornar um auditor bem-sucedido na defesa e
preservação do meio ambiente.

Bons estudos!

Olá, vamos começar mais um dia de estudos?

Temos dicas importantes para dividir com você que pretende conseguir uma
licença ambiental para sua empresa ou se tornar um auditor ambiental
eficiente.

Ficou curioso para saber? Então vamos começar o nosso assunto.

EFLUENTES DE LÍQUIDOS

Efluentes são fluídos que podem ser líquidos ou gasosos, produzidos por
uma empresa ou resultantes do esgoto urbano, lançados no meio ambiente.

Os órgãos ambientais determinam a fiscalização e limites de emissão desses

efluentes.

88
Ao fazer a vistoria, o auditor precisa ter algumas informações, como layout
da empresa, potencial da água usada, sistema de controle de efluentes, para
determinar se a produção, os procedimentos e o manuseio estão
adequados.

O layout da empresa é um esboço de como a companhia está distribuída.

Nesse layout devem constar diagramas e projetos da rede de esgoto,
sistemas de drenagem de águas pluviais, tanque de contenção, caixas de
óleo, e bacias de acumulação. A água usada em grande quantidade precisa
descrever todo o processo de sua utilização e descarte, assim como o
sistema de controle de tratamento de esgoto, controle end-of-pipe, injeção
profunda, e disposição no solo.

Documentos que falem sobre as unidades operacionais, laboratórios, áreas

úteis, embarque, recebimento e estocagem, devem ser identificados e
averiguados.

Nesses papéis, todos os pontos de conexão entre os sistemas de

abastecimento e esgoto necessitam de relatos, inclusive se a rede de águas
pluviais está ligada à rede de esgoto.

As três palavrinhas importantes são:

• determinar
• identificar
• rever

89
Guarde esses princípios e, com toda a certeza, a auditoria ambiental será
bem feita.

Mas você pensou que encerramos nosso assunto por aqui?

A auditoria de gestão de líquidos não é só isso. Existem muitos pontos para

serem vistos. E caso você tem alguma empresa ou a intenção de abrir um
negócio, preste atenção nas dicas que daremos agora sobre o que deve
preparar para passar por uma auditoria.

FIQUE LIGADO

Chegou o momento de preparar sua empresa para ser vistoriada.

A fiscalização não é um processo que precisa causar medo.

Tente ver se as ligações da rede de esgoto de rede fluvial são compatíveis

com o local onde se encontra instaladas sua empresa.

Procure olhar se a rede externa não faz conexão com a rede de

abastecimento.

Vá acompanhando o traçado para conseguir visualizar.

Caso consiga identificar algum contaminante indo para a rede, sinalize o

risco, grau e tipo de perigo que oferece.

Sabe aquele ponto de drenagem que não funciona muito bem lá na área de
armazenamento da empresa? Pois é, esse todos os outros lugares que
façam acumulação de resíduos precisam ser bem vistos. Não vá se
descuidar.

Olho vivo em relação às descargas de líquidos.

Acompanhe todo o processo de início ao fim em busca de irregularidades.

90
Procure fazer o inventário das descargas de efluentes desde a fonte ao final
do processo.

Analise se durante esse momento não ocorre nenhuma descarga

contaminada, e se o projeto está adequado e tecnologicamente
conveniente à demanda da empresa.

Sistemas e equipamentos necessitam de manutenção regular e preventiva

que estão previstas em relatório.

Se houver a liberação inadequada de fluentes, incompatibilidade de

segurança ou do sistema, o auditor irá apontar essa falha.

A melhor maneira de prevenir é preparar um diagrama do processo, investir

em manutenção, e monitorar.

LICENÇA AMBIENTAL DE EFLUENTE LÍQUIDO

Uma licença ambiental é concedida a partir do momento em que a

aprovação da empresa é efetuada.

Para que isso ocorra, a organização tem de demonstrar integridade ao

informar sobre os danos e conservação dos equipamentos, interesse dos
responsáveis em acompanhar as adequações, comunicar modificações dos
resultados da empresa, ter licença adequada para alterar o seu processo, e
identificar as substâncias presentes ou ausentes na descarga no momento
da licença.

91
Problemas que não solucionados, ou diferentes dos critérios da fiscalização,
o auditor responsável anotará e registrará no relatório final.

Responsabilidade é uma palavra muito importante, porque é fundamental

que os auditados saibam exatamente quais são as suas obrigações.

Para conseguir as licenças necessárias é preciso determinar quem são as

pessoas responsáveis pelas atividades que controlam a poluição da água.
Todos os responsáveis pela operação do sistema, coleta, análise, registro e
elaboração do relatório, devem ser identificados.

Se cada procedimento for capaz de fornecer as informações exigidas por lei,

a empresa fica mais perto de conseguir a licença ambiental.

Agora vamos saber com o nosso especialista como acontece a rotina de

inspeção dos líquidos de uma empresa. Veja com atenção.

A PALAVRA DO ESPECIALISTA

Marcelo Pinheiro (engenheiro agrônomo): "para se avaliar melhor o

sistema de equipamentos, é necessário, primeiramente, ter uma rotina de
procedimentos, ter uma regularidade de manutenção, tem que ter uma
manutenção preventiva, e um cronograma de execução dessa manutenção,
e — tudo isso é muito importante — você tem que ter os documentos
indicativos para adequação do programa de manutenção. Por quê? Porque
se tiver um problema, você conseguirá identificar onde ocorreu o problema
e, inclusive, as responsabilidades. Com relação às redes de esgotos e pontos
de manutenção, é necessário avaliar todos os pontos de descarga da
92
empresa, da indústria ou do empreendimento; é necessário ver os riscos
das liberações não controladas, ou seja, é preciso ver se existem poluentes,
ou se não, o grau de toxicidade, nesse tipo de avaliação. Tem que ver se
existe incompatibilidade na descarga, ou seja, se você vai jogar um resíduo
doméstico junto com um resíduo químico, isso pode gerar problemas
irreparáveis, e, então, é muito importante se você pensar na segurança e
numa rede de descarga muito bem organizada. Com relação aos
procedimento, como coleta e análise do material recolhido, é preciso que
se faça um diagrama dos processos de descarga, visando todo o sistema de
operação com um certo controle, para evitar surpresas. E também tem que
ver o desempenho da manutenção. Tudo isso tem que ser muito bem
avaliado. Com relação à poluição, é necessário avaliar as responsabilidades
pelas atividades de controle de poluição. Isso é muito importante: você ver
a coleta do material; é possível que se faça a análise desse material
controlado; é preciso que se faça manutenção de todo o sistema de
descarga, para se avaliar se está ocorrendo a poluição ou não; e tudo isso,
também, em cima de relatórios, para você ter um histórico de tudo que tá
acontecendo, porque a poluição geralmente pode aparecer depois de
algum tempo."

Entendeu como toda a operação da fiscalização é desenvolvida? Os detalhes

são muito importantes porque fornecem cada informação necessária para
que o auditor chegue à uma conclusão exata dos pontos fracos e fortes da
empresa.

Agora que já aprendemos melhor sobre a gestão dos efluentes líquidos,

vamos montar uma estratégia para conseguir identificar e registrar esses
resíduos.

PARA SABER MAIS

Vamos montar um plano que servirá tanto para o responsável pela auditoria
quanto pelo encarregado do setor que será vistoriado.

Se você seguir esse plano tenho certeza que conseguirá pontos positivos na
auditoria ambiental. Anote tudo e siga as dicas.
93
Escreva todas as indicações daquilo que é preciso para atender os requisitos
da lei ambiental.

Comece observando que tipos de situações poderiam aumentar incidentes

ou a qualidade dos fluídos que causam danos ambientais.

Tenha metas trimestral, semestral e anual. Se elas forem estabelecidas,

avaliadas e cumpridas, o sucesso é garantido.

Programas que possam melhorar o desempenho, em consequência de mais

investimentos ou reaproveitamento dos recursos disponibilizados, ajudam
a adequar e cumprir as exigências estabelecidas.

Fixe as cinco regras básicas:

• aplicar todas as práticas recomendadas por lei

• eliminar riscos não cobertos pelos procedimentos operacionais
• corrigir e alterar qualquer ponto ineficiente
• ser responsável pelo controle, monitoramento, processamento e
manuais
• registrar os desvios, incidentes e todas as etapas, para corrigir
problemas.

Muitas vezes as pessoas imaginam que conseguir uma licença ambiental

significa apenas controlar os ativos da empresa e sua produção. Mas a
empresa é feita de pessoas, não só de equipamentos que controlam
sistemas. Por isso, investir em nova tecnologia é tão importante quanto
investir em treinamento e capacitação dos empregados.
94
Os recursos destinados a programas de desenvolvimento dos trabalhadores
são fundamentais, porque eles são ligados diretamente aos processos
operacionais, e equipamentos vistoriados.

A informação é um bem precioso para humanidade. Quanto mais

informações, mais evoluídos nos tornamos.

Quando as informações dentro da empresa alcançam as pessoas, é possível

melhorar um programa de desempenho de procedimento, operações de
manutenção, e tudo que é importante para a organização.

Lembre-se, as equipes, incluindo pessoal de laboratório, terão seus

conhecimentos testados pelo auditores.

Sendo assim, devem saber sobre as obrigações dos procedimentos

específicos na operação e manutenção da sua função.

Realmente, aprendemos muitas coisas. Já está na hora de fazermos uma

revisão.

REVISÃO

Aprendemos sobre a gestão dos efluentes líquidos pelas empresas e como

eles são auditados.

95
Vimos que as informações, como layout da empresa, potencial da água
usada, sistemas de controle de efluentes, são importantes para o auditor no
momento de recolher pistas para vistoria.

Estudamos que a melhor maneira de prevenir é preparar um diagrama do

processo, investir em manutenção e monitorar.

Observamos que sem investimentos e também recursos humanos uma

empresa não consegue prosseguir com um bom desempenho ambiental,
porque a tecnologia sem informação não promove bons resultados.

96
Integridade, interesse e mudanças são características importantes para
alcançar a licença ambiental, que é a marca da responsabilidade da
organização e do auditor.

Por fim, você viu dicas de como realizar a auditoria, passar pela fiscalização
e conseguir resultados positivos.

Ficamos por aqui. Lembrando que estudar é fundamental. Por isso, continue
sempre estudando! Até a próxima!

97
AULA 10

GESTÃO DE RESÍDUOS

Hoje falaremos sobre o tratamentos e destino dos resíduos perigosos

produzidos pelas companhias.

Você aprenderá a classificação dos resíduos e observará como ocorre o fluxo

de movimentação destes produtos, desde o ponto em que são produzidos
até o momento em que receberão seu destino final.

Por fim, falaremos do material denominado PCB, que é extremamente

perigoso a saúde dos homens e do meio ambiente, que por isso precisa de
cuidados especiais na vistoria.

Bons estudos!

Olá preparado para começar o dia de hoje estudando mais um assunto

interessante sobre auditoria ambiental? Tenho certeza de que está ansioso
pelo início do tema. Então vamos lá.

Todos os resíduos perigosos que a empresa produz devem ser descartadas

de forma adequada para não produzirem riscos as pessoas e danos ao meio
ambiente.

A auditoria ambiental fiscaliza as informações que recebe sobre a forma que

as empresas produzem e guardam resíduos sólidos perigosos.

As pesquisas e experimentos que utilizem esses resíduos estão inclusas nos

itens de fiscalização do auditor.

Em documentos disponibilizados para fiscalização, merecem sempre uma

atenção especial quando falam sobre as unidades operacionais,
laboratórios, áreas de utilidade, embarque, recebimento, estocagem,
limpeza e evidências de vazamento.

98
Auditar resíduos significa ficar de olhos bem abertos nas áreas de recolha,
sistemas de tratamento, sinalização de proteção, rótulo e observação dos
locais ativos e não ativos de manipulação do lixo.

Mas e você, sabe qual tipo de lixo as empresas produzem são perigosas à
nossa saúde?

Tudo que foi inflamável, corrosivo, reativo, tem um grau de risco, e é

classificado em escala. Veja:

1. químicos
2. físicos
3. biológicos
4. radioativos
5. nuclear
6. infecciosos
7. reativos
8. altamente tóxicos

Por ser tratar de produtos perigosos, é preciso muito cuidado na hora de

vistoriar: as medidas de segurança em casos de emergência ou vazamento,
a manutenção, e a rotina.

Como tudo na vida está em constante mudança,, principalmente nas

indústrias o auditor precisa considerar que para atender as necessidades de
uma operação, análise ou experimento de laboratório, uma empresa pode
alterar suas atividades regulares. Essas mudanças podem ocorrer
resultantes da alteração nos resíduos químicos, seja por algum fator

99
climático, pelo volume, concentração ou mudança de um lugar para o outro.
E cabe a fiscalização anotar essas informações.

O FLUXO DE RESÍDUOS

Vamos observar como ocorre o fluxo de resíduos desde o ponto em que são
produzidos até o momento em que receberão seu destino final.

Assim que é elaborada uma política de gestão para minimizar a produção

de resíduos, a empresa toma medidas para se adequar ao que é solicitado:
a coleta, manuseio, tratamento e armazenamento dos resíduos são
informados, os trabalhadores são treinados, e o conhecimento aplicado é
avaliado.

Os sistemas de proteção se adaptam para manter a contenção e

armazenamento dos resíduos de forma conveniente e segura.

O transporte dos produtos da origem até o estoque garante qualidade do

manuseio.

A sinalização para prevenir vazamentos, odores e vapores, e as medidas que

garantam ventilação, cobertura e segurança, contribuem para um bom
sistema de contenção.

Um momento importantíssimo é o da rotulagem: todas as indicações,

autorizações e proibições de armazenamento, devem aparecer desde a
etapa de geração e coleta. Essa informação precisa estar disponível.

Produtos que precisem de tratamento especial, como neutralização e

destoxificação, tem de ter o procedimento adequado muito bem realizado
e seguido à risca.

Contêineres que irão transportar os resíduos são identificados.

Os responsáveis pela coleta, armazenamento, transporte e segurança serão

checados, assim como os anotações e documentos usados.
100
Todo esse fluxo fiscaliza não só os resíduos que são feitos pelas operações
da matriz, mas também os resíduos produzidos pelas filiais.

A GESTÃO DO RESÍDUO

No momento de fazer o gerenciamento dos resíduos, a empresa fica atenta

às normas de fiscalização. O fluxo dos resíduos que vai desde a coleta,
classificação, inventários, análise, reciclagem, registro, autorização, licença,
rotulagem, estoque, recolha, ações e atividades são devidamente
monitoradas e registradas para obter informações que serão entregues aos
fiscais.

Como todas as avaliações de risco devem ocorrer de forma contínua, o

auditor considera os danos, as operações realizadas de maneira insegura, e
o fluxo de combinações.

A auditoria não serve apenas para apontar erros, mas esclarecer em que
pontos são necessárias melhorias para confirmar a qualidade da
organização e evitar prejuízo a todos.

Imagine que no momento de armazenar os detritos, tudo fosse feito de

qualquer jeito. O perigo de acontecer um acidente é muito grande. A
negligência de um gestor, a imprudência de um funcionário, ou a imperícia
da companhia, são fatores de alto risco. Por esse motivo, o manuseio de
resíduos é controlado e supervisionado rigorosamente pelos envolvidos.

Observe o desenvolvimento do gerenciamento dos resíduos.

101
Quando o sistema de controle do lixo produzido é realizado, evita riscos. Por
isso as regras devem ser pensadas anteriormente e descritas em um
diagrama detalhado.

A nova tecnologia desses equipamentos deve apresentar o sustentabilidade

para lidar com os resíduos produzidos.

A capacidade da organização também precisa corresponder ao volume e

equipamentos necessários para executar uma manutenção frequente de
acordo com as especificações previstas pela companhia e fiscalização.

Atenção, se você não tem o hábito de guardar documentação, comece

agora a adquirir. Os documentos antigos autenticam algo que foi feito,
servindo de comprovante.

Por isso, quando um auditor visita uma empresa, todos os documentos são
recolhidos para realizar auditoria, incluindo aqueles de vistorias passadas.

E se hoje uma organização mudar a maneira com a qual lida com os

resíduos, é preciso que ela guarde todos os documentos possíveis de como
efetuado o procedimento anterior, para entregar à fiscalização.

As licenças dadas, no caso de geração perigosos e manipulação, estocagem

ou disposição, são observadas de forma diferente.

102
Quando o ponto de vista da auditoria está focado na geração de resíduos
nocivos, exige formulários e registros e documentos aprovados, que são
atualizados conforme o inventário que também cria novos documentos.

No momento em que a manipulação e estocagem ou disposição de resíduos

perigosos é o alvo, a licença do órgão competente, a adequação das
instalações e a capacidade da empresa em atender os requisitos para lidar
com o lixo produzido por outras organizações, é visto com atenção.

Você precisa entender que a licenças e regulamentos da auditoria devem

estar adequados tanto aos registros de dados (no período em que foi
concedido) como corresponderem às medidas necessárias na solução de
tendências, de notificações ou requisições administrativas.

103
Um bom sistema gerencial é confirmado através de documentação,
entrevista com os empregados, fluxograma, processo e responsáveis pela
atividade.

Quando a gestão impõe metas, previsões, orçamentos adequados, dentro

de um plano de regras, e responsabilidades bem definidas, traçam um
caminho para um relatório positivo de auditoria.

Mais uma vez lembramos: o arquivamento de qualquer documento, nota,

sumário, análise ou registro, em todas as fases da empresa, é de extrema
importância.

Acompanhar a monitoria, investigando os dados transmitidos, e avaliar as

estratégias seguidas, são pequenos passos que contribuem para a
aprovação da gestão dos resíduos.

Agora vou te fazer uma pergunta: você já ouviu falar de relatório gerencial
interno e externo?

Os relatórios gerenciais auxiliam na vistoria geral, na verificação de

situações que comprometem a regularização da empresa, no futuro e na
confirmação dos períodos de avaliação dos resultados e desempenho das
monitorias.

Como esses relatórios conseguem melhorar o desempenho, programar e

ajudar nas mudanças de lugar, recursos ou implantação, são fundamentais.

104
Já deu para entender que as responsabilidades são bem definidas entre
companhias, gestores, empregados e auditores.

Agora é hora de ouvir nossa especialista que vai nos ajudar a compreender
melhor sobre as práticas aceitáveis no gerenciamento dos resíduos e
mostrar alguns aspectos operacionais.

Ficou curioso? Então, fique atento.

A PALAVRA DO ESPECIALISTA

Marcelo Pinheiro (engenheiro agrônomo): “Dentro do sistema de gestão

ambiental, um dos fatores mais importantes é a gestão dos resíduos. Para
que seja feita a gestão dos resíduos, primeiramente é necessário se fazer
um layout da empresa, para avaliar onde tudo o que vai ser descartado, a
localização, a logística.. Depois a gente tem que analisar o potencial dos
resíduos gerados. Isso é muito importante para você ver um sistema de
segurança adequado. Isso você controla também com documentos, tudo
documentado, e isso também tem que ter uma gestão, em termos de
laboratório, para analisar o embarque dos resíduos até o destino final dele.
Além de precisar ter todo o sistema de coleta dos resíduos, é necessário
sempre prever acidentes. Então, os procedimentos de limpeza tem que
estar previsto também, porque pode ocorrer contaminação tanto se ocorrer
um transtorno, um problema ambiental, tanto na área da empresa como
um entorno, na vizinhança, então, é necessário você ter todo um
procedimento já pronto de limpeza. Os benefícios da gestão ambiental
podem ser enumerados da seguinte forma: o primeiro vai garantir a
qualidade de vida da população; depois você vai atender as demandas
105
urbanas, de maneira adequada, evitando a poluição. É importante também
que com isso, pensando numa coisa maior, que você vai frear a degradação
do planeta, porque isso é uma atitude que todo todos têm que tem que
levar em conta. E uma das providências que podem ser tomadas seria elevar
os custos para quem poluir, para quem não tomar cuidado com os
desgastes. Então, tanto na parte de legislação como na parte também de
proibir a comercialização, e outras medidas assim. Então é muito
importante também se evitar os desperdícios, e para fazer com que os
resíduos sejam colhidos de uma forma menor; e também estudar os
processos para minimizar a quantidade de resíduos. Então, tudo isso vão
causar impactos positivos no meio ambiente."

Viu? O caminho para verificar se uma organização atende aos quesitos é o

gerenciamento adequado dos resíduos produzidos.

Para finalizar o nosso assunto, hoje vamos tratar de um aspecto muito

importante: o manuseio de PCB.

PCB é a sigla dada é uma substância química conhecida como bifenila

policlorada.

Os óleos que contêm PCBs são conhecidos sobre denominações comerciais

como Ascarel, Aroclor, e outros.

Os PCBs são produtos extremamente contaminantes. Por isso, se a empresa

realiza estocagem de PCB, testes precisam ser realizados, classificando tudo
e catalogando o processo, que é acompanhado de perto.

106
Elabore entrevistas e revisão documental que garanta o conhecimento
pleno do programa que gerencia essa atividade, e quem são os responsáveis
por essa organização.

Por ser perigoso, é necessário que o PCB seja identificado, removido

estocado e manuseado conforme o acordo da legislação vigente.

O monitoramento é revisto para descobrir como a empresa tem efetuado o

controle dessa substância e dos materiais contaminados por ela, incluindo
a coleta de amostra e análise laboratoriais.

Como, em alguns equipamentos, a manutenção antigamente era feita com

óleos contendo PCB. Veja se existe um plano para substituição desses
equipamentos que precisam ser registrados e removidos.

Os resíduos de PCB devem ser armazenados, inspecionados, monitorados,

sinalizados, garantindo o sistema de segurança. Observe a área de
estocagem do produto, inventários, condições de vedação, equipamentos,
vazamentos e riscos externos que possam envolver esses resíduos.

Auditar nem sempre a tarefa fácil, são muitas os pontos que devem ser
observados, mas para o auditor um trabalho bem realizado significa prestar
um bom serviço à comunidade e ao meio ambiente.

Agora chegou o momento de fazer a revisão do nosso termo estudado hoje.

Vamos lá!

REVISÃO

107
Hoje você aprendeu como são administrados os resíduos produzidos por
uma organização. Sua classificação de acordo com sua periculosidade está
dividida em químico, físico, biológico, radioativo, nuclear, infeccioso, reativo
e altamente tóxico.

Aprendeu que a manipulação dos resíduos exige muitos cuidados, e, por se

tratar de conteúdos perigosos à saúde e o meio ambiente, é atentamente
verificada pelo auditor ambiental.

O descarte deve ocorrer de forma adequada para não produzir riscos às

pessoas e danos ao meio ambiente.

Vimos que o fluxo dos resíduos, que vai desde a coleta, classificação,
inventários, análises, reciclagem, registros, autorizações, licenças,
rotulagem, estoque, recolha, ações e atividades, são devidamente
monitoradas e registradas para obter informações, que serão entregues aos
fiscais.

108
Por fim, observamos como ocorre a prática do descarte de resíduos.

E aprendemos que as substância PCB é a sigla dada à Bifenila Policlorada,

também chamado de Óleo Ascarel, um produto extremamente
contaminante, utilizado muitas vezes na manutenção de máquinas, e seu
manuseio e descarte necessitam de auditoria meticulosa e rigorosa.

Chegamos ao fim.

Continue Estudando. Até mais. Tchau!

109
AULA 11

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)

Hoje aprenderemos informações sobre o processo de auditoria ambiental e

qual a sua função.

Estudaremos o processo que vai inspecionar, analisar e avaliar todas as

condições que a lei determina em relação às empresas, sua atividade, e o
meio ambiente.

Veremos para que serve o método PLAN–DO–CHECK–ACT (PDCA) na

realização da auditoria.

Aprenderemos aspectos analisados pela auditoria ambiental, tais como

transporte e segurança, que necessitam de máximo controle e atenção na
fiscalização.

Bons estudos!

Olá, vamos entender todos os pontos que envolve a auditoria ambiental?

Chegou a hora de aprender mais sobre esse assunto. Veremos como

auditoria se desenvolve, e estudaremos alguns pontos que o auditor deve
ficar atento no momento da inspeção.

Vamos lá aprender mais.

AUDITORIA AMBIENTAL EM FOCO

Quando falamos em auditoria ambiental, estamos nos referindo ao

processo que vai inspecionar, analisar e avaliar todas as condições que a lei
determina em relação às empresas, sua atividade e o meio ambiente, as
fontes de poluição, os possíveis danos, todos os riscos para a comunidade,
o meio ambiente e os próprios trabalhadores da companhia são vistoriados
pelo auditor ambiental.
110
O principal objetivo dessa fiscalização é elaborar um diagnóstico sobre a
situação atual, e projetar o futuro através de ações de controle e
gerenciamento que atendam a legislação ambiental da região. Mas, quando
você pensa em fiscalização, qual a sua primeira ideia?

Só deve temer a fiscalização que estiver cometendo alguma irregularidade.

Essa palavra ganhou um aspecto negativo, mas, na verdade, um fiscal ou um

auditor não tem a função resumida em procurar os erros e aplicar multas.
A intenção é apontar os erros, mas ajudar a melhorar, consertar e contribuir
com as empresas.

Quando as companhias atingem suas metas ao cumprir a legislação, toda a

sociedade tem um retorno benéficos, como melhorias na região, qualidade
de vida, empregos, entre outras coisas.

As recomendações que os auditores ambientais fazem são de caráter

emergencial, que pode ser de curto, médio ou longo prazo, e com certeza
melhorarão os pontos fracos no quesito ambiental.

O auditor avalia os riscos que podem ocorrer por atos de negligência, de

gerência ou não toleráveis.

111
É preciso diferenciar os riscos dos perigos, pois o perigo é ameaça
propriamente dita. Não tem como medir, nem é evidente, ao contrário do
risco, que é a ideia de ameaça.

Tudo que for auditado é minimamente detalhado, documentado, verificado,

avaliado da maneira mais objetiva possível.

As provas da auditoria determinam se atividades eventos, sistemas de

gestão, condições e informações ambientais, estão de acordo com os
critérios de inspeção, e comunica ao cliente o resultado final desse
processo.

Existe um tipo de auditoria ambiental diferente para cada requisito de

análise.

Um empreendimento habitacional pode ter uma auditoria interna ou

externa.

Vamos entender melhor. Preste atenção!

FIQUE LIGADO!

Quando ocorre o processo de auditoria interna, os moradores, por meio de

uma associação que os represente, se acharem necessários auditores
independentes, terão os resultados da auditoria para uso interno ou do
condomínio.

No momento em que auditor externa é efetuada, sempre por auditores

independentes que vêm de fora da organização, os resultados são avaliados
por terceiros.

112
O relatório conclusivo visa a obtenção de certificados. Licenças de seu uso
devem atender ao poder público, por meio de órgãos responsáveis pelas
políticas habitacionais e ambientais, ficando disponível para consulta
pública.

Quando os impactos ambientais precisam ser vistoriados, a auditoria dos

impactos ambientais é convocada. O ar, a água, o solo e a comunidade são
avaliados quanto aos impactos que podem sofrer por uma determinada
indústria ou processo, fornecendo subsídios para controlar e minimizar os
impactos.

Na auditoria de riscos ambientais, os danos ambientais reais, ou que

possam ocorrer, são estudados devido a uma fábrica ou processo industrial
específico.

A auditoria da legislação ambiental é toda fiscalização que busca

informações sobre o cumprimento da legislação ambiental vigente por uma
organização

GESTÃO AMBIENTAL E VANTAGENS DA AUDITORIA

113
A Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental procura avaliar continuamente
se a gestão e desempenho ambiental de uma empresa estão de acordo com
a política ambiental da organização.

As próprias empresas possuem uma política ambiental que deve ser

cumprida, mas essa política deve atender não só os padrões da organização
como corresponder positivamente diante da legislação.

Aspectos como implantação, adequação e sistemas são avaliados pelos

auditores ambientais do sistema digestão.

Essa auditoria serve como ferramenta de gestão. Por ser realizada com
certa frequência, ajuda a documentar se o funcionamento dos
equipamentos da organização conseguiu proteger o meio ambiente.

Independentemente do tipo de auditoria ambiental que ocorra, temos que

lembrar sempre que o objetivo é comum entre elas: diagnosticar a situação
atual, ver aquilo que é necessário ser feito, e promover ações futuras para
melhorar o desempenho ambiental da empresa.

114
Como falamos, auditoria ambiental traz benefícios, uma vez que sua
intenção é contribuir para a melhora, seja no aspecto do controle da
poluição, nas condições da empresa, em relação à legislação.

Serve para:

• identificar os riscos antecipadamente

• avaliar os pontos vulneráveis para que a empresa possa corrigir
• auxiliar na redução de gastos
• tornar as ações econômicas e mais eficientes
• ajudar na criação de alternativas para o crescimento sem prejuízos ao
meio ambiente
• melhorar o relacionamento da empresa
• fornecer uma visão nova sobre os problemas ambientais
• melhorar a credibilidade e imagem da companhia junto à sociedade

ASPECTOS DA AUDITORIA AMBIENTAL

O método Plan Do Check Act - PDCA conduz a auditoria baseada na norma

brasileira ISO 14001.

Na realidade, PDCA seria a forma de planejar, executar, verificar, agir, que o

auditor ambiental deve adotar na inspeção.

Podemos dizer que:

Planejar é estabelecer todos os objetivos e processos indispensáveis para

conseguir alcançar os resultados que estejam de acordo com a política
ambiental da organização.
115
Executar é o passo que pretende pôr em prática esses processos.

Verificar é observar, monitorar e medir os procedimentos de acordo com as

normas impostas pela política ambiental, analisando objetivos, metas,
legalidade, para poder relatar os resultados.

Agir é desempenhar ações continuadas, capazes de melhorar o

desempenho do sistema de gestão ambiental de uma organização.

Quando pensamos em aspectos da auditoria, temos de levar em

consideração as fontes diversas de consumo de energia, processos de
produção e operação, transporte e distribuição.

O auditor realiza a inspeção analisando os inventários das fontes de energia

e sua utilização, para que os responsáveis pelas perdas de energia e vistoria
irregular sejam identificados.

Geralmente, quando a empresa mostra que monitora seu consumo

energético prevendo custos gerenciais e reduzindo o consumo de energia,
recebem pontos positivos do auditor.

Ao falarmos em energia, logo associamos ao uso da energia elétrica. Por

isso, as grandes companhias hoje usam novos recursos tecnológicos para
criar alternativa à energia tradicional, o que reduz muito o consumo de uma
grande organização.

Mas não é só alternativas para energia elétrica que as companhias buscam

a evolução. Também é reduzir custos com consumo de papel, incentivando
a reciclagem.

116
Esses processos de melhorias são acompanhados de perto pelo auditor, que
verifica se o responsáveis participam ativamente, contabilizam o retorno
financeiro de suas ações e cumprem ações ambientais de controle de
consumo eficientes em suas empresas.

As melhorias implantadas e vistoriadas também dizem desrespeito aos

procedimentos de segurança exigido pela empresa e pelo governo, que
visam assegurar a eficácia em situações de perigo.

Todas essas normas de segurança são documentadas de forma clara e

objetiva. Todos devem entendê-las, para que as decisões em situações de
emergência sejam tomadas e a reciclagem das regras feitas de acordo com
as necessidades

Cada mudança deve obedecer a um programa de treinamento planejado e

executado conforme o cronograma.

Os funcionários precisam entender e visualizar as sinalizações de segurança

e fluxogramas dos procedimentos operacionais.

Os riscos para a segurança são avaliados com base em estudos específicos,

e cada processo de produção é concebido para tornar os impactos
ambientais mínimos, usando tecnologias modernas que favoreçam a
prevenção de danos ao meio ambiente.

Em relação aos transportes utilizados pela empresa, a auditoria procura

averiguar se existem procedimentos padrões: manutenção regular,
sinalização do tipo de substância transportada, vazamento, descarga
acidental, enfim, informações que atestem a eficácia do transporte.

117
Esse controle é uma exigência aos padrões do governo para o uso racional
de transportes, e cabe ao auditor fiscalizar o inventário que traz as
informações relevantes.

Por isso que motoristas e operadores passam por aqueles cursinhos sobre
transporte e manuseio de cargas perigosas no trânsito. Essa qualificação é
necessária à aplicação das técnicas corretas de abastecimento e
carregamento, minimizando os impactos ambientais decorrentes do
transporte.

Sabe aqueles cheiros produzidos pelas chaminés das grandes fábricas?

Existe fiscalização para controlar essas emissões.

O auditor ambiental controla tudo que se refere a iluminação, ventilação,

odor, ruídos, aspectos paisagísticos, áreas de recreação..

Essa preocupação da auditoria é diminuir qualquer dano causado pelos

métodos de limpeza, e garantir a qualidade dos materiais utilizados. Assim,
o trabalho do auditor garante que recursos sejam destinados para as
melhorias internas e externas da empresa.

E não é somente a organização que é fiscalizada para garantir o bem-estar

do meio ambiente da sociedade, mas também dos seus trabalhadores, por
meio da Medicina do Trabalho, que acompanha os funcionários com
exames admissionais, periódicos ou demissionais.

118
A Medicina do Trabalho auxilia a empresa no desenvolvimento de
programas de informação e prevenção de riscos no trabalho, registrando e
comunicando todos os acidentes e doenças ocupacionais, que são relatadas
no relatório final da auditoria.

Estudamos muito sobre as observações feitas pelo auditor, e aspectos de

monitoria.

Agora é o momento de relembrar o que foi dito. Vamos revisar?

REVISÃO

Aprendemos sobre o processo de auditoria ambiental que inspeciona,

analisa e avalia todas as condições que a lei determina, em relação às
empresas, suas atividades e o meio ambiente.

Estudamos que as fontes de poluição, os possíveis danos, todos os riscos

para a comunidade, o meio ambiente, os próprios trabalhadores da
companhia, são vistoriados pela auditor ambiental.

119
E essa auditoria serve como ferramenta de gestão que busca a melhorias na
política ambiental da empresa.

Aprendemos que o auditor deve usar o método Planejar-Executar-Verificar-

Agir – PDCA para realizar uma boa expressão, e anotar todos os pontos
regulares e irregulares que tenha observado.

A intenção é apontar os erros, mas também ajudar a melhorar, consertar e

contribuir com as empresas.

Por fim, que as normas de segurança previstas devem ser tanto em relação
ao transporte quanto à saúde dos trabalhadores, para reduzir riscos.

Agradecemos a sua companhia.

E lembre-se: para se tornar um auditor bem-sucedido é preciso continuar

estudando.

Até mais!

120