2019
1
APRESENTAÇÃO
Bons Estudos!
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 04
3 GESTÃO AMBIENTAL 13
3.1 CONCEITOS 14
BIBLIOGRAFIA
3
1 INTRODUÇÃO
4
A Comissão Européia tem uma definição semelhante: uma ferramenta gerencial
compreendendo uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva do
desempenho de organizações, gerências e equipamentos, com o objetivo de contribuir para
salvaguardar o meio ambiente, facilitando o controle gerencial de práticas ambientais, e
avaliando o cumprimento de diretrizes da empresa, o que incluiria o atendimento de
exigências de órgãos reguladores e normas aplicáveis.
Dentre várias definições, temos a conceituada pelo Prof. Emílio Lebre La Rovere:
Portanto, quando realizamos uma auditoria ambiental, não estamos tentando auditar
o “ambiente” como tal, mas sim a eficácia de nossos sistemas de gestão ambiental
em obter melhorias do nosso desempenho ambiental, no sentido da proteção do
meio ambiente.
A auditoria não é a mesma coisa que avaliação ou análise. A maioria dos gerentes
ambientais faz uma distinção entre auditorias ambientais de empresas ou
organizações existentes e avaliações ambientais de novos projetos ou
empreendimentos. Já uma análise ambiental pode ser apropriada pra atividades
tanto novas quanto existentes.
5
A classificação da auditoria ambiental, segundo seu objetivo ou finalidade pode ser:
6
estabelecidos pela empresa. As normas de gestão ambiental exigem que sejam
redigidos e implantados procedimentos para identificar as não-conformidades,
verificar as responsabilidades e definir as medidas corretivas necessárias.
7
As auditorias são realizadas através do exame de documentos e registros,
entrevistas pessoais, inspeções da fábrica, reuniões, medições e ensaios, etc., em
um processo denominado obtenção de "evidências de auditoria", devendo ser
finalizado com relatórios escritos e exposição oral aos níveis elevados da empresa.
8
2 O ASPECTO LEGAL DO MEIO AMBIENTE
Composto do solo, água, ar atmosférico, flora e fauna. Tutelado pelos incisos I e VII
do § 1º do art. 225 da Constituição Federal.
9
Sua tutela encontra-se inscrita em vários trechos da Constituição Federal/88, sendo
citados os arts. 7º, XXII, e 200,VIII.
Todo este arcabouço constitucional inerente ao meio ambiente deve ser incorporado
na gestão pública ou privada, e, também, por cada indivíduo, conforme capítulo VI
da Constituição Federal/88, que trata o meio ambiente como sendo bem de uso
comum do povo, difuso, pertencente, portanto, a toda comunidade. O artigo 225
dispõe in verbis:
art. 225 –Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
Esta abordagem constituiu a base do trabalho de França e Oliveira (2005), onde são
destacados dois princípios: o da prevenção que, atrelado ao da cautela (precaução),
evita o risco ambiental. As autoras destacam na Carta Magna seus incisos V e VII do
10
§ 1º do artigo 225 que obrigam ação preventiva com vistas ao controle do risco
ambiental. A prevenção é um princípio, visto pela doutrina, inclusive, como um
megaprincípio do Direito Ambiental. Este princípio decorre de outro (precaução),
elencado na Declaração Rio/92 nos seguintes ermos:
A legislação ambiental, em nível global, teve como marco o seu caráter punitivo,
baseado em modelo impositivo de normas de controle, objetivando o
desenvolvimento de novas políticas econômicas com vista à proteção ambiental e
redução dos impactos. Inicialmente, o setor privado, especificamente as indústrias,
responderam a essa legislação com a instalação de equipamentos de controle de
poluição. Esses equipamentos ainda que de alto custo não se revelaram suficientes
para reduzir as agressões ambientais a níveis satisfatórios, o que motivou maiores
pressões nas legislações ambientais no que tange aos setores produtivos, com
normas cada vez mais restritivas, de caráter preventivo, executadas pelos órgãos de
controle ambiental, resultando, como respostas deste setor, a transformação de
seus processos a fim de demonstrar a preocupação com o meio ambiente ao que se
chamam de posições pró-ativas ou criativas, ao invés das posições passivas e
reativas antes utilizadas.
11
Em 1991, foi elaborado um documento denominado “carta empresarial”, formulado
na II Conferência Mundial da Indústria sobre a gestão do meio ambiente (Paris), no
qual foram feitas várias recomendações em forma de princípios destinados ao
empresariado do mundo inteiro. Destaca-se o reconhecimento de que a gestão do
meio ambiente na empresa é importante para o desenvolvimento sustentável, e de
que as organizações deveriam, para tanto, aferir o desempenho das ações sobre o
ambiente, mediante a realização regular das auditorias ambientais.
12
3 GESTÃO AMBIENTAL
Podemos definir gestão ambiental como uma interação de um agente externo que
recebe a degradação ambiental por ele mesmo causada. Na visão organizacional,
esse agente externo pode ser um Departamento de Produção ou qualquer outro
responsável por causar um impacto ambiental poluidor.Com isso, dá-se início a um
conjunto de ações que possam trazer algum benefício para a entidade: é o processo
de gestão ambiental. Os benefícios esperados podem ser, por exemplo: a
diminuição ou total eliminação de tratamentos de saúde; o aumento da produção e
das vendas, por acesso a mercados específicos para produtos e empresas que
tenham uma preocupação com a preservação do meio ambiente; a ausência de
multas; a não incorrência de riscos de indenizações a terceiros, e todos diretamente
relacionados a problemas causados ao meio ambiente.
13
Monitoramento e ações corretivas: identificar pontos de não-conformidade –
auditorias ambientais; sistema integrado com metas ambientais da empresa.
Revisões no gerenciamento: análise do desempenho ambiental, financeiro e
comercial; aprimoramento contínuo.
3.1 CONCEITOS
Planejamento: é uma regra básica para o meio ambiente porque somente ações
planejadas podem conservar os recursos naturais para as gerações futuras. De
forma conceitual, através do planejamento alcançamos a eficiência.
14
3.2 A POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA
“uma declaração escrita feita pela organização sobre as suas intenções e princípios
com relação a seu desempenho ambiental, provendo um referencial para a ação e
para o estabelecimento de seus objetivos e metas ambientais”.
15
conformidade com toda a legislação ambiental aplicável, regulamentações,
protocolos internacionais e códigos de prática da indústria;
tornar a política disponível ao público.
c)Avaliação Preparatória
A maioria das empresas que busca a certificação ISO 14001 irá precisar conduzir
algum tipo de avaliação ambiental preparatória antes que sua Declaração de Política
Ambiental possa ser formulada. Isto não requer muito tempo, necessariamente –
uma semana ou duas são normalmente suficientes para analisar e descrever o
status atual da empresa no que diz respeito a seu desempenho ambiental, e para
esboçar em seguida uma política ambiental.
16
prevenir a poluição na fonte onde e sempre que possível;
desenvolver produtos que tenham um efeito mínimo sobre o meio ambiente;
conservar os recursos naturais através da utilização de métodos de
recuperação e outros apropriados;
assegurar que suas instalações e produtos atendem e apóiem os
regulamentos de todos os órgãos federais, estaduais e locais;
prover treinamento ambiental apropriado a todos os empregados e
ativamente promoverá e estimulará a busca da excelência ambiental não
apenas na própria empresa, mas também junto a todos os seus fornecedores
e clientes;
desenvolver meios eficazes para responder a acidentes ou emergências,
contribuindo assim para evitar ou minimizar danos ambientais;
auxiliar, sempre que possível, órgãos governamentais e outras organizações
oficiais dedicadas a atividades ambientais.
Proporciona uma ferramenta gerencial adicional para aumentar cada vez mais
a eficiência e eficácia dos serviços;
Proporciona a definição clara de Organização, com responsabilidades e
autoridades de cada função bem estabelecidas;
Promove a capacidade dos colaboradores para o exercício de suas funções,
estruturadas a partir de seleções, treinamentos sistemáticos e avaliação de
desempenho;
Reduz custos através de uma maior eficiência e redução do desperdício, o
que aumenta a competitividade e participação no mercado;
17
Aumenta a probabilidade de identificar os problemas antes que eles causem
maiores conseqüências.
18
ISO 14050:2002 Gestão Ambiental – Termos e definições.
ISO/TR 14061:1998 Informações para auxiliar as Organizações Florestais na
utilização das normas de Gestão Ambiental ISO 14001 e ISO 14004.
ISO/TR 14062:2002 Gestão Ambiental – Integração de aspectos ambientais no
desenvolvimento e design de produtos.
ISO/WD 14063 Gestão Ambiental – Determinadas Comunicações Ambientais –
Orientações e exemplos.
ISO/AWI 14064 Orientações sobre medidas, divulgação e verificação de emissões
de gases estufa, de entidades e projetos.
ISO 19011:2002 Orientações para Auditorias de Sistemas de Gestão de Qualidade
e/ou Gestão Ambiental (esse padrão substitui a ISO 14010, 14011 e 14012).
ISO Guide 64:1997 Guia para inclusão de Aspectos Ambientais em Normas de
Produtos.
ISO/IEC Guide 66 Requerimentos Gerais para corporações que operam avaliações
e certificações/registros de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA).
4.1 Generalidades
4.2 Política ambiental
4.3 Planejamento
4.3.1 Aspectos ambientais
4.3.2. Requisitos legais e outros requisitos
4.3.3 Objetivos e metas
4.3.4 Programa(s) de gestão ambiental
4.4 Implementação e operação
4.4.1 Estrutura e responsabilidade
4.42 Treinamento, conscientização e competência
4.4.3 Comunicação
4.4.4 Documentação do sistema de gestão ambiental
4.4.5 Controle de documentos
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e atendimento a emergências
4.5 Verificação e ação corretiva
4.5.1 Monitoramento e medição
4.5.2 Não-conformidade e ações corretiva e preventiva
4.5.3 Registros
4.5.4 Auditoria do sistema de gestão ambiental
4.6 Análise crítica pela administração 4.6 4.1.3 Análise crítica pela administração
19
3.4.1 Requisitos de Documentação do SGA
Manual de Procedimentos
Esse Manual estabelece procedimentos, verificações, e controles para todas as
funções, atividades e processos que de outro modo teriam um impacto sobre o meio
ambiente. Ele descreve os sistemas para monitorar o progresso alcançado em
relação as metas, e as ações corretivas a serem adotadas na hipótese de não-
conformidades, além de formar a base para a maioria das atividades de auditoria
ambiental.
20
Nenhum dos dois constitui uma exigência absoluta da ISO 14001, mas a maioria dos
gerentes ambientais consideram-nos indispensáveis para discutir qualquer aspecto
do SGA.
21
consultorias especialistas em resposta a uma demanda urgente dos clientes por
uma norma para sistema de gestão de saúde ocupacional e segurança.
A norma OHSAS 18001 foi desenvolvida para ser compatível com os padrões de
Sistema de Gestão ISO 9001 (Qualidade) e a ISO 14001 (Ambiental), para facilitar a
integração dos sistemas de gestão dos três aspectos. A OHSAS 18001 por não ser
uma norma ISO não pode ser certificada isoladamente, mas as suas especificações
são certificadas juntamente com as normas que regem os sistemas de gestão de
qualidade e ambiental.
Benefícios da OHSAS
Os benefícios da implementação de um Sistema de Gestão OH&S sistemático e
efetivo incluem o seguinte:
22
4 ROTEIRO DE AUDITORIA DE SGA
a) Atividades preliminares
23
12) Preparação do relatório preliminar
24
O auditor-líder será o responsável final por todas as fases da auditoria, devendo ter
uma boa experiência e capacidade gerencial, liderança e autoridade para tomar
decisões finais com relação é condução da auditoria.
Com o contratante, o auditor líder deverá definir por escrito o escopo da auditoria, as
responsabilidades das partes envolvidas e as necessidades e exigências para a
realização do trabalho. Deverá ficar bem claro o apoio que a empresa deve prestar d
equipe de auditores, facilitando-lhes o acesso às instalações e documentos,
fornecendo guias e outros recursos necessários e informações aos funcionários os
objetivos da auditoria.
Como foi mencionado, a norma ISO 19011 recomenda que a auditoria somente seja
realizada se o auditor líder estiver convencido de que existem informações
suficientes e apropriadas sobre o objeto da auditoria, recursos adequados para
apoiar o processo de auditoria, e a cooperação necessária por parte do auditado.
25
Seleção da equipe de auditoria
26
auditoria, caso necessário. Os critérios devem ser objeto de acordo entre o auditor-
Líder e o cliente, e comunicados ao auditado, tendo o grau de detalhamento
adequado. O plano de auditora deverá ser suficientemente flexível, para permitir
eventuais mudanças na ênfase com que alguns assuntos serão tratados,
dependendo das informações que serão coletadas durante o desenrolar da auditoria
(as listas de erificação devem ser vistas como um guia e não como um trilho).
Reunião preparatória
Deverá ser realizada, se julgado conveniente, uma reunião preparatória alguns dias
antes do início da auditoria, ou no primeiro dia da própria auditoria entre a equipe de
auditores e a equipe da fábrica. Em alguns casos, é recomendável que exista até
mesmo uma pré-auditoria (com cerca de dois dias de duração), como ferramenta de
preparação.
27
O auditor-líder, depois de apresentar a equipe de auditores, deverá explicar todos os
passos que serão cumpridos nos trabalhos de auditoria, apresentar (e rever, se for o
caso) o escopo, a abrangência e os planejamentos, os métodos que serão
empregados, os critérios de auditoria, o prazo para finalização dos trabalhos, definir
os canais de comunicação oficiais entre as equipes de auditores e auditados,
confirmar a disponibilidade de recursos e facilidades solicitados, confirmar a hora e a
data de reuniões entre as equipes, horários das visitas e auditorias a cada local da
empresa, esclarecer quaisquer dúvidas a respeito do plano de auditoria e discutir os
pontos principais dos documentos e material anteriormente recebidos. O processo
de auditoria deve ser concebido para proporcionar um nível desejado de
confiabilidade das constatações e conclusões, tanto para os auditores como para o
cliente.
28
físicas: constatações e observações visuais do auditor, na observação dos
instrumentos e equipamentos da fábrica. A calibração dos instrumentos
deverá ser verificada, antes de confiar plenamente nos seus resultados;
documentais: observações dos registros e medidas feitas anteriormente, bem
como das atividades previstas e efetivamente realizadas quanto ao sistema
de gerenciamento ambiental;
declamatórias: observações colhidas a partir de depoimentos do pessoal da
fábrica durante as entrevistas; de preferência, esses indícios deverão ser
confirmados por um dos dois métodos anteriores, com fatos e dados.
29
verificação da possibilidade de existência de conflito de interesses, com a
mesma pessoa trabalhando em uma atividade produtiva e no equipe de
qualidade ambiental da empresa (facilitador, por exemplo);
aspectos ambientais dos produtos e atividades e modo como a empresa
controla esses aspectos;
desempenho real do fábrica (emissões e descargas, quantidades recebidas
de matéria prima, uso de água e de energia, armazenagem de produtos
químicos e outros materiais perigosos, etc.);
identificação e classificação dos resíduos perigosos;
identificação do destino final dos resíduos, bem com das condições de sua
armazenagem e transporte
visita e inspeção das vizinhanças do fábrica, observação emissões, ruído,
etc.;
verificação da existência de queixas de vizinhos e da comunidade;
levantamento do histórico de problemas ambientais da empresa;
levantamento de resultados de auditorias anteriores para, comparação com a
situação atual, verificar as ações de melhoramento contínuo:
levantamento de resultados de inspeções de órgãos governamentais;
identificar os passivos ambientais da empresa (depósitos de resíduos
perigosos, condições do aqüífero sob o terreno da empresa e vizinhanças,
ações trabalhistas relacionadas a problemas ambientais, etc.);
identificar os gastos incorridos com a correção de problemas ambientais;
análise dos procedimentos elaborados para uso em situações de emergência
(planos de contingência);
verificação da existência e desempenho de controles e alarmes para prevenir
de situações de risco (visando desligamento seguro);
análise do sistema empregado para identificar e corrigir as deficiências
observadas (através de inspeções e auditorias internas);
verificação da efetividade do treinamento de pessoal para as funções ligadas
à qualidade ambiental.
30
Os auditores, bem como os futuros usuários dos resultados da auditoria devem estar
conscientes de que as evidências coletadas são apenas uma amostra das
informações disponíveis (o período de tempo e os recursos são limitados), portanto
existindo sempre elementos de incerteza no processo. Por isso, o auditor ambiental
deve se empenhar em obter evidências suficientes (constatações isoladas
significativas e conjunto de constatações menos significativas). O auditor deve se
sentir "confortável" com as evidências, ou seja, deve ter persistência na busca de
evidências até que ele considere que elas são suficientes para permitir um bom
julgamento da questão.
31
O auditor deverá fazer o possível para que a entrevista seja com uma única
pessoa de cada vez; da mesma forma, dois auditores não devem auditar ao
mesmo tempo itens diferentes em um mesmo local;
O auditor deverá tratar o entrevistado com cordialidade, sem arrogância ou
superioridade, devendo agir de maneira ética;
O auditor deverá falar com calma, com cortesia, voz relativamente baixa, ser
objetivo e amigável, evitar discussões, evitar o uso de palavras complicadas
ou gíria, manter a atenção e comunicação não verbal (distância correta,
aperto de mãos no início e final, etc.);
O auditor deverá evitar que a situação de auditoria conduza a uma inibição
excessiva do auditado (situação, por exemplo, de realizar uma entrevista com
um operário na presença do Presidente da Empresa, com quem o operário
provavelmente nunca teve contato anterior);
O auditor deverá manter o senso de proporção, mantendo uma visão
verdadeira e justa (nota: o auditado tem todo o direito de implantar um SGA
como ele queira, desde que ele siga os tópicos da norma, não
necessariamente da forma que o auditor prefira. Isto não pode constituir
motivo para uma não-conformidade);
O auditor não poderá, de forma alguma, envolver-se em problemas internos
da empresa ou de relações problemáticas entre pessoas e não criticar
qualquer aspecto da administração (manter-se isento e limitado ao escopo da
auditoria);
O auditor deverá perguntar sobre o tipo de trabalho do entrevistado;
O auditor deverá fazer anotações resumidas durante a entrevista;
O auditor deverá fazer uma pergunta de cada vez, e aguardar com calma a
resposta, evitando comentários;
O auditor deverá evitar influenciar o entrevistado com seus comentários, e
sobretudo evitar induzi-lo a conclusões (é importante não confundir auditoria
com consultoria);
Ao final, o auditor deverá registrar o nome completo e função do entrevistado,
agradecendo a cooperação.
32
fontes independentes, tais como observações, registros e resultados de medições.
As declarações não verificáveis devem ser assim identificadas.
Nesta fase dos trabalhos os auditores deverão analisar os sistemas de controle das
empresas, para identificar seus pontos fortes e fracos. Os itens analisados serão:
33
normas, etc., comparando os valores especificados com aqueles efetivamente
atingidos.
34
Devem também ser identificadas as não-conformidades potenciais para aspectos
ambientais importantes, como parte de um processo preventivo. Esse
reconhecimento poderá ser feito com base em um estudo de FMEA (Análise de
Modos de Falha e seus Efeitos), estudos aprofundados de confiabilidade
(probabilidades de falhas), análise de tensões em partes criticas do sistema por
melo de elementos finitos, etc., apresentados ou solicitados pelo auditor. Dessa
forma, a gerência do fábrica poderá a priori tomar ações preventivas para essas
falhas potenciais (introdução de redundâncias, reforços estruturais, melhoria de
controles, etc.).
35
Preparação da reunião de encerramento.
O relatório deverá ser preparado em linguagem clara, precisa e concisa. Ele deverá
estar fortemente apoiado em fatos e dados, citando os eventos e os itens de
regulamentos, leis ou normas que não estão senão cumpridos, se for o caso. Ao
final deste capítulo estão colocadas, como sugestões, duas folhas padronizadas
para acompanhamento de auditorias, sobretudo as internas. O conjunto dessas
folhas, para todas as áreas analisadas, fornece subsídios para os relatórios
preliminar e final.
Evitar conclusões que não possam ser provadas. Por exemplo, evitar colocar
“não foram feitas inspeções mensais nos extintores de incêndio”, e sim “não
foram obtidos registros das inspeções mensais nos extintores de incêndio,
exigência constante do item... do Procedimento Operacional...”.
36
Evitar críticas citando nomes de pessoas. Por exemplo: "Manuel Soares não
vem entregando os relatórios de emissão de poluentes na descarga...", e sim
"O setor de registro de poluentes na descarga não está senão mantido
atualizado".
Reunião de encerramento
37
Indicar as metas da auditoria, o modo de sua realização, os participantes na
empresa;
38
relatório. Deverão ser indicados tanto os pontos positivos quanto os negativos
observados, levando em conta os comentários havidos na reunião de encerramento,
bem como um sumário do processo de auditoria, incluindo quaisquer obstáculos
encontrados.
39
ações, emitindo-se um relatório sucinto. Ou, por outro lado, se houver acordo prévio
com o cliente, o auditor poderá apresentar recomendações para a realização de
ações corretivas das não-conformidades.
A auditoria externa deve ser feita por profissionais qualificados e idôneos, sem
qualquer vínculo com a empresa. O auditor expressará opinião a respeito do
segmento auditado, apresentando parecer sobre o escopo e a confiabilidade dos
trabalhos dos auditores internos, quando houver, e identificando as possíveis falhas.
Na auditoria interna, os auditores são funcionários da própria empresa, previamente
treinados. O objetivo é o aperfeiçoamento dos critérios internos de desempenho da
empresa, além da prevenção de acidentes. Sua função é prevenir e identificar
eventuais não-conformidades.
40
Quanto maior a organização e maior o seu potencial de degradação ambiental, mais
complexo é o seu SGA e, conseqüentemente, os objetivos da auditoria. Em algumas
corporações o SGA está incorporado às áreas de saúde, segurança e/ou qualidade.
Nesse caso, a auditoria de SGA será conduzida em conjunto com auditorias das
demais áreas.
41
5 ALTERNATIVA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DE ISO 14000
42
6 COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO SEGUNDO AS NORMAS ISO 9000 OU ISO
14000
1. Pré-Avaliação
Empresa contata Certificadora;
Certificadora encaminha questionário de avaliação preliminar à
Empresa;
Certificadora recebe questionário respondido, analisa documentação e
realiza pré-auditoria;
Empresa promove correção das não conformidades.
2. Avaliação
Auditoria do Sistema nas instalações da Empresa;
Certificadora analisa o relatório de auditoria;
Caso aprovada emiti-se o certificado, senão dado um prazo para
correção das não conformidades e realizada nova auditoria.
3. Pós-Avaliação
A certificação tem acompanhamento constante (auditorias a cada seis meses), para
verificar a continuidade da conformidade do Sistema da Empresa aos requisitos da
Norma. A Certificadora tem o poder de suspender, cancelar ou revogar o certificado
obtido pela Empresa.
43
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 2
Faça uma declaração de política ambiental detalhada para uma das seguintes
empresas, com no mínimo 15 itens.
44
ATIVIDADE 3
Faça, para uma das empresas exemplificadas no segundo exercício (ou outra de
sua escolha):
45
BIBLIOGRAFIA
46
Donaire, D. Gestão ambiental na empresa. São Paulo : editora atlas, 1995.
Edwards, A. J. ISO 14001 : Environmental Certification. Step by Step. Burlington, MA
(USA) : Elsevier, 2004.
Ferrão, P. C. Introdução à gestão ambiental ; a avaliação do ciclo de vida de
produtos. Lisboa (Portugal) : IST press, 1998.
Philippi Jr et all, editores. Curso de gestão ambiental. Barueri, Sp : Manole, 2004
Instituto Herbert Levy/Gazeta Mercantil/Sebrae/Ibama. Gestão Ambiental.
Compromisso da empresa. 1996.
47
CORREA, Elizeu de Moraes. Elementos para auditoria ambiental pública no âmbito
do Tribunal de Contas. Revista do Tribunal de Contas do Estado do Paraná,
Curitiba, n. 121, p. 79-96, jan./mar. 1997.
ENVIRONMENT and development: expenditures, investment and financing for
sustainable development in Brazil. 2002. Disponível em: <www.ie.ufrj.br>. Acesso
em: 6 out. 2004.
FARIAS, Williams Brandão de; AQUINO, Fausto Stepple de. Os Tribunais de Contas
e o Controle Público na área de meio ambiente: a experiência do TCE/PE. Trabalho
apresentado no 2º Encontro Técnico Nacional de Auditoria de Obras Públicas, Rio
de Janeiro, 2003.
FELLOWS, Mariana. Auditoria Ambiental: ISO 14000. 2003. Palestra apresentada
em 30 jun. 2003 no Curso Prático de Perícias e Auditorias de Engenharia Ambiental
Estudo de Impacto Ambiental, promovido pela ABENC
-RJ / CREA-RJ.
FRANCISCO, Denise Pinheiro. Auditoria Ambiental: instrumento de controle para a
gestão ambiental. Revista OLACEFS, Lima, v. 5, set. 1999.
FREITAS, Leonardo Cardoso de. Responsabilidade ambiental. In: MEDEIROS,
Rodrigo (Coord.); NASSAR,
Cristina (Coord.). Instrumentos aplicados à auditoria ambiental pública. Rio de
Janeiro: UFRJ, 2004.
GIACOMONI, São Paulo, James. Orçamento Público. São Paulo, Editora Atlas,
2000.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. Estatuto da Cidade
para compreender. Rio de Janeiro, 2001. Trabalho realizado pela área de
desenvolvimento urbano e meio ambiente do IBAM para a Caixa Econômica
Federal.
INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES. Normas e Procedimentos de
Auditoria (NPA 11): balanço e ecologia. Rio de Janeiro, 1995.
LA ROVERE, Emílio Lèbre (Coord.). Manual de Auditoria Ambiental. 2.ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2000.
LEGISBRASIL: Programa de Atualização Legislativa Ambiental. Disponível em:
<www.ambientebrasil.com.br>. Acesso em: 20 dez. 2004.
LEMOS, Haroldo Mattos de. Aspirações, exigências e visão internacional quanto à
gestão ambiental. Disponível em: <www.ie.ufrj.br>. Acesso em: 28 dez. 2004.
48
LEMOS, Haroldo Mattos de. Gestão ambiental nas indústrias. 2000. Apostila do
curso de especialização da COPPE/UFRJ.
LIMA, Luiz Henrique. Auditorias ambientais: o problema da quantificação do débito.
2003. Trabalho apresentado no 2º Encontro Técnico Nacional de Auditoria de Obras
Públicas, realizado no Rio de Janeiro.
MACHADO, Paulo Affonso Leme Machado. Direito Ambiental Brasileiro. 12.ed. São
Paulo. Malheiros, 2004.
MAGLIO, Ivan Carlos et. al. Municípios e Meio Ambiente: perspectivas para a
municipalização da gestão ambiental no Brasil. São Paulo: Associação Nacional de
Municípios e Meio Ambiente, 1999.
MALAFAIA, Raimunda Maciel Sacramento. Auditoria Ambiental: uma proposta para
o Tribunal de Contas. Trabalho apresentado no 2º Encontro Técnico Nacional de
Auditoria de Obras Públicas, realizado no Rio de Janeiro, 2003.
MESQUITA, Ronaldo Sant’Anna; ALBUQUERQUE, Guilherme Pinto. Planos e
instrumentos de
planejamento: PPA, LDO e LOA: pontos controversos. TCE RJ Notícia, Rio de
Janeiro, v. 2, n. 10, p. 18-20, mar. 2003.
MINC, Carlos; SABOYA Jorge; GONÇALVES Sebastião. Legislação e gestão
ambientais. Rio de Janeiro: Auriverde, 2004.
OLIVEIRA, Rita de Cássia C. G; BRASIL, Marconi Canuto. Passivos ambientais:
reflexos econômicos e sociais nos setores público e privado. In: Simpósio Nacional
de Auditoria de Obras Públicas, 2004, Rio de
Janeiro. IX SINAOP, 16 a 19 de novembro de 2004: fiscalização: qualidade nas
obras públicas. Rio de Janeiro, 2004. p. 33-46.
4. OLIVEIRA, Rita de Cássia C.G.; FRANÇA Celeste; BIANCHI Paulo. Gestão
ambiental: uma proposta de discussão para inserção dos critérios de gestão
ambiental em auditorias ambientais no âmbito do TCE- BA. Monografia ganhadora
do 2º lugar no Prêmio Osvaldo Velloso Gordilho (2005) sobre o tema: auditoria
ambiental, da legalidade à efetividade.
PORTUGAL. Tribunal de Contas. Auditoria ambiental: a auditoria de gestão às
entidades encarregadas da preservação do meio ambiente. Trabalho apresentado
na X Assembléia Geral OLACEFS, realizada em Brasília, de 14 a 20 de novembro
de 2000.
49
______. ______. Auditoria ambiental: o controlo dos programas de protecção do
meio ambiente como um desafio iniludível das Entidades Fiscalizadoras. Trabalho
apresentado na X Assembléia Geral OLACEFS, realizada em Brasília, de 14 a 20 de
novembro de 2000.
REIS, Heraldo da Costa; MACHADO, J. Teixeira. A Lei 4.320 Comentada, 28.ed. Rio
de Janeiro: IBAM, 1998.
REVISTA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA BAHIA. Salvador, v. 15, n.
18, ago. 2002.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Instituições de Direito Ambiental. São Paulo: Max
Limonad, 2002.
SCHMITT Rosane Heineck; ZAMIN Lígia. Auditoria ambiental e os Tribunais de
Contas. Revista do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, n. 18, jul./dez. 2000.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2003.
TOLMASQUIM, Maurício Tiomno. Economia do meio ambiente: instrumentos
econômicos de controle da poluição. Apostila do curso de especialização da
COPPE/UFRJ.
XAVIER, Hélia Nacif. Planejamento Ambiental: plano diretor e plano estratégico do
município. In: MEDEIROS, Rodrigo (Coord.); NASSAR, Cristina (Coord.).
Instrumentos aplicados à auditoria ambiental pública. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
YOUNG, Carlos Eduardo F. Economia do meio ambiente. In: MEDEIROS, Rodrigo
(Coord.); NASSAR, Cristina (Coord.). Instrumentos aplicados à auditoria ambiental
pública. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
50