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Perícia e Auditoria Ambiental

Perícia e Auditoria Ambiental Compulsória

Aula 2

Profa. Me. Sandra M. Lopes de Souza


Olá!

Assista ao vídeo a seguir, com uma apresentação dos temas que serão
abordados nesta segunda aula.

Introdução

Nesta aula, vamos abordar os objetivos da auditoria ambiental, a sua


evolução e os tipos de auditoria. Além disso, veremos algumas vantagens e
desvantagens em aplicar a auditoria ambiental e os requisitos necessários para
ser um auditor.

Também não deixaremos de falar sobre as legislações ambientais, como


a Resolução n. 306 de 2002, do Conama, entre outras.

Auditoria Ambiental

Para ampliar o nosso estudo sobre o meio ambiente, vamos entender


melhor como funciona a auditoria e a gestão ambiental dentro das
organizações, observar as normas de qualidade e aprender como elaborar uma
auditoria ambiental.

Para tanto, primeiramente vamos entender o que significa a gestão


ambiental.

Conceitos de auditoria ambiental


Guerra (2009) coloca que auditoria ambiental é “condução, proteção da
biodiversidade, controle do uso de recursos naturais, através de regulamentos
e normatização, investimentos públicos, financiamentos, requisitos
interinstitucionais e jurídicos.”

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Já Philippi (2004) diz que a gestão ambiental “inicia quando se
promovem adaptações ou modificações no meio ambiente natural, de maneira
a adequá-lo às necessidades individuais ou coletivas.”

A ISO 19001, de 2002, considera auditoria um

processo sistemático, independente e documentado para obter evidência e avaliá-


la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria do
sistema de gestão ambiental estabelecidos pela organização são atendidos.

Objetivos da auditoria ambiental


Os principais objetivos da auditoria ambiental são:

 Adequação de licenciamento ambiental da atividade auditada;

 Atendimento à legislação de referência e identificação das oportunidades de


melhoria com o plano de ação;

 Acompanhamento da evolução do cumprimento dos compromissos


assumidos.

Para desenvolver a atividade de auditor ambiental, é necessário conhecer os


requisitos mínimos para realizar uma auditoria. Sugiro, então, a leitura da
Resolução n. 306 de 2002, do Conama, disponível no site a seguir:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=306>

O texto do anexo I da Resolução citada anteriormente coloca que a


auditoria ambiental é:

Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e


avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as atividades, eventos,
sistemas de gestão e condições ambientais especificados ou as informações

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relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria
estabelecidos nesta Resolução, e para comunicar os resultados desse processo.
(CONAMA 306:2002).

Já o texto do anexo II determina o conteúdo mínimo das auditorias


ambientais, que são:

 Critérios e abrangência de auditoria;

 O que deve conter, no mínimo, na auditoria ambiental;

 O que deve conter, no mínimo, no relatório de auditoria;

 Os produtos finais da auditoria.

Com a implantação da gestão ambiental nas empresas, iniciou-se uma maior


procura por instrumentos de auxílio aos gestores, a fim de implantar, de maneira
mais eficiente e eficaz, uma nova metodologia ambiental. Essa procura é, hoje, de
nível mundial.

Evolução da auditoria ambiental


Na década de 1970, com o surgimento da auditoria ambiental nos
Estados Unidos, houve experiências de companhias isoladas, com objetivos
próximos da conformidade legal para o meio ambiente, a saúde e a segurança
ocupacional, terminologias e procedimentos heterogêneos.

Já na década de 1990, a Organização Internacional para a Normalização


(International Organization for Standardization − ISO) publicou a série ISO
14000, para auditoria em gestão ambiental, e a série da família ISO.

Porém, em seguida, essas normas foram agregando a norma ISO


19011, de 2002, elaborada por comitês que tratam da gestão ambiental e da
gestão da qualidade (DEMAJOROVIC, 2006).

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Portanto, conforme podemos perceber, as auditorias ambientais se
dividem em três períodos:

No Brasil, as auditorias ambientais datam da década de 1980, com a


expansão de programas de políticas de auditoria e a elaboração de leis e
normativas relacionando o poluidor pagador. A atividade de auditoria ambiental
é bastante recente no país; então, há ainda um grande espaço nesse campo
de atuação.

Assista ao vídeo a seguir para gravar melhor os objetivos, a evolução e


as leis pertinentes à auditoria ambiental.

Vantagens e desvantagens da aplicação da auditoria


ambiental
Quando aplicada, a auditoria ambiental oferece vantagens e
desvantagens, conforme veremos a seguir.

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Para La Rovere (2011, p. 15-16), a principal vantagem é procurar
solucionar ou minimizar os agravos no âmbito ambiental.

Veja a tabela a seguir e compare algumas vantagens e desvantagens:

VANTAGENS DESVANTAGENS

Necessidade de recursos adicionais para


Ferramenta de auxílio para a saúde ambiental
implementar o programa de auditoria
da empresa;
ambiental;

Identificação e registros das conformidades e


Inexperiência das empresas;
não conformidades;

Pressões de grupos ambientais e órgãos


Prevenção de acidentes ambientais; governamentais para demonstrar os resultados
da auditoria ambiental.

Melhoria da imagem da empresa;

Assessoria à alocação de recursos financeiros,


tecnológicos e humanos para proteção do meio
ambiente e, ainda, aos gestores ambientais;

Minimização dos resíduos gerados e dos


recursos utilizados pela empresa;

Auxílio da comparação ou intercâmbio de


informações entre setores da empresa.

Podemos concluir, então, que a aplicação da auditoria ambiental


possibilita a mitigação de ocorrência de acidentes ambientais não atendidos.
Entretanto, a conformidade dos requisitos legais não elimina essas situações.

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Para acrescentar informações ao nosso estudo, sugiro a leitura do artigo que trata
de um estudo de caso bastante interessante dos autores Paulo Fernando Grael e
Otávio J. Oliveira: “Sistemas certificáveis de gestão ambiental e da qualidade:
práticas para integração em empresas do setor moveleiro”, disponível no site a
seguir:

<http://www.scielo.br/pdf/prod/v20n1/aop200802011.pdf>

Tipos de Auditoria Ambiental

Segundo Campos (2009), as auditorias ambientais são classificadas,


geralmente, em função dos seus objetivos:

Quanto à aplicabilidade

Internas ou de primeira parte

Feitas por iniciativa da própria organização, com a finalidade de


determinar se o sistema e os procedimentos da empresa estão melhorando o
seu desempenho ambiental em consonância com seus objetivos.

Externas ou de segunda parte

Realizadas em fornecedores atuais ou prestadores de serviços e têm a


finalidade de melhorar o desempenho ambiental como um todo, diminuir as
responsabilidades civis ambientais potenciais, buscando a padronização de
produtos e processos da empresa contratada em relação aos requisitos da
empresa contratante.

De terceira parte

Realizadas por organizações independentes, que dão certificados ou


registros de conformidade com os requisitos na NBR ISO 9001 ou NBR ISO

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14001, para a avaliação da organização em relação a uma norma de gestão
ambiental.

Pra conhecer melhor a aplicação e a contribuição da ISO 14001, sugiro assistir ao


vídeo “Certificação ISO 14001”, o qual dá uma ideia global de como essa norma é
aplicada nas empresas. Para assistir, acesse o site a seguir:

<http://www.youtube.com/watch?v=-0yHES9cr90>

Quanto ao tipo
Para iniciar uma auditoria ambiental, é necessário saber qual tipo de
auditoria será aplicada. Para tanto, Barbiere (2004) et al. descreve os tipos de
auditoria ambiental. Acompanhe a seguir:

Auditoria crítica ambiental

Feita em organizações que não possuem Sistema de Gestão Ambiental


(SGA) e buscam a auditoria para o gerenciamento de risco da atividade através
da abordagem proativa.

Auditoria de conformidade

Exigência legal, atual ou futura, de normas e diretrizes do setor


industrial, políticas ambientais, normas internas e melhores práticas
ambientais.

A equipe de auditoria necessita de conhecimento pleno dos critérios


utilizados como referência para melhor identificação das não conformidades
com a legislação ambiental.

Mas quais são esses critérios?

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Os critérios são a localização em que a unidade está inserida − país,
estado ou município −, a interferência que tem com os ecossistemas frágeis ou
sujeitos a normas específicas e os tipos de processos e atividades realizadas.

A exemplo, os requisitos vigentes na legislação são:

1. Localização;

2. Principais processos produtivos;

3. Matérias-primas utilizadas e auxiliares;

4. Materiais auxiliares;

5. Produtos e serviços.

Agora assista ao vídeo a seguir, para saber mais sobre as evidências da


auditoria e conhecer as licenças mais usuais que se busca no processo de
auditoria ambiental.

Evidências de auditoria
Segundo a ISO 19011:02, evidências são “registros, apresentações de
fatos ou outras informações pertinentes aos critérios de auditoria e que possam
ser verificáveis.”

As evidências podem ser qualitativas ou quantitativas e as licenças


mais usuais são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI), Licença de
Operação (LO).

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Para mais informação sobre as licenças ambientais e as atividades desenvolvidas
pelas empresas, leia a Resolução n. 237, de 1997, do Conama, disponível no link
a seguir:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>

Outros tipos de auditoria

Auditoria de fusão ou due diligence

É solicitada por um comprador ou intermediário, com a finalidade de


detectar riscos ambientais em potencial ou passivo ambiental.

Geralmente, ocorre em três fases:

 Fase I: investigação e avaliação sistemática em relação aos problemas


ambientais reais e potenciais;

 Fase II: estudo intrusivo, com técnicas de amostragem e científicas,


com o objetivo de saber a extensão dos possíveis problemas
detectados na fase I;

 Fase III: ações corretivas, com o objetivo de remover ou reduzir os


riscos ambientais detectados nas fases anteriores.

Sistema de Gestão Ambiental (SGA)

É aplicada em empresas que já possuem Sistema de Gestão Ambiental


(SGA), conforme recomendado pela ISO 14001:04. Objetiva determinar se as
atividades de gestão ambiental estão em conformidade ou não com a
documentação, o que inclui manuais, procedimentos e instruções de trabalho.
Verifica se são pertinentes ao trabalho ou complementadas de fato e se estão
de acordo com a política da organização.

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Campos (2009) recomenda, para casos específicos de auditoria de SGA, a
adoção da NBR ISO 19011, de 2002.

Você já conhece a ISO 19011, de 2002? Se ainda não conhece, sugiro que faça
uma pesquisa no site indicado e confira!

<http://pt.pdfsb.com/readonline/59464a45665142385733422f446e6c6855513d3d-
4761994>

Auditoria de desempenho

Avalia o desempenho ambiental em uma área de instalação, como o uso


de energia e gerenciamento de resíduos.

Auditoria de desperdícios e de emissões

Tem por objetivo avaliar as perdas e seus impactos econômicos para a


empresa.

Auditoria pós-acidente

Essa auditoria é utilizada para verificar as causas dos acidentes,


identificar as responsabilidades e avaliar os danos causados ao meio ambiente
e à sociedade.

Além disso, serve para observar o atendimento à legislação ambiental e


trabalhista, de acordos voluntários que a empresa tenha, de normas técnicas,
de planos de emergência para casos de acidentes, de programas de
treinamento, entre outros.

Auditoria de fornecedor

Serve para avaliar e selecionar fornecedores, com base na sua


capacidade e nos requisitos da organização, segundo a ISO 9001:2008.

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Vários tipos de fornecedores podem ser auditados, como: fornecedores
de produtos raros, não certificados com a ISO 9001, terceirizados e aqueles
que tiverem histórico de não conformidade com essa ISO, mas que, por algum
motivo, estejam no quadro de fornecedores.

Auditorias pontuais

Destinadas a aperfeiçoar a gestão de recursos, a melhorar a eficiência


do processo e, consequentemente, minimizar a geração de resíduos, o uso de
energia ou de outros insumos.

Auditoria de certificação

Serve para avaliar a conformidade da empresa com princípios


estabelecidos nas normas pelas quais a empresa pretende se certificar e,
ainda, conseguir implantar o SGA.

Auditoria compulsória

Exigida legalmente por órgão governamental, cujos objetivos são a


verificação do atendimento à legislação de referência e identificação das
oportunidades de melhoria em adequação ao Plano de Ação.

Facilita o controle do licenciamento ambiental da atividade auditada e


auxilia no acompanhamento do cumprimento dos compromissos assumidos e
na realização de vistorias, inspeções e fiscalizações.

Os Termos de Ajuste de Conduta (TAC) podem estar associados a medidas


compensatórias, para o caso de não cumprimento dos compromissos
estabelecidos, envolvendo órgão ambiental e o Ministério Público (LA ROVERE,
2011, p. 123)

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O assunto sobre tipos de auditoria é extenso. Portanto, assista ao vídeo
a seguir, que trata sobre as algumas das auditorias e suas aplicabilidades.

Estados e Respectivas Legislações para Auditoria


Compulsória

 São Paulo − o Decreto n. 47.400, de 2002;

 Ceará − Lei n. 12.685, de 1997.

 Rio de Janeiro − Lei n. 1.898, de 1991;

 Minas Gerais − Lei n. 15.017, de 2004;

 Paraná − tem a legislação mais abrangente, Lei n. 13.448, de 2002.

Mesmo que somente alguns estados possuam uma legislação para a


auditoria compulsória, essa continua sendo uma grande tendência mundial,
pois as vantagens das auditorias são inúmeras.

Para conhecer maiores detalhes sobre as leis citadas anteriormente e sobre as


atividades que exigem licenças obrigatórias, sugiro visitar o site indicado.

<http://ambienteduran.eng.br/auditoria-ambiental-compulsoria-leg>

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Auditoria interna
A aplicação da auditoria interna contribui para avaliar o processo
ambiental da empresa. Para Barbiere (2006), a auditoria interna é nada mais
do que uma autoavaliação do SGA realizada pelo próprio pessoal da
organização ou contratado, com objetivos de aperfeiçoá-lo e avaliar o
desempenho ambiental.

Esse tipo de auditoria também é denominado “auditoria de pré-


certificação”.

Campos (2009) diz que ela deve ser executada por pessoas idôneas,
independentes da empresa, com o objetivo principal de apresentar uma opinião
sobre o segmento auditado e pareceres sobre o escopo. Deve passar a
confiabilidade dos trabalhos dos auditores internos e identificar possíveis
oportunidades de melhorias.

Auditoria externa
A auditoria externa deve ser executada por profissionais contratados ou
externos, idôneos e independentes da empresa. Na sua maioria, essas
auditorias são realizadas para obtenção de certificações ou implantação de
SGA.

Esse tipo de auditoria também é conhecido como “auditoria de terceira


parte”.

Agora, sugiro que assista ao vídeo a seguir, no qual a professora aborda


mais detalhadamente as auditorias interna e externa.

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Responsabilidades e Atividades dos Atores no
Processo da Auditoria

Vamos relacionar, nesta parte, as responsabilidades dos envolvidos no


processo da auditoria, que podem ser bastante diferentes. Cada ator
desenvolve uma determinada função com responsabilidades específicas e eles
se dividem em: auditor líder, auditor, cliente, auditado e os demais participantes
da equipe auditor.

Auditor líder − é a figura Auditor − também possui uma


principal na equipe e coordena série de atribuições e
as atribuições. responsabilidades.

Os demais integrantes da auditoria também têm as suas responsabilidades, que


devem ser acordadas no escopo e nos objetivos desta.

Requisitos para qualificação de auditores ambientais


O item 7 da ISO 19011:02 estabelece requisitos para um auditor de
sistema de gestão ambiental e serve para qualquer tipo de auditoria. Ele
aborda a educação, a experiência profissional, o treinamento em auditoria e a
experiência que um auditor deve ter.

Diante do que estudamos nesta aula, podemos concluir que, para se tornar
um bom auditor ambiental, é necessário, antes de qualquer coisa, estar
habilitado, ter conhecimentos específicos e genéricos, estar atualizado e ter
ética profissional.

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Síntese

Assista ao vídeo a seguir, que apresenta a síntese dos principais


assuntos que estudamos nesta aula, com exemplos e atividades que são
passíveis de uma auditoria ambiental.

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1. Existem diversos tipos de auditoria ambiental e cada uma tem seus
objetivos. Assinale a alternativa que contém as opções corretas relativas
aos tipos de auditorias e os respectivos objetivos.

I. A auditoria de pós-acidente é utilizada para verificar a época em que


ocorreu o acidente e não se preocupa com a causa e as
responsabilidades.

II. A auditoria compulsória tem por objetivo a verificação do atendimento à


legislação de referência e a identificação de oportunidades de melhoria e
adequação ao plano de ação da empresa.

III. A auditoria due diligence tem a finalidade principal de detectar riscos


ambientais em potencial ou passivo ambiental para o comprador ou
empreendedor.

IV. A auditoria de conformidade tem como objetivo mostrar que a empresa


está em conformidade legal em relação ao plano de ação da empresa.

V. A auditoria de desperdícios e de emissões tem por objetivo expor, no


balanço patrimonial, as perdas e seus impactos econômicos.

a. Estão corretas as alternativas I, II e IV.

b. Estão corretas as alternativas III e V.

c. Estão corretas as alternativas I e IV.

d. Estão corretas as alternativas II, III e IV.

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2. As auditorias ambientais são classificadas, geralmente, em função dos seus
objetivos. Sendo as auditorias de primeira, segunda e terceira parte, quanto
à sua aplicabilidade, escolha as alternativas que melhor as definem.

I. Diz-se que a auditoria de primeira parte é “aquela realizada por


empresas contratadas, sem finalidade de melhorar o desempenho
ambiental da organização”.

II. A auditoria de primeira parte é “aquela realizada por iniciativa da própria


organização, ou seja, por profissionais da própria organização, e tem a
finalidade de determinar se o sistema e os procedimentos estão
resultando em um bom desempenho ambiental”.

III. A auditoria de segunda parte é “também chamada de auditoria externa e


é realizada por partes que têm interesse na organização, como clientes
ou pessoas em seu nome”.

IV. A auditoria de terceira parte é “realizada por integrantes internos e tem


como objetivo balizar as conformidades legais”.

V. A auditoria de terceira parte pode seguir o exemplo da ISO 14001:02 e


ISO 19011:02, pois “são realizadas por organizações que promovem
certificações ou registros de conformidade conforme requisitos das ISO
citadas”.

a. Estão corretas as alternativas II, III e V.

b. Estão corretas as alternativas III e IV.

c. Estão corretas as alternativas I e V.

d. Estão corretas as alternativas I, II e IV.

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Referências

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em: <http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=1122>. Acesso em: 19 jan.
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BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


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CAMPOS, L.; LERIPIO, A. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão.
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