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Manual do formando

Gestã o Ambiental
[Escreva o subtítulo do documento]
Introdução
Objectivos
Identificar as premissas da sustentabilidade ambiental
Relacionar as actividades económicas e a poluição ambiental

Compreender a necessidade da implementação de sistemas de gestão ambiental para a


sustentabilidade ambiental
Conhecer o percurso dos normativos voluntários de gestão ambiental

Reconhecer razões, vantagens e desvantagens inerentes à implementação de sistemas de


gestão ambiental

Tópicos
Introdução à Gestão Ambiental
Sustentabilidade Ambiental
Actividades económicas e poluição ambiental
Gestão Ambiental
Evolução dos Sistemas de Gestão Ambiental
Razões para implementar um sistema de gestão ambiental
Dificuldades na implementação de um sistema de gestão ambiental

1 Introdução à Gestão Ambiental

1.1 Sustentabilidade Ambiental

Os problemas ambientais não conhecem fronteiras nacionais. A diminuição da camada de ozono, os


efeitos das mudanças climatéricas, a poluição dos mares e a destruição das florestas afectam a
população mundial. O barulho da aviação, as emissões dos canos de escape dos veículos, os lixos, a
qualidade da água dos rios e o ambiente que nos rodeia têm um grande impacto na nossa saúde e
bem-estar.

É paradoxal, mas os comportamentos descritos devem-se ao fulgurante desenvolvimento económico!


É imperioso que o crescimento económico deixe de ser feito à custa da delapidação do ambiente. A
“World Commission on Environment and Development” no relatório Brundtland, “Our Common
Future”, emitido em 1987, abordou o conceito de “desenvolvimento sustentável” com a mensagem de
que “a satisfação das necessidades da geração actual não devem comprometer a capacidade das
gerações futuras satisfazerem as suas”.
Em 1992 a “United Nations Conference on Environment and Development (UNCED)”, conhecida por
“Conferência do Rio - Eco 92”, reuniu o maior número de sempre de chefes de governo e primeiros
ministros, além de ter colocado nas sua agenda pública e política os problemas ambientais, teve o
mérito de mostrar para todo o mundo, que o crescimento económico só será possível com a
protecção simultânea do meio ambiente e que o bem-estar das pessoas não pode diminuir com o
passar do tempo, ou seja, o desenvolvimento económico não pode ser sustentado à custa da
delapidação da riqueza natural.

É necessário demonstrar que o crescimento económico só será possível com a protecção simultânea
do meio ambiente e que o bem estar das pessoas, não pode diminuir com o passar do tempo, ou
seja, o desenvolvimento económico não pode ser sustentado à custa da delapidação da riqueza
natural.

Os governos estão a ser pressionados publicamente para entrarem em acção, obrigando as


organizações a responsabilizarem-se pelos seus actos e a melhorarem as suas performances
ambientais. Existem outros sinais de que a agenda ambiental é uma preocupação actual:

 A consciência ambiental dos consumidores torna-os mais selectivos na escolha de produtos e


serviços, nomeadamente, ao nível da biodegradabilidade, reciclagem e reutilização.

 Estão-se a desenvolver programas de “rótulos ecológicos” e “sistemas de gestão ambiental”


que permitem a acreditação de produtos ou das próprias organizações, em termos
ambientais.

 Os investidores, em geral, querem estar seguros de que os seus investimentos respeitam o


ambiente. Os bancos e outras instituições estão a introduzir factores ambientais nos critérios
de selecção de investimentos.

 Os parceiros negociais estão, mais do que nunca, interessados nas políticas ambientais das
empresas com quem mantêm relações de negócio, ou por motivos de cooperação, ou para os
abandonar quando as suas performances ambientais não os satisfizerem.

 Os empregados qualificados mostram desejo de trabalhar em empresas que respeitem o


ambiente e que tenham uma boa imagem pública.

 As autoridades locais, grupos comunitários e comunicação social interessam-se, por várias


razões, pelos impactos ambientais exercendo influência nas performances das companhias.

 Os grupos de pressão, em todo o mundo, têm o poder de mobilizar a opinião pública,


favorecendo ou não, as actuações das organizações.
Em jeito de conclusão pode dizer-se que o desenvolvimento sustentável assenta em três dimensões:
económica, ambiental e social

As três dimensões do desenvolvimento sustentável

1.2 Actividades económicas e poluição ambiental

Segundo a directiva 96/61/CE do Conselho de 24/9/96 relativa à prevenção e controlo integrados da


poluição, entende-se por poluição, “a introdução directa ou indirecta, por acção humana, de substâncias,
vibrações, calor ou ruído no ar, na água ou no solo, susceptíveis de prejudicar a saúde humana ou a
qualidade do ambiente e de causar deteriorações ou entraves ao usufruto do ambiente ou a outras
utilizações ilegítimas deste último.”

Poluir será, pois, ameaçar o funcionamento dos meios naturais, explorando-os acima dos seus níveis de
reversibilidade ou despejando detritos em grande escala sem preocupações de reciclagem para os
recolocar, de novo, no funcionamento da máquina económica. Ao nível individual ou duma empresa,
poluir equivale a participar na degradação do ambiente, ameaçando o equilíbrio natural, contribuindo
para o esgotamento dos recursos naturais ou para a sua degradação (Ordre Des Experts Contables,
1996a).

Um poluente será qualquer material estranho ou forma de energia, cujo grau de transferência entre
os seus componentes e os factores do ambiente é de tal modo alterado, que o bem-estar dos
organismos ou ecossistemas é, negativamente, afectado. Os poluentes subsistem sob a forma de gases,
líquidos, sólidos, ruídos, odores, descargas radioactivas, ou outras, incapacitando os recursos para os
seus fins específicos ou afectando adversamente humanos, edifícios ou a vida animal
(Henning, 1989). Os poluentes afectam o ar, a água, os solos e a vida em geral, verificando-se, em muitas
circunstâncias, efeitos sinergéticos trágicos que estão na origem dos desastres ambientais

A indústria é um dos principais factores de poluição a nível mundial, consumindo a maior percentagem
de oxigénio das águas continentais, sendo a grande responsável pela contaminação das águas
costeiras, a maior emissora de dióxido de enxofre e outras substâncias perigosas para a atmosfera e a
produtora de resíduos, não em maior quantidade, mas com o maior grau de toxicidade (Fernandéz,
1991; Beaud e Bouguerra, 1993).

Os impactos negativos sobre o meio ambiente podem manifestar-se, entre outras, através das seguintes
formas (Winter, 1992):

 Consumos excessivos de água, energia e matérias-primas.

 Consumo de materiais pouco ecológicos, dentro da empresa, para usos gerais

 Consumo de materiais de embalagem prejudiciais ao ambiente.

 Consumo de substâncias nocivas nos processos produtivos, lesivas do ambiente e causadoras


de doenças profissionais.

 Concepção de produtos com embalagens volumosas sem utilizações alternativas ou com


materiais não recicláveis e que estão a tornar o ambiente numa grande lixeira.

 Efluentes industriais, que são desperdícios sob a forma líquida ou gasosa, descarregados no
meio ambiente, tratados ou não. Geralmente, referem-se a poluentes introduzidos em meio
aquático, cujo potencial nocivo pode incluir a desoxigenação, assoreamento e envenenamento
de rios, lagos e mares (Lowe, 1980).

 Emissões industriais, que são descargas na atmosfera, de determinados tipos de gases ou de


desperdícios solúveis, tratados ou não.

 Emissões de gases com cheiro pestilento provenientes das indústrias ofensivas (offensive
trades), como matadouros, fabricantes de rações, indústrias de peixe, gorduras.

 Ruídos excessivos devidos à própria maquinaria e que podem ser a causa de algumas doenças
profissionais ou de incómodo da vizinhança.

 Resíduos em geral. Segundo o Decreto-Lei nº 178/2006 de 5 de Setembro, que aprova o regime


geral da gestão de resíduos entendem-se por resíduo, “qualquer substância ou objecto de que o
detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados
na Lista Europeia de Resíduos (LER).

 Resíduos perigosos. O Decreto-Lei nº 178/2006 define resíduo perigoso como “o resíduo que
apresente, pelo menos, uma característica de perigosidade para a saúde ou para o ambiente,
nomeadamente os identificados como tal na LER”. De entre estes podem destacar-se:

o Resíduos de materiais perigosos, inorgânicos ou minerais que não se decompõem nos seus
elementos básicos pela acção de microorganismos permanecendo no meio ambiente por
longos períodos de tempo e que são os grandes responsáveis pela contaminação de solos.
o Resíduos tóxicos, que são um tipo especial de resíduos perigosos. Nestas categorias
incluem-se anti-congelantes, amianto, óleo de travões, luzes fluorescentes, resíduos
resultantes do polimento de mobílias, limpadores de fornos, petróleo, medicamentos antigos,
pinturas e solventes, pesticidas, herbicidas, entre outros. O grau de nocividade pode ser
medido pelas seguintes características: (1) toxicidade (grau de envenenamento), (2)
persistência (tempo de decomposição) e (3) bioacumulação (repercussão na cadeia
alimentar) (Sadgrove, 1997).

 Explorações a céu aberto que levam à erosão e à degradação paisagística.


 Abate de largas áreas de floresta que estão a provocar um aumento adicional, na atmosfera, de
dióxido de carbono, além do fenómeno do desflorestamento (Lowe, 1980).
 Transporte inadequado de substâncias tóxicas que já estiveram na origem de graves acidentes
ambientais.

:Desequilíbrio dos ecossistemas como resultado da poluição ambiental

Síntese
Poluir é ameaçar o funcionamento dos meios naturais, explorando-os acima dos seus níveis de
reversibilidade
Um poluente é qualquer material estranho ou forma de energia, cujo grau de transferência entre os
seus componentes e os factores do ambiente é de tal modo alterado, que o bem-estar dos organismos
ou ecossistemas é, negativamente, afectado
O Homem deve maximizar a utilização dos recursos perpétuos, assegurar a renovação dos recursos
renováveis, e minimizar a utilização dos recursos não renováveis

1.3 Gestão Ambiental

A Gestão Ambiental pode ser definida como um conjunto de processos, que gerem as relações entre o
ser humano e o ambiente, e as transformações por ele proporcionadas, tendo em linha de conta
variáveis, como o desenvolvimento sustentável, as políticas ambientais, a legislação ambiental,
internacional, comunitária, nacional e as auditorias ambientais.

Sob o ponto de vista das empresas/organizações, a gestão ambiental é um aspecto funcional de


gestão, que desenvolve e implementa as políticas e estratégias ambientais na conquista de uma
situação ambiental desejada, verificando-se que está a crescer a preocupação em atingir e demonstrar
um desempenho mais satisfatório em relação ao meio ambiente.

Actuar sobre as modificações causadas no meio ambiente, como por exemplo, a deposição de
resíduos, ou as emissões e/ou efluentes contaminados, para manter um ambiente saudável para todos,
no presente e no futuro, exige uma mudança na cultura empresarial, que deve ser alavancada pelo
recurso sistemático a ferramentas, especificamente criadas para o efeito, como é o caso dos Sistemas
de Gestão Ambiental (SGA), que são parte de um sistema de gestão de uma organização, utilizados
para desenvolver e implementar a sua política ambiental e gerir os seus aspectos ambientais.

1.4 Evolução dos Sistemas de Gestão Ambiental

Do ponto de vista histórico a primeira norma de gestão ambiental, baseada no ciclo de Deming (PDCA –
Plan-do-Check-act) foi publicada em 1992 pelo organismo britânico, British Standards Institution (BSI),
sendo conhecida por BS 7750, com os seguintes objectivos, entre outros:

 Complementar a norma sobre sistemas da qualidade, BS 5750


 Servir as necessidades de profissionais generalistas e não especificamente especialistas em
meio ambiente
 Possibilitar a sua aplicação a todos os tipos de empresas
 Apoiar as normas e leis ambientais existentes, ou em preparação.

Começou por ser implantada num programa piloto de 230 empresas o que permitiu uma revisão em
1994, mais sob o ponto de vista da clarificação, do que de alterações de fundo.

Boa parte do texto desta norma, foi utilizado no projecto da Comunidade Europeia, conhecido como o
regulamento EMAS (Eco management and audit scheeme), que foi aprovado definitivamente em 1993
com a designação de “Regulamento CEE nº 1836/93, que permitia que as empresas do sector industrial
aderissem voluntariamente a um sistema comunitário de gestão e auditoria ambiental, de forma a
melhorarem as suas actuações ambientais e facilitando a informação à sociedade.

Também em 1993 apareceu uma norma espanhola denominada UNE 77-801, e uma norma francesa,
XF 30-200, na mesma linha da BS 7750.

No início da década de 90, a ISO (International Standard Organization), organização não-


governamental, fundada em 1947, com sede em Genebra, na Suíça, verificou a necessidade de
desenvolver normas sobre a questão ambiental, com o intuito de padronizar processos de empresas que
utilizassem recursos naturais e/ou causassem algum dano ambiental, decorrente de suas actividades.

No ano de 1993, a ISO reuniu diversos profissionais e criou um comité, designado por “Comité Técnico
TC 207”, dividido em diversos sub comités com o objectivo de desenvolver normas (série 14000) nas
seguintes áreas ambientais:
Sub comité 1 Sistemas de gestão ambiental

Sub comité 2 Auditorias ambientais

Sub comité 3 Rotulagem ambiental

Sub comité 4 Avaliação do desempenho ou performance ambiental

Sub comité 5 Análise do ciclo de vida

Sub comité 6 Definições de conceitos

Sub comité 7 Integração de aspectos ambientais no projecto e desenvolvimento de produtos

Sub comité 8 Comunicação Ambiental

Sub comité 9 Mudanças climáticas

Até ao momento actual, foram publicadas variadíssimas normas, ISO, algumas já foram revistas e outras
aguardam publicação. Na figura seguinte apresenta-se o panorama geral das normas série ISO 14000 e
sobre a questão ambiental.

De todas as normas ISO, entretanto criadas a de maior divulgação e utilização é a norma de enfoque na
organização – Sistemas de Gestão Ambiental - ISO 14001, que estabelece as directrizes básicas para o
desenvolvimento de um sistema de gestão da ambiental e que é certificável por terceiras entidades. A 1ª
edição desta norma é de 1996. A sua tradução em Portugal é mais tardia, sendo conhecida por EN ISO
14001: 1999.
Resumo das normas série ISO 14000

Em 2001 foi revisto o regulamento EMAS, que levou à sua revogação, sendo suportado actualmente
pelo Regulamento (CE) nº 761/2001 do PE e do Conselho, com as alterações introduzidas pelo
Regulamento (CE) 196/2006 do PE e da Comissão que altera o seu Anexo I, tendo em vista a
aproximação à norma ISO 14001:2004

Como a cada 5 anos as normas ISO estão sujeitas a um processo de revisão, o respectivo Comité
Técnico, após 4 anos de trabalho, publicou em 15.11.2004 a nova ISO 14001:2004, não para
acrescentar novos requisitos, mas sobretudo para clarificar, simplificar e promover um maior alinhamento
com a norma ISO 9001:2000. Neste processo de revisão também foi publicada uma versão actualizada
da norma ISO 14004 (texto em inglês). Em Portugal e após uma emenda à norma no ano de 2006, a
norma é apresentada como NP EN ISO 14001:2004 /emenda 1:2006 (1ª ed), adiante designada por ISO
14001:2004.

A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) constitui uma ferramenta estratégica para
as organizações, possibilitando a identificação de oportunidades de melhoria que reduzam ou minimizem
os impactes sobre o ambiente, das actividades da organização.

A implementação nas organizações de sistemas de gestão ambiental (SGA) tem aumentado


significativamente, verificando-se, a nível mundial e também em Portugal, um crescimento muito
considerável do número de entidades que solicitam a certificação dos respectivos SGA. No nosso país
existem várias empresas acreditadas para a certificação de SGA, nomeadamente a APCER, SGS, EIC,
BVQI, TUV, QSCB, o que demonstra o interesse crescente por esta actividade, pelo menos desde o ano
de 2000, como se pode verificar nos quadros seguintes:

Panorama português da certificação ambiental

1.5 Razões para implementar um sistema de gestão ambiental

A implementação de um SGA é suportada por um número razoável de considerações, o que de certo


modo justifica a evolução de empresas certificadas no mundo inteiro e em Portugal também. Os SGA
tanto podem surgir por motivações inevitáveis, como pelas vantagens e potencialidades que advêm
da sua implementação.

Motivações e vantagens na implementação de SGA

Tabela: Motivações para a implementação de um SGA

Exigências de clientes (imposições de índole ambiental que terão obrigatoriamente de


satisfazer para que se mantenham as respectivas relações comerciais)
Exigências de investidores (critérios ambientais nas decisões de investimento)

Exigências de conformidade legal (legislação ambiental e respectiva fiscalização é


progressivamente mais exigente o que implica uma melhoria do desempenho
Motivações ambiental das empresas)
Ecomarketing e melhoria de imagem

Redução de custos, nomeadamente, com seguros de responsabilidade civil.

Responsabilidade ambiental e social traduzida no comprometimento da redução da poluição,


conservação dos recursos naturais, melhorias nas condições de trabalho
Tabela : Vantagens e Potencialidades na implementação de SGA

 Aumento da eficiência de processos que se podem traduzir em redução de custos


com a prevenção ou minimização de impactes ambientais
 Economias devido à redução de consumos
Redução
de  Maiores facilidades em financiamentos
Custos
 Redução em taxas de seguro
 Redução do potencial de coimas

 Aumento da contribuição marginal de "produtos verdes" que podem ser vendidos a


preços mais altos.
 Aumento da procura para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
Aumento
 Economias devido à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e diminuição
de
receita de efluentes
s  Novas linhas de produtos para novos mercados.
 Satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso ao capital

 Liderança no mercado
 Aumento de quotas de mercado directamente relacionadas com produtos ecológicos
Aumento
de  Melhoria da imagem
Vantagen
s  Melhoria das relações públicas, e internas com trabalhadores e colaboradores
competitiv  Reconhecimento internacional por ter obtido certificações ambientais
as

 Controlo de requisitos legais ambientais e outros requisitos


 Diminuição de riscos de acidente ambientais e profissionais
 Melhoria da eficiência operacional ou de processos traduzida por:
o Melhorias na gestão de recursos
Internas o Melhorias no controlo da poluição
o Melhorias na prevenção da poluição
 Motivação e consciencialização de colaboradores decorrentes da aplicação
de programas de sensibilização e/ou formação
 Melhoria contínua do desempenho ambiental
 Diferencial competitivo - Melhoria de imagem ambiental aumento de
produtividade, conquista de novos mercados
 Melhoria organizacional – gestão sistematizada, integração da qualidade
ambiental à gestão, consciencialização de colaboradores, melhores
Sinergétic parcerias com a comunidade
as
 Minimização de custos - Eliminação dos desperdícios, obtenção da
conformidade ao menor custo e racionalização da alocação de recursos
 Minimização de riscos – segurança legal e efectiva, minimização de
acidentes, redução de passivos ambientais, identificação de vulnerabilidades

1.6 Dificuldades na implementação de um sistema de gestão ambiental

A par dos inegáveis benefícios existem sérias dificuldades que podem obstar à implementação de
SGA, nomeadamente:

 Alteração de mentalidades, práticas e procedimentos


 Legislação vaga, ou muito complexa, ou dispersa ou contraditória, ou omissa ou pouco
exequível
 Custos elevados com consultoria
 Custos elevados para obter conformidade com a legislação
 Custos elevados para fazer face às necessidades de formação
 Custos elevados para a obtenção da Certificação/registo

Síntese

A gestão ambiental gere as relações entre o ser humano e o ambiente e as transformações


ambientais por ela proporcionadas, com base no desenvolvimento sustentável, políticas e
legislação ambientais.
Os sistemas de gestão ambiental apareceram na década de 90, mas o grande desenvolvimento
apenas se verifica com a publicação da norma ISO 14001 em 1996, estando actualmente em vigor
a EN ISO 14001:2004/emenda 1:2006 (Ed 1), designada neste manual por ISO 14001:2004
Tem sido muitas as razões que levam as organizações à implementação de SGA, destacando-se,
sobretudo as vantagens económicas que podem trazer aumento de receitas, de mercado pela
melhoria de imagem, internas pelo aumento da eficiência e redução de custos e sinergéticas por
potenciarem cada uma das vantagens anteriores.
Também são apontadas desvantagens, mas as que tem maior peso associam-se aos custos de
implementação, manutenção e certificação.
Apresentação da Norma EN ISO 14001:2004 – Análise dos requisitos do
planeamento

Objectivos Gerais:
Interpretar os requisitos de uma SGA segundo a norma ISO 14001 a uma
organização.
Específicos:
Conhecer a metodologia em que se baseia a implementação de um SGA
Conhecer e compreender a estrutura da norma ISO 14001:2004
Identificar os principais termos e definições
Compreender a abrangência do conteúdo do requisito “Requisitos Gerais”
Identificar os requisitos a que deve obedecer a política ambiental
Analisar as características dos requisitos do planeamento

Norma ISO 14001:2004


2.1 Estrutura da Norma ISO 14001:2004

A presente NI encontra-se organizada da seguinte forma:

Clarificação muito importante sobre o espírito da tradução de alguns dos termos utilizados
nesta NI:
Preâmbulo  “Deve” ou “devem” (“shall”) – para um cariz de exigência
Nacional  “Deverá” ou “deverão” (“Should”) – para um cariz de aconselhamento/conveniência
 “Pode” ou “Podem” (“can”) – para um cariz de capacidade para
 “Poderá” ou “Poderão” (“may”) – para um cariz de alternativa a

Faz referência ao comité de elaboração – Comité técnico ISO/TC 207, à forma como esta
Preâmbulo NI adquire o estatuto de norma nacional e aos países onde esta NI deve ser implementada
pelos organismos nacionais de normalização, onde se refere Portugal.
O texto de introdução começa por fazer referência a questões de sustentabilidade
ambiental, destacando-se entre outros os seguintes pontos:
 Esta NI especifica os requisitos para a implementação e manutenção de um SGA, para
qualquer tipo de organização, cuja finalidade global é apoiar a protecção ambiental e
prevenir a poluição.
 Esta NI descreve os requisitos para um SGA e que pode ser utilizada para uma (1)
certificação/registo, e/ou (2) auto-declaração do seu SGA., não estabelecendo no
Introdução entanto requisitos absolutos de desempenho ambiental, para além dos compromissos
estabelecidos na política ambiental e no cumprimento dos requisitos legais e outros.
 Esta NI não inclui orientações relativas às técnicas de gestão ambiental, que estão
incluídas em outras normas relativas a gestão ambiental.
 Esta NI contém apenas os requisitos ambientais, que podem ser objectivamente
auditados, mas não garantindo por si só resultados óptimos.
 O detalhe, complexidade, documentação e outros recursos dependem do âmbito do
sistema e da dimensão da organização.

Esta NI é aplicável a qualquer organização que pretenda:


 Desenvolver um SGA
1.Objectivo
e campo  Assegurar a sua conformidade com a sua política ambiental (PA)
de
 Demonstrar conformidade com esta NI:
aplicação
 Efectuar uma auto-avaliação e auto-declaração

 Obter a confirmação da sua conformidade por partes interessadas (ex: clientes)


 Obter a confirmação da auto-declaração por uma entidade externa à organização
 Obter a certificação/registo do seu SGA por uma organização externa

2.Referência Não são referidas quaisquer referências a não ser a edição anterior da própria
s norma, ou seja a ISO 14001:1996
Normativas
3.Termos e Esta NI utiliza um determinado tipo de vocabulário que define de forma clara neste
definições ponto da norma

4.Requisito Neste ponto da NI descrevem-se os requisitos que podem ser objectivamente


s do SGA auditados. É o elemento fulcral da norma.

Linhas de orientação para a utilização da presente NI – neste ponto da norma são


Anexo A – apresentadas informações adicionais aos seus 4 pontos, no sentido de evitar
Informativo interpretações erróneas. A numeração deste ponto é a mesma que se apresenta
no ponto 4 da norma.

Anexo B –
Correspondência entre a ISO 14001:2004 e a ISO 9001:2000
informativo

Bibliografi Neste ponto identifica as normas da série ISO que são referidas na presente
a norma.

Pretende-se que esta NI seja aplicável a organizações de todos os tipos e dimensões, condições
geográficas e culturais. A presente NI contém apenas os requisitos que podem ser objectivamente
auditados. As orientações relativas às técnicas de gestão ambiental estão incluídas em outras
normas internacionais, nomeadamente a norma ISO 14004:2004. Segundo o objectivo e campo de
aplicação, esta NI tem vários níveis de aplicação, sendo que o estádio final é o que corresponde à
obtenção da certificação/registo do seu SGA por uma entidade certificadora externa. A certificação é
o processo de atestar a conformidade com um documento de referência, de forma credível. Tal como
já referimos, existem em Portugal várias entidades certificadoras e nem todas têm os mesmos
procedimentos de certificação.

Da estrutura desta Norma Internacional (NI) o ponto Introdução destaca que é baseada na conhecida
metodologia Ciclo de Deming, PDCA (Plan-Do-Check-Act) (Planear-agir-verificar-actuar), (tal como nos
sistemas da qualidade):

Ciclo de Deming

Muitas organizações gerem as suas operações através da aplicação de um sistema baseado em


processos e respectivas interacções, o que pode ser designado por “abordagem por processos”. A ISO
9001 promove esse tipo de abordagem e como o ciclo PDCA pode ser aplicado a todos os processos, as
duas metodologias são compatíveis

De entre as 20 definições que a norma apresenta no ponto 3, e que devem ser dominadas por quem
pretende estabelecer e/ou implementar um SGA, destacam-se, pela frequência da utilização e
importância, as que se apresentam na figura seguinte e que serão objecto de clarificação no estudo dos
requisitos desta NI.
Relação entre alguns dos termos e definições referidos no ponto 3 da norma

O ponto 4 desta NI está organizado em função dos cinco princípios em que se baseia a sua aplicação,
com vista à melhoria contínua.

Os cinco princípios da norma ISO 14001


2.2 Análise do requisito “Requisitos Gerais” (4.1)

A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um


sistema de gestão ambiental de acordo com os requisitos da presente Norma Internacional, e
4.1
determinar como irá cumprir tais requisitos.
Requisitos
Gerais A organização deve definir e documentar o âmbito do seu sistema de gestão ambiental.

A especificação deste requisito está baseada no conceito de que a organização irá periodicamente
fazer análises críticas, rever e avaliar o seu SGA para identificar oportunidades de melhoria e sua
implementação. Pretende-se que melhorias na gestão ambiental resultem em melhorias
adicionais no desempenho ambiental.

Objectivamente este requisito indica a necessidade de definir e documentar o âmbito do SGA.


A definição do âmbito tem como objectivo clarificar as fronteiras da organização a que o sistema de
gestão ambiental é aplicável, especialmente se a organização é parte de uma organização mais
alargada num determinado local. Uma vez definido o âmbito, todas as actividades, produtos e
serviços da organização que façam parte desse âmbito necessitam de ser incluídos no sistema de
gestão ambiental.

No entanto, é da análise atenta do ponto A1 do Anexo A da norma ISO 14001:2004, que se


deduzem informações mais consubstanciadas sobre alguns aspectos da implementação e
manutenção do SGA. Dessa análise resultou o fluxograma representado na figura 9, que mais não
é do que uma interpretação figurativa do requisito 4.1 “requisitos gerais”, donde se destaca a
indicação de que, se a organização vai iniciar pela 1ª vez a implementação de um SGA deve fazer
um Levantamento Ambiental. Apesar de não lhe dar um cariz de exigência, considera que
é uma actividade fundamental na estruturação e implementação do SGA.

2.3 Análise do requisito Política Ambiental (4.2)

A Gestão de topo deve definir a política ambiental da organização e garantir que, no âmbito
definido para o seu sistema de gestão ambiental, esta política
é adequada à natureza, à escala e aos impactes ambientais das suas actividades, produtos e
serviços,
inclui um compromisso de melhoria contínua e de prevenção da poluição,
inclui um compromisso de cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e de outros requisitos que
a organização subscreva relativos aos seus aspectos ambientais,
4.2 proporciona o enquadramento para estabelecer e rever os objectivos e metas ambientais,
Política está documentada, implementada e mantida,
Ambiental
é comunicada a todas as pessoas que trabalham para a organização ou em seu nome, e
está disponível ao público.
A política ambiental, que deverá ser definida no início do processo de implementação do SGA,
representa os princípios pelos quais a organização se rege em termos ambientais. Deve
servir de base ao estabelecimento de objectivos e metas, neste sentido a PA deve definir os
princípios do desempenho ambiental da organização através dos quais o SGA é avaliado. A PA
deve ser adequada à organização, logo deve reflectir a sua natureza, escala e impactes
ambientais associados às suas actividades, produtos e serviços, As decisões que a organização
toma em sede de planeamento devem ser justificadas e suportadas ao nível da política. O
conteúdo da PA deve ser baseado nestes 3 compromissos:

 Melhoria contínua – orientar a organização para a melhoria continua do SGA. Como o


compromisso não implica uma actuação simultânea em todas as áreas a política pode
identificar áreas prioritárias de actuação.

 Prevenção da poluição - este compromisso não implica uma actuação simultânea em


todas as todas as áreas: produtos, serviços, processos, daí que a PA deva esclarecer
quais as áreas de actuação no âmbito deste compromisso

 Cumprimento de RLOA - que a organização subscreva - a conformidade legal é o


patamar mínimo do desempenho ambienta

Não existe um modelo específico para a sua elaboração, no entanto é normalmente redigida sob a forma
de carta e assinada pela alta direcção.Uma das principais alterações relativamente à 1ª versão desta NI
é que, a política deve ser comunicada “a todas as pessoas que trabalham para a organização ou em seu
nome”. A figura seguinte resume as charadísticas a que a PA deve obedecer.
Características da política ambiental

Lembrete – Formas de dar a conhecer a Política Ambiental

Expô-la em locais públicos concorridos


Publicá-la em boletins periódicos da empresa
Distribuí-la em reuniões informativas e aos colaboradores subcontratados juntamente com os
contratos e pelo menos uma vez com a entrega do recibo de vencimentos
Quando a PA for entregue pela 1ª vez deve haver um registo da entrega

Lembrete – Formas de disponibilizar a PA ao público;

Colocá-la em locais onde circulem as visitas da empresa


Disponibilizá-la na WEB
Afixá-la em locais apropriados

Resumo

Para implementar um sistema de Gestão Ambiental segundo a norma ISO 14001:2004 é essencial
dominar o seu referencial com bastante rigor.
A presente NI está assim estruturada: Preâmbulo nacional, preâmbulo, introdução, Objectivos e campo
de aplicação, referências normativas, termos e definições, requisitos do SGA, Anexo A e B –
informativos.
Mas os requisitos auditáveis para efeitos de certificação fazem parte de todo o ponto 4.que, identifica os
5 princípios em que se baseia a aplicação desta NI com vista à melhoria contínua.
O requisito “4.1 – Requisitos Gerais” destaca que a organização deve definir e documentar o âmbito do
seu SGA.
O requisito “4.2 – Política Ambiental” define as características a que deve obedecer o documento em si
e as que são inerentes à sua divulgação.

2.4 Análise dos requisitos do Planeamento (4.3)

O planeamento do SGA comporta 3 fases essenciais: A identificação dos aspectos ambientais


significativos, dos requisitos legais e outros, a definição dos objectivos e metas, a elaboração de
Programa (s), a avaliação do desempenho de objectivos e metas.

O planeamento do SGA

2.4.1 Aspectos Ambientais (4.3.1)

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para


identificar os aspectos ambientais de suas actividades, produtos e serviços no âmbito definido
para o SGA, que pode controlar e aqueles que pode influenciar, tendo em consideração
desenvolvimentos novos ou planeados ou actividades, produtos e serviços, novos ou modificados,
e
4.3.1 determinar quais têm ou podem ter impactos ambientais significativos sobre o ambiente (i.e
Aspectos aspectos ambientais significativos).
Ambientais A organização deve documentar esta informação e mantê-la actualizada.
A organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos são tomados em
consideração no estabelecimento, implementação e manutenção do seu sistema de gestão
ambiental

Atendendo às definições de aspecto e impacte ambiental, conclui-se que os aspectos ambientais são os
elementos observáveis nas organizações, que tanto se podem referir a actividades, como a serviços,
como a produtos e que os impactes são as alterações no meio ambiente, quase sempre
adversas, mas também benéficas. Na figura seguinte apresenta-se a distinção entre aspectos e impactes
ambientais por descritores, sendo, no entanto, essencial obter uma boa formação.

Exemplos de distinção entre aspectos e impacte ambientais


A identificação dos aspectos e respectivos impactes ambientais, seguida de uma metodologia de
avaliação de significância para obter uma filtragem dos aspectos significativos, é um elemento fulcral
da implementação do SGA.

Avaliação de impacte ambiental para filtragem dos aspectos significativos, segundo critérios
especificados

Dependendo da complexidade da organização, poderá ser necessário consultar a norma ISO 14031-
Directrizes para a avaliação do desempenho (performance) ambiental, para obter mais exemplos
de categorias de actividades, produtos e serviços.

Um aspecto muito importante, que não pode ser descurado na análise dos aspectos ambientais, é o
tipo de controlo que pode ser exercido, directo e indirecto (ou que pode influenciar). Na figura 14
apresentam-se alguns descritores ambientais com exemplos de controlo directo e indirecto sobre os
mesmos.

A compreensão dos impactes ambientais é essencial quando se determina a significância dos


aspectos ambientais. Existem muitas aproximações devendo as organizações escolher as mais
adaptáveis. Recomenda-se que as mais complexas, sobre esta temática consultem as seguintes
normas:

 ISO 14040 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida – Princípios e práticas gerais

 ISO 14041 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida – Definição do âmbito, metas e
inventário

 ISO 14042 Gestão ambiental - avaliação do ciclo de vida - avaliação dos impactes do ciclo de
vida

 ISO 14043 Gestão ambiental - avaliação do ciclo de vida - interpretação do ciclo de vida

 ISO 14044 Avaliação da melhoria do ciclo de vida

 ISO TR 14047 Exemplos ilustrativos de como aplicar a ISO 14042


Esta consulta é essencial, sobretudo se a organização, no âmbito do seu SGA, pretenda
implementar sistemas de rótulo ecológico para os seus produtos.

Exemplo de controlo de Aspectos Ambientais

Nesta fase de planeamento do SGA deverão fazer-se pontos da situação para encontrar as suas
debilidades e, no curto prazo, aplicar oportunidades de melhoria.
Exemplos de listas de verificação para a fase do planeamento do SGA

A significância é um conceito relativo que não pode ser definido em termos absolutos. O que é
significativo para uma organização pode não ser para outra. A avaliação da significância dos
impactes é um processo que requer a definição prévia de critérios de avaliação, o que se pode
traduzir em valorações diferentes do mesmo impacte em diferentes organizações. Na figura seguinte
apresentam-se alguns exemplos de critérios ou filtros de significância.
Exemplos de critérios para avaliação de significância

Agora é essencial definir uma metodologia de identificação de aspectos/impactes, bem como da


avaliação da significância de impactes ambientais para chegar aos aspectos significativos.

Etapas na identificação de aspectos / impactes ambientais

Etap Descriç
as ão

Recomenda-se que a actividade, produto ou serviço seleccionado seja grande o suficiente


para que o exame tenha significado e pequena o suficiente para que seja adequadamente
compreendida. Neste processo devem considerar-se:

Identificar  A complexidade da organização e das suas operações


actividade
1
s,  Práticas e procedimentos já existentes de gestão ambiental
produtos
ou
 Informações sobre a previsão de acidentes ambientais
serviços
 Requisitos exigidos pelas partes interessadas

 Requisitos legais

Obter entre outras as seguintes informações:

 Características das actividades, produtos ou serviços, consumos de materiais,


Identific energia e água, processos tecnológicos, factores humanos.
2 ar
aspecto  Informações das relações causa-efeito das actividades, produtos ou serviços no
s
ambient meio ambiente
ais
 Interesses ambientais das partes interessadas
Etap Descriç
as ão
 Requisitos legais ou outros associados aos aspectos identificados

Identificar o maior número possível de impactes ambientais reais e potenciais, positivos e


negativos, associados a cada aspecto identificado. As fontes de informação podem ser:

 Informações técnicas sobre produtos

 Documentos legais, contendo critérios ambientais

 Análises do ciclo de vida

Identific  Códigos de práticas, normas, e outros documentos


ar
3  Relatórios de acidentes ambientais
impactes
ambienta
is  Cada aspecto pode ter mais do que um impacte associado. Estes podem
associad
os identificar:

o Efeitos Negativos – efeitos adversos

o Efeitos Positivos – efeitos benéficos

 Onde recai o efeito (ar, água, solo, flora, fauna,...)

 Natureza das mudanças no ambiente

A importância de cada impacto ambiental identificado pode variar de uma organização

para outra. A quantificação pode auxiliar no julgamento. Exemplos de factores ambientais,

a considerar na avaliação da significância:

 Probabilidade de ocorrência
Avaliar a
4 significânc  Escala do impacte
ia dos
impactes  Frequência e duração

 Severidade

 Requisitos legais

 Interesses das partes envolvidas,

Segregar A etapa anterior permite graduar os impactes ambientais e destacar os mais significativos
aspectos
5 e quais são os aspectos ambientais significativos associados. Estes devem ficar listados,
ambientais
significativ
registados e ordenados
os
Em suma, e segundo uma proposta do documento “Orientações para a Identificação dos Aspecto
Ambientais e a Avaliação da sua Importância” do EMAS o processo de identificação dos aspectos
ambientais significativos pode ser sintetizado conforme se mostra na figura seguinte:

A segregação dos aspectos ambientais significativos

Apesar do requisito 4.3.1 – Aspectos Ambientais, não exigir um procedimento documentado para
identificação e avaliação da significância dos aspectos ambientais, este é um dos casos em que faz
todo o sentido que seja elaborado um, dado que:

 A metodologia de identificação dos aspectos ambientais e relação com os respectivos impactes


deve ser rigorosamente seguida por todos os responsáveis da organização cujas actividades
tenham impacte ambiental;

 Como os aspectos ambientais estão quase sempre associados a requisitos legais, deve estar
documentada a forma como a organização controla esses aspectos ambientais;

 É necessário garantir que toda a actividade que leva à avaliação da significância dos aspectos
ambientais é executada de forma consistente.
Exemplo de um programa ambiental para um serviço
Exemplo de um programa ambiental para uma actividade

Síntese

O planeamento do SGA começa com o compromisso da política ambiental


Devem ser identificados todos os aspectos ambientais, bem como os requisitos legais aplicáveis e
como são aplicáveis
Os aspectos ambientais significativos devem ser segregados para serem controlados pela organização
através do Programa Ambiental e controlo operacional com vista à melhoria contínua.
O Programa Ambiental deve incluir as acções necessárias à consecução dos objectivos e metas, os
recursos a envolver, os prazos a cumprir, os responsáveis pela sua concretização, os indicadores de
desempenho.
Compete à gestão operacional e de topo:
Acompanhar a execução do Programa e promover o seu reajustamento, se necessário
Utilizar os relatórios do desempenho do Programa Ambiental nas entradas da revisão pela gestão
FIM.

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