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CÓDIGO FOLHA

NORMA DE PROCEDIMENTO NP-14 1/6


REVISÃO DATA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
02 19/04/04

S U M Á R I O:

1 – Objetivo
2 – Aplicação
3 – Documentos de referência
4 – Definições
5 – Responsabilidades
6 – Procedimentos
7 – Revisão
8 – Anexos

1 OBJETIVO

Estabelecer os procedimentos e orientar às UGB’s envolvidas, quanto à gestão de resíduos, envolvendo


a identificação, armazenamento, transporte e destino dos mesmos, quanto aos cuidados a serem tomados
para que os serviços sejam realizados de modo ambientalmente seguros.

2 APLICAÇÃO

Esta Norma de Procedimento integra o Sistema de Documentação da Caraíba Metais e aplica-se a todas
as atividades que geram resíduos sólidos.

3 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

- NP-29: Elaboração de Normas de Procedimento.


- NP-66: Identificação e Avaliação dos Aspectos Ambientais e seus Impactos Associados.
- ANBT NBR ISO 14001-1996: Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Diretrizes para uso.
- ABNT NBR 10004: Resíduos Sólidos.
- ABNT NBR 10005: Lixiviação de Resíduos.
- ABNT NBR 10006: Solubilização de Resíduos.
- ABNT NBR 10007: Amostragem de Resíduos.
- ABNT NBR 13221: Transporte de Resíduos.
- ABNT NBR 11174: Armazenamento de resíduos sólidos classeII (não inertes) e classeIII (inertes)
- ABNT NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
- ABNT NBR 12809: Manuseio de resíduos de serviço de saúde.
- ABNT NBR 13853: Coletores para resíduos de serviços de saúde.
- ABNT NBR 12810: Coleta de resíduos de serviço de saúde.
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4 DEFINIÇÕES

4.1 - ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

4.2 - CEPRAM
Conselho Estadual de Meio Ambiente, órgão de caráter normativo e deliberativo do Sistema de Meio
Ambiente do Estado da Bahia.

4.3 - CRA
Centro de Recursos Ambientais, órgão executivo do Sistema de Meio Ambiente do Estado da Bahia.

4.4 - RESÍDUO [Norma NBR – 10004]


Para os efeitos desta norma, considera-se resíduo, qualquer lixo, refugo, lodo, borra ou outros materiais,
gerados nas atividades, processos ou serviços da Caraíba Metais. Não são considerados resíduos, os
efluentes líquidos industriais ou sanitários, encaminhados para tratamento na UTE e/ou na CETREL.
Classe I – Perigosos: são aqueles que apresentam, conforme (NBR10004), periculosidade ou uma das
seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,
patogenicidade.
Classe II – Não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I –
perigosos ou de resíduos classe III – inertes, nos termos da Norma NBR10004/87. Os
resíduos classe II podem ter propriedades, tais como: combustibilidade, biodegrabilidade
ou solubilidade em água.
Classe III – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa, segundo (NBR
10007) – Amostragem de resíduos, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme teste de solubilização,
segundo (NBR 10006) – Solubilização de resíduos, não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água,
excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes
materiais, podemos citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são
decompostos prontamente.

4.5 - REQUISITOS AMBIENTAIS

São os requisitos legais e outros requisitos subscritos pela Caraíba Metais, diretamente aplicáveis aos
aspectos ambientais das suas atividades, produtos ou serviços. Estes requisitos podem apresentar-se sob
diversas formas:
 Legislação ambiental geral (leis, decretos, resoluções, etc);
 Legislação ambiental específica à Caraíba Metais (licenças ambientais, autorizações, permissões,
etc);
 Requisitos ambientais específicos ao ramo industrial da Caraíba Metais;
 Outros requisitos, como normas técnicas, normas contratuais, acordos, etc.

4.6 - UGB GERADORA


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UGB executora ou responsável pelas atividades, processos ou serviços onde são gerados os
resíduos. Nos casos em que as atividades ou serviços são realizados por CONTRATADAS,
entende-se como UGB geradora, a unidade gestora do serviço.
4.7 - ATRP – AUTORIZAÇÃO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS
Documento emitido pelo CRA, que permite o transporte de resíduos perigosos para unidades
destinatárias externas.
4.8 – COLETA
Maneira segundo a qual o resíduo é coletado no seu ponto de geração. Por ex. coleta manual,
automática com esteira, bombeamento, tubulação, retroescavadeira, etc.
4.9 – SEGREGAÇÃO / ACONDICIONAMENTO
Forma e meio utilizado para acondicionar o resíduo durante a sua coleta e transporte interno (ex.
tambor, cestos de lixo, recipientes para lixo, etc), de modo a permitir a preservação do meio
ambiente e a saúde das pessoas.
4.10 – TRANSPORTE INTERNO
Meio utilizado para transportar o resíduo nas dependências da Caraíba. (ex. caminhão à vácuo,
trator, pick up, empilhadeira, caminhão guincho, etc.)
4.11 – PRÉ TRATAMENTO
Procedimentos utilizados para controlar os riscos de impactos ambientais propiciados pelos
resíduos, quando necessários.
4.12 – ESTOCAGEM PROVISÓRIA
Meio e local utilizado para armazenar o resíduo, de forma apropriada, até que seja enviado para a
sua disposição final.
4.13 – DISPOSIÇÃO FINAL
Destino a ser dado a um resíduo após sua retirada das dependências da Caraíba ou disposição
final realizada internamente, como por exemplo: reutilização, reciclagem, aterros, etc..

5 RESPONSABILIDADES

5.1 – IDENTIFICAÇÃO/ CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS: UGB’s com assessoria da DHISMA;


5.2 - MANEJO, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE RESÍDUO: UGB GERADORA,
EXCETO QUANDO INDICADO;
5.3 - SOLICITAÇÃO DE ATRP AO CRA : DHISMA;
5.4 – COLETA, TRANSP. INTERNO E GESTÃO DE RES. DE CARÁTER GERAL : DISER e DISUP;
5.5 - OPERAÇÃO DO ATERRO INDUSTRIAL INTERNO : DISULF;
5.6 - ARMAZENAMENTO PROVISÓRIO E ALIENAÇÃO DE RESÍDUOS : DISUP.

6 PROCEDIMENTOS

6.1- DIRETRIZ GERAL


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Para que a gestão dos resíduos sólidos na Caraíba tenha seu objetivo alcançado eficazmente, é
necessário que todos os envolvidos no processo desde a geração até a disposição final dos resíduos
busquem:
1. Reduzir a quantidade de resíduos gerados ou produzidos dentro da Caraíba;
2. Segregar os resíduos em locais adequados;
3. Acondicionar os resíduos nos devidos recipientes;
4. Praticar a coleta seletiva;
5. Reutilizar, reciclar, reprocessar, recuperar e/ou comercializar os resíduos gerados;
6. Evitar a contaminação dos resíduos recicláveis;
7. Evitar, quando possível, a geração de resíduos perigosos;
6.2- IDENTIFICAÇÃO / CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS:
Os resíduos gerados nas atividades, processos e serviços da Caraíba, são identificados pelas UGB´s
geradoras, através do anexo III da NP-66 (Identificação e avaliação dos aspectos ambientais e seus
impactos associados) relativos a categoria “Descarte de Resíduos Sólidos”. A caracterização,
quando necessária, é realizada pela DHISMA seguindo as normas da ABNT e do CEPRAM, para
definir o seu acondicionamento, o tipo de transporte e o local de disposição, reutilização ou
reciclagem do mesmo, dentre outros itens. O produto desta etapa está resumido no ANEXO I –
Lista Geral de Resíduos desta Norma de Procedimento.
6.3- MANEJO, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DOS RESÍDUOS.
A UGB geradora do resíduo deve incorporar as instruções contidas nesta NP e seu anexo às suas
rotinas de trabalho. A tabela de “Aspectos & Impactos Significativos e seus Controles” que está
incorporada em cada um dos Procedimentos Operacionais [PO´s] orienta sobre o tipo de resíduo
gerado em cada tarefa, além de outros aspectos significativos, impactos e seus controles.
Ao planejar atividades ou serviços que gerem resíduos, a UGB geradora deve consultar esta NP
visando identificar os cuidados necessários, o tipo de acondicionamento, o transporte e o destino do
resíduo e com base nestas informações adotar previamente os procedimentos necessários e
dimensionar os respectivos custos. Ressalte-se que algumas unidades destinatárias indicadas, como
a CETREL, LIMPEC, etc, são prestadoras de serviços com remuneração por tarifa.
Nos casos de atividades ou serviços contratados a terceiros, a UGB gestora do serviço é a
responsável por passar as instruções desta NP à CONTRATADA, fiscalizando o cumprimento dos
mesmos.
A UGB geradora dos resíduos é a responsável pelos custos e serviços do manejo,
acondicionamento, transporte e destino final dos mesmos.
Para transferência de resíduos para a CETREL, deve ser emitido um “Manifesto de Resíduos”, pela
UGB responsável pelo transporte. Nos veículos transportadores deve estar disponível a ATRP –
Autorização de Transporte de Resíduos Perigosos, quando aplicado.

As seguintes instruções devem também ser consideradas:

a) O manuseio e transporte de materiais ou resíduos deverão ser feitos de acordo com os critérios
estabelecidos atendendo as normas de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional),
adotando-se os devidos cuidados para evitar derramamentos, quedas ou perdas;
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b) Devem ser evitadas as misturas de resíduos diferentes, pois dificulta a separação posterior, podendo
inclusive haver contaminações de resíduos inertes, tornando a disposição final mais dispendiosa.
Atenção especial deve ser dispensada em períodos de parada, pois a geração de resíduos é muito
grande;
c) Os materiais ou resíduos poluentes deverão ser armazenados em locais seguros confinados
evitando-se principalmente, seu carreamento pelas águas de chuva e infiltração no solo;
d) Deverão ser evitadas limpezas dos equipamentos que produzam efluentes líquidos contaminados,
optando-se, preferencialmente, pela limpeza a seco seguida de remoção do material ao destino
adequado. Excepcionalmente, em caso de geração de efluentes, as limpezas deverão ser realizadas
em áreas apropriadas para lavagem de equipamentos contaminados (UTE, TQ 1105 UAS via Bacia
de Neutralização e Flash - Tanque de Captação Águas Pluviais: já que o mesmo possui captação de
água c/ sistema transferência para UTE e é usado para hidrojateamento de trocadores de calor da
fundição durante as paradas.), evitando o seu descarte para a rede de drenagem pluvial;
e) Resíduos oleosos passíveis de reaproveitamento interno deverão ser transferidos para a caixa de
óleo da área de recepção e estocagem de óleo. Em caso de não aproveitamentos (mistura com água)
estes resíduos deverão ser acondicionados em tambores para alienação e armazenados na baia
localizada na área de descarte no AXO-02 (DISUP);
f) O aterro industrial de resíduos especiais da Caraíba é de uso exclusivo para disposição dos resíduos,
conforme indicados no ANEXO I desta Norma de Procedimento. Outros resíduos que porventura
não estejam listados devem receber liberação após consulta à DHISMA e DISULF;
g) Os resíduos sólidos e materiais destinados a área do galpão 502 deverão ser dispostos nos locais
separados e ordenados de modo a não provocar mistura dos mesmos. Contatar antecipadamente os
responsáveis da área (DIFUN);
h) É proibida a colocação de resíduos em áreas não especificadas no ANEXO I – Lista Geral de
Resíduos;
Nota: No AXO - 02, existe uma área denominada ‘Baias de Sucata”, com identificação por baia do
tipo de material a ser disposto. Não é permitido a colocação de resíduos e/ou sucatas na área do
antigo AXO-08, exceto alguns casos especiais de peças de grande porte (sem contaminação),
mediante consulta à DISUP (R 320/268);

6.4- CARACTERIZAÇÃO DE NOVOS RESÍDUOS.

Para resíduos resultantes de alterações ou de novos processos, atividades ou serviços, bem como
aqueles ainda não contemplados no ANEXO I, a UGB geradora deve solicitar a caracterização do
resíduo à DHISMA, que procederá de acordo ao item 6.2 desta NP. Nos casos em que sejam

necessárias análises laboratoriais em prestadores de serviços externos, os custos decorrentes serão


de responsabilidade da unidade geradora do resíduo.

7 REVISÃO

7.1 - As revisões desta Norma de Procedimento poderão ser recomendadas por qualquer interessado.
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7.2 - PROCEDIMENTOS: Para que uma revisão desta Norma de Procedimento seja considerada, ela
deve ser proposta a DHISMA, através do canal de comunicação mais adequado ao interessado. A
DHISMA por sua vez dispara o processo de revisão através do sistema de Gerenciamento
Eletrônico de Documentos CRONOS. Esta Norma de Procedimento deverá ser compulsoriamente
analisada, revisada e atualizada quanto a sua adequação anualmente.

7.3- APROVAÇÃO, CONTROLE E DISPONIBILIZAÇÃO de acordo com os itens 5.2, 5.3 e 5.4 da
Norma de Procedimento NP-29.

8 ANEXOS

ANEXO I – Lista Geral de Resíduos

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