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TERMO DE COMPROMISSO

Declaramos que estamos de acordo com as medidas constantes e sugeridas no


PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS, como também nos
responsabilizamos por cumprir as ações do referido plano, salvo situações que fuja do nosso
controle e imprevisíveis, não constantes no presente documento, considerando ainda
pertinentes as medidas sugeridas no programa supracitado.

_______________________________________________

REPRESENTANTE DA EMPRESA
REAL CONSULTORIA E SOLUÇÕES LTDA - ME
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.....................................................................................................................1
1- INFORMAÇÕES GERAIS....................................................................................................2
1.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR............................................................2
1.2 – RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO....................................................................2
2- INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
3- DADOS DO EMPREENDIMENTO......................................................................................6
3.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................................6
3.2 – LOCALIZAÇÃO DA ÁREA.........................................................................................6
3.3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.............................................................................8
3.4 – FLUXOGRAMA DE RECEBIMENTO E DESTINAÇÃO DE MATERIAL..............9
4- CONCEITOS E DEFINIÇÕES............................................................................................10
5- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA..................................................................................14
5.1 – LEGISLAÇÃO.............................................................................................................14
5.2 – NORMAS TÉCNICAS................................................................................................15
6- DIAGNÓSTICO AMBIENTAL..........................................................................................17
6.1 IDENTFICAÇÃO, ORIGEM, CARACTERIZAÇÃO E VOLUME..............................17
6.2 PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS...............................19
7- RESPONSABILIDADES.....................................................................................................20
8- PROCEDIMENTO OPERACIONAL..................................................................................21
8.1 PROGRAMA DE REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS..................................21
8.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS..........................................................23
8.3 SEGREGAÇÃO, COLETA SELETIVA E ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS
GERADOS............................................................................................................................24
8.4 QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS.......................................................28
8.5. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E CENTRAL
DE RESÍDUOS.....................................................................................................................29
8.6. TRANSPORTE DOS RESÍDUOS.................................................................................30
8.6.1. TRANSPORTE INTERNO.........................................................................................30
8.6.2. TRANSPORTE EXTERNO.......................................................................................31
8.7. DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS................................................................32
8.8. PREVENÇÃO E ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS.........................................33
8.9. TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO.............................................................34
8.10. REVISÃO DO PGRS.............................................................................................35
8.11. PLANILHA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS........................................35
9- SOLUÇÕES CONSORCIADAS.........................................................................................42
10- RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA.................................................................43
11- CONTROLE AMBIENTAL..............................................................................................45
12- CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................46
13- RESPONSÁVEL TÉCNICO..............................................................................................47
14- ANEXOS............................................................................................................................48
14.1 ANOTAÇÃO DE RESPOSABILIDADE TÉCNICA - ART.......................................48
APRESENTAÇÃO

O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos estabelece, descreve e


sugere as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos gerados nas atividades desenvolvidas
na RECBRAS localizada no distrito industrial, cidade de João Pessoa/PB. Este documento
abrange os procedimentos necessários e responsabilidades para a coleta, a segregação, a
classificação, o armazenamento temporário na área do empreendimento, o transporte e a
destinação final dos resíduos sólidos gerados e visa atender as exigências previstas pela
Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de 2010 e
Política Estadual De Resíduos Sólidos - Lei n° 14.528, de 16 abril de 2014, atendendo aos
requisitos legais aplicáveis, do estado da Paraíba.

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1 - INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

 RAZÃO SOCIAL: RECBRAS - ME


 CNPJ: 13.830.918/0001-00 – MATRIZ
 CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL: 46.89-
7-01 – Comércio atacadista de resíduos de papel e papelão
 ENDEREÇO: Rua Maria Presotto Pucci, 790, Distrito Industrial
 CIDADE: João Pessoa - PB
 CEP: 58.082-011
 TELEFONE: (83) 3245-8245
 EMAIL: recbrasnordeste@recbras.com.br

1.2 – RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

 EMPRESA RESPONSÁVEL: Real Consultoria e Soluções LTDA - ME


 CNPJ: 11.953.985/0001-96
 ENDEREÇO: Rua Telegrafista Armando Pessoa, 203 – Jardim 13 de Maio
 CIDADE: João Pessoa - PB
 CEP: 58.025-250
 TELEFONE: (83) 3045-8485
 EMAIL: realconsultoria@realcsolucoes.com.br
 RESPONSÁVEL TÉCNICO: Pedro Henrique dos Santos Silva
 FORMAÇÃO: Engenheiro Ambiental / Engenheiro de Segurança do Trabalho
 CONSELHO DE CLASSE: CREA 161.513.158-2

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2 - INTRODUÇÃO
A preocupação da sociedade em busca da preservação da qualidade de vida e o do
meio ambiente vem crescendo acentuadamente nos últimos anos. A questão dos resíduos
sólidos. O tema resíduos sólidos é atualmente um dos temas centrais, na perspectiva de
garantir a preservação do meio ambiente para as gerações futuras.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos constitui-se essencialmente de um


documento que tem por finalidade a administração integrada dos resíduos por meio de um
conjunto de ações de âmbito normativo, operacional, financeiro e planejado.

Este plano considera aspectos referentes à segregação, acondicionamento, coleta,


armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, priorizando atender
requisitos ambientais e de saúde pública. Além da administração dos resíduos, o PGRS tem
como base a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no galpão de
armazenamento de resíduos da RECBRAS

O trabalho resultante do diagnóstico realizado em dezembro de 2018, é embasado


em dados resultantes de levantamentos de campo através de questionários empregados aos
funcionários do prédio e análise realizada através de uma amostragem dos resíduos
produzidos, foi empregado um método de Composição Gravimétrica para diagnosticar os
resíduos. O estudo é embasado conforme determinações da Lei Federal nº 12.305/2010 –
POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SOLIDOS

As práticas desenvolvidas serviram como suporte para a obtenção do diagnóstico


da situação de coleta, administração e disposição final dos resíduos sólidos gerados na
RECBRAS, bem como as análises e medidas adotadas para serem executadas, a fim de
atender a legislação vigente.

Apesar de o país atualmente dispor de legislação e marcos regulatórios através da


Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Resolução nº 307 do Conselho nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) e da Política Nacional de Saneamento Básico, milhões de toneladas de

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resíduos são destinados de forma inadequada e acabam depositadas em terrenos baldios,
praças, ruas e encostas de rios.

A deposição incorreta e clandestina de resíduos sólidos também agrava os


impactos ambientais, uma vez que o mesmo provoca assoreamento de córregos, o
entupimento de redes de drenagem e, não raras as vezes, que provocam enchentes urbanas.
(FERRRINI, 2014)

Os resíduos sólidos apresentam características diversificadas, dependendo


diretamente do processo o qual foi originado, bem como suas características, físico-químicas,
biológicas, qualitativas e/ou quantitativas.

Para o PGRS aplicado a RECBRAS foram adotadas as seguintes definições de


acordo a NBR 10.004/04 da ABNT. O fluxograma a seguir, ilustra com maior clareza a
metodologia de análise a ser adotado segundo consta na norma.

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Fluxograma 1: Caracterização e classificação dos resíduos.

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3 - DADOS DO EMPREENDIMENTO

3.1 – IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A empresa RECBRAS – comércio de materiais recicláveis LTDA -ME está no


mercado de recicláveis a mais de 8 anos e presta serviços para grandes empresas na coleta de
resíduos como plástico, papel e papelão. Cresce e busca cada vez mais novos nichos de
mercado. Atualmente, a empresa desenvolve novos projetos em São Paulo, Pernambuco e na
Paraíba.

3.2 – LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

A área do empreendimento localiza-se num galpão de propriedade da ARQUITEC


CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA, que faz locação e adequação do espaço para
RECBRAS LTDA. O local de instalação encontra-se na figura abaixo.

Mapa 01 – Município de Conde - PB

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Mapa 02: Unidade da RECBRAS.

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3.3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAES 2.0) citadas


no Quadro 1, abrangem o APL (Arranjo Produtivo Local) do setor atacadista de resíduos de
papel e papelão, estas envolvem diversos processos produtivos da indústria de reciclagem.

CNAE 2.0 Denominação

Comércio atacadista de
46.87-7-03
resíduos e sucatas
Comércio atacadista de
resíduos e sucatas não-
46.87-7-02
metálicos, exceto de papel e
papelão
Comércio atacadista de papel e
46.69-9-01
papelão
Comércio atacadista de
46.65-6-00 máquinas e equipamentos para
uso comercial
Coleta de resíduos não-
38.11-4-00
perigosos
Fabricação de artefatos de
material plástico para outros
22.29-3-99
usos não especificados
anteriormente
Recuperação de materiais não
38.39-4-99
especificados anteriormente

Quadro 1: Atividades Industriais

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3.4 – FLUXOGRAMA DE RECEBIMENTO E DESTINAÇÃO DE MATERIAL

Analisando a multiplicidade de atividades desenvolvidas no ramo de reciclagem,


os fluxogramas por processos específicos deste setor, abrangem particularidades que devem
ser consideradas para a excelência da gestão ambiental na microrregião.

COMPACTAÇÃO E DESTINAÇÃO DO
RECEBIMENTO DE ACONDICIONAMENTO PRODUTO FINAL
INSUMOS DE RESÍDUOS POR RECICLADO
CLASSE

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4 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES

 PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - Documento que contempla um


conjunto de procedimentos a serem usados visando a minimização de geração, a
reutilização e reciclagem, o acondicionamento, o armazenamento temporário, o transporte,
o tratamento e a destinação final adequada dos resíduos sólidos, observando os requisitos
legais ambientais aplicáveis.

 Resíduos Sólidos - Resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da


empresa. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento
de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem
como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento em
redes de esgotos ou corpos de água.

 Resíduo Sólido Reciclável - É todo o resíduo que pode retornar ao ciclo de produção
como matéria-prima para fabricação de produtos pela própria empresa, ou por terceiros.

 Resíduos Sólidos Classe I - De acordo com a norma NBR 10.004 são resíduos
PERIGOSOS, que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas
pode representar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. Também são classificados
como perigosos os resíduos constantes nos Anexos A ou B da NBR 10.004, ou que
apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade.

Resíduos Sólidos Classe II A - São os resíduos NÃO PERIGOSOS e NÃO INERTES. De


acordo com a norma NBR 10.004, são aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I – perigosos ou de resíduos classe II B – inertes. Podem ter propriedades
como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

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 Resíduos Sólidos Classe II B - De acordo com a NBR 10.004 são os resíduos NÃO
PERIGOSOS e INERTES. Ficam enquadrados os resíduos que submetidos à solubilização
com água, conforme a norma NBR 10.006, não tiveram nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-
se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, como também não proporcionam
combustibilidade.

 Resíduos da Construção Civil - De acordo com a resolução CONAMA nº 307/2002 são


os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como:
tijolos; blocos cerâmicos; concreto em geral; solos; rochas; metais; resinas; colas; tintas;
madeiras e compensados; forros; argamassa; gesso; telhas; pavimento asfáltico; vidros;
plásticos; tubulações; fiação elétrica e etc.; comumente chamados de entulhos de obras,
caliça ou metralha.

 Resíduos da Construção Civil Classe A - De acordo com a resolução CONAMA nº


307/2002 são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, como por exemplo:
os resíduos de origem de construção, demolição, reformas e reparos de edificações
(componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento e etc.), argamassa e
concreto) e/ou, os resíduos de origem de processo de fabricação e/ou demolição de peças
pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio e etc.) produzidas nos canteiros de
obras.
 Resíduos da construção Civil Classe B - De acordo com a resolução CONAMA nº
431/2011 são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
 Resíduos da construção Civil Classe C - De acordo com a resolução CONAMA nº
431/2011 são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação.

 Resíduos da Construção Civil Classe D - De acordo com a resolução CONAMA n°


348/2004 são os resíduos perigosos, por exemplo, as tintas, solventes, óleos e/ou aqueles
contaminados e prejudicais ou nocivos à saúde.

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 Rejeitos - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 são os resíduos sólidos
que depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade
que não a disposição final ambientalmente adequada.

 Coleta Seletiva de Resíduos - Sistema de recolhimento dos resíduos segregados na fonte


geradora.

 Destinação final ambientalmente adequada - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de


Agosto de 2010 é a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a
disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.

 Ciclo de vida do produto - Segundo a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 é a série de


etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de materiais primas e
insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

 Disposição final ambientalmente adequada - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de


Agosto de 2010 é a distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos.
 Logística reversa - Segundo a Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 é o instrumento de
desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra destinação final ambientalmente adequada,

 Gerenciamento de resíduos sólidos - De acordo com a Lei 12.305 de 02 de Agosto de


2010 é o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos

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resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de
resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei.

 Licença de Operação - Documento expedido pelo órgão ambiental estadual ou municipal


autorizando o funcionamento das atividades.

 Passivo Ambiental - De acordo com Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique


Luiz Roessler – RS, é o resíduo armazenado na área da empresa, sem destinação definida.
 Central de Resíduos - Local destinado ao armazenamento temporário de resíduos sólidos.
 Destinatário - Pessoa física ou jurídica responsável pelo tratamento e/ou destinação final
dos resíduos gerados na empresa.
 APL - Arranjo Produtivo Local.
 CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
 CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente.
 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
 ARIPE - Aterro de Resíduos Industriais Perigosos.
 MTR - Manifesto de Transporte de Resíduos.
 SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente.

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5 - DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

5.1 – LEGISLAÇÃO

 Lei Federal n° 12.305, de 02 de agosto de 2010 que Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos (PNRS).
 Lei Federal n° 6.938, de 02 de setembro de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e outras providências.
 Lei Federal n° 10.357, de 27 de dezembro de 2001 - Estabelece normas de controle e
fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à
elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem
dependência física ou psíquica.
 Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
 Lei Estadual n° 14.528, de 16 abril de 2014, que institui a Política Estadual de Resíduos
Sólidos.
 Lei Estadual n° 9.921, de 27 de julho de 1993, que no seu artigo 3º diz “Os sistemas de
gerenciamento de resíduos sólidos terão como instrumentos básicos planos e projetos
específicos de coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final a serem
licenciados pelo órgão ambiental do Estado, tendo como metas a redução da quantidade de
resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais”.
 Lei Estadual n° 9.493, de 07 de janeiro de 1992 – Considera, no estado do Rio Grande do
Sul, a coleta seletiva e a reciclagem do lixo como atividades ecológicas, de relevância
social e de interesse público.
 Lei Estadual n° 11.019, de 24 de setembro de 1997 – Dispõe sobre o descarte e destinação
final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de

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telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio
Grande do Sul.
 Decreto Estadual n° 38.356, de 02 de abril de 1998, que no seu artigo 4º diz “Os sistemas
de gerenciamento de resíduos sólidos de qualquer natureza terão como instrumentos
básicos planos e projetos específicos de coleta, transporte, tratamento, processamento e
destinação final, a serem licenciados pela FEPAM, tendo como metas a redução da
quantidade de resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais”.
 Resolução CONAMA n° 275, de 19 de junho de 2001 – Estabelece código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores,
bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
 Resolução CONAMA n° 362, de 23 de junho de 2005 – Estabelece novas diretrizes para o
recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado e sua respectiva
alteração, a resolução de n° 450/2012.
 Resolução CONAMA n° 307, de 05 de julho de 2002 – Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para gestão de resíduos da construção civil e suas respectivas alterações, as
resoluções de n° 348/2004; 431/2011; 448/2012.
 Resolução CONAMA n° 257, de 22 de julho de 1999 – Dispõe sobre o descarte e o
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange à coleta,
reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final.
 Resolução CONAMA n° 420, de 30 de dezembro de 2009 - Dispõe sobre critérios e
valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e
estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas e sua respectiva correlação com a
resolução de n° 460/2013.

5.2 – NORMAS TÉCNICAS

 Norma ABNT - NBR 10.004:2004 – Resíduos sólidos - Classificação.


 Norma ABNT – NBR 10.005:2004 – Lixiviação de Resíduos – Procedimentos.
 Norma ABNT - NBR 11.174:1990 – Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e
III – inertes.
 Norma ABNT - NBR 12.235:1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

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 Norma ABNT - NBR 13.221:2005 – Transporte terrestre de resíduos.
 Norma ABNT - NBR 10.004:2004 – Resíduos sólidos - Classificação.
 Norma ABNT – NBR 10.005:2004 – Lixiviação de Resíduos – Procedimentos.
 Norma ABNT - NBR 11.174:1990 – Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e
III – inertes.
 Norma ABNT - NBR 12.235:1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
 Norma ABNT - NBR 13.221:2005 – Transporte terrestre de resíduos.

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6 - DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico representa a situação atual da geração de resíduos nas empresas


integrantes da RECBRAS, antes da implementação de um Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. Este documento foi formulado com base nas informações cedidas pelas
empresas visitadas, compreendidas no APL (Arranjo Produtivo Local), e as constatações
registradas nas áreas industriais destas.

6.1 IDENTFICAÇÃO, ORIGEM, CARACTERIZAÇÃO E VOLUME

Os resíduos foram mapeados conforme as atividades exercidas na


dependência da empresa, pertencentes ao APL do galpão de reciclagem de resíduos, levando
em consideração os seguintes aspectos:

 Resíduo Gerado;
 Caracterização;
 Classificação (NBR ABNT 10.004);
 Origem;
 Volume.

O resultado desta identificação e caracterização, realizado através de visitas


técnicas e consulta a documentos internos da empresa, pode ser verificado no Quadro 2. Os
resíduos apresentados a seguir foram enquadrados conforme os códigos e títulos estabelecidos
pelo órgão ambiental estadual, a SUDEMA, bem como classificados segundo a NBR
10.004:2004.

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DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

UNIADE DE MEDIDA
CLASSE NBR 10.004
CODRES

ESTA VOLU
RESÍDUOS SÓLIDOS CARACTERIZAÇÃO ORIGEM (CNAE)
DO ME
FÍSIC ANU
O AL

2229-3/99, 2543-
F00 8/00, Não informado
Embalagens, caixas, papel de escritório. Sólido IIA T
31 2592-6/02, 2731-
resíduos de papel e papelão 7/00,
2822-4/02, 2833-
0/00,
2869-1/00
Não informado
2539-0/01, 2543-
F00 Restos de alimentos, resíduos orgânicos. Sólido IIA 8/00, m
42 Resíduo de restaurante 2731-7/00, 2822- ³
4/02,
2829-1/99, 2833-
0/00
Não informado
Resíduo de escritório, embalagens, caixas, papel 2539-0/01, 2731-
F00 Sólido IIA m
44 Resíduos de escritório de escritório, papleão, plásticos. 7/00,
³
2829-1/99, 2833-
0/00
Não informado
Sólido IIA 2539-0/01 m
Resíduos de varrição não Resíduo de varrição. ³
F00
50 perioso

Não informado
resíduos de papel e papelão
K00 Papel e papelão contaminado Sólido I 2539-0/01 T
70 contaminados
Plástico Não informado
2229-3/01, 2229-
K00 Embalagens de escritório, cintas plásticas,
3/99,
72 sacaria, plástico metalizado, saco plástico Sólido IIA T
2539-0/01, 2543-
(PEBD), CHMW, sucata de polietileno e ou
8/00,
moida para injeção.
2731-7/00, 2822-
19
4/02,
2833-0/00, 2869-
1/00
Não informado
Plástico contaminado Bombonas plásticas de óleo e ou graxa
X025 Sólido I 2229-3/01, 2731- T
7/00
Quadro 02: Diagnóstico dos resíduos

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6.2 PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS

Os passivos ambientais se referem aos resíduos que estão temporariamente


armazenados nos empreendimentos que ainda não possuem destinação final definida. Na
RECBRAS, os resíduos gerados são, somente, armazenados temporariamente. Vale salientar
que este plano não abrange a investigação de passivos ambientais, capaz de determinar a
ocorrência de contaminação de solo e ou água subterrânea, relacionada aos resíduos gerados.

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7 - RESPONSABILIDADES

De acordo com o Art. 8º da Lei Estadual 9.921/93 – Decreto 35.356/98, a coleta, o


transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de
estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de
responsabilidade da fonte geradora.

Em caso de contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução


de uma ou mais das atividades, configurar-se-á responsabilidade solidária. Os executores das
atividades mencionadas, inclusive quando se tratar de municípios, deverão estar licenciados
junto à SUDEMA.

Nos limites da empresa as responsabilidades, quanto ao PGRS, podem ser


distribuídas conforme apresenta o Quadro 3.

RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADES

Assegurar que os resíduos sólidos sejam manuseados de forma a


Direção
garantir a segurança do pessoal envolvido e do meio ambiente.

Responsável técnico pela


Elaborar o PGRS e orientar os responsáveis pela implementação.
elaboração do PGRS

Implementar e assegurar a manutenção do PGRS e a aplicação das


normas de segurança e legislação específica e do meio ambiente.
Responsável pela área de meio
Elaborar medidas de controle, como: procedimentos de coleta,
ambiente
segregação, classificação, armazenamento, transporte e destinação
final de todos os resíduos sólidos gerados de acordo com o PGRS.

Garantir a execução do PGRS e das normas de manejo interno de


Coordenação e Supervisão
resíduos.

Cumprir as recomendações do PGRS e atender aos procedimentos


Todos os colaboradores
internos; orientar prestadores de serviços quanto ao cumprimento
deste.
Quadro 03: Responsabilidades da gerencia de resíduos

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8 - PROCEDIMENTO OPERACIONAL

O PGRS tem como prioridade a prevenção e minimização da geração de


resíduos. O comprometimento das empresas para a redução da geração de resíduos deverá ser
prioridade, incentivando sempre para que todos os colaboradores estejam engajados com esta
atitude.

8.1 PROGRAMA DE REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

As ações a serem adotadas pelas empresas devem contemplar:

 Difusão da conscientização ambiental na empresa;


 Campanhas educativas;
 Medidas de controle;
 Definição de metas de redução da geração;
 Medidas para reduzir a quantidade e a periculosidade dos resíduos gerados.

A Figura 04 exemplifica uma metodologia a ser aplicada para


identificação de metas coerentes e com resultados eficazes.

Considerando medidas preventivas, visando à eliminação e ou redução na


fonte de geração, é possível fazer-se uso do conceito de Ecologia Industrial e suas
ferramentas. A Ecologia Industrial é uma tentativa de aproximar os sistemas industriais da
lógica dos sistemas naturais, isto é, fechamento de ciclos produtivos. A Figura xx explica
as ferramentas da ecologia industrial.

23
Figura 4: Metodologia para redução na geração de resíduos

•• Prevenção
Prevenção da dapoluição;
poluição;
•• Produção
Produção maisLimpa; mais Limpa;
DD EE NN TT RR OO
•• PP r roo j jee t too pp aa r raa oo
DA
DA mm ee i ioo ambiente;
EE MM PP RR EE SS AA ambiente;
•• Contabilidade
Contabilidadeverde; verde;
•• Química
Química verde. verde.

EE CC OO LL OO GG I IAA •• Análise
Análisede
deCiclo
Ciclode
deVida;
Vida;
ENTRE
ENTRE •• Simbiose
SimbioseIndustrial;
Industrial;
I INN DD UU SSTT RR I IAA LL EE MM PP RR EE SS AA SS
•• Eco
Eco Parque
ParqueIndustrial.
Industrial.

•• AA nn áá l li is see dd ee
f fl luu xx oo dd ee
substância;
substância;
RR EE GG I IOO NN AA LL •• AA nn áá l li is see dd ee
/ / GG LL OO BB AA LL f fl luu xx oo dd ee
energia;
energia;
•• Planejamento
Planejamentoestratégico; estratégico;
•• PP l laa nn oo dd ee
dd ee s see nn vvoo l lvvi imm ee nn t too
regional.
regional.
Figura 05: Ferramentas da Ecologia Industrial
A Simbiose Industrial é uma das áreas de estudo da Ecologia Industrial e
prevê a troca de recursos (resíduos, área física, energia, logística, etc.) entre as empresas, de
forma que possibilite ganhos para ambas.

A Produção mais Limpa (P+L), que é a aplicação de uma estratégia


TÉCNICA, ECONÔMICA e AMBIENTAL de um processo e a posterior identificação de
oportunidades que possibilitem sua maior eficiência no uso das matérias-primas, água e
energia, focando a não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, apoiando a
sustentabilidade do negócio.

Os princípios dos 3Rs são redução, reutilização e reciclagem. A aplicação


destes princípios nas diferentes áreas e etapas do processo permite diminuir a produção de
resíduos, reduzindo custos com a destinação e evitando a formação de passivos ambientais.
Os princípios orientadores do gerenciamento dos resíduos (Figura 6) constituem, por ordem
de prioridade, a política dos 3Rs, onde:

24
Figura
06: Principios orientadores para o gerenciamento de resíduos

8.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos gerados são classificados quanto aos seus riscos


potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, de acordo com a norma NBR 10.004. São
separados em duas classes distintas:

 Classe I – perigosos,

 Classe II A – não perigosos, não inertes,

 Classe II B – não perigosos, inertes.

No documento, planilha de gerenciamento de resíduos (Quadro 8), consta a


classificação de cada resíduo gerado, que foi considerada para a definição de todas as etapas
do gerenciamento. Se houver a geração de algum resíduo não previsto neste PGRS, este
deverá ser submetido à classificação de acordo com a norma supracitada.

8.3 SEGREGAÇÃO, COLETA SELETIVA E ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS


GERADOS

25
Os resíduos gerados em todas as áreas dos empreendimentos sejam estas
industriais, administrativas ou outras devem ser segregados na fonte, no momento do descarte,
e permanecer desta forma até a sua destinação final.

Para a segregação e o acondicionamento dos resíduos devem ser


disponibilizados coletores adequados ao volume e tipo de resíduo, identificados de acordo
com as cores estabelecidas pela Resolução CONAMA 275/2001, conforme exibe o Quadro 4.

CO RESÍDUO
R
Azul Papel/papelão
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Preto Madeira
Laranja Resíduos perigosos
Branco Resíduos de serviços de saúde
Roxo Resíduos radioativos
Marrom Resíduos orgânicos
Cinza Resíduos não recicláveis
Quadro 4: Padrão de cores para coleta seletiva Fonte: (CONAMA 275/2001)

26
A identificação dos coletores pode ser realizada por meio de etiquetas, com
cor e a descrição dos resíduos, conforme o exemplo da Figura 7.

Figura 07: Rótulos de Risco

Os resíduos inflamáveis e resíduos sólidos com características de


inflamabilidade, devem adicionalmente receber um rótulo de risco, conforme exemplo na
Figura 8.

Figura 8: Exemplos de rótulos de risco para resíduos inflamáveis ou com características de inflamabilidade
Fonte: (SETON, 2014)

27
Na planilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Quadro 8), consta o
detalhamento para o acondicionamento de cada tipo de resíduo gerado. Cada resíduo gerado é
identificado com o código do Resíduo, CODRES, e a forma de Acondicionamento com seu
respectivo Código de Acondicionamento, CODACOND. Estes códigos são estabelecidos pelo
órgão ambiental estadual, a FEPAM e estão disponíveis no endereço eletrônico:
<www.fepam.rs.org.br>.

No Quadro 5 podem ser consultados os Códigos de Acondicionamento


estabelecidos pela FEPAM.

CÓDIGO DO
ACONDICIONAMENTO FORMA DE ACONDICIONAMENTO

E Tambores de 200 l
0
1
E A granel
0
2
E Caçamba (contêiner)
0
3
E Tanque
0
4
E Tambores de outros tamanhos e bombonas
0
5
E Fardos
0
6
E Sacos plásticos
0
7
E Cestos
0
8
E Silos
0
9
E Sacos de algodão
1
0
E Caixas
1
1
Quadro 5: Acondicionamento do Resíduo

28
Os recipientes para acondicionamento de resíduos devem atender as
demandas quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados pelos empreendimentos, ou
seja, volume e tipo de resíduo. Na sequencia de Figuras 9, 10, 11, 12, 13 e 14 estão
exemplificados diferentes tipos de recipientes e coletores que visam garantir a integridade
da central de resíduos e operadores, quanto à segurança e a proteção do meio ambiente.

29
Figura 13: Modelo de Registro de Resíduos Sólidos

Figura 14: Modelo de Registro de Resíduos Sólidos

8.4 QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS

O controle da quantidade e periodicidade da geração dos resíduos é


fundamental para o efetivo funcionamento da gestão de resíduos nos empreendimentos. É
preciso acatar as unidades de medida estabelecidas pelo órgão licenciador.

A quantificação dos resíduos gerados ocorre no momento da sua entrada


na central de resíduos ou área de armazenamento temporário e deve ser registrada na
planilha sugerida conforme o Quadro 6.

Registro de Resíduos
Sólidos

Empresa: Ano:

Entrada de Resíduos na Central Saída de Resíduos da Empresa


Clas
Tipo
Dat se Unida
de Armazenament
a NB Quantida de Quantida Destinação / N° LO
Resídu o
R de de de
o Temporário
10.0 medi
04 da

30
Quadro 6: Modelo de Registro de Resíduos Sólidos

A quantificação dos resíduos gerados deve ser realizada por meio de


instrumentos de medição devidamente calibrados, adequados ao volume e ao tipo de
resíduos gerados, garantindo a confiabilidade dos dados de geração.

Sugere-se que as empresas adquiram uma balança para a medição dos


resíduos sólidos. As Figuras 15, 16 e 17 apresentam exemplos destes equipamentos que
atendem a grandes gerações.

Figura 15: Modelo de balança de Figura 17: Modelo de


piso para quantificação de resíduos balança plataforma
Figura 16: Modelo de balança
Fonte: (METTLER TOLEDO, 2014) bancada para
suspensa para quantificação de
quantificação de
resíduos resíduos
Fonte: (DIGI-TRON, Fonte: (DIGI-TRON,
2014) 2014)

8.5. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E CENTRAL DE


RESÍDUOS

Os resíduos devem ser armazenados de forma a proteger a saúde pública


e o meio ambiente, de acordo com os riscos potenciais que representam, até que sejam
encaminhados para reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada. E também de maneira a não possibilitar a alteração de sua
classificação. É preciso armazenar separadamente os resíduos classificados como II A e ou

31
II B dos resíduos classificados como classe I, atentar para a incompatibilidade entre os
resíduos classe I, que necessitam de armazenamento seguro entre eles, minimizando os
riscos ambientais.

Os recipientes com os resíduos sejam contêineres, caçambas, caixas,


tambores, bombonas, sacos plásticos ou outros, devem ser armazenados em áreas com
identificação, cobertas, bem ventiladas e sobre piso impermeabilizado. Para possibilitar
rápida identificação dos resíduos os recipientes devem permanecer devidamente rotulados
ou identificados com placas/etiquetas fixas.

As Centrais de Resíduos ou outros locais onde ocorra o armazenamento


temporário dos resíduos devem atender as normas NBR 12.235, para os resíduos perigosos
(CLASSE I) e NBR 11.174, para os resíduos não perigosos (CLASSE II A e II B), e devem
ser dotados dos seguintes recursos:

 Sistema de isolamento que impede o acesso de pessoas estranhas; Sinalização de


segurança para os riscos de acesso ao local;

 Áreas definidas e sinalizadas para o armazenamento dos diferentes tipos de


resíduos;

 Sistema de drenagem e captação de líquidos se houver geração, para posterior


tratamento;

 Iluminação, inclusive para situações de emergência; Kit de emergência;

 Equipamentos de combate ao incêndio, onde houver a possiblidade de fogo.

Nota: se houver a necessidade de armazenar algum resíduo fora das áreas supracitadas, isto
somente poderá ser feito em contêiner fechado ou coberto e sobre o piso impermeabilizado.

8.6. TRANSPORTE DOS RESÍDUOS

8.6.1. TRANSPORTE INTERNO

A movimentação interna adequada dos resíduos deve atender algumas ações, como:

 Verificar peso e forma dos resíduos a serem manuseados;


32
 Determinar rotas de movimentação dos resíduos; Utilizar equipamentos
compatíveis com o volume;

 Familiarizar os colaboradores com equipamentos e riscos ambientais; Determinar


áreas de riscos para equipamentos especiais;

 Utilizar EPI´s apropriados para a atividade.

8.6.2. TRANSPORTE EXTERNO

O transporte dos resíduos é de responsabilidade do empreendedor mesmo


quando praticado por terceiros, o que somente poderá ser realizado por empresas
devidamente licenciadas de acordo com a legislação vigente.

Para a execução do transporte dos resíduos sólidos para fora das


instalações das empresas, devem ser contratadas empresas especializadas que possuam
veículos devidamente licenciados para tal atividade de acordo com o estabelecido na
legislação específica.

O transporte deve ser feito de modo a prevenir e evitar danos ao meio


ambiente e à saúde pública observando, que:

 O equipamento de transporte seja adequado ao tipo de resíduo e às regulamentações


pertinentes;

 O estado de conservação do equipamento de transporte não permita derramamentos


ou vazamentos durante o trajeto;

 Durante o transporte os resíduos estejam devidamente acondicionados e protegidos


de intempéries;

 Os resíduos não sejam transportados juntamente com alimentos, medicamentos ou


objetos destinados ao uso e/ou consumo humano ou animal, ou com embalagens
destinadas a este fim.

33
Além dos documentos fiscais exigidos pela legislação os resíduos
transportados devem ser acompanhados do Manifesto de Transporte de Resíduos –
MTR. O MTR deve ser preenchido em 3 vias, assim sendo:

 1ª via acompanha o resíduo até a destinação final e após ser assinada pelo
destinatário e transportador, deve permanecer arquivada no destino final;

 2ª via acompanha o resíduo até a destinação final e, após ser assinada pelo
destinatário, deve permanecer arquivada com o transportador;

 3ª via contendo as assinaturas do gerador e do transportador, fica retida no gerador no


momento do envio dos resíduos.

Após devidamente assinadas pelas partes envolvidas, as três vias devem


permanecer à disposição da fiscalização ambiental, pelo período mínimo de 5 (cinco) anos.

No caso do transporte de resíduos perigosos, os resíduos devem ser


acompanhados da Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos, conforme estabelecido na norma NBR 7.503 e NBR 14.619 que trata
do transporte terrestre de produtos perigosos e incompatibilidade química, assim como,
devem estar devidamente rotulados conforme a norma NBR 16.725 que aborda sobre
resíduo químico e informações sobre segurança, saúde e meio ambiente, ficha com dados
de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem.

Conforme Art. 4º da PORTARIA N.º 034/2009, de 03 de agosto de 2009,


a empresa GERADORA de Resíduos sólidos classe I, e os de classe II que produzam mais
de 12 (doze) m³/ano de resíduos, considerando a média dos últimos três anos, ficam
obrigados a solicitar autorização a FEPAM para emissão de talonário de MTR.

8.7. DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS

Os resíduos sólidos gerados podem ser destinados para diferentes fins,


tais como reprocessamento, reciclagem, reutilização, tratamento, coprocessamento ou
outros. No momento do envio dos resíduos para sua destinação final, deve ser registrada a
quantidade e a destinação final adotada, na planilha “Registro de Resíduos Sólidos”
(Quadro 6). O Código de Destinação – CODEST dos resíduos é estabelecido pela FEPAM,
conforme o Quadro 7.
34
CÓDIGO
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO
DO
DESTIN
O
B Destinação em solo agrícola
0
1
B Aterro industrial próprio licenciado pela FEPAM
0
2
B Aterro industrial próprio
0
3
B Aterro industrial de terceiros licenciado pela FEPAM
0
4
B Lixo da prefeitura
0
5
B Lixo particular
0
6
B Outras formas de disposição. Especificar.
2
0
C Central licenciada pela FEPAM
0
0
S Estocagem em área aberta
0
5
S Estocagem em galpões/armazéns
0
6
S Estocagem em outros sistemas
0
8
S Estocagem em lagoas
0
9
S Armazenamento provisório em valas aguardando licenciamento
1
0
T Queima em incinerador
0
1
T Queima em incinerador de câmara
0
2
T Queima em fornos industriais
0
3
T Queima em caldeira
0
4
T Queima a céu aberto
0
5
T Detonação
0
6

35
T Oxidação de cianetos
0
7
T Encapsulamento, fixação química/solidificação
0
8
T Oxidação química
0
9
T Precipitação
1
0
T Queima em fogão doméstico
1
1
T Neutralização
1
2
T Adsorção
1
3
T Reprocessamento/reciclagem externos
1
4
T Tratamento biológico
1
5
T Compostagem
1
6
T Secagem
1
7
T Fertirrigação/landfarming
1
8
T Vermicompostagem
1
9
T Reprocessamento/reciclagem internos
2
0
T Tratamento em outros estados
2
1
T Desmanche termoquímico
2
2
T Alimentação de animais
2
3
T Tratamento em outros países
2
4
T Devolvido ao fornecedor
2
5
Quadro 7: Destinação Final dos Resíduos

A destinação final dos resíduos está condicionada ao licenciamento


ambiental das empresas ou instituições identificadas como receptoras. Periodicamente deve
36
ser verificado o licenciamento ambiental dos destinatários dos resíduos observando o
cumprimento das condições e restrições estabelecidas. Deve ser mantida cópia atualizada
da licença ambiental dos receptores dos resíduos sólidos.

O envio de resíduos para destinação final fora do estado da Paraíba está


condicionado à autorização prévia da SUDEMA, através de solicitação de Autorização
para encaminhamento de resíduos para fora do estado da Paraíba.

8.8. PREVENÇÃO E ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS

Os resíduos devem ser manuseados de forma a minimizar a possibilidade


de fogo, explosão, derramamento e vazamento para corpos d’água, solo ou ar.

Com o objetivo de evitar efeitos indesejáveis, os resíduos devem ser


mantidos segregados e em locais específicos. O armazenamento de tais resíduos deve
considerar as questões de compatibilidade química.

Todas as pessoas envolvidas no manuseio dos resíduos devem fazer uso


do Equipamento de Proteção Individual (EPI) definido no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) das empresas. As Figuras 18, 19, 20 e 21 ilustram
equipamentos para prevenção e atendimento às emergências.

37
8.9. TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO

O correto gerenciamento dos resíduos é fundamental para a minimização


da geração dos resíduos através da aplicação dos princípios NÃO GERAR, REDUZIR,
REUTILIZAR e RECICLAR, bem como para a prevenção da geração de possíveis efeitos
danosos no meio ambiente. Assim, a capacitação dos colaboradores do PGRS é um fator
primordial, e envolve:

 A forma de operação da Área Temporária de Resíduos;

 A forma de utilização e preenchimento do Manifesto de Transporte de Resíduos;


Preenchimento do Registro de Resíduos Sólidos;

 Emissão da Planilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos; Atendimento a


situações de emergência;

 Uso correto do EPI;

38
 Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento
incorreto ou acidentes.

8.10. REVISÃO DO PGRS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverá estar atualizado,


sendo obrigatória a adição de qualquer novo procedimento adotado pelos empreendimentos
quando estes forem submetidos á reformas ou mudanças nos processos, atividades ou
serviços, ampliações físicas e mudança de endereço.

A revisão do PGRS deverá ocorrer, no mínimo, a cada quatro anos,


mesmo prazo vigente para revisão dos planos Nacional e Estadual estabelecido pelo
Decreto Federal nº 7.404/10, ao final da vigência da Licença de Operação ou conforme
determinação do órgão ambiental competente.

IMPORTANTE: A responsabilidade técnica do presente documento restringe-se,


exclusivamente, a elaboração do presente Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
estando de inteira responsabilidade dos Empreendimentos sua implementação e a
operacionalização.

8.11. PLANILHA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

A planilha de gerenciamento de resíduos, conforme o Quadro 8, elucida a


operação dos resíduos gerados pelo APL. Contempla a classificação conforme a norma
NBR 10.004, os métodos de acondicionamento temporário e a destinação final dos
resíduos, respeitando os códigos definidos pelo órgão ambiental competente.

39
GERENCIMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

CLASSE NBR 10.004

UNIDADE DE MEDIDA
CODACOND

CODEST
CÓDIGO ONU
CODRES

RESÍDUOS ARMAZENAMENT
CARACTERIZAÇÃO ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO FINAL
SÓLIDOS O
INDUSTRIAIS TEMPORÁRIO

Saco plástico Área temporária Coleta seletiva B


Resíduo de E
A00 Restos de alimentos, resíduos II - acondicionado em tambor T de resíduos da municipal / 0
restaurante (restos 0
10 orgânicos. A identificado como empresa Compostagem / 5
de alimentos) 7
orgânico geradora Alimentação de animais
E
0 T
5 1
6

T
2
3

Resíduo gerado fora Coleta seletiva municipal


Resíduo de escritório, Saco plástico Área temporária B
do processo E / Aterro industrial classe
A00 embalagens, caixas, papel de II - acondicionado em tambor m de resíduos da 0
industrial (escritório, 0 II /
20 escritório, papleão, plásticos, A identificado como ³ empresa 5
embalagens, etc) 7 Reprocessamento/recicl
copos plásticos. resíduos recicláveis geradora B
E age m externos
0
0
2
5
T
2
0
Saco plástico Área temporária Coleta seletiva
Resíduo de varrição E B
A00 Resíduo de varrição. II - acondicionado em tambor m de resíduos da municipal / Aterro
não 0 0
30 A identificado como resíduo ³ empresa industrial classe II
perigoso.Especificar: 7 5
de varrição classe II geradora licenciado pela FEPAM
E B
0 0
5 2
Retalhos de sucata, cavaco, retalhos
e estamparia de chapas, sucata de
chapa de ferro (gerada em anodos do Tambor e ou caçamba
banho), tiras, cantoneiras e ferro identificado como sucata
E Área temporária
redondo, cavacos galvanizados, sliter, metálica ou conforme a Reprocessamento/recicl

40
A00 Sucata de metais limalha, lata aerosol, ferramenta II - 0 T de resíduos da T
40 ferrosos danificada, cavaco de tecnil e A classificação pelo tipo de 1 empresa age m externa 1
plastirene, sobras de calha e material, adotada pela geradora 4
tubulação, tambores, latas d etinta e empresa
E
solvente, chapas de aço, sucata de 0
aço pintada. 5

E
0
3
Tambor e ou caçamba
identificado como sucata
Cobre limpo (sobra de barramento), E Área temporária
Sucata de metais não ferrosa ou conforme Reprocessamento/recicl
A00 limalha de cobre, sobras de fios e II - 0 T de resíduos da T
não ferrosos a classificação pelo tipo age m externa
50 cabos elétricos, retalhos de barras de A 1 empresa 1
(latão) de material, adotada pela
alumínio. geradora 4
empresa
E
0
5

E
0
3
Área temporária
Resíduo de Tambor identificado Coleta seletiva B
A00 Embalagens, caixas, papel de II - E T de resíduos da
papel e papelão como municipal / 0
60 escritório. A 0 empresa
papel/papelão Reciclagem externa 5
5 geradora
T
1
4

GERENCIMENTO DE RESÍDUOS
CLASSE NBR 10.004 SÓLIDOS

UNIDADE DE MEDIDA
CODACOND

CODEST
CÓDIGO ONU
CODRES

RESÍDUOS ARMAZENAMENT
CARACTERIZAÇÃO ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO FINAL
SÓLIDOS O
INDUSTRIAIS TEMPORÁRIO

A granel (preservando a Devolvido ao T


Área temporária
Resíduo Bombonas plásticas de água integridade do material) E fornecedor / Central 2
A00 II - u de resíduos da
plástico deionizada (20 L). ou caçamba identificados 0 licenciada pela FEPAM / 5
70 A n empresa
(bombonas) como resíduo classe I 2 Descontaminação C

41
E . geradora / Reciclagem externa
Bombonas 0 0
3 0
B
2
0
T
1
4

Embalagens de escritório, cintas


Saco plástico E Área temporária
Resíduo plástico plásticas, sacaria, plástico Coleta seletiva B
A00 II - acondicionado em 0 T de resíduos da
(filmes e pequenas metalizado, saco plástico (PEBD), municipal / 0
71 A tambor e ou caçamba 7 empresa
embalagens) CHMW, sucata de polietileno e ou Reciclagem externa 5
identificado como geradora
moida para injeção. T
plástico E 1
0 4
5

E
0
3
Área temporária Reciclagem externa /
Caçamba ou tambor E T
A00 Resíduo de borracha Sobras de correias. II - m de resíduos da aterro industrial classe II
identificados como 0 1
80 A ³ empresa licenciado pela FEPAM
borracha 3 4
geradora
E B
0 0
1 4
Área temporária
Tambor identificado Aterro industrial
A00 Resíduo de PU Retalhos de PU. II - E m de resíduos da B0
como PU classe II licenciado
82 A 0 ³ empresa 4
pela FEPAM
1 geradora
Caixas, pallets, retalhos e serragem E Área temporária
Resíduo de madeira Caçamba, tambor ou Reciclagem externa e T
A00 de madeira de eucalipto, pallets II - 0 T de resíduos da
(restos de caixa identificados como ou interna 1
90 quebrados, retalhos de MDF, A 3 empresa
embalagens,pallets) madeira 4
bobinas. geradora
T
E 2
0 0
1

E
1
1
Área temporária
Tambor identificado E Reprocessamento/recicl
A01 Resíduo de vidros Vidro quebrado. II - T de resíduos da T1
como vidro 0 age m externa
42
71 B empresa 4
1
geradora
E
0
5
Reprocessamento/recicl
Resíduo sólido Área temporária
Pó oriundo do jato de Tambor identificado age m externa / Aterro T
A01 composto de metais não I 30 E m de resíduos da
granalha contaminado. como resíduo industrial classe II 1
80 tóxicos (lama de cloro 77 0 ³ empresa
perigoso classe I licenciado pela 4
1 geradora FEPAM B
0
4

Área temporária
Outros resíduos Vermiculita (granulado de composto Tambor identificado E Aterro industrial
A09 II - T de resíduos da B0
não de areia). como resíduo 0 classe II licenciado
90 A empresa 4
perigosos.Especific classe II 1 pela FEPAM
geradora
ar: E
0
5

GERENCIMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

CLASSE NBR 10.004

UNIDADE DE MEDIDA
CODACOND

CODEST
CÓDIGO ONU
CODRES

RESÍDUOS ARMAZENAMENT
CARACTERIZAÇÃO ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO FINAL
SÓLIDOS O
INDUSTRIAIS TEMPORÁRIO

Res.de Serviços de Resíduo de ambulatório de Sacos, caixas e tambores E Área temporária


Neutralização T
D00 Saúde (mat.infectado, odontologia, agulhas, material I 30 especiais identificados 0 m de resíduos para
autoclave e 1
40 agulhas, infectado, medicamentos. 77 como resíduos de saúde 7 ³ saúde da empresa
incineração 2
medicamentos).Especific geradora
T
ar: E 0
1 1
1

E
0
5
Terra contaminada com óleo e ou Saco plástico Área temporária
Resíduo perigoso E
D00 graxa, poeira contaminada com I 30 acondicionado em tambor m de resíduos da Coprocessamento B2
de varrição 0
96 plásticos, pó de ferro. 77 identificado como ³ empresa 0
7
varrição classe I geradora
43
E
0
5
Lodo da estação de tratamento Tambor sob piso
Área temporária
Lodo de ETE de efluentes de galvanoplastia impermeabilizado e ou Aterro industrial
F00 I 30 E m de resíduos da B0
de (contaminantes cromo bacia de contenção classe I licenciado
06 77 0 ³ empresa 4
galvanoplasti trivalente, cianeto). identificados como pela FEPAM
1 geradora
a resíduo classe I
Tambor sobre piso
impermeabilizado, bacia e Área temporária
Reprocessamento/recicl
F00 Óleo lubrificante usado Óleo lubrificante usado contaminado. I 30 ou pallet de contenção E m de resíduos da T1
age m externa
30 82 identificado como óleo 0 ³ empresa 4
lubrificante usado classe I 1 geradora
Equipamentos de proteção
Caçamba ou tambor
individual, panos de limpeza
sobre piso Área temporária
Material contaminado contaminados com tinta e ou óleo, E
F00 I 30 impermeabilizado e ou m de resíduos da Coprocessamento B2
com óleo resíduo de varrição com óleo e ou 0
31 77 bacia de contenção ³ empresa 0
tinta, estopas, papel, pó de lixação 3
identificados como geradora
contaminados com óleo e ou E
tinta. resíduo classe I
0
5
Tambor e ou Área temporária
Resíduo têxtil Estopas, panos de limpeza, E Reciclagem T
F00 I 30 caçamba T de resíduos da
contaminado (panos, luvas contaminados com óleo e 0 externa / 1
42 77 identificado como empresa
estopas) ou graxa. 1 Coprocessament 4
têxtil classe I geradora
E o B
0 2
3 0
Área temporária
Solventes Solvente usado contaminado, Tambor identificado Reprocessamento/recicl
F00 I 30 E m de resíduos da T1
contaminados.Especifi thiner diluente. como solvente usado age m externa
44 82 0 ³ empresa 4
car classe I
1 geradora
Caçamba ou tambor
Estopas, equipamentos de proteção
sobre piso Área temporária Coprocessamento /
Outros resíduos individual, papel e papelão E B
F00 I 30 impermeabilizado e ou m de resíduos da Aterro industrial classe I
perigosos.Especific contaminados, óleo CNC, pó de 0 2
50 77 bacia de contenção ³ empresa licenciado pela FEPAM
ar: varrição misturado plásticos, metais, 3 0
identificados como geradora
tecidos. E B
resíduo perigosos classe I
0 0
5 4

GERENCIMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS

44
CLASSE NBR 10.004

UNIDADE DE MEDIDA
CODACOND

CODEST
CÓDIGO ONU
CODRES RESÍDUOS
CARACTERIZAÇÃO ACONDICIONAMENTO
ARMAZENAMENT
DESTINAÇÃO FINAL
SÓLIDOS O
INDUSTRIAIS TEMPORÁRIO

Central licenciada e
Acumuladores de Tambor ou Área temporária C
E aterro industrial classe I
K00 energia (baterias, Baterias de nobreak. I 30 bombona identificada u de resíduos da 0
0 licenciado pela FEPAM /
72 pilhas, assemelhados) 77 como resíduo classe I n empresa 0
1 Tratamento
pilhas e bateriais . geradora em outros estados B
E
0
0
4
5
T
2
1
Própria embalagem
Lâmpadas Área temporária Central licenciada
disposta em caixa C
K01 fluorescentes (vapor Lâmpadas fluoresecentes. I 30 E u de resíduos da pela FEPAM e
coletora identiifcada 0
06 de mercúrio ou sódio) 77 1 n empresa tratamento em outros
como resíduo Classe I 0
1 . geradora estados
lâmpadas T
2
1
Latas metálicas contaminadas com A granel disposto sobre Devolvido ao T
Área temporária
Embalagens tinta e solvente, bombonas, bacia ou pallet de E fornecedor / Central 2
K02 I 30 T de resíduos da
vazias embalagens plásticas contaminadas contenção ou caçamba 0 licenciada pela FEPAM / 5
12 77 empresa
contaminadas com cianeto, galões de óleo. identificados como 2 Descontaminação C
geradora
resíduo classe I E / Reciclagem externa 0
0 0
3 B
2
0
T
1
4
Área temporária Reprocessamento/recicl
Resíduo de Resíduo de tinta e pigmentos, tinta em Tambor identificado T
K07 I 30 E m de resíduos da age m externa /
tintas e pó vencida, borra de tinta, sobras de como resíduos de tinta 1
80 77 0 ³ empresa Coprocessamento
pigmentos tinta classe I 4
1 geradora
B
2
0
Caçamba ou tambor
sobre piso Área temporária Reprocessamento/recicl
E T
45
X00 Residuo De Filtro Filtro de pintura. I 30 impermeabilizado e ou T de resíduos da age m externa /
0 1
2 77 bacia de contenção empresa Coprocessamento
3 4
identificados como geradora
E B
resíduo perigoso classe I 0 2
5 0
Saco plástico
E Área temporária
acondicionado em tambor Aterro industrial
X00 Lixas Classe II Sucata de lixa (flap), lixas ferro. II - 0 T de resíduos da B0
e ou caçamba identificado classe II licenciado
5 A 7 empresa 4
como lixas usadas classe pela FEPAM
geradora
II
E
0
5

E
0
3
Óculos, luvas latex, luvas PVC, luvas Tambor e ou caçamba Área temporária Reciclagem externa /
Equipamentos De E T
X01 de algodão, avental PVC, bota de II - identificado como EPI m de resíduos da Aterro industrial classe II
Protecao Individual - Epi 0 1
4 borracha, jaleco, máscara de solda. A usado classe II ³ empresa licenciado pela FEPAM
5 4
geradora
E B
0 0
3 4

GERENCIMENTO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
CLASSE NBR 10.004

UNIDADE DE MEDIDA
CODACOND

CODEST
CÓDIGO ONU
CODRES

RESÍDUOS ARMAZENAMENT
CARACTERIZAÇÃO ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO FINAL
SÓLIDOS O
INDUSTRIAIS TEMPORÁRIO

Área temporária
Tambor identificado Aterro industrial
X01 Discos De Corte Disco flep, disco de corte e desbaste. I 30 E T de resíduos da B0
como discos de classe I licenciado
8 77 0 empresa 4
corte pela FEPAM
1 geradora

46
Saco plástico
acondicionado em
E Área temporária
Residuo De Papel E tambor e ou caçamba
X02 Papel e papelão contaminado. I 30 0 T de resíduos da Coprocessamento B2
Papelao sobre piso
0 77 7 empresa 0
Contaminados impermeabilizado ou
geradora
bacia de contenção
identificado como resíduo E
perigoso classe I 0
5

E
0
3
Saco plástico
acondicionado em
E Área temporária
Residuo De tambor e ou caçamba
X02 Bombonas plásticas de óleo e ou I 30 0 T de resíduos da Coprocessamento B2
Plastico sobre piso
5 graxa. 77 7 empresa 0
Contaminado impermeabilizado ou
geradora
bacia de contenção
identificado como resíduo E
perigoso classe I 0
5

E
0
3
Equipamentos De Tambor e ou caçamba Área temporária
Equipamentos de proteção E
X02 Protecao Individual - Epi I 30 identificado como EPI T de resíduos da Coprocessamento B2
individual contaminados com 0
6 Contaminado 77 usado classe I empresa 0
óleo, graxa, tinta. 5
geradora
E
0
3
Saco plástico
E Área temporária Coleta seletiva
acondicionado em tambor B
X03 Papel Higienico Resíduo sanitário. II - 0 T de resíduos da municipal / Aterro
e ou caçamba 0
2 A 7 empresa industrial classe II
identificado como resíduo 5
geradora licenciado pela FEPAM
sanitário B
E 0
0 4
5

E
0
3
Própria embalagem e ou Área temporária
Sucatas de componentes caixa identificado com de resíduos e ou Beneficiament B
X03 Residuos Eletronicos I 30 E T

47
8 elétricos, reator. 77 nome próprio e ou 1 sala de materiais o/ 2
resíduo 1 em desuso reprocessame 0
eletrônico da empresa nto T
geradora 1
4
Área temporária
Lodo De Fossa Tambor identificado Aterro industrial
X04 Lodo de fossa séptica. I 30 E m de resíduos da B0
Septica E Filtro como lodo classe I licenciado
2 77 0 ³ empresa 4
Anaerobio classe I pela FEPAM
1 geradora
Quadro 8: Planilha de gerenciamento de resíduos

48
9 - SOLUÇÕES CONSORCIADAS

Considerando a qualidade e principalmente a quantidade dos resíduos


gerados pelas empresas do APL, é possível unificar volumes de alguns resíduos que em sua
geração apresentam-se em proporções reduzidas perante aos demais, em uma área
denominada como “central agregadora”. Esta viabilizaria a reciclagem e a destinação final
ambientalmente adequada, proporcionaria menores custos em transportes, um controle
efetivo da destinação final dos resíduos, não somente para os considerados perigosos, mas
também para os resíduos recicláveis da RECBRAS.

Notou-se que existem boas práticas ambientais, que devem ser


disseminadas a todas as empresas, como por exemplo, a logística reversa de embalagens de
tintas, o transporte de resíduos compartilhado, a compactação e acondicionamento dos
resíduos, reuso de caixas e paletes de madeira para acondicionamento de produto acabado e
dentre outras.

49
10 - RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA

Segundo a PNRS 12.305 de 2010, no Art. 30 fica instituído a


responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de
forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, os importadores, os
distribuidores, os comerciantes, os consumidores, os titulares dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

O objetivo da responsabilidade compartilhada pelo ciclo vida dos produtos visa:

 Interagir os interesses econômicos e sociais, como também a gestão empresarial e


ambiental;

 Promover o aproveitamento dos resíduos sólidos em sua própria cadeia produtiva e


ou demais cadeias;

 Reduzir a geração de resíduos sólidos, desperdício de matérias-primas, materiais e a


poluição ambiental;

 Utilizar insumos e matérias-primas de menor agressividade ao meio ambiente e de


maior sustentabilidade;

 Desenvolver o mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais


reciclados e recicláveis;

 Promover o alcance da eficiência e da sustentabilidade na produção;

 Realizar a responsabilidade socioambiental.

Desta forma, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes


possuem a responsabilidade de investir e desenvolver produtos e embalagens com menor
impacto ambiental.

50
Ainda com a Lei 12.305/2010 o Art. 33 explica que os resíduos de
embalagens e rejeitos de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus usados, embalagens de óleo
lubrificante, lâmpadas tubulares e componentes e ou produtos eletroeletrônicos são
compreendidos pela cadeia de produtos com recolhimento obrigatório pelo sistema de
logística reversa. Este sistema pode ainda ser expandido para produtos comercializados em
embalagens plásticas, metálicas e ou vidro, e demais produtos, considerando o grau de
impacto à saúde pública e ao meio ambiente.

51
11 - CONTROLE AMBIENTAL

Caso seja identificado algum Passivo Ambiental relacionado aos resíduos


sólidos, sugere-se as seguintes ações, que devem ser informadas ao órgão ambiental:

 Avaliação preliminar (identificação de potenciais passivos ambientais);

 Investigação confirmatória (confirmação, por meio de laudos analíticos, da existência


de alguma contaminação no solo e/ou água);

 Investigação detalhada;

 Análise de riscos à saúde humana; Plano de monitoramento;

 Plano de intervenção; Plano de remediação;

 Cronograma de execução;

 Plano de Remediação de área contaminada, para detalhamento das informações,


quando houver contaminação;

 As ações adotadas, no caso de ocorrência de contaminação, devem estar informadas


no plano de gerenciamento de resíduos sólidos, em conformidade com a legislação
aplicável. Observar a Resolução CONAMA n° 420/2009.

52
12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a avaliação feita na RECBRAS, esclarece que o porte do


empreendimento, varia de pequeno à grande, conduzindo à dificuldades com a destinação
final de resíduos sólidos, para as pequenas empresas. A causa é por conta do volume de
geração mensal, que não atende as necessidades dos recicladores para o transporte e a
geração de matéria-prima, considerando os custos com esta clientela. O fator negativo que
impacta a destinação final dos resíduos para as grandes empresas é a localidade, esta região
não está provida de empresas recicladoras e tem-se muita dificuldade na contratação deste
tipo de prestação de serviço, tornando o custo muito elevado.

Observou-se que a maioria das empresas realiza a destinação final dos


seus resíduos, arcam com os custos elevados para destinação final de resíduos perigosos, o
que muitas vezes, impede investimentos em tecnologias de menor impacto ambiental e
saúde ocupacional, bem como fazer o uso de produtos mais “verdes”, já disponíveis no
mercado, em seus processos.

Alguns processos poderiam ser melhorados, visando à minimização de


resíduos, as atitudes comportamentais das equipes. A disseminação de boas práticas
ambientais, vistas nas empresas, e também, o incentivo de tecnologias e produtos de menor
impacto ambiental, são atitudes que contribuiriam para o encontro da excelência ambiental
no APL da RECBRAS.

53
13- RESPONSÁVEL TÉCNICO

Responsável Técnico

______________________________________________
Pedro Henrique dos Santos Silva
Engenheiro Ambiental / Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA-PB 161.513.158-2

Representante Legal

______________________________________________
Rodrigo Nogueira Cavalcante

54
14 - ANEXOS

14.1 ANOTAÇÃO DE RESPOSABILIDADE TÉCNICA - ART

55

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