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PGRS - Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos

PGRS – PLANO DE GERENCIAMENTO


DE RESÍDUOS SÓLIDOS

OBRA: CONDOMÍNIO OASIS ELÓI DE SOUZA

CLIENTE: OASIS ELÓI DE SOUZA – EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA

FOCO GEO SOLUÇÕES

NATAL/RN
SETEMBRO
/2023

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

FOCO GEO SOLUÇÕES


RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PGRS
LUCAS DE OLIVEIRA CAMPOS
ENGENHEIRO AMBIENTAL
CREA-RN nº 212202428-3

INTERESSADO: OASIS ELOI DE SOUZA – EMPREENDIMENTOS


IMOBILIARIOS LTDA

NATAL
SETEMBRO/2023

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES ENVOLVIDAS............................................4

1.1 Empresa Contratante...............................................................................4

1.2 Identificação do Empreendimento............................................................4

1.3 Empresa Contratada................................................................................4

2. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS..................................................................5

3. EMBASAMENTO TÉCNICO E LEGISLAÇÃO APLICADA.............................5

4. SOBRE O EMPREENDIMENTO....................................................................6

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PGRS.........................................................7

6. FASES DO PGRS...........................................................................................8

7. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.............................................9

7.1. Classificação dos Resíduos de Construção Civil...................................10

7.2. Quantidade de Resíduos........................................................................13

7.3. Reutilização e Reciclagem na Obra........................................................15

8. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DOMICILIARES..............................18

8.1. Caracterização Teórica dos Resíduos Gerados no Condomínio............19

9. POSSÍVEIS PASSIVOS AMBIENTAIS.........................................................21

10. COLETA, TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO (RCC).....................21

10.1. Transporte interno.................................................................................21

10.2. Procedimento de Acondicionamento....................................................22

10.2. Estocagem Temporária.........................................................................26

10.3. Pré-Tratamento/Tratamento Interno de Resíduos................................27

10.4. Coleta/Transporte Externo....................................................................27

10.5. Destinação Final do RCC......................................................................30

11. OPERAÇÃO DO CONDOMÍNIO.................................................................30

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11.1. Procedimentos Para Implementação do Plano De Gerenciamento de


Resíduos Domésticos.......................................................................................30

12. DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES............32

13. EDUCAÇÃO AMBIENTAL..........................................................................32

13.1. Educação ambiental no canteiro de obras............................................32

13.2. Educação Ambiental no Condomínio....................................................34

14. RECOMENDAÇÕES GERAIS....................................................................34

15. REFERÊNCIAS...........................................................................................36

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1 IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES ENVOLVIDAS

1.1 Empresa Contratante

Razão Social: OASIS ELOI DE SOUZA – EMPREENDIMENTOS


IMOBILIARIOS LTDA
CNPJ /CPF: 50.671.165/0001-63
Endereço: Rua do Mandacaru, nº 1900, Centro, Senador Elói de Souza – RN
CEP: 59250000
Contato: (84) 99107-9822

1.2 Identificação do Empreendimento

Identificação: CONDOMÍNIO OASIS ELÓI DE SOUZA


Endereço: Ás margens da RN-226, Centro, Senador Elói de Souza

1.3 Empresa Contratada

Nome: FOCO TGMA


CNPJ: 18.209.951/0001-30
Endereço: Av. Sen. João Câmara 221, Centro, Parnamirim/RN
Contato: (84) 999151350
Responsável Técnico: Dayvison Bruno Cordeiro de Paiva
CREA: 150605485-4

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2. APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS

O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um


componente essencial da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
abrangendo um conjunto de estratégias que visam a gestão eficaz dos
resíduos sólidos em todas as fases, desde a coleta inicial até a disposição final
ambientalmente adequada.
Este plano desempenha um papel importante na administração dos
resíduos gerados durante a implantação e operação de um condomínio
residencial horizontal multifamiliar, com a meta principal de minimizar os
impactos ambientais negativos.
O escopo deste documento é contribuir para a redução da geração de
resíduos sólidos decorrentes das atividades relacionadas à construção e
operação do condomínio, mediante a implementação de um sistema
abrangente que promova e facilite o correto acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte e destinação final de tais resíduos. Além
disso, este plano incorpora medidas educativas destinadas a conscientizar e
envolver todas as partes interessadas no cumprimento das normas e
regulamentações atualmente em vigor.

3. EMBASAMENTO TÉCNICO E LEGISLAÇÃO APLICADA

Lei Federal Nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010 - Institui a Política Nacional


de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá
outras providências.
Resolução CONAMA N° 275, de 25 de abril de 2001 - Estabelece o código de
cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
Resolução CONAMA nº 307/2002 - estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
NBR 10004:2004 - Resíduos sólidos – Classificação.
NBR15112/2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Área
de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
NBR15113/2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes –
Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação.

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NBR15114 /2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem


– Diretrizes para projeto, implantação e operação.
NBR15115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos.
NBR15116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção
civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural
– Requisitos.
NBR 9191:2000 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –
Classificação.
NBR 10007:2004 - Amostragem de resíduos sólidos.
NBR 11174:1990 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III
inertes – Procedimentos.
NBR 13221:2010 - Transporte de resíduos.

4. SOBRE O EMPREENDIMENTO
O empreendimento consiste em um condomínio residencial horizontal,
localizado às margens da RN-226, no centro do município de Senador Elói de
Souza, no estado do Rio Grande do Norte (Figura 01).

Figura 01: Mapa de localização do empreendimento


Fonte: Foco Geo Soluções, 2023.

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Nesse estágio inicial, a intervenção realizada até o momento limitou-se à


preparação da terraplanagem na área, como mostra a imagem a seguir (Figura
02).

Figura 02 - Área diretamente afetada pelo empreendimento.


Fonte: FOCO, 2023.

O empreendimento tem como propósito principal atender às demandas


futuras de habitação na região. Está projetado para abrigar um total de 80
lotes, sendo 67 lotes com 250m² e 13 lotes com 200m² cada, distribuídos de
forma ordenada em uma área de aproximadamente 4 hectares.
Adicionalmente, o condomínio incorporará uma área de lazer devidamente
planejada, que compreenderá instalações como quadra esportiva, piscina,
academia, salão de festas e espaços dedicados ao convívio social dos
moradores.
Uma das características deste empreendimento é a ênfase nas boas
práticas de gestão de resíduos sólidos, com aplicação em todas as fases do
ciclo de vida do projeto, desde a construção até a sua operação. A estratégia
de gerenciamento de resíduos abarcará desde a segregação dos resíduos
conforme a legislação vigente até a correta destinação, incluindo a previsão de
gestão adequada dos resíduos produzidos pelos trabalhadores no canteiro de
obras.

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5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PGRS

1. Instituir procedimentos eficazes para a gestão e administração


apropriada dos resíduos gerados, almejando a minimização de impactos
negativos;
2. Diminuir substancialmente o volume dos resíduos produzidos, visando a
otimização dos recursos e a redução do descarte;
3. Mitigar a ocorrência de qualquer forma de degradação ambiental e
acidentes laborais originados pela geração de resíduos nas instalações;
4. Fomentar a prática da reciclagem e a diminuição da geração de resíduos
por meio da segregação e planejamento estratégico nas aquisições e
utilizações;
5. Observar integralmente as normativas ambientais vigentes, em
consonância com a legislação em vigor;
6. Monitorar e reduzir ativamente os riscos associados ao gerenciamento
de resíduos, contemplando um enfoque preventivo;
7. Garantir a manipulação adequada e a destinação final correta dos
resíduos, em total conformidade com os regulamentos e padrões
estabelecidos;
8. Fomentar e instigar as melhores práticas de compromisso
socioambiental, induzindo ações que excedam os requisitos legais;
9. No caso de transações envolvendo a venda ou doação de resíduos
passíveis de reaproveitamento, manter de forma precisa os registros
documentais que atestem a realização das operações correspondentes.

6. FASES DO PGRS

A elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)


para este empreendimento foi conduzida por meio de um processo dividido em
duas fases distintas. A primeira fase (Fase 1) se concentrou no diagnóstico,
quantificação dos volumes e destinação dos Resíduos de Construção Civil
(RCC) gerados durante a fase de construção e instalação do condomínio. A
segunda fase (Fase 2) foi dedicada à caracterização, quantificação e
gerenciamento dos resíduos domésticos gerados durante a operação do

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empreendimento, em conformidade com as diretrizes normativas e


procedimentais estabelecidas para a gestão adequada dos resíduos sólidos
domiciliares. Essas ações foram realizadas considerando o pleno
funcionamento das unidades habitacionais do condomínio, bem como suas
áreas comuns.
Na primeira fase (Fase 1), procedeu-se à estimativa do quantitativo dos
materiais que seriam empregados na construção das áreas comuns do
condomínio, tais como portaria, pavimentação e outras instalações.
Concomitantemente, foi conduzida uma busca na literatura para mapear o
cenário dos resíduos sólidos no município. Nesse contexto, foram identificados
os dias, horários nos quais os serviços de coleta são executados, além de
outras informações relevantes para o planejamento e a execução do PGRS.
Na etapa subsequente (Fase 2), procedeu-se à identificação dos
resíduos que serão gerados ao longo da operação do condomínio. Esse
processo levou em conta a tipologia habitacional planejada para a região e as
operações previstas para o funcionamento do empreendimento, quando este
estiver no pleno exercício de suas atividades.

7. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Como mencionado anteriormente, o empreendimento encontra-se em


fase de instalação, logo, a estrutura organizacional do processo construtivo do
condomínio pode ser visualizada de acordo com o organograma abaixo, bem
como a sequência cronológica das fases que compreendem a obra civil das
áreas comuns do condomínio, juntamente com os resíduos suscetíveis de
serem gerados em cada uma dessas fases:

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Fase 1 - Construção do Condomínio – Resíduos Esperados


LIMPEZA DO MONTAGEM DO FUNDAÇÕES SUPERESTRUTURA
TERRENO CANTEIRO CONCRETO (AREIA;
VEGETAÇÃO, BLOCOS CERÂMICOS SOLOS BRITA)
GALHOS CONCRETO MADEIRA
MADEIRAS SUCATA DE FERRO

REBOCO INSTALAÇÕES INSTALAÇÕES ALVENARIA


INTERNO/EXTERNO ELÉTRICAS HIDROSANITÁRIAS BLOCOS CERÂMICOS
ARGAMASSA BLOCOS CERÂMICOS BLOCOS CERÂMICOS BLOCOS DE
PISOS E AZULEJOS CONDUITES, PVC CONCRETO
CERÂMICOS MANGUEIRAS, FIO DE
COBRE ARGAMASSA

FORRO DE GESSO PINTURAS COBERTURAS


TINTAS, SELADORAS,
PLACAS DE GESSO VERNIZES, TEXTURAS MADEIRAS
CACOS DE TELHAS

7.1. Classificação dos Resíduos de Construção Civil


De acordo com as normas técnicas NBR 10.004/2004 e a Lei 12.305/2010,
os resíduos sólidos são classificados em dois grupos distintos com base em
suas características:
Resíduos Classe I - Perigosos: Essa categoria engloba resíduos que
apresentam um nível substancial de risco para a saúde pública e para a
qualidade do ambiente, em virtude de suas propriedades como
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade. Um exemplo de tais
resíduos inclui aqueles de natureza infecciosa ou inflamável.
Resíduos Classe II - Não Perigosos: Esta classe abrange os resíduos que
não possuem as características intrínsecas da Classe I. Esses resíduos são
ainda subdivididos em duas subclasses:

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Classe II A - Não Inertes: Trata-se de resíduos que podem


manifestar propriedades como biodegradabilidade, capacidade de
combustão ou solubilidade em água. Um exemplo típico engloba
resíduos orgânicos em geral, os quais podem se decompor
naturalmente.
Classe II B - Inertes: Esta subdivisão compreende resíduos que não
manifestam interações significativas com o ambiente ao entrarem em
contato com água. Incluem-se aqui materiais como vidros e resíduos
provenientes da construção civil, que não causam influência
relevante no meio ambiente após contato com água.

A classificação delineada oferece um fundamento técnico para a


execução apropriada do tratamento, manipulação e disposição dos resíduos
sólidos gerados pelo empreendimento em questão, com foco nas propriedades
particulares de cada tipo de resíduo.
A fase atual de implantação do empreendimento se caracteriza
predominante pela geração de resíduos que compartilham atributos inerentes à
categoria de resíduos da construção civil (RCC), Classe II - B. Adicionalmente,
ocorre uma parcela minoritária de produção de resíduos domiciliares, Classe II
- A, decorrente do aproveitamento desses resíduos pelas equipes de
trabalhadores que estão engajadas nas atividades da obra. Portanto, se faz
necessário estabelecer diretrizes concretas para uma gestão adequada dos
resíduos de natureza orgânica e sanitária, em conformidade com as
disposições legais embasadas na NBR 10.004/2004 e na Lei 12.305/2010.
Dessa forma, conforme estabelecido pelo artigo 2º da Resolução nº
307/2002, emitida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), os
resíduos da construção civil englobam aqueles originados a partir das
atividades de construção, reforma, reparo e demolição de estruturas da
construção civil, bem como aqueles decorrentes das operações de preparo e
escavação de terrenos. Dentre os materiais compreendidos estão tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em suas diversas formas, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e seus derivados, forros, argamassa, gesso,
telhas, pavimento asfáltico, vidros, materiais plásticos, tubulações, fiação
elétrica, entre outros. Essa coletânea de materiais, frequentemente conhecida

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como entulhos de obras, caliça ou metralha, engloba uma vasta gama de


componentes gerados durante os processos construtivos.
Atentando-se à necessidade de mitigar os impactos ambientais
decorrentes dos Resíduos da Construção Civil, considerando a significativa
magnitude do volume desse tipo de resíduo gerado e reconhecendo a
viabilidade técnica e econômica da produção e utilização de materiais
derivados do processo de reciclagem de tais resíduos, o artigo 3º da Resolução
nº 307/2002 do CONAMA, em conjunto com a Resolução nº 348/2004 do
mesmo órgão, estabelecem a seguinte classificação para os RCC:
I - Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e
reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção,
demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição
de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio etc.)
produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações,
tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras, gesso
e outros;
III - Classe C: são os resíduos para os quais não foram
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis
que permitam a sua reciclagem/recuperação;
IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições,
reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Na fase operacional, sob a consideração do empreendimento como um
condomínio residencial, emerge uma tipologia preponderante de resíduos de
natureza domiciliar. Estes resíduos compreendem:

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 Resíduos orgânicos: Incluem restos de alimentos, cascas de frutas e


verduras, gramas, galhos menores, entre outros componentes
biodegradáveis.
 Rejeitos: Este grupo incorpora itens como papel higiênico, produtos de
higiene íntima, palitos de dentes, filtros de cigarro, entre outros materiais
não recicláveis.
 Rejeitos Perigosos: Abrange elementos de caráter perigoso, como
lâmpadas fluorescentes, filtros de sistemas de ar condicionado, baterias,
pilhas e similares. Para esse conjunto de resíduos, se faz imprescindível
a implementação de uma infraestrutura dedicada, bem como a formação
de parcerias a fim de estabelecer um ponto de coleta apropriado.
 Recicláveis: Incluem materiais como papel, papelão, plásticos em suas
diversas variantes e metais, que apresentam propriedades suscetíveis à
reciclagem.
A relevância de tal abordagem é acentuada pelo fato de que, ao longo
da fase de instalação, a mão de obra operacional estará ativa no canteiro de
obras, fazendo uso das suas instalações para alimentação e demais
necessidades. Portanto, a efetiva gestão dos resíduos, inclusive os de natureza
orgânica e sanitária, torna-se crucial para salvaguardar a saúde ocupacional
dos trabalhadores, bem como para assegurar a conformidade com os
regulamentos ambientais aplicáveis.
No tocante aos rejeitos perigosos, é fundamental ressaltar a
necessidade de disponibilizar um receptor específico, promovendo parcerias
para instaurar um ponto de coleta dedicado a esses resíduos. Isso possibilitará
ao condomínio direcionar esses resíduos ao ponto de coleta mais próximo,
garantindo, assim, uma disposição adequada em consonância com as
exigências legais e ambientais.

7.2. Quantidade de Resíduos

Para estimar o peso do RCC no período de 1 ano, utilizamos a equação


da taxa de geração de resíduos na construção civil, obtidas no estudo de Pinto
(1999), observado na expressão abaixo:
Assim,

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Volume de RCC = Área x 0 ,15


( )
m
t
2

Onde:
Volume de RCC = Estimativa anual da geração de RCC;
Área = Área construída (m²);
0,15 (t/m²) = Coeficiente de perda estimado por Pinto (1999), referente à
geração de resíduos em novas construções, sendo 0,15 toneladas por m² (150
kg/m²).

Compreendendo a área total de construção estabelecida no projeto


como sendo 9.800 metros quadrados (m²), prosseguimos com:

Volume de RCC = Área x 0 ,15


( mt ) 2

2
Volume de RCC =9.800 , 0 m x 0 ,15
( mt ) 2

Volume de RCC =1.470 , 0 toneladas


Assim, o volume total estimado para o período de 1 ano foi de 1.470,0
toneladas. Considerando 25 dias/mês, tem-se a estimativa de 4,9 toneladas
dia.
t 1 ano 12 meses
Volume de RCC diário=1.470 , 0 x x
ano 12 meses 300 dias
toneladas
Volume de RCC diário=4 , 9
dia
kg
Volume de RCC diário=4.900 , 0
dia

Na etapa inicial, caracterizada pela inexistência de cobertura vegetal e a


finalização do procedimento de terraplanagem, não se evidencia a necessidade
de realizar a supressão do estrato superficial do solo, tendo em vista que o
substrato demonstra devidamente acondicionado para a implantação da
infraestrutura de apoio à obra. Consequentemente, os detritos provenientes
dessa atividade, nesse estágio, serão excluídos do escopo de considerações.
A construção e operação do canteiro de obras resultarão na produção
de resíduos, conforme previamente mencionado. Portanto, é imperativo adquirir
um entendimento abrangente desses resíduos, bem como classificá-los e

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quantificá-los a fim de estabelecer um sistema de gestão apropriado. Nesse


contexto, a seguir, é apresentada uma relação que descreve a geração de
resíduos (Tabela 01), categorizados por tipo, específicos para esta fase da
obra, conforme delineado por Li et al. (2013).

Tabela 01 - Estimativa de geração de resíduos na construção civil

CLASSE DO TIPO DE RESÍDUO % DE RESÍDUO GERAÇÃO ESPERADA


RESÍDUO NA AMOSTRA POR ANO (toneladas)
A CONCRETO 43,5 67,6
B MADEIRA 18,7 29,1
B AÇO 9,8 15,2
TIJOLOS E 8,4 13,1
A
BLOCZOS
A ARGAMASSA 8,4 13,1
A AZULEJOS 1,2 1,9
CeD OUTROS 10 15,6
Fonte: Li et al. 2013.

A relação proposta por TROCA (2008), em que a massa específica do


entulho é de 1.200 Kg/m³, ou 1,2 t/m³, nos embasa para os futuros cálculos.
Com a geração diária de resíduos de construção civil em torno de 4,9
toneladas, temos:
Geração diária de RCC (toneladas)/dia
Volume de RCC =
1 , 2(toneladas)/m ³
4 , 9 t /dia
Volume de RCC =
1 , 2t /m ³
3
m
Volume de RCC =4 , 08
dia

Consequentemente, a produção diária de 4,9 toneladas de Resíduos de


Construção Civil (RCC) equivale a cerca de 4,08 metros cúbicos de resíduos

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por dia. No caso da geração anual de 1.470 toneladas de RCC, estima-se a


produção de aproximadamente 1.225,0 metros cúbicos de resíduos.
Destes resíduos totais gerados na obra, uma fração será submetida a um
processo de reaproveitamento in loco, com o intuito de reutilizá-los no próprio
local da fonte geradora.

7.3. Reutilização e Reciclagem na Obra


A ideia da reutilização de materiais norteia o planejamento da obra
desde a fase da concepção do projeto, até o final da obra. O reaproveitamento
das sobras de materiais dentro do próprio canteiro segue as recomendações
da Agenda 21 e é a maneira de fazer com que os materiais que seriam
descartados retornem em forma de novos materiais e sejam reinseridos na
construção, evitando a retirada de novas matérias-primas do meio ambiente.
Para se cumprir esse objetivo, atentou-se para as recomendações das
normas regulamentadoras e seus procedimentos para que os materiais estejam
enquadrados no padrão de qualidade por elas exigidos para a reutilização. A
Tabela 02 apresenta os tipos de resíduos possivelmente gerados segundo as
fases das obras e seu reaproveitamento.
Tabela 02: Tipos de resíduos possivelmente gerados durante a obra

FASES DA TIPOS DE POSSÍVEL REUTILIZAÇÃO POSSÍVEL


OBRA RESÍDUOS NO CANTEIRO REUTILIZAÇÃO FORA
POSSIVELMENTE DO CANTEIRO
GERADOS
Solos Reaterros Aterros
Limpeza do Vegetação, galhos
terreno ** **
Blocos cerâmicos, Base de piso, enchimentos Fabricação de
concreto agregados
Montagem do Madeiras Formas/escoras/travamentos Lenha
canteiro Bancos/banquetas/mesas/
apoios
Fundações Solos Reaterros Aterros
Concreto Base de piso, enchimentos Fabricação de
agregados
Superestrutura Madeiras Cercas; Portões Lenha
Sucata de ferro,
fôrmas plásticas Reforço para contrapisos Reciclagem

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Blocos cerâmicos, Base de piso, enchimentos Fabricação de


blocos de concreto agregados
Alvenaria e argamassas
Papel, plástico ** Reciclagem
Instalações Blocos cerâmicos Base de piso, enchimentos Fabricação de
hidro- agregados
sanitárias PVC ** Reciclagem
Blocos cerâmicos Base de piso, enchimentos Fabricação de
Instalações agregados
elétricas Conduites,manguei
ra, fio de cobre ** Reciclagem
Reboco Argamassa Argamassa Fabricação de
interno/externo agregados
Pisos e azulejos Fabricação de
Revestimentos cerâmicos ** agregados
Papel, papelão,
plástico ** Reciclagem
Placas de gesso Readequação em áreas
Forro de gesso comúns **
Tintas, seladoras,
Pinturas vernizes, textura ** **
Madeiras ** Lenha
Coberturas Cacos de telhas ** **
(**) resíduo cujo reaproveitamento não será viável.

Considerando que o método construtivo adotado na obra é classificado


como alvenaria autoportante, caracterizado por sua notável eficiência na
minimização da geração de resíduos durante o processo construtivo, através
do uso predominante de blocos pré-moldados, e também levando em conta
que as atividades de construção nesta fase inicial estão restritas às áreas
comuns, na execução de pavimentação e vias, podemos estimar que o volume
total de resíduos não destinados à reutilização será aproximadamente de 300
metros cúbicos.
Essa quantidade corresponde a um total de 60 caçambas de entulho,
considerando que cada caçamba tem uma capacidade de armazenamento de 5
metros cúbicos. Esta projeção leva em consideração um período de 1 ano,
durante o qual a obra estará em operação.

Figura 03 – Armazenamento dos blocos pré- Figura 04 – Armazenamento dos blocos pré-
moldados para posterior uso no canteiro. moldados.

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Fonte: FOCO, 2023. Fonte: FOCO, 2023.

Figura 05 – Armazenamento dos blocos pré- Figura 06 – Utilização dos blocos pré-
moldados. moldados na pavimentação de vias.

Fonte: FOCO, 2023. Fonte: FOCO, 2023.

8. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DOMICILIARES


Fase 2 – Operação do Condomínio
O condomínio residencial é classificado como de padrão médio,
abrangendo a classe média/baixa.
O condomínio compreende um total de 80 lotes.
As áreas de uso comum para os moradores incluem: hall de entrada
(portaria), garagem, salão de festas, piscina, quadras de esportes, academia,
churrasqueira, espaço gourmet, entre outros.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

A gestão do residencial será administrada por uma empresa


especializada, em conjunto com uma equipe gestora composta por moradores
e terá regimento interno, o qual norteará as regras e normas do condomínio.
Considerando uma média de 4 pessoas por lote, estima-se uma
população de 320 moradores. Incluindo 6 funcionários, a população total é
estimada em 326 pessoas.
De acordo com o Panorama de Resíduos Sólidos do Rio Grande do
Norte (2015), a geração média per capita de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
em Senador Elói de Souza é de 0,94 kg/hab.dia.
Com base na geração média per capita de RSU e levando em conta a
população total estimada de aproximadamente 326 habitantes, calcula-se que
a quantidade prevista de RSU gerada diariamente no condomínio, quando este
estiver em pleno funcionamento e atingindo sua capacidade máxima de
ocupação, será a seguinte:
Produção de RSU =nº hab x contribuição per capita
kg
Produção de RSU =326 hab x 0 , 94
hab . dia
kg
Produção de RSU =306 , 4
dia

8.1. Caracterização Teórica dos Resíduos Gerados no Condomínio


Com relação à caracterização dos resíduos gerados, é possível presumir
que serão gerados resíduos sólidos da Classe I (lâmpadas fluorescentes,
pilhas e baterias) e resíduos Classe II (restos de alimentos, papel, papelão,
plástico rígido, plástico filme, metal, vidro, rejeitos, etc.);
Considerando indicadores do Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos da
Região Agreste do Estado do Rio Grande do Norte (PIRS – Mato Grande/RN),
consolidado no ano de 2016, estimou-se a composição gravimétrica dos
resíduos sólidos possivelmente gerados no condomínio, indicada na Figura 07.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Composição gravimétrica dos resíduos sólidos


coletados no município de Senador Elói de Souza/RN

Matéria orgânica
19%
Plásticos

33%
Metal ferroso
6%
Vidro
4% Tetra Pak
Papelão
5%
Papel

6% Alumínio
15% Rejeito
9% 3%
Figura 07 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados no município de
Senador Elói de Souza/RN.
Fonte: Comitê Executivo do PMSB, 2017.

A soma dos percentuais de resíduos recicláveis (plásticos, metais, vidro,


tetra pak, papelão, papel e alumínio) é cerca de 48% da amostra, ou seja,
quase metade dos resíduos analisados tem potencial de reciclagem. A adoção
de medidas voltadas para reciclagem pode gerar uma redução significativa na
quantidade de rejeitos, tendo como consequência a redução do passivo
ambiental e benefícios socioeconômicos para a população ligada à cadeia da
reciclagem.
Considerando uma produção diária estimada de resíduos no condomínio
de aproximadamente 306,4 kg, é viável realizar projeções futuras de geração
de resíduos para o empreendimento, conforme apresentado na tabela a seguir
(Tabela 03):

Tabela 03 - Quantidade de resíduos gerados durante operação do condomínio.

ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS A SEREM GERADOS DURANTE


OPERAÇÃO DO CONDOMÍNIO

TIPO DE QUANT. DE PRODUÇÃO QUANTIDADE


RESÍDUO RESÍDUO NA DIÁRIA DE SEMANAL MENSAL ANUAL
AMOSTRA (%) RESÍDUOS (Kg)
(Kg) (Kg) (Kg)
REJEITO 19 306,4 408 2.666 32.432
ORGÂNICO 33 306,4 708 3.033 36.906
RECICLÁVEIS 48 306,4 1.030 3.493 42.498

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

LOGÍSTICA
REVERSA (***)
TOTAL 100 2.145 9.192 111.836
Obs.:
(*) considerar mês composto por 30 dias;
(**) plásticos, metais, vidro, tetra pak, papelão, papel e alumínio;
(***) resíduo considerado: lâmpadas, pilhas e baterias, esponjas, isopor, óleo e gorduras
alimentares, demais produtos (meias, capsulas de café, bitucas de cigarro, material escolar...).

Atualmente, no município em questão, não existe infraestrutura de coleta


destinada à gestão de resíduos abrangidos pelo escopo da logística reversa.
Como resultado, para garantir a destinação ambientalmente adequada desses
resíduos, o condomínio deverá adotar medidas rigorosas de armazenamento
interno e estabelecer um cronograma de coleta baseado na taxa de geração.
Em seguida, os resíduos devem ser encaminhados para a unidade operacional
do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande
do Norte (IDEMA) mais próxima, de acordo com as regulamentações vigentes.
A médio e longo prazo, o condomínio planeja implementar iniciativas
com o intuito de promover a conscientização e engajamento dos seus
moradores na redução do consumo de resíduos desse perfil.

9. POSSÍVEIS PASSIVOS AMBIENTAIS


Passivos ambientais correlacionados aos resíduos sólidos gerados durante
a construção e operação do condomínio:
Passivo Ambiental 01: Acúmulo de entulhos e resíduos de construção

Descrição: Acúmulo inadequado de entulhos e resíduos de construção no


canteiro de obras, causando impacto visual, proliferação de vetores e
riscos de poluição.

Medidas Saneadoras: Implantação de áreas específicas para a


segregação e armazenamento temporário dos resíduos. Contratação de
empresas especializadas para a coleta e destinação adequada dos
resíduos de construção.

Passivo Ambiental 02: Impacto nas áreas de lazer e comuns

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Descrição: Descarte incorreto de resíduos, como embalagens, nas áreas


de lazer e comuns do condomínio, comprometendo a qualidade desses
espaços.

Medidas Saneadoras: Instalação de lixeiras adequadas nas áreas comuns


e conscientização dos moradores e visitantes sobre a importância do
descarte correto. Implementação de programas de limpeza e
manutenção dessas áreas.

Passivo Ambiental 03: Falta de gestão adequada dos resíduos


domiciliares

Descrição: Descarte inadequado de resíduos domiciliares pelos


moradores, resultando em acúmulo de lixo nas áreas comuns e riscos à
saúde pública.

Medidas Saneadoras: Orientação aos moradores sobre a redução do


consumo e segregação correta dos resíduos. Estabelecimento de
parcerias com empresas de coleta e reciclagem para a destinação
adequada dos resíduos.

10. COLETA, TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO (RCC)


10.1. Transporte interno
Ao longo da fase construtiva, os resíduos "cinzas", que consistem em
sobras de blocos e concreto, serão sujeitos a um processo de segregação e
alocação em uma zona designada localizada nos limites do terreno. Nesse
local, ocorrerá o armazenamento desses resíduos "cinzas", tendo em vista sua
subsequente aplicação na constituição da base da pavimentação interna do
condomínio, além de outras aplicações intrínsecas ao âmbito do projeto
construtivo. O transporte interno dos resíduos gerados na construção em
questão deve ser realizado através do deslocamento horizontal, utilizando
carrinhos de mão.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Figura 08: Carrinho de mão.


Fonte: FOCO, 2023.

10.2. Procedimento de Acondicionamento


O processo de acondicionamento dos Resíduos da Construção Civil
(RCC) envolve duas etapas distintas:
Segregação Inicial: Os RCC, devidamente segregados por tipo e finalidade,
devem ser dispostos em recipientes específicos.
Armazenamento Final: Após a segregação, os resíduos devem ser
encaminhados para o local de armazenamento temporário.
A seguir, descrevemos o procedimento de acondicionamento inicial com
base nos tipos de recipientes apropriados.
- Para o acondicionamento de pequenas quantidades de resíduos compostos
por papel, plástico e vidro, recomenda-se a utilização de bombonas, tambores
ou coletores de lixo de diferentes capacidades. Dentro desses recipientes, é
aconselhável o uso de sacos de ráfia para facilitar a coleta e o posterior
armazenamento. A disposição desses recipientes deve ser estrategicamente
planejada de acordo com o layout do canteiro de obras estabelecido no projeto.
É fundamental que esses recipientes ou baias estejam devidamente
identificados para uma gestão eficaz dos resíduos.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Figura 09: Coletores de resíduos de tipos diferentes.


Fonte: FOCO, 2023.

- No caso de resíduos orgânicos, copos plásticos descartáveis, papéis sujos ou


outros passíveis de coleta pública, deve-se utilizar recipiente com tampa e saco
de lixo simples. A localização deve ser nas proximidades do refeitório,
banheiros e de bebedouros;

Figura 10: Coletor de resíduos orgânicos.


Fonte: FOCO, 2023.

- Para resíduos de maior volume e peso, classificados como Classe A, é


recomendado o uso de baias identificadas, que podem ser tanto fixas quanto
móveis. Além disso, também é possível optar pela utilização de caçambas
estacionárias, posicionadas em locais de fácil acesso para a empresa
responsável pela coleta;

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Figura 11: Caçamba com volume de 5m³ completamente cheia.


Fonte: FOCO, 2023.

- Para os resíduos classificados como Classe B, é recomendado o uso de baias


fixas identificadas e cobertas, localizadas dentro do próprio terreno do canteiro
de obras para garantir a sua adequada segregação e armazenamento. Essas
baias devem ser de fácil acesso para facilitar o descarte correto desses
resíduos;

Figura 12: Baias identificadas para diferentes tipos de resíduos.


Fonte: FOCO, 2023.

- Para os resíduos classificados como tipo C, deve-se acondicionar em pilhas


próximas aos locais de geração;

- Para os resíduos classificados como tipo D, a Abrafati (Associação Brasileira


dos Fabricantes de Tintas), dão as seguintes recomendações, visando tanto
combater o desperdício como também reciclar, reutilizar e evitar a
contaminação:

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

 Armazenar corretamente a tinta e os instrumentos de pintura durante a


realização do trabalho;
 Não guardar sobras de tintas, aproveitando-as imediatamente em outros
locais (como tapumes) ou doando-as;
 Limpar instrumentos de pintura somente no final do trabalho;
 Não lavar as latas para não gerar efluentes poluidores, e sim esgotar
seu conteúdo em folhas de jornal ou restos de madeira (que podem ir
para o lixo comum), escorrer e raspar os resíduos com espátula;
 Inutilizar as embalagens no momento do descarte, evitando seu uso
para outras finalidades;
 Encaminhar latas com filme de tinta seco para uma área de transbordo;
 Guardar sobras de solventes em recipientes bem fechados, para
utilização futura em outras obras;

Figura 13: Baia identificada para resíduos perigosos.


Fonte: FOCO, 2023.

Os recipientes para acondicionamento dos resíduos gerados na


construção devem estar em bom estado de conservação, sendo resistentes ao
contato com o resíduo e às condições climáticas, considerando o tempo de
armazenamento.
Além disso, o local de armazenamento deve ser inspecionado
periodicamente, de modo a assegurar o bom estado de conservação dos
recipientes, a higiene, a limpeza e a organização interna do local. E ainda, para
a realização do acondicionamento é necessária a sinalização do tipo de
resíduo por meio de adesivo com indicação da cor padronizada, segundo a

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Resolução 275, de 25 de abril de 2001, do CONAMA, que estabelece o código


de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de
coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva, conforme Figura 14.

Figura 14: Código de cores para os diferentes tipos de resíduos.

10.2. Estocagem Temporária


O acondicionamento temporário dos resíduos gerados pode ser
observado na Tabela 04 abaixo:
Tabela 04 – Acondicionamento temporário dos resíduos gerados

CLASSE TIPOS DE RESÍDUOS ACONDISIONAMENTO FINAL


S

A Componentes cerâmicos, Caçambas estacionárias


argamassa, concreto,
papel/papelão

Madeira Em baias sinalizadas, podendo ser utilizado


caçambas estacionárias

Metais Em baias sinalizadas


B

Orgânico, vidro, plásticos, Em bags sinalizadas ou em fardos,


papel/papelão mantidos em local coberto

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Instrumentos de aplicação como Em baias devidamente sinalizadas e para


broxas, pincéis, trinchas e outros uso restrito das pessoas que, durante suas
D
materiais auxiliares como panos, tarefas, manuseiam estes resíduos
trapos, estopas, etc. perigosos

C Gesso de revestimento Em caçambas estacionárias, respeitando


as condições de segregação

10.3. Pré-Tratamento/Tratamento Interno de Resíduos


Para os resíduos provenientes diretamente das atividades de construção
que são suscetíveis de serem reaproveitados, o tratamento inicial envolve a
separação e o correto acondicionamento no momento da geração. Isso visa
facilitar o encaminhamento adequado desses resíduos para empresas
especializadas capazes de maximizar sua utilização. Todos os resíduos desse
tipo devem passar por esse processo de tratamento. No caso de falta de
recursos específicos, como recipientes adequados ou pessoal disponível, é
importante adotar medidas gerais para preservar e manter os resíduos
segregados. Especificamente no que se refere à madeira, uma avaliação prévia
deve ser realizada para remover quaisquer elementos como pregos, que
possam representar riscos de acidentes.
Para os demais resíduos considerados rejeitos, que não têm aplicação
na obra ou não são de interesse para o seu reaproveitamento interno, também
é essencial realizar a separação e o armazenamento apropriado. Embora
esses materiais não sejam reaproveitados no local, é fundamental garantir que
sejam encaminhados de maneira adequada para empresas especializadas que
possam realizar a disposição final de forma responsável. O acondicionamento
desses resíduos pode ser realizado em recipientes apropriados, e os
colaboradores envolvidos devem receber treinamento adequado para
assegurar que esse processo ocorra da melhor maneira possível.

10.4. Coleta/Transporte Externo


Cada tipo de resíduo é sujeito a um procedimento específico de coleta e
transporte para facilitar e otimizar seu aproveitamento. Os materiais como

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

gesso, componentes cerâmicos, argamassa e concreto que não forem


reutilizados na obra devem ser encaminhados para o transporte por um veículo
do tipo caminhão basculante, modelo Mercedes. Esta tarefa está sob a
responsabilidade da CONSTRUTORA ASSU EMPREENDIMENTOS LTDA –
EPP, uma empresa terceirizada encarregada dos serviços de limpeza urbana
no município.

Figura 15: Caminhão basculante utilizado na coleta dos RSU do município.


Fonte: Comitê Executivo do PMSB, 2017.

Não há cobrança por esse serviço e também não existem empresas


especializadas que realizem tal atividade no município. Portanto, a coleta
desses materiais é efetuada pela mesma empresa responsável pela coleta dos
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), embora ocorra em dias distintos do processo
de coleta convencional. A responsabilidade de contratar a empresa prestadora
de serviço recai sobre o gerador, de acordo com a frequência que os resíduos
são gerados.
Não há uma área específica para o recebimento desses resíduos, uma
vez que eles são reaproveitados localmente em Senador Elói de Souza,
principalmente na manutenção das vias públicas, como o preenchimento de
buracos (conforme Figura 16), e na melhoria das estradas rurais.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Figura 16: Resíduos de Construção Civil, sendo utilizado no serviço de Tapa Buraco
do município.
Fonte: Comitê Executivo do PMSB, 2017.

Os excedentes de madeira que não forem utilizados no canteiro de


obras devem ser encaminhados para usinas de reaproveitamento ou padarias,
conforme sua natureza, com o recolhimento sendo responsabilidade da
empresa interessada.
Embora não existam cooperativas ou associações formalmente
constituídas de catadores no município, é notável a atuação de dois catadores
de materiais recicláveis que operam de maneira independente na área. Dada
essa iniciativa local, recomenda-se que, a longo prazo, o empreendimento
considere a implementação de programas de coleta seletiva já em vigor na
região, incentivados pelo governo municipal. Isso permitirá uma destinação
mais adequada aos resíduos com potencial para reaproveitamento.
Tintas, solventes e compostos químicos devem ser armazenados e
transportados pelos geradores para aterros licenciados a receber resíduos
perigosos, em conformidade com a quantidade gerada.
O material orgânico gerado na obra deve ser encaminhado para o lixão
municipal, sendo transportado pela mesma empresa que faz a coleta de
resíduos domésticos do município (CONSTRUTORA ASSU
EMPRENDIMENTOS LTDA – EPP), que ocorre aproximadamente três vezes
por semana, utilizando caminhões da empresa responsável.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

10.5. Destinação Final do RCC


Analisadas as alternativas de destinação existentes para os tipos de
resíduos encontrados no empreendimento em questão, elaborou-se a Tabela
05 abaixo:
Tabela 05 – Destinação final proposta para os resíduos.

TIPO DE RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINAÇÃO


(CONAMA)
Argamassa Utilização na reabilitação das vias
A públicas municipais
Componentes Utilização na reabilitação das vias
cerâmicos A públicas municipais
Concreto Utilização na reabilitação das vias
A públicas municipais
Gesso Utilização na reabilitação das vias
C públicas municipais
Madeiras B Padarias/Fornalhas
Orgânicos B Lixão municipal
Papel/Papelão/Plásticos B Catadores de recicláveis da região
Vidros B Catadores de recicláveis da região
Tintas e solventes D Aterro sanitário *
(*) Devido à ausência de um aterro sanitário nas proximidades da região, torna-se necessário
contratar uma empresa especializada para a correta disposição desse resíduo.

11. OPERAÇÃO DO CONDOMÍNIO


11.1. Procedimentos Para Implementação do Plano De
Gerenciamento de Resíduos Domésticos
A efetivação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na
operação do condomínio, requer a rigorosa observância das seguintes etapas:
Coleta: A coleta de resíduos será conduzida por funcionários devidamente
treinados e equipados com equipamentos de proteção individual, incluindo
luvas e botas apropriadas. Essa atividade será realizada diariamente, seguindo
os horários previamente estabelecidos pelo condomínio. Os funcionários serão
responsáveis pelo recolhimento dos resíduos descartados pelas residências e
pelo seu devido acondicionamento.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Transporte: Após a coleta, os resíduos serão transportados até o local de


armazenamento do empreendimento. Esse transporte será realizado
manualmente ou por meio de carrinhos apropriados.
Acondicionamento: O acondicionamento dos resíduos ocorrerá no local de
armazenamento externo, que apresenta as seguintes características físicas: é
coberto e possui piso de cimento. Os resíduos, previamente selecionados e
dispostos em sacos plásticos, serão colocados em containers, galões ou
lixeiras com capacidade de 500 litros. Essa disposição seguirá um padrão
específico, conforme descrito abaixo:
 Orgânicos: Os resíduos orgânicos serão acondicionados em
containers, galões ou lixeiras com capacidade de 500 litros,
devidamente identificados por meio de um padrão de cores, seguindo
a resolução 275/01 do Conama. A cor padrão para essa categoria é
o Marrom.
 Rejeitos: Os rejeitos serão acondicionados em containers, galões ou
lixeiras com capacidade de 500 litros, também com identificação
padronizada por cores, conforme estabelecido pela resolução 275/01
do Conama. A cor designada para essa categoria é o Cinza.
 Rejeitos Perigosos: Os rejeitos perigosos serão depositados em
containers, galões ou lixeiras de 500 litros, identificados de acordo
com a resolução 275/01 do Conama, adotando a cor Laranja como
padrão.
 Recicláveis: Os resíduos recicláveis serão acondicionados em
containers, galões ou lixeiras com capacidade de 500 litros,
identificados por cores de acordo com a resolução 275/01 do
Conama. As cores designadas para essa categoria incluem Verde,
Azul, Amarelo e Vermelho.

Padrão de cores dos contentores, estabelecido pela Resolução CONAMA nº


275/01:

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Tabela 06 – Padrões de cores dos contentores de resíduos.

TIPO DE RESÍDUO COR DO RECIPIENTE

Papel e Papelão Azul

Plástico Vermelho

Vidros Verde

Metais Amarelo

Resíduos Orgânicos Marrom

Rejeitos Cinza

12. DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES


Na fase de funcionamento, o condomínio utilizará a rede de coleta de
resíduos domiciliares do próprio município de Elói de Souza para destinação
final, a CONSTRUTORA ASSU EMPRENDIMENTOS LTDA – EPP.
Tabela 07 – Destinação final dos resíduos domiciliares gerados no
condomínio.

TIPO DE PERÍODO DE RESPONSÁVEL DADOS DO DESTINAÇÃO


MATERIAL RECOLHIMENTO PELO RESPONSÁVEL FINAL
RECOLHIMENTO
CONSTRUTORA
Orgânico 3 vezes por Concessionária ASSU Lixão municipal
semana Pública EMPRENDIMENTOS
LTDA
CONSTRUTORA
Rejeitos 3 vezes por Concessionária ASSU Lixão municipal
semana Pública EMPRENDIMENTOS
LTDA
Doados e
3 vezes por encaminhados
Recicláveis semana Catadores *** para um
catadores da
região

13. EDUCAÇÃO AMBIENTAL


13.1. Educação ambiental no canteiro de obras
A promoção da sustentabilidade em um canteiro de obras requer a
integração de aspectos econômicos, ambientais, sociais e educacionais em
todas as fases do processo construtivo. A fase de instalação do
empreendimento desempenha um papel fundamental na disseminação dos
princípios da sustentabilidade em toda a cadeia de produção, por meio de

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

ações estratégicas e mudanças de paradigmas que devem ser rigorosamente


implementadas desde o início da obra.
A educação ambiental desempenha um papel crucial nesse contexto,
capacitando todos os envolvidos, desde os gestores e trabalhadores até os
fornecedores e subcontratados, a adotar práticas sustentáveis em todas as
atividades relacionadas à construção civil. Abaixo, apresentamos um conjunto
de medidas e diretrizes que deverão ser adotadas para promover a educação
ambiental no canteiro de obras:
1. Treinamento e Conscientização: Realizar programas de treinamento
regulares para todos os funcionários, abordando questões ambientais,
regulamentações pertinentes e boas práticas de gestão de resíduos.
Inclui também a disseminação de informações sobre a importância da
sustentabilidade na construção civil.
2. Divulgação de Boas Práticas: Estabelecer um programa de
comunicação interna para divulgar exemplos de boas práticas
ambientais já adotadas no canteiro de obras, incentivando a adoção
dessas práticas em outras atividades.
3. Separação e Coleta seletiva: Implementar sistemas de coleta seletiva
de resíduos no canteiro, com recipientes identificados para diferentes
tipos de materiais, promovendo a separação adequada e o descarte
responsável.
4. Gestão de Resíduos: Estabelecer procedimentos claros para a gestão
de resíduos, incluindo o descarte adequado de resíduos perigosos e a
disposição final ambientalmente correta de todos os resíduos gerados.
5. Uso Eficiente de Recursos: Promover o uso eficiente de recursos
naturais, como água e energia, por meio de medidas como a instalação
de sistemas de iluminação eficientes e a otimização do uso de materiais
de construção.
6. Monitoramento Ambiental: Implementar programas de monitoramento
ambiental para avaliar o impacto das atividades da obra no entorno e
tomar medidas corretivas quando necessário.
7. Avaliação de Desempenho: Realizar avaliações periódicas do
desempenho ambiental da obra e definir metas de melhoria contínua.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

13.2. Educação Ambiental no Condomínio


O condomínio deverá realizar entre seus funcionários e condôminos,
palestras/debates/campanhas visando à conscientização dos mesmos em
relação ao procedimento que deverá ser adotado para a efetivação do
processo de coleta que será implantado pelo presente Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos. Estas palestras/debates/campanhas, ocorrerão logo que
o empreendimento estiver devidamente construído e obedecerão às seguintes
datas e etapas:
1. Palestras com Educadores Ambientais, buscando a conscientização
dos condôminos/funcionários, e esclarecendo dúvidas decorrentes da
implantação deste processo de coleta condominial;
2. Os debates se darão nas reuniões que obedecem ao calendário deste
empreendimento, e serviram para deliberar em relação a implantação
dos procedimentos a serem adotados;
3. Campanha com Panfletos/Cartazes/Folders/Comunicações internas,
indicando os vários tipos de resíduos que são produzidos por esta
Unidade Geradora, bem como indicando o procedimento de coleta e
armazenamento a serem adotados.
O condomínio deve disponibilizar o Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS) de forma acessível e compreensível a todos os interessados e
envolvidos no empreendimento. Isso inclui não apenas os moradores do
condomínio, mas também os funcionários, prestadores de serviços e órgãos
fiscalizadores. A disponibilização eficaz do PGRS permite que todos
compreendam seu papel na gestão de resíduos sólidos do condomínio,
contribuindo para a conscientização ambiental e o cumprimento das práticas
sustentáveis estabelecidas. Além disso, essa abordagem transparente facilita o
engajamento de todos os envolvidos na busca por um ambiente mais limpo e
sustentável.

14. RECOMENDAÇÕES GERAIS


À medida que o condomínio evolui e considerando sua responsabilidade
ambiental, é fundamental buscar alternativas sustentáveis e ambientalmente
adequadas para a destinação final dos resíduos. Algumas sugestões de ações
a serem consideradas a longo prazo incluem:

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

1. Investigação de Opções de Destinação Final: Realizar estudos para


identificar possíveis alternativas à disposição em aterros, priorizando
soluções que se alinhem com os princípios da economia circular e do
desenvolvimento sustentável.
2. Parcerias com Catadores de Materiais Recicláveis: Explorar
oportunidades de colaboração com associações de catadores de
materiais recicláveis locais, buscando apoiar e fortalecer iniciativas de
coleta seletiva e reciclagem na região.
3. Revisão dos Fluxos de Resíduos: Analisar continuamente os
processos de geração e gestão de resíduos no condomínio, visando
identificar maneiras de reduzir a quantidade de resíduos produzidos e
otimizar a separação e destinação.
4. Contribuição para a Atualização do Plano Municipal de Saneamento
Básico: Participar ativamente das discussões e contribuir para a revisão
e atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico, de forma a
promover políticas públicas alinhadas com a gestão sustentável dos
resíduos.
5. Educação Ambiental Contínua: Promover a educação ambiental entre
os moradores e funcionários do condomínio, incentivando boas práticas
de gestão de resíduos, redução do consumo e reciclagem.
6. Monitoramento e Avaliação constante: Implementar sistemas de
monitoramento para acompanhar o desempenho ambiental do
condomínio em relação à gestão de resíduos e buscar melhorias
contínuas.
Essas recomendações visam garantir que o condomínio continue a
aprimorar suas práticas de gestão de resíduos e contribua de forma
significativa para a preservação do meio ambiente e o bem-estar da
comunidade local.

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PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

15. REFERÊNCIAS

LI J.; DING Z.; MI X.; WANG J. Um modelo para estimar o índice de geração
de resíduos de construção para projetos de construção na China.
Resouces. Conservação e Reciclagem, 2013, Vol. 74,pp.20-26.
PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos
da construção urbana. 1999. 190 f. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

PINTO, T. P.; GONZÁLES, J. L. R. Manejo e gestão de resíduos de


construção civil. Volume 1 – Manual de orientação: como implantar um
sistema de manejo e gestão nos municípios. Brasília: CAIXA, 2005.

TROCA, J. R. Reciclagem de RCD de acordo com a resolução nº 307 do


CONAMA. TÉCHNE, Ed. 131, 2008.

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