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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

EMPREENDIMENTO:

CONDOMINIO PLENO COMERCIAL

ANANINDEUA
2020
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS-PGRS

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Profissional Formação/Registro Responsabilidade Técnica
Profissional
Liane Cristina C.R.Tavares Engenheira Sanitarista PA20190457225
Ambiental e de Segurança no
Trabalho
CREA/PA- 30995-D
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2 - OBJETIVO .......................................................................................................................... 4
3 - INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................ 5
3.1 - Responsável pela elaboração do PGRS.............................................................................. 5
4 - MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................................. 5
4.1 - Caracterização do empreendimento ................................................................................... 5
4.3 - Planta de situação do empreendimento .............................................................................. 6
4.4 - Planta do Pleno Comercial ................................................................................................. 7
4.5 - Caracterização dos Resíduos Sólidos ................................................................................. 7
4.5.1 - Aspectos Gerais ............................................................................................................... 7
4.5.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESIDUOS SÓLIDOS ......................................................... 8
4.5.2.1- Quanto às Características Físicas .................................................................................. 8
4.5.2.2- Quanto a Característica Química................................................................................... 8
4.5.2.3- Quanto à Origem dos Resíduos ..................................................................................... 8
4.5.2.4- Quanto ao Grau de Periculosidade dos Resíduos .......................................................... 9
4.6 – COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................... 10
4.7 - Estimativa de Resíduos por Classe................................................................................... 10
5.3 – Composição dos Resíduos Sólidos .................................................................................. 12
6 - SISTEMA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO CONDOMÍNIO PLENO
COMERCIAL........................................................................................................................... 13
6.1-Gerenciamento dos resíduos sólidos .................................................................................. 14
6.1 -Principais Unidades de Transbordo e Disposição Final .................................................... 16
7 - BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 17
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1 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho constitui o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) a ser
gerado no Condomínio Pleno Comercial, que foi executado pela Empresa CYRELA
MARESIAS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
A coleta e afastamento dos resíduos urbanos gerados são de vital importância para a
preservação da saúde da população e enquadra-se como uma medida de saneamento básico.
No entanto, a maior parte do destes não recebe tratamento adequado devido à falta de recursos
por parte dos municípios e pelo grande volume gerado. Segundo o IBAM (2001), estima-se
que nas cidades brasileiras sejam gerados 0,6 kg/hab./dia de resíduos sólidos domiciliares e
mais 0,3 kg/hab./dia de resíduos oriundos de varrição, limpeza de logradouros e entulhos.
O PGRS é um instrumento estruturado com foco fundamental na minimização da geração de
resíduos, com ações voltadas a sua reutilização, reaproveitamento e reciclagem, assim como
nas tecnologias de tratamento e de sua disposição final que assegure a não contaminação do
meio ambiente.
Diretamente ligado a Politica Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, aprovada pela Lei
12.305, de 02 de agosto de 2010, o PGRS é a ferramenta que garante o correto gerenciamento
dos resíduos sólidos.
Desta forma, o presente plano foi desenvolvido de forma que se possam atender a contento
todas as etapas necessárias ao manejo dos resíduos sólidos, desde a geração ao destino final.
O estudo apresenta a identificação do empreendimento, do empreendedor e dos responsáveis
técnicos pela obra e elaboração do PGRS.

2 - OBJETIVO

Tem por objetivo elaborar uma proposta de gerenciamento de resíduos sólidos para o
Condomínio Pleno Comercial localizado no município de Ananindeua (PA), com isso o Pleno
Comercial atende as legislações vigentes e as diretrizes para a elaboração de seus estudos
ambientais, tendo como objetivo suas licenças ambientais junto ao órgão competente, a se
tornar uma referência na racionalidade do trato e na solução das questões ambientais.
Partindo deste pressuposto, este projeto tem o objetivo de adequar o empreendimento
ambientalmente, o que está diretamente ligado ao bem estar das pessoas envolvidas nas
atividades relacionadas ao empreendimento, bem como das pessoas envolvidas indiretamente,
ou seja, os vizinhos. Logo a finalidade deste projeto é a complementação do PLANO DE
CONTROLE AMBIENTAL (PCA) que contemplará o sistema de tratamento de esgoto
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doméstico, sistema de abastecimento de água, plano de gerenciamento de resíduos sólidos,


para este empreendimento. Este projeto foi elaborado observando-se as disposições do órgão
ambiental e visa manter os parâmetros ambientais dentro dos padrões permissíveis conforme
Licença Prévia. Conforme: LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 – Dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997 – Regulamenta os
aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente.

3 - INFORMAÇÕES GERAIS
3.1 - Responsável pela elaboração do PGRS

Responsável Técnico pelo Empreendimento: Liane Cristina Chagas Rodrigues Tavares


Endereço: Rua Itabira nº 120, Residencial Parque Itaoca, bloco 05, Apto 404.
Bairro: Maguari/Ananindeua.
CEP: 67030-390
Telefone: 98149-0471
Email: eng.liane@hotmail.com
CREA: 30995D/PA

4 - MEMORIAL DESCRITIVO

4.1 - Caracterização do empreendimento

A área do empreendimento possui 3.320,00 m², com 1 (uma) torre, Torre única: Semi-
enterrado, semi-elevado (térreo), 5 (cinco) pavimentos tipo, 25 lojas no semi-elevado (térreo),
14 salas por pavimento tipo, totalizando 70 salas comerciais/ serviços. Como Condomínio
Pleno Comercial, o mesmo é utilizado para atividade voltadas ao comércio, escritórios e
serviços.Com o advento do Plano Diretor Municipal, Lei nº 2.237/06, de 06 de outubro de
2006, essa área assa então a constituir a Área de Expansão Urbana do município de
Ananindeua.

Como área de expansão urbana, e em função as características de empreendimentos


circunvizinhos (Bairros Águas Brancas, Maguari e Centro) a área passa então a ser observada
com excelente potencial para empreendimentos urbanos; razão pela qual se busca empreender
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esse parcelamento de solo, sob a denominação Condomínio Pleno Comercial. A proposta


atual segue as diretrizes ambientais e urbanísticas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente-
(SEMA) de Ananindeua.

4.2 - Planta de localização do empreendimento ( 1°21'56.49"S/ 48°22'35.36"W)

Fonte: Google Earth, 2020

4.3 - Planta de situação do empreendimento

Fonte: Google Earth, 2020


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4.4 - Planta do Pleno Comercial

Fonte: Living, 2013

4.5 - Caracterização dos Resíduos Sólidos


4.5.1 - Aspectos Gerais

De acordo com o Centro de Recursos Ambientais (CRA), o Plano de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos (PGRS) é o conjunto de normas definidas, tendo como base a legislação
aplicável e o conceito de diminuição e não geração de resíduos, para então descrever as ações
relativas ao manejo, coleta, transporte, acondicionamento e destinação. Conforme descrito
pelo SEBRAE (2006), um plano de gerenciamento de resíduos deve ser composto pelas
seguintes etapas: geração, caracterização, manuseio, acondicionamento, armazenamento,
coleta, transporte, reuso, reciclagem, tratamento e destinação final. Para facilitar o
entendimento as etapas do PGRS são descritas de acordo com a ordem de elaboração:
Planejamento: a primeira etapa é composta por uma identificação dos processos e fontes
geradoras de resíduos, classificação e quantificação de cada tipo de resíduo gerado e pelo
estabelecimento de metas e objetivos para este plano. Esta etapa é fundamentada na teoria dos
3 R’s que se traduz conforme as definições abaixo:
1º R – Redução de Geração na Fonte: implantação de procedimentos que priorizam a não
geração de resíduos.
2º R – Reutilização de Resíduos: reaproveitamento do resíduo sem promover modificações
na sua estrutura.
3º R – Reciclagem de Resíduos: beneficiamento do resíduo para que este seja utilizado em
outro processo.
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• Implementação e operação: esta etapa inclui os treinamentos e a conscientização de


operadores e usuários do sistema, configurando-se a mais longa e trabalhosa do PGRS, além
de estabelecer as formas de manuseio e armazenamento dos resíduos, o pré tratamento
recebido pelos mesmos e a sua destinação final.
• Verificação e ações corretivas: a última etapa consiste no acompanhamento do sistema e na
implementação de ações corretivas quando necessário para melhoria.

4.5.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESIDUOS SÓLIDOS

Segundo a NBR 10004 (ABNT, 2004), resíduos sólidos são aqueles em estado sólido e semi-
sólido resultantes de atividades de origem doméstica, industrial, hospitalar, agrícola,
comercial, de serviços e varrição, bem como os lodos resultantes do tratamento de água,
equipamentos e instalações de controle de poluição e alguns líquidos cujas propriedades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou cursos de água. Os resíduos
sólidos podem ser classificados quanto as suas características físicas, composição química,
origem e periculosidade, conforme disposto a seguir:
4.5.2.1- Quanto às Características Físicas

• Secos: papel, plástico, espuma, tecido, vidro, madeira, lâmpadas, parafina, guardanapos,
toalhas de papel, isopor, madeira, cerâmica, dentre outros
• Molhados: restos de comida, cascas de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos
estragados, dentre outros.
4.5.2.2- Quanto a Característica Química

• Orgânico: restos de alimentos, cascas de frutas e verduras, legumes, ovos, ossos, cabelos,
material de podas de jardins, pó de café e chá, dentre outros.
• Inorgânico: plástico, vidro, parafina, borracha, tecido, metal, isopor, cerâmica, espuma, etc.
4.5.2.3- Quanto à Origem dos Resíduos
Segundo o Ambiente Brasil (2010), os resíduos sólidos podem ser classificados quanto a sua
origem nos grupos a seguir:
• Domiciliar: originado nas residências e composto por papel, plástico, restos de alimento,
fraldas descartáveis, papel higiênico e outros itens, podendo conter também resíduos tóxicos,
como pilhas e baterias.
• Comercial: gerado nos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, tais como:
supermercados, lojas, restaurantes.
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• Público: são aqueles provenientes dos serviços de limpeza urbana, como varrição de ruas,
limpeza de galerias e córregos, podas de árvores.
• Resíduos de serviços de saúde: são os resíduos descartados por hospitais, farmácias,
laboratórios, clínicas veterinárias e que devem ter um tratamento diferenciado desde a sua
geração até a disposição final no aterro sanitário em função dos contaminantes que possuem.
Exemplos desses resíduos são seringas, algodão, luvas, agulhas, meios de cultura de
microrganismos.
• Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários: são os resíduos que contem ou
podem conter germes patogênicos, sendo originados principalmente da higiene pessoal e
restos de alimentos.
• industrial: gerado pelos diversos ramos da indústria, apresentando uma composição variada,
como papel, plástico, cinzas, madeira, fibras, etc.
• Radioativo: resíduos originados de atividade nuclear, como urânio, césio, radônio, cobalto, e
que devem ser manuseados com equipamentos adequados e disposição controlada, o
gerenciamento deste tipo de resíduo no Brasil é de responsabilidade do Conselho Nacional de
Energia Nuclear (CNEN).
• Agrícola: resíduos gerados por atividades agropecuárias e composto de embalagens de
adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, ração. O resíduo gerado por pesticidas é
considerado tóxico e deve ser tratado adequadamente.
• Entulho: são os resíduos gerados na construção civil, tais como: blocos cerâmicos, solos de
escavações, argamassa. Em geral, são materiais inertes e que podem ser reaproveitados.
4.5.2.4- Quanto ao Grau de Periculosidade dos Resíduos

A NBR 10004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos em classes conforme o seu grau de
periculosidade:
• Resíduos classe I – perigosos: são resíduos que devido a suas características, tais como:
corrosividade, inflamabilidade, reatividade, toxidade e patogenicidade, oferecem riscos à
saúde pública e ao meio ambiente. Como exemplo podemos citar: lâmpadas fluorescentes,
óleo lubrificante usado, baterias, entre outros.
• Resíduos classe II – não perigosos
Resíduos classe II A – não inertes: são resíduos que não são perigosos mas também não são
inertes, podendo apresentar características como combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade em água.
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Resíduos classe II B – inertes: esses resíduos não tem nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabililidade da água, ou seja, a
água permanecerá potável em contato com esse tipo de resíduo. Muitos destes são recicláveis
e em geral não se degradam quando dispostos no solo.

4.6 – COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Conforme CEMPRE (2000), a composição dos resíduos sólidos no Brasil é demonstrada


conforme tabela 01 abaixo.

Tabela 1 Composição do lixo no Brasil


Composição gravimétrica resíduos sólidos
Tipo Brasil
Matéria orgânica 52,50%
Metal 2,30%
Plástico 2,90%
Papelão 25,50%
Vidro 1,60%
Outros 16,20%
Fonte: adaptado de CEMPRE (2000)

4.7 - Estimativa de Resíduos por Classe

Tomando como base o Manual para edificações multifamiliares e de uso misto elaborado pela
Caixa Econômica Federal, foi quantificado o volume de resíduos a serem gerados no
Condomínio Pleno Comercial, conforme tabela 2-Estimativa de quantitativo de resíduos
gerado no Pleno Comercial.
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Figura 1 Tabela para cálculo de volume de resíduo comercial

Para efeito de cálculo e tomando-se por base a previsão da quantidade total de 41.832,00 litros
por metro quadrado de resíduos seco comercial gerados em 1 mês e 1.394,4litros por metro
quadrado de resíduos misturado comercial gerados em 1 dia. O Pleno comercial gera 17.928
litros por metro quadrado de resíduos misturado gerados em 1 mês e 597,6,4litros por metro
quadrado de resíduos misturado gerados em 1 dia, tem-se por resultado a geração da
quantidade media diária de 1.992 l/m²/d de resíduo comercial, conforme tabela 02 abaixo.

Tabela 02- Estimativa de quantitativo de resíduos gerado no Pleno Comercial


QUANTITATIVO DE RESÍDUOS GERADOS NO PLENO COMERCIAL
Fonte Geradora Período Quantidade (l/m²/d)
Comercial (resíduo seco) 1 mês 41.832,00
Comercial (resíduo seco) 1dia 1.394,4
Comercial (resíduo misturado) 1 mês 17.928
Comercial (resíduo misturado) 1dia 597,6

5 - ELEMENTOS DO PGRS
5.1 - Legislação Pertinente e Normas Técnicas
Para o desenvolvimento do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do
Empreendimento, será respeitado o seguinte conjunto legal:
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- Esfera Federal
• Resolução CONAMA nº 275/2001 – Estabelece o código de cores para os diferentes tipos
de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas
campanhas informativas para coleta seletiva.
• Lei Federal nº 6938/1981 – Estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismo de formulação e aplicação, e tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento sócio econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana.
• Lei Federal nº 9605/1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
• Lei Federal nº 12305/2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei N
1º 9605 de 12/02/1998, e dá outras providências.
- Normas técnicas
• NBR 10004/2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Diretrizes para projeto,
implantação e operação.

5.2 – Estudo Populacional


O condomínio Pleno Comercial encontra-se totalmente habitado para fins de
dimensionamento, foi considerado a área total do empreendimento de 3.320 m². A previsão da
quantidade de resíduos gerados pelo condomínio considerou um horizonte de projeto de 10
anos, englobando todas as salas comerciais do Condomínio Pleno Comercial. Conforme
Tabela 2.3 apresentada na descrição do empreendimento e seu memorial descritivo, estão
previstos 70 salas comerciais. Segundo o manual para edificações multifamiliares e de uso
misto elaborado pela Caixa Econômica Federal foram considerados os índices: n = índice
extraído da tabela 2; A = área útil da edificação; f = intervalo entre coletas (utilizar f=1 para
coleta realizada 6 vezes por semana, e f=2 para coleta realizada 3 vezes por semana) e k1 =
percentual de recicláveis secos 1 de acordo com o tipo de atividade, conforme tabela 2.

5.3 – Composição dos Resíduos Sólidos

A composição do lixo é em função de vários fatores, como a atividade econômica do país,


perfil e hábitos da população, região onde é feita a coleta dos resíduos, dentre outros itens.
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Para o desenvolvimento deste trabalho, adotou-se de acordo com CEMPRE (2000) a seguinte
composição para o condomínio Pleno Comercial.

Tabela 03: Estimativa da composição de resíduos gerados no Condomínio Pleno Comercial


Tipo Composição Total (l/m²/dia) Total (l/m²/ ano)
Matéria 52,50% 1045,8 37.648,8
orgânica
Metal 2,30% 45,816 16.493,76

Plástico 2,90% 57,768 20.796,48

Papelão 24,50% 488,04 175.694,4


Vidro 1,60% 31,872 11.473,92
Outros 16,20% 322,704 116.173,4
Total 1.992,00 717.120,00

6 - SISTEMA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO CONDOMÍNIO

PLENO COMERCIAL
Atualmente o sistema de coleta de resíduo no condomínio é realizado por cada proprietário de
sala comercial, que deposita o resíduo em um recipiente localizado dentro de cada deposito
localizado em cada pavimento, conforme figura 01, posteriormente os colaboradores realizam
o transporte até o deposito, onde a prefeitura do município de Ananindeua faz a remoção com
os carros coletores, com capacidade de 10m³, a coleta é realizada 3 vezes por semana, sempre
no período noturna. No condomínio não existe a coleta seletiva, porém será proposto um
programa de coleta para os resíduos.
Os resíduos gerados na administração do condomínio também são acondicionados no mesmo
recipiente e são coletados e transportados até o contêiner pela equipe de colaboradores
contratados pela administração.
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Figura 2- Deposito para acondicionamento dos resíduos

Fonte: Internet, 2020


6.1-Gerenciamento dos resíduos sólidos
Para o plano de gerenciamento dos resíduos gerados no Pleno Comercial, como a produção
dos resíduos na sua grande maioria é de resíduo seco, o programa constará de duas etapas;
• 1ª etapa: Sub-Programa de Separação dos Resíduos dentro das Residências;
• 2ª etapa: Sub-Programa de Coleta de Resíduos, englobando a coleta comum e a seletiva;
A 1ª etapa contemplará um plano para que cada locatário das salas comerciais faça uma
primeira triagem prévia dos resíduos domésticos, será proposto que cada proprietário separe
os materiais “secos” dos “molhados”. Os compostos secos são os materiais recicláveis, como
papelão, plástico, vidro, embalagens e metais como alumínio, aço, dentre outros.
Ao vidro deve ser dado cuidado especial no acondicionamento pois é material cortante. No
caso vidros quebrados os condôminos serão orientados enrolar em jornais de modo a proteger
o coletor durante seu manejo. Vidros não quebrados e intactos poderão ser descartados, desde
que também se tenha cuidado evitando sua quebra e somente nesta condição ele pode ser
considerado como reciclável. Semelhante aos cuidados com o vidro, deve-se ter atenção
especial ao descarte de lâmpadas fluoresecentes, prevendo-se um recipiente apropriado para o
descarte, já que a mesma possui substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde humana. No
caso, a substância em questão é o mercúrio, que é um metal pesado que pode contaminar
mananciais e é tóxico ao homem caso ocorra inalação.
Os materiais “molhados” serão divididos em dois tipos: O primeiro é o que pode ser
aproveitado para compostagem e constitui-se de materiais como restos de frutas, verduras,
entre outros.
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Já o segundo tipo incluem os restos de comida, que serão classificados como “rejeitos” e são
produtos cozidos e frituras gerados em lanchonetes ou nas copas. Estes resíduos não servirão
para produção de matéria de composto orgânica, pois eles favorecem a criação de larvas,
proliferação de insetos e até mesmo de doenças. Portanto é imprescindível a separação
criteriosa destes dois tipos de resíduos molhados.
Todo este material considerado como rejeito será coletado pelo condomínio e levado a
coletores devidamente identificados para que a prefeitura da cidade transporte para o aterro
sanitário da cidade.
Em resumo, o acondicionamento dos materiais nas salas comerciais deverá ser dividido em no
mínimo três tipos: os secos, que são materiais potencialmente recicláveis, os “rejeitos” que
são restos de matéria orgânica que não serve para compostagem que se juntarão aos outros
tipos de resíduos como resíduos gerados em banheiro e aos que o condomínio não sabe se o
mesmo pode ser reciclado ou reaproveitado e por fim, os resíduos orgânicos que serão
utilizados para compostagem. Materiais como pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes que são
materiais que oferecem risco ao meio ambiente, também deverão ser separados dos outros
resíduos, para posteriormente, serem coletados e posteriormente sofrerem destinação correta.
Todas as etapas deverão ser acondicionadas em contêiner identificados por cores conforme
figura 2.
Vale ressaltar que por se tratar de um empreendimento comercial, e que o mesmo poderá
apresentar em suas salas diferentes tipos de atividades. Caberá a cada locatário providenciar o
Plano de gerenciamento de resíduo para sua atividade correspondente, pois cada atividade ali
implantada apresentará um licenciamento ambiental individualizado. Este PGRS comtempla a
edificação do residencial de forma macro, pois este estudo contempla também o Plano de
Controle Ambiental referente a Licença de Operação (LO).
Os resíduos deverão ser acondicionados em sacos plásticos e amarrados, para depois ser
encaminhado até o recipiente identificado de acordo com o tipo de material, o recipiente é
identificada em cores como: vermelho, azul, amarelo; verde; marrom, vermelho.
Os resíduos de serviço de saúde deverá ter uma disposição adequada e deverá ser coletado por
empresas especializadas para este fim, o mesmo não deverá ser misturado com os resíduos
domestico.
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Figura 3 contêiner para coleta seletiva

Fonte: Internet, 2020

6.1 -Principais Unidades de Transbordo e Disposição Final

O condomínio Pleno Comercial trata a questão dos resíduos sólidos com responsabilidade e
com respeito ao meio ambiente, seus resíduos gerados nas 70 salas comerciais, são destinadas
ao deposito de acondicionamento, ficando sobre a responsabilidade da Prefeitura Municipal
de Ananindeua a sua coleta. Vale ressaltar que as coletas são realizadas três vezes por semana
e sempre no período noturno.
Em Ananindeua e toda região Metropolitana de Belém os resíduos tem a disposição
ambientalmente adequado no Aterro sanitário de Marituba.
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7 - BIBLIOGRAFIA

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: resíduos


sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 2004. 71p.

_____. NBR 10.007: Amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004. 25p.

BRASIL. Lei nº 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Legislação Brasileira.

IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos: Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.
Rio de Janeiro: IBAM, 2001, 200p.

MONTEIRO, J. H. P. et al. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.


Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM. Rio de Janeiro: IBAM, 2001.

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