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PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESIDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL – PGRCC

PGRCC

BELIVE EUSEBIO 3328 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE LTDA.

CNPJ: 51.871.000/0001-06

FEVEREIRO DE 2024
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO _______________________________________________________ 3
1. INTRODUÇÃO _____________________________________________________ 4
1.1 JUSTIFICATIVA ________________________________________________________ 5
1.2 OBJETIVO ____________________________________________________________ 6
2 DADOS GERAIS ____________________________________________________ 7
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR _______________ Erro! Indicador não definido.
2.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ____________ Erro! Indicador não definido.
2.3 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA OBRA Erro! Indicador não definido.
2.4 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELAELABORAÇÃO DO EIVErro! Indicador não definido.
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ______________________________ 7
3.1 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO _____________________________ 9
3.2 COMPOSIÇÃO DE ÁREAS ___________________________________________ 10
3.3 NÚMERO DE TRABALHADORES __________________________________________ 11
3.4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA __________________________________ 11
4 FUNDAMENTOS DO PGRCC _________________________________________ 12
4.1 DEFINIÇÕES _________________________________________________________ 12
4.2 LEGISLAÇÃO APLICADA ________________________________________________ 13
4.2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS ______________________________________________ 14
4.2.2 NORMAS TÉCNICAS _______________________________________________ 14
5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS _______________ Erro! Indicador não definido.
5.1 ASPECTOS GERAIS ______________________________ Erro! Indicador não definido.
5.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS ___________________ Erro! Indicador não definido.
5.3 ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS GERADOS Erro! Indicador não definido.
6 PLANO DE AÇÕES _________________________ Erro! Indicador não definido.
6.1 MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS __________ Erro! Indicador não definido.
6.2 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO _____________ Erro! Indicador não definido.
6.3 COLETA E TRANSPORTE __________________________ Erro! Indicador não definido.
6.4 TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL _______________ Erro! Indicador não definido.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS _______________________ Erro! Indicador não definido.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________________ Erro! Indicador não definido.
ANEXOS ______________________________________ Erro! Indicador não definido.
ANEXO I: Contato para Coleta, Transporte e Destinação Final de Resíduos SólidosErro! Indicador não definido.
ANEXO II: Croquis com Indicação de Acondicionamento ________ Erro! Indicador não definido.
ANEXO III: Modelo de MLT _______________________________ Erro! Indicador não definido.
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PGRCC __ Erro! Indicador não definido.
APRESENTAÇÃO

O presente documento consiste no Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

(PGRCC) a serem gerados na implantação de um residencial multifamiliar localizado no bairro Coité do

município de Eusébio, no estado do Ceará.

A implementação desse plano visa o aumento da sustentabilidade socioeconômica e ambiental na

questão dos resíduos e, por isso, faz-se necessário um diagnóstico que inclua a identificação dos tipos de

resíduos gerados, o levantamento dos aspectos legais e técnicos relacionados ao tema, que, juntos,

representam o conjunto de informações necessárias para o planejamento destas propostas.

Desta forma, o presente plano foi desenvolvido de forma que se possam atender todas as etapas

necessárias ao manejo dos resíduos em questão, desde a geração até a destinação final.
1. INTRODUÇÃO

A construção civil se apresenta como um dos principais setores responsáveis pelos avanços

econômicos e sociais do país, representando uma significativa parcela no Produto Interno Bruto (PIB) por

empregar, direta ou indiretamente, um enorme contingente de pessoas (LORDÊLO; EVANGELISTA;

FERRAZ, 2006). O principal desafio para uma atividade produtiva desta magnitude é encontrar as condições

que conduzam a um desenvolvimento consciente e menos agressivo ao meio ambiente.

Os resíduos da construção civil são recursos sólidos ou pastosos originados, seja do processo

produtivo ou de restos de produtos, de serviços que, por motivos tecnológicos ou econômicos, não são

reutilizados e quando descartados causam impactos ambientais e socioeconômicos (ABNT, 2004).

A disposição inadequada desses Resíduos da Construção Civil (RCC) nos centros urbanos, além de

contribuir negativamente para o meio ambiente, também provoca impactos na sociedade. Segundo Mendes

(2004 apud OLIVEIRA; MENDES, 2008), os resíduos que são dispostos clandestinamente em terrenos

baldios, margens de rios e vias da periferia dos centros urbanos, resultam em diversos problemas ambientais.

A correta destinação dos resíduos gerados é uma prioridade de ação para reforçar os benefícios

advindos da construção civil. Dessa forma, nos últimos anos os debates relacionados às políticas públicas

tem apresentado um olhar diferenciado para a questão dos resíduos gerados pelo setor da construção civil em

relação às questões ambientais. O desperdício de materiais é desperdício de recursos naturais também e,

neste sentido, a interação entre o mercado da construção civil e o meio ambiente ganha destaque nas

discussões na busca pelo desenvolvimento sustentável nas suas diversas dimensões (SOUZA et al., 2004

apud KARPINSK et al., 2008).

Diante desses diversos problemas, a Política Nacional do Meio Ambiente, mediante a edição da Lei

6.938/81, criou o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e buscou estabelecer padrões que

tornem possível o desenvolvimento sustentável. Para isso, criou mecanismos e instrumentos capazes de

proporcionar maior proteção ao meio ambiente, definindo responsabilidades e deveres, prevendo a

necessidade de, entre outras coisas, licenciamento ambiental, cadastro de empreendimentos e atividades

poluidoras, incumbindo o município a tarefa de licenciar áreas para a destinação final, fiscalizar todo o

processo construtivo e implantar o Plano de Gerenciamento da Construção Civil, integrando a sociedade


civil, dos setores público e privado, de forma que juntos possam prover os meios adequados para o manejo e

disposição desses resíduos, em especial os da construção civil, uma vez que este tipo de atividade gera a

parcela predominante da massa total dos resíduos produzidos no Brasil.

1.1 JUSTIFICATIVA

Muitas são as dificuldades das empresas da construção civil no planejamento e controle da gestão

ambiental, e na adequação de processos sustentáveis que direcionam a empresa a tal prática, reduzindo os

impactos ambientais do negócio, sem geração de custos excessivos. Diante dessa realidade, esse estudo traz

a contextualização da gestão ambiental dos resíduos da construção civil, como forma de auxiliar a

minimizarem esses impactos oriundos da grande quantidade de resíduos produzidos nos processos de

construção, implantadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS.


1.2 OBJETIVO

O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) tem como objetivo evitar o

descarte clandestino de Resíduos de Construção Civil (RCC), através da adoção de uma política ordenadora

que busque a remediação da degradação ambiental gerada, por meio da integração dos agentes envolvidos

com a questão, da redução máxima da geração de resíduos, bem como seu reaproveitamento e reciclagem.

Figura entre outros objetivos o estabelecimento da caracterização, segregação, acondicionamento, transporte

e destinação final, a fim de criar responsabilidades para a os envolvidos no processo, a saber, o gerador, o

transportador, o receptor e os municípios.

As diretrizes a serem alcançadas pelo PGRCC são:

Reduzir a geração de resíduos no processo produtivo;

Segregar os resíduos por ordem e por classe;

Acondicionar de forma adequada;

Diminuir os possíveis fatores de risco, decorrentes do gerenciamento incorreto dos resíduos nos diversos

setores e etapas da obra;

Conscientizar e sensibilizar os funcionários quanto à importância de sua participação para o êxito do

PGRCC;

Exigir que as unidades de destinação final dos resíduos estejam licenciados junto ao Órgão Ambiental.

A importância dessas diretrizes consiste no fato de elas causarem uma diminuição significativa do

impacto ambiental gerado no âmbito do empreendimento, o que contribuirá de forma positiva na qualidade

do meio ambiente.
2 DADOS GERAIS

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

BELIVE EUSEBIO 3328 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE

LTDA.

Município: Eusébio - CE

CNPJ: 42.224.977/0001-32

Endereço: Rua Jose Amora Sá, S/N

Telefone: +55 (85) 3879-0333

ENDEREÇO ELETRÔNICO

maria@construtorabelive.com.br

2.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR

Endereço do empreendimento: Rua Jose Amora Sá, S/N

Bairro: Coité- CEP:61.760-000

Município: Eusébio - CE

Atividades a serem desenvolvidas: Residencial Multifamiliar

Área total da gleba: 9.600,00m²

Área construída total: 5.164,14m²

Quantidade: 01
2.3 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA OBRA

BELIVE EUSEBIO 3328 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS SPE

LTDA..

Município: Eusébio - CE

CNPJ: 33.584.379/0001-83

Endereço: Rua Jose Amora Sá, S/N

Telefone: +55 (85) 3879-0333

ENDEREÇO ELETRÔNICO

maria@construtorabelive.com.br

Marcos José Farias Magalhães

Profissão: Engenheiro Civil

E-mail: marcos@construtorabelive.com.br

Telefone: +55 (85) 3257-6051

CREA:061201208-5

2.4 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELAELABORAÇÃO DO

PGRCC.

Vinicius Evangelista Marrocos de Aragão

Profissão: Arquiteto Urbanista

Endereço: Rua Osvaldo Cruz, nº 2544

Bairro: Dionísio Torres

CEP: 60.125-151 - Fortaleza-Ceará

Telefone: +55 (85) 3268-1089 / 99963-1603

E-mail: vinicius.marrocos@gmail.com

Registro Profissional: CAU A105821-5


3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Edifício Multifamiliar da BELIVE EUSEBIO 3328 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS

SPE LTDA. trata de um empreendimento imobiliário destinado à moradia permanente por meio da venda de

casas em um condomínio residencial horizontal Possui área comum de lazer, vagas de estacionamentos e via

de circulação para veículos e pedestres. Tem o objetivo de integrar lazer, conveniência e segurança.

O empreendimento em estudo abrange uma área de aproximadamente 9.600,00 m² e está inserido

no bairro Coité. A execução desse empreendimento entregará um total de 32 unidades residenciais, área de

lazer com piscina, playground, Deck e Lounge.

O empreendimento foi projetado dentro dos padrões e técnicas obedecendo às normas e legislações

vigentes, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção,

instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de

acessibilidade.

3.1.1 LOCALIZAÇÃO

Dentro da cidade de Eusébio, litoral leste do Estado do Ceará, e distando aproximadamente 14 km

da capital do estado, o empreendimento está localizado na Rua José Amora Sá, S/N bairro Coité e fica

próximo à Avenida Eusébio de Queiroz. O acesso ao empreendimento se dará por meio de ligação das vias

supracitadas com a via interna que garante acesso direto dos moradores a suas residências.

De forma mais específica, o empreendimento está localizado na ZUC – Zona de Urbanização

Central, conforme vemos na Figura 5. O seu entorno é compreendido pelos bairros Tamatanduba, Amador,

Guaribas e o próprio Coité. Todos os bairros possuem densidade demográfica significativa, além de

atividades residenciais, industriais e comerciais.


Figura 1. Localização do empreendimento.

3.2 COMPOSIÇÃO DE ÁREAS

Quadro 1. Composição de áreas.


3.3 NÚMERO DE TRABALHADORES

A distribuição do contingente de mão de obra ao longo da execução do empreendimento, segundo

previsões dos empreendedores, é da ordem de 25 trabalhadores.

3.4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA

O cronograma de execução de obras relaciona as frentes de trabalho, as etapas de contrato e as fases

de operação do empreendimento como um todo dentro de um horizonte de tempo de 34 meses.

Quadro 2. Cronograma de execução da obra.


4 FUNDAMENTOS DO PGRCC

4.1 DEFINIÇÕES

Para melhor compreensão deste plano serão consideradas as seguintes definições:

Resíduos Sólidos – Materiais resultantes do processo de produção, transformação, utilização ou

consumo, oriundos de atividades humanas, de animais, ou resultantes de fenômenos naturais, cuja

destinação deverá ser ambientalmente e sanitariamente adequada.

Resíduos de Construção Civil – Resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e

demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais

como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e

compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação

elétrica e outros, comumente chamados de entulhos de obras.

Aterro de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Inertes – Área onde são empregadas técnicas

de disposição de RCC classe A, conforme classificação da Resolução CONAMA n. 307/02, e resíduos

inertes no solo, visando a estocagem de materiais segregados, de forma a possibilitar o uso futuro dos

materiais e/ou futura utilização da área, conforme princípios de engenharia para confiná-los ao menor

volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.

Geradores – Pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que

geram RCC, segundo a Resolução 307/02.

Prestador de Serviço – Pessoa física ou jurídica de direito privado, devidamente licenciada,

contratada pelo gerador de RCC para execução de qualquer etapa do processo de gerenciamento desses

resíduos.
Reutilização – É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação desse resíduo.

Reciclagem - É o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação.

Redução – É o ato de diminuir de quantidade, em volume ou peso, tanto quanto possível, de

resíduos oriundos das atividades da construção civil.

Segregação – Consiste na triagem dos RCC no local de origem ou em áreas licenciadas para esta

atividade, segundo a classificação exigida por norma regulamentadora.

Beneficiamento – Consiste na operação que permite a requalificação dos resíduos de construção

civil, por meio de sua reutilização, reciclagem, valorização energética e tratamento para outras aplicações.

4.2 LEGISLAÇÃO APLICADA

Leis e normas técnicas fundamentais na gestão dos resíduos da construção civil contribuem para

minimizar os impactos ambientais. Elencamos algumas delas, conforme relevância e pertinência com o

assunto estudado.
4.2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS

Lei Federal nº 12.305/2010 – institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

Resolução CONAMA nº 275/2001 – estabelece o código de cores para os diferentes tipos de

resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas

informativas para a coleta seletiva;

Resolução CONAMA n°307 – Gestão dos Resíduos da Construção Civil, de 5 de julho de 2002;

Resolução CONAMA n°348 de 18 de Agosto de 2004: Altera a Resolução CONAMA n° 307, de 5

de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos;

Lei Estadual nº 13.103/2001 – institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

4.2.2 NORMAS TÉCNICAS

A ABNT publicou em 2004 uma série de normas relativas aos resíduos sólidos e aos

procedimentos para o gerenciamento dos RCC, de acordo com a Resolução CONAMA 307.

Classificação dos resíduos sólidos - NBR 10004/2004

Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - NBR 12235/1992

Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para

projeto, implantação e operação – NBR 15112/2004;

Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para projeto,

implantação e operação – NBR 15113/2004;

Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e

operação – NBR 15114/2004;

Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de

pavimentação - Procedimentos – NBR 15115/2004;

Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e

preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos – NBR 15116/2004.


4.0 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

4.1 ASPECTOS GERAIS

A Política Nacional de Resíduos Sólidos classifica os resíduos sólidos quanto à


sua origem da seguinte forma: resíduos sólidos domiciliares, resíduos de limpeza pública,
resíduos da construção civil e demolição, resíduos volumosos, resíduos verdes, resíduos
dos serviços de saúde, resíduos com logística reversa obrigatória, resíduos dos serviços
públicos de saneamento básico, resíduos sólidos cemiteriais, resíduos de óleos
comestíveis, resíduos industriais, resíduos dos serviços de transportes, resíduos
agrossilvopastoris e resíduos da mineração (BRASIL, 2012).

Segundo a Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)


307/2002, art. 2º, inciso I, são resíduos da construção civil os provenientes de
construções, reformas, reparos e demolições de obras da construção civil, e os
resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fação elétrica etc., comumente chamados entulhos de obras, caliça ou
metralha (BRASIL, 2002).

Esses resíduos podem representar 61% dos resíduos sólidos urbanos (PINTO,
2005). A partir da resolução CONAMA, o gerador tornou-se responsável pela segregação
dos RCC em 4 classes diferentes, devendo encaminha-los para reciclagem ou disposição
final.
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

A Resolução 348/2002 do CONAMA (Inciso IV, Art. 3º), propõe a classificação


dos resíduos da construção civil, que deverão ter a divisão apresentada no Quadro 3:

Quadro 3. Classificação dos resíduos da construção civil.

São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras


obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

A de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes


cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto;

de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em


concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel,
B papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
C aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou
recuperação.
São resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
CLASSE

D oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações


industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

Além da classificação estabelecida para os RCC, no Brasil os resíduos sólidos são


classificados ainda quanto ao seu risco potencial ao meio ambiente e à saúde pública
através da NBR 10004/2004, que define lixo como “todo resíduo sólido ou semissólido
resultante das atividades normais da comunidade”, definindo que estes podem ser de
origem domiciliar, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição e industrial. A norma em
questão, para efeito de classificação, enquadra os resíduos sólidos em trêscategorias,
como vemos adiante no Quadro 4.

Quadro 4. Classificação dos resíduos da construção civil quanto ao risco.


Resíduos Sólidos Perigosos - classificados em função de suas
características físicas, químicas, ou infecto-contagiosas, são aqueles
que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, ou
I
ainda são inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos ou patogênicos.

Perigosos
Estes tipos de resíduos normalmente são gerados em estabelecimentos
industriais, de serviços de saúde e assemelhados.
Não inertes - Nesta classe enquadra-se o lixo domiciliar,
A gerado nas residências em geral, estabelecimentos de serviços,
comércio, indústrias, e afins.
Inertes - são aqueles que, ensaiados segundo o teste de
solubilização da NBR 10006 da ABNT, não apresentam
II quaisquer de seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água. Este tipo de
B
Não perigosos

resíduo normalmente é resultante dos serviços de manutenção


da limpeza e conservação dos logradouros, constituindo-se,
CLASSE

basicamente, de terra, entulhos de obras, papéis, folhagens,


galhadas, etc.

4.3 ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS GERADOS

A estimativa da quantidade gerada de resíduos na implantação do condomínio de casas


levando em consideração perdas quando da aplicação do material. A referência para subdivisão
do volume de resíduos de acordo com a classe é de 79% para Classe A, 19,8% para Classe B e 1,2%
para Classe D. A referência para cálculo de empolamento nos casos de escavação é de 12% a 50%,
a depender do tipo de solo a ser escavado (Rocha detonada – 50%; Solo argiloso – 40%; Terra
comum – 25%; Solo arenoso seco – 12%, Conforme Aldo Dórea Mattos, no livro Como Preparar
Orçamentos de Obras, Editora PINI). O Quadro 5 faz referência a uma estimativa de todos os
resíduos gerados durante toda a fase de implantação da obra.
Quadro 5. Estimativa quantificada da geração de resíduos.

ETAPAS DA
RESÍDUOS GERADOS CLASSE QTDE (mt)
OBRA
ESCAVAÇÃO Terra de remoção A 0,0
Fragmentos de concreto A 2,0
FUNDAÇÃO Ferro (sobra corte) B 0,2
Madeira B 2,5
Fragmentos de concreto A 6,0
ESTRUTURA Ferro (sobra corte) B 0,50
Madeira B 3,0
Tijolos quebrados A 6,0
ALVENARIA Sacaria de cimento B 5,0
Argamassa (restos) A 5,00
Sucata metálica B 0,5
Papelão B 3,50
Madeira B 0,8
Pintura – tinta a base de agua em
ACABAMENTO todas as alvenarias gerando apenas
como resíduos baldes de plástico B 0,50

Argamassa (restos) A 1,5


Gesso para revestimento paredes B 0,80
Fragmentos de alumínio B 0,0
Fragmentos de fiação B 0,01
Fragmentos de PVC B 0,05
Fragmentos cerâmicos A 1,5
MEMORIAL DESCRITIVO DE GERAÇÃO DOS RESÍDUOS
Para a determinação da produção de resíduos, utilizou-se as informações
referentes à produção de resíduos proposta pelo autor Tarcísio de Paula Pinto, que
aponta uma média de 150 kg de resíduos gerados por metro quadrado de obra com um
peso específico médio de 1.200kg/m³. Em relação aos percentuais referentes às classes
dos resíduos foram considerados, dentro da média nacional (SINDUSCON/CREAs), os
seguintes valores:
Em relação aos percentuais referentes às classes dos resíduos
foramconsiderados, dentro da média nacional (SINDUSCON/CREAs), os seguintes
valores:

Classe A Classe B
Outros
alvenaria, solo Classe B, C e D
argamassa e proveniente de
madeira *Quando
concreto limpeza existirem
residuos nessa
classe
60% 20% 20% 10%

Uma vez que A CONTRATADA DEVERÁ aproveitar ou reaproveitar todos os


resíduos provenientes de decapagem na conformação dos taludes e na
camada vegetal dos platôs das obras, bem como quaisquer outros
materiais arenosos oriundos da movimentação de terra, não foi
computado o percentual de 20% referente a esta categoria.
Sendo assim, a fórmula desenvolvida para o cálculo do volume de
resíduos para as obras da FURG é a seguinte:

Onde,

κand, é o coeficiente adotado para categorizar o momento de andamento da obra por


ocasião da retomada da seguinte forma:

κand = 1,00 - obras em fase inicial, cuja execução tenha atingido no máximo afase
de estaqueamento;
κand = 0,80 - obras com execução parcial da estrutura de concreto e
semexecução das alvenarias;
κand = 0,60 - obras com execução parcial das estrutura de concreto e alvenariasaté o
limite de sua conclusão;
κand = 0,40 - obras onde com execução total de estrutura de concreto ealvenarias e
execução parcial de revestimentos;

κand = 0,20 - obras em fase de conclusão dos revestimentos e acabamentos;

κand = 0,06 - obras de infraestrutura viária independente da etapa de execução.

No caso de reformas, além do determinado para a nova execução, é acrescido o


próprio volume de resíduos gerado na reforma constante na planilha orçamentária.

CALCULO DO ENTULHO GERADO EM M³


• O Cálculo do entulho gerado pelos desperdícios durante a construção da obra. Uma forma
de cálculo é somar os desperdícios, já incluindo o empolamento, de cada material em
volume. Como estimativa em m2 temos, para obras novas, em torno de 150,00 kg/m2, que
equivale a 0,12 m3 de entulho por m2 de área construída.

Portanto nessa obra especifica com 185,86 m² de área construida totral para a casa, tendo
cada valor unitário de 92,93m² teriamos um total de volume de residuos de 11,15M³ de de
geração de residuos durante sua obra.

5 PLANO DE AÇÕES

Para otimizar a gestão ambiental envolvendo a geração de resíduos oriundos de


construção desse empreendimento é necessária a adoção de uma metodologia que
considere as atividades inerentes, a proposição de ações diferenciadas e a busca da
consolidação por meio de avaliações periódicas.

A necessidade de se aproveitar os RCC não resulta apenas da vontade de


economizar, mas trata-se de uma atitude fundamental para a preservação do nosso meio
ambiente.

É importante ressaltar que a gestão de resíduos deverá ser iniciada na fase de


concepção do empreendimento, possibilitando maior interface entre projetos, processos
construtivos e gerenciamento dos RCC.

5.1 MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS

O importante a ser implantado no setor é a gestão do processo produtivo, com


a diminuição na geração dos resíduos e o correto gerenciamento dos mesmos no canteiro
de obra, partindo da conscientização e sensibilização dos agentes envolvidos, criando
uma metodologia própria.

Dentre as diretrizes a serem alcançadas pelo setor, preferencialmente, deve-se: Reduzir


os desperdícios e o volume de resíduos gerados;

Segregar os resíduos por classes e tipos;

Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem


transformações;

Reciclar os resíduos, transformando-os em matéria-prima para a produção de novos


produtos.

Ainda no sentido de minimizar a geração de resíduos da obra, o canteiro deverá


estar bem organizado e limpo, evitar o deslocamento excessivo de material na obra.

Quanto aos materiais de construção:


Tijolos e telhas, guardados em pilhas para evitar quebras;

Sacos de cimento e argamassas, armazenados longe da umidade;

Materiais mais delicados devem ser transportados em carrinhos de mão.

5.2 SEGREGAÇÃO E ACONDICIONAMENTO

Esta é uma etapa relevante para o processo de gerenciamento dos RCC, pois, se
bem executada, possibilitará a máxima reciclagem dos resíduos, considerando que estes
sejam encaminhados para usinas de reciclagem. Para que os resíduos sejam reciclados e
reaproveitados como matéria-prima, as características do produto reciclado devem ser
compatíveis ao uso a que ele se propõe segundo as suas características e classificações de
acordo com a Resolução CONAMA 307/2002.

A reciclagem dos resíduos contaminados com materiais não-inertes produz


reciclados de pouca qualidade. Então, é fundamental a separação dos diversos tipos de
resíduos produzidos, onde a fase inerte é a que possui maior potencial de reciclagem para
produção de reciclados de boa qualidade a serem reaproveitados na própria construção
civil.

Para que o acondicionamento venha atender às exigências da Resolução


CONAMA nº 275/2001 os dispositivos utilizados para o acondicionamento de resíduos
segregados são dos mais variados, como veremos a seguir.
Bags
Saco de ráfia reforçado, sem válvula de escape (fechado em sua parte inferior),
dotado de saia e fita para fechamento e de 4 alças e com capacidade para
armazenamento em torno de 1m³.

Figura 2. Bags. Fonte: Rafitec.

Baias
Geralmente construídas em madeira, com dimensões diversas, adaptam-se às
necessidades de armazenamento dos resíduos e ao espaço disponível em obra.

Figura 3. Baias. Fonte: Eco Museu da Amazônia.

Bombonas
Recipientes plásticos, com capacidade para 50 litros, normalmente produzidos para
conter substâncias líquidas. Depois de corretamente lavada e extraída sua parte superior, podem
ser utilizados como dispositivos para coleta.

Figura 4. Bombonas. Fonte: ATM Material.

Caçambas Estacionárias
Recipientes metálicos com capacidade volumétrica de 3, 4 e 5 m³. A fabricação deste
dispositivo deve atender às normas da ABNT.

Figura 5. Caçambas estacionárias. Fonte: Stahlluz.

O acondicionamento inicial deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de


geração dos resíduos, dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a boa
organização dos espaços nos diversos setores da obra. Em alguns casos, os resíduos deverão ser
coletados e levados diretamente para os locais de acondicionamento final.

O detalhamento e recomendações para o acondicionamento inicial podem ser


visualizados na página seguinte, por meio do Quadro 6.
Quadro 6. Recomendações para acondicionamento inicial dos resíduos.

OBS: NESSA OBRA NÃO SERA GERADO NENHUM RESIDUO DA CLASSE C E D

RECOMENDAÇÕES PARA
TIPO DE RESÍDUOS CLASSE
ACONDICIONAMENTO INICIAL
Blocos de concreto, blocos cerâmicos,
Em pilhas formadas próximas aos
argamassas, outros componentes
A locais de geração, nos respectivos
cerâmicos, concreto, tijolos,
pavimentos.
assemelhados.
Deverão ser reutilizados, reciclados ou
encaminhados a áreas de armazenamento
Madeira B temporário, sendo dispostos de modo a
permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

Deverão ser reutilizados, reciclados ou


encaminhados a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a
Solo B
permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

sticos (sacaria de embalagens, aparas de Deverão ser reutilizados, reciclados ou


B
tubulações etc.) ncaminhados a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a
mitir a sua utilização ou reciclagem futura.

Deverão ser reutilizados, reciclados ou


o, aço, fiação revestida, arame etc.) encaminhados a áreas de armazenamento
B temporário, sendo dispostos de modo a
permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

Deverão ser reutilizados, reciclados ou


Serragem B encaminhados a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a
permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

e revestimento, placas acartonadas. Deverão ser reutilizados, reciclados ou


B
ncaminhados a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a
tilização ou reciclagem futura.

Deverão ser reutilizados, reciclados ou


EPS (Poliestireno expandido - isopor) II - B
encaminhados a áreas de armazenamento
OBS: NÃO SERÃO GERADOS temporário, sendo dispostos de modo a permitir
NESSA OBRA a sua utilização ou reciclagem
futura.
5.3 COLETA E TRANSPORTE

Deve ser atribuição específica dos operários que se encarregarem da coleta dos
resíduos nos pavimentos. Eles ficam com a responsabilidade de trocar os sacos de ráfia
com resíduos contidos nas bombonas por sacos vazios, e, em seguida, de transportar os
sacos de ráfia com os resíduos até os locais de acondicionamento final.

O transporte interno pode utilizar os meios convencionais e disponíveis:


transporte horizontal (carrinhos, giricas, transporte manual) ou transporte vertical
(elevador de carga, grua, condutor de entulho).

As rotinas de coleta dos resíduos nos pavimentos devem estar ajustadas à


disponibilidade dos equipamentos para transporte vertical (grua e elevador de carga, por
exemplo). O ideal é que, no planejamento da implantação do canteiro, haja preocupação
específica com a movimentação dos resíduos para minimizar as possibilidades de
formação de “gargalos”. Equipamentos como o condutor de entulho, por exemplo,
podem propiciar melhores resultados, agilizando o transporte interno de resíduos de
alvenaria, concreto e cerâmicos.

As recomendações para o transporte interno de cada tipo de resíduo estão no


Quadro 7, do qual foram exclusos alguns resíduos que precisam de acondicionamento
final imediatamente após da coleta.
Quadro 7. Recomendações para transporte interno.

RECOMENDAÇÕES PARA
TIPO DE RESÍDUOS
TRANSPORTE INTERNO
Blocos de concretos, blocos cerâmicos, argamassas, Carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e
outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e condutor de entulho, elevador de carga ou grua para
assemelhados. transporte vertical.
Grandes volumes: transporte manual(em fardos) com
auxilio de giricas ou carrinhos associados a elevador
de carga ou grua.
Madeira
Pequenos volumes: deslocamento horizontal manual
(dentro dos sacos de ráfia) e vertical com o auxílio
de elevador de carga ou grua, quando necessário.

Transporte dos resíduos contidos em sacos, bags ou


Plástico, papelão, papéis, metal, serragem e EPS
em fardos com o auxílio de elevador de carga ou
(poliestireno expandido, por exemplo, isopor)
grua, quando necessário.
EPS - NÃO SERÃO GERADOS NESSA
OBRA.
mento, placas acartonadas e artefatos. Carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e
elevador de carga ou grua para transporte vertical.
Equipamentos disponíveis para escavação e transporte
Solos (pá-carregadeira, “bobcat” etc.).
Para pequenos volumes: carrinhos e giricas.

Os coletores de resíduos externos das obras são os agentes que devem remover
os resíduos para os locais de destinação previamente qualificados pelos geradores e,
portanto, devem cumprir rigorosamente o que lhes for determinado.

O Quadro 8 relaciona tipos de resíduo à sua forma adequada de coleta e remoção.


Quadro 8. Recomendações para transporte dos resíduos.

ETA E TRANSPORTE DOS


TIPO DE RESÍDUOS EMPRESA LICENCIADA
RESÍDUOS

Materiais, instrumentos e embalagens VER ANEXO LISTA


contaminados por resíduos perigosos DE EMPRESAS
(exemplo: embalagens plásticas e de
ou outro veículo de carga, sempre LICENCIADAS PARA
metal, instrumentos de aplicação como
broxas, pincéis, trinchas e
coberto. SERVIÇO DE
outros materiais auxiliares como COLETA
panos, trapos, estopas etc.).

Blocos de concretos, blocos Caminhão com equipamento


cerâmicos, argamassas, outros poliguindaste, ou caminhão com
onentes cerâmicos, concreto, tijolos e culante, sempre coberto com lona.
assemelhados.
Caminhão com equipamento
Gesso de revestimento, placas poliguindaste, ou caminhão com
acartonadas e artefatos. culante, sempre coberto com lona.

Caminhão com equipamento


poliguindaste, caminhão com
caçamba basculante ou caminhão com
Madeira carroceria de madeira, respeitando as
condições de segurança para a
acomodação da carga na carroceria do
veículo, sempre coberto com lona.
VER ANEXO LISTA DE
Caminhão preferencialmente equipado EMPRESAS
o, aço, fiação revestida, arames, etc.). com guindaste para elevação de LICENCIADAS PARA
cargas pesadas ou outro veículo de SERVIÇO DE COLETA
carga.
Caminhão ou outro veículo de carga,
Papelão (sacos e caixas de desde que os bags sejam retirados
embalagens dos insumos utilizados fechados para impedir mistura com
durante a obra) e papéis. outros resíduos na carroceria e
dispersão durante o transporte.
Caminhão ou outro veículo de carga,
desde que os bags sejam retirados
sticos (sacaria de embalagens, aparas de
fechados para impedir mistura com
tubulações etc.).
outros resíduos na carroceria e
dispersão durante o transporte.
Caminhão ou outro veículo de carga,
desde que os sacos ou bags sejam
Serragem e EPS (poliestireno retirados fechados para impedir
expandido, exemplo: isopor). mistura com outros resíduos na
OBS- EPS NÃO GERADOS e dispersão durante o transporte.
NESSA OBRA
Caminhão com equipamento
poliguindaste, ou caminhão com
Solos caçamba basculante, sempre coberto
com lona. Telas de fachada e de
proteção Caminhão ou outro veículo
No momento da contratação do transporte, o gerador deverá assinar o Manifesto de
Transporte de Resíduos – MRT, pois este será utilizado para o controle do transporte e da
destinação final dos resíduos. O responsável pelas destinação dos resíduos deve
apresentar as seguintes informações:

- Número de cadastro do transportador;


- Nome ou razão social do transportador;
- CNPJ;
- Endereço completo;
- Características e quantificação dos resíduos sólidos transportados;
- Origem e destino dos resíduos;

5.4 TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL

No tratamento e destinação final dos resíduos é imprescindível a participação


efetiva da Prefeitura que deverá assegurar que os resíduos gerados na obra serão
devidamente encaminhados às áreas indicadas. As empresas ou cooperativas de
reciclagem também deverão se comprometer em destinar os resíduos de Classe B ao seu
destino adequado.

De acordo com a Resolução CONAMA nº 307/02, a destinação dos resíduos deve


ser feita de acordo com suas classificações, mostradas a seguir.

Classe A
Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados
a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a
sua utilização ou reciclagem futura.

Classe B
Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou
reciclagem futura.

Classe C

Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
Classe D
Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.

Os resíduos de natureza mineral, Classe A, devem ser prioritariamente


reutilizados ou reciclados, salvo se inviáveis estas operações, quando devem ser
conduzidos a aterro de resíduos.

O Quadro 9, que pode ser visualizado na página seguinte, apresenta os resíduos


sólidos e o destino ambientalmente correto, segundo a Resolução n. 307 do CONAMA.
Quadro 9. Recomendações para destinação final dos resíduos.

DESTINAÇÃO FINAL E
TIPO DE RESÍDUOS EMPRESA LICENCIADA
TRATAMENTO
Blocos de concreto, blocos
Locais autorizados pela prefeitura,
cerâmicos, argamassas, outros
recolhido por empresas
componentes cerâmicos, concreto,
credenciadas.
tijolos e assemelhados.
Possível destinação para empresas,
cooperativas ou associações de
EPS (poliestireno expandido, por
coleta seletiva que comercializam,
exemplo, isopor).
reciclam ou aproveitam para
EPS – NÃO SERÃO enchimentos.
GERADOS NESSA
OBRA
É possível o aproveitamento pela
Gesso de revestimento indústria gesseira e empresas de
reciclagem.
É possível a reciclagem pelo
Gesso em placas acartuchadas fabricante ou empresas de
reciclagem.
Atividades econômicas que VER ANEXO LISTA DE
possibilitem a reciclagem destes EMPRESAS LICENCIADAS
Madeira resíduos, a reutilização de peças ou PARA SERVIÇO DE
o uso como combustível em fornos COLETA
ou caldeiras.
Empresas, cooperativas ou
ro, aço, fiação revestida, arames, etc). associações de coleta seletiva que
comercializam ou reciclam estes
resíduos.
Empresas, cooperativas ou
apelão (sacos e caixas de embalagens) associações de coleta seletiva que
e papéis. comercializam ou reciclam estes
resíduos.
Empresas, cooperativas ou
s (embalagens, aparas de tubulações, associações de coleta seletiva que
etc). comercializam ou reciclam estes
resíduos.

Resíduos perigosos (embalagens


plásticas e de metal, instrumentos Encaminhar para aterros licenciados
de aplicação como broxas, pincéis, para recepção de resíduos perigosos
trinchas e outros materiais auxiliares (no caso o aterro industrial).
como panos, trapos, estopas etc.).
Reutilização dos resíduos em
superfícies impregnadas com óleo
Serragem para absorção e secagem, produção
de briquetes (geração de energia) ou
outros usos.
Locais autorizados pela prefeitura,
Solo recolhido por empresas
credenciadas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A enorme geração de resíduos nos canteiros de obras e sua destinação


inadequada são as principais causas que contribuem para os impactos negativos
refletidos no meio ambiente e na sociedade dos centros urbanos. Após o surgimento da
Resolução CONAMA 307, em 05 de Julho de 2002, nota-se que o país tem apresentado
um significativo avanço neste sentido, onde aos poucos aumenta o número de regiões
que adotam práticas gerenciais de resíduos a fim de regulamentar a situação dentro do
setor da Construção Civil.

Portanto, com a elaboração e implementação do Plano de Gerenciamento de


Resíduos da Construção Civil (PGRCC), a empresa pretende eliminar ou mitigar todos os
impactos resultantes da geração desses resíduos sólidos, cumprindo rigorosamente,
todos os procedimentos estabelecidos no referido documento.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR

10.004. Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e
a sua saúde. Rio de Janeiro, 2004.

. NBR 15.112. Determina diretrizes para o projeto, implantação e


operação dos resíduos da construção civil e resíduos volumosos em áreas de transbordo e
triagem. Rio de Janeiro, 2004.

. NBR 15.113. Determina diretrizes para o projeto, implantação e


operação dos resíduos da construção civil e resíduos inertes em aterros. Rio de Janeiro,
2004.

. NBR 15.114. Determina diretrizes para o projeto, implantação e


operação dos resíduos da construção civil em áreas de reciclagem. Rio de Janeiro, 2004.

. NBR 15.115. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil


- Execução de camadas de pavimentação. Rio de Janeiro, 2004.

. NBR 15.116. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil


– Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutura. Rio de
Janeiro, 2004.
BRASIL. Lei Federal n° 6.938, de 02 de setembro de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá
outras providencias.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Disponível em: <http://migre.me/8lepR>. Acesso em: 23 mar. 2015.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução n º

307 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil. Diário Oficial, Brasília, 2002.

. Resolução n° 348 – Altera a Resolução CONAMA n° 307/2002, incluindo o


amianto na classe de resíduos perigosos.

. Resolução n° 431 – Altera o art. 3° da Resolução CONAMA n° 307/2002,


estabelecendo nova classificação para o gesso.

. Resolução n° 448 – Altera os arts. 2º, 4°, 5°, 6°, 8°, 9°, 10° e 11° da Resolução
CONAMA n° 307/2002.

KARPINSK, L. A. et. al. Gestão de resíduos da construção civil: uma abordagem prática no
município de Passo Fundo-RS. Estudos Tecnológicos, Passo Fundo, v.4, nº2, p.69-87, 2008.

LORDÊLO, P. M.; EVANGELISTA, P. P. A.; FERRAZ, T. G. A. Programa de

gestão de resíduos em canteiros de obras: método, implantação e resultados. In: Programa de


Gestão de Resíduos da Construção Civil, SENAI/BA, 2006.
OLIVEIRA, E. G.; MENDES, O. Gerenciamento de resíduos da construção civil e
demolição: estudo de caso da resolução 307 do CONAMA. Universidade Católica de Goiás,
Goiânia, 2008.

PREFEITURA MUNICIPAL DO EUSÉBIO. Lei Municipal n° 13.103, de 24 de

Janeiro de 2001. Institui a Política Estadual dos Resíduos Sólidos de acordo com o previsto na
Resolução CONAMA n° 307/2002.

ANEXOS

ANEXO 1: TABELA DE ESTIMATIVA E DESTINAÇÃO FINAL – CASA UNIFAMILIAR

Resíduo Classificação ransporte Acondicionamento azenamento m³/mês Tempo de ransporte Destino


Descartado Interno Interno Acondicionamento Externo
TIJOLOS/ A CARRINHO BAGS CAÇAMBAS 2,1 01 MES Caminhão com ATERRO DE
MATERIAL OU JERICO ESTACIONARIAS equipamento RESIDUOS DE
CERAMICOS poliguindaste CONSTRUÇÃO
CIVIL
ARGAMASSA A CARRINHO BAGS CAÇAMBAS 01 MES Caminhão com ATERRO DE
OU JERICO ESTACIONARIAS 1,2 equipamento RESIDUOS DE
poliguindaste CONSTRUÇÃO
CIVIL
FERRO B CARRINHO BAGS CAÇAMBAS 01 MES Caminhão com
OU JERICO ESTACIONARIAS 0,2 equipamento
poliguindaste RECICLAGEM
MADEIRA B MANUAL FARDOS CAÇAMBAS 01 MES Caminhão com
ESTACIONARIAS 0,35 equipamento ATERRO DE
poliguindaste RESIDUOS
Caminhão com .
equipamento
poliguindaste,
ENCAMINHADOS A
ou caminhão
ÁREAS DE
GESSO B CARRINHO BAGS ARMAZENAMENTO 0,5 01 MES com caçamba
OU JERICO TEMPORÁRIO basculante, RECICLAGEM
sempre coberto
com lona

EMBALAGEM B CARRINHO FARDOS CAÇAMBAS 01 MES Caminhão com


DE PAPELAO OU JERICO ESTACIONARIAS 2,5 equipamento RECICLAGEM
poliguindaste
BALDE B CAÇAMBAS 01 MES Caminhão com
PLASTICO DE MANUAL BAGS ESTACIONARIAS 2,2 equipamento RECICLAGEM
TITA poliguindaste

ANEXO II: Contato para Coleta, Transporte e Destinação Final


de:
LISTA DE CAÇAMBEIROS CADASTRADOS

AUTARQUIA MUNICIPAL DE MEIO


AMBIENTE E CONTROLE URBANO
Autarquia Municipal de Meio Ambiente – AMMA
CNPJ nº 12.056.579/0001-93 - Rua Eduardo Sá, 51 – Centro – CEP.: 61760-000
Fone: (85) 3260.3663 / 32603615 – e-mail:
O II: Licenças das empresas responsáveis pela Coleta, Transporte e

Destinação Final de Resíduos Sólidos

ANEXO III: Croquis com Indicação de Acondicionamento para residuos do tipo A e B

ANEXO IV: Modelo de MLT


ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PGRCC
VINISIUS E. MARROCOS DE ARAGÃO
CAU A – 105821-5

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