Você está na página 1de 11

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC ENGENHARIA CIVIL

MÁRCIO DA SILVA NASCIMENTO

Gerenciamento dos resíduos sólidos da construção civil no


município de Rialma-Go

CERES
ABRIL DE 2022
MÁRCIO DA SILVA NASCIMENTO

Gerenciamento dos resíduos sólidos da construção civil no


município de Rialma

Trabalho apresentado ao Centro Universitário de


Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos para
a avaliação da Prática como Componente
Curricular do Curso Engenharia Civil.

CERES
ABRIL DE 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 4
2.1 Objetivo Geral 4
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
3

1. INTRODUÇÃO

Os resíduos sólidos nos restos das matérias são gerados na ação humana, são
ocasionados devido ao consumo da população, para suprir suas necessidades no
seus níveis domésticos quanto nas indústrias, hospitais, construção civil e entre
outras. A resolução nº 307/2008 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente),
se define na classificação dos resíduos sólidos na construção civil e na adequação
que são divididos em: classe A; resíduos recicláveis, como na agregação dos tijolos,
blocos, telhas, argamassa, concreto, areia e pedra. Classe B; resíduos recicláveis
para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras
e gesso. Classe C; resíduos para quais não foram desenvolvidas e agregados nas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou
recuperação. Classe D; resíduos perigosos como tintas, solventes, óleos e amianto.
Os resíduos são bastante diferenciados no rejeito no lixo, nos resíduos sólidos
os materiais na sua consequência nas atividades humanas que geralmente podem
ser aproveitados na reciclagem no seu aproveitamento e no seu reaproveitamento.
O lixo é oriundo nos trabalhos domésticos e nas indústrias, se considerando
aquilo que não tem utilidade de jogar fora. O rejeito específico que os resíduos sólidos
produzem é considerado para o reaproveitamento e na sua reciclagem nas únicas
possibilidades no aterro sanitário no seu licenciamento ambiental ou na incineração.
Rialma é uma cidade brasileira, situada no estado de Goiás, na região do Vale
do São Patrício, com a população de 10.523 habitantes em 2010, e população
estimada de 11.003 para no ano de 2016¹. A Prefeitura da cidade de Rialma, não
tendo controle quantitativo ou qualitativo sobre os resíduos sólidos procedentes da
construção civil. Os resíduos gerados da construção civil, no município de Rialma, via
de regra, construção e na reforma de moradia, são descartados pela própria
população que os despeja em calçadas e ruas, e posteriormente recolhidos na
limpeza urbana. Observando que, no descarte desses resíduos da cidade, que são
feitos na forma descontrolada, e não há qualquer método do seu tratamento no seu
reaproveitamento dos resíduos sólidos na construção civil.

É necessário que aconteça a mudança de ações da sociedade, principalmente


4
através da gestão pública ecoeficiente. Tendo a comunidade que contribuir para
alcançar resultados para melhoria da qualidade de vida, como prevê o artigo 225 da
constituição de 1988 (TEIXEIRA, 2012, p.13).
As problemáticas ambientais envolvendo a grande geração de resíduos da
construção civil são notórias, bem como as inúmeras interferências no meio
ambiente devido ao acúmulo e destinação inadequada para tal resíduo.
Mesmo diante desse quadro, percebe-se ainda uma tímida reação, tanto por
parte do setor público como do setor privado, no sentido de buscar saídas
eficazes transcrito em mecanismos de absorção desse resíduo como
agregado que possa ser incorporado ou mesmo substituir recursos naturais
em linhas de produção, ou até mesmo no seu retorno para as fontes
geradoras, como insumo (GONZAGA; MENDES, 2008).

A construção civil é um dos setores responsáveis pela devastação do meio


ambiente, em relação a sua enorme geração de resíduos. Ao serem lançados de
maneira insensata no meio ambiente, estes resíduos podem contaminar o solo e a
saúde da população local. Embora os resíduos sólidos emitam uma imagem de
inutilidade e provoquem a degradação ambiental, muitos desses resíduos sólidos,
particularmente os resíduos de classe A, podem ser reaproveitados de diferentes
formas e contribuírem para menor destruição do meio ambiente.

Os resíduos da construção, por si, não representam grandes riscos


ambientais. No entanto, muitas cidades brasileiras sofrem graves impactos
ambientais provocados pela intensa disposição irregular dos resíduos da
construção e demolição (RCD). A partir de 2002 destaca-se, no Brasil, o inicio
do estabelecimento de políticas públicas voltadas para a indução da
implantação de áreas para o manejo sustentável desses resíduos. Essas
áreas foram normatizadas apenas recentemente e os órgãos ambientais
devem se preparar para o seu licenciamento e fiscalização estabelecendo
procedimentos claros para atendimento da demanda crescente por
empreendimentos deste tipo (EDELMA; VASCONCELOS, 2008).

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Compreender o controle quantitativo ou qualitativo dos resíduos sólidos na


5
adequação da construção civil na cidade de Rialma. No entender a importância no
descarte correto dos seus resíduos sólidos e na compreensão dos tipos de resíduos
sólidos e a sua classificação.
6

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a elaboração do trabalho, foi feita uma pesquisa de campo qualitativa,


realizada entre Fevereiro de 2022 e Abril de 2022. No campo de estudo sobre o
tratamento dos resíduos na cidade local, foi feita a análise através de pesquisas
efetuadas em visitas ao lixão, situado a oito quilômetros, no sentido sudeste da cidade
de Rialma. Nas visitas ao local de despejo, realizou-se um levantamento de dados
considerando apenas os resíduos sólidos de classe A, provenientes da construção
civil, embasado em relatórios e imagens, analisando o procedimento utilizado pelos
trabalhadores locais nos processos de despejo, separação e tratamento desses
resíduos. Os dados apurados sobre a geração de resíduos em Rialma e dados através
de visitas ao lixão da cidade, demonstram que atualmente a cidade não exerce total
controle sobre os resíduos que são gerados na mesma. Não há controle de resíduos
da construção civil, bem como não há controle sobre nenhum outro tipo de resíduo,
não existindo no município coleta seletiva até o presente momento.
Não há tratamento dos resíduos sólidos oriundos da construção civil,
especificamente dos resíduos sólidos de classe A, no aterro da cidade não há as
precauções devidas e os resíduos são lançados no solo a céu aberto.

Figura 01: Figura 1: Resíduos descartados inadequadamente no município de


Rialma-Go. Autoria própria.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos-PNRS no seu artigo 3º da Lei


12.305/2010 define o descarte final ambientalmente correto dos resíduos como:
7
“distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a
minimizar os impactos ambientais adversos”. Porém, o conceito de como deve ser o
descarte final dos entulhos da construção civil na maioria das cidades do interior de
Goiás, especificamente na cidade de Rialma, ainda é um processo inexistente até
agora, existindo um consórcio intermunicipal entre as cidades circunvizinhas de
Ceres, Rialma, Ipiranga de Goiás, Rianápolis, Rubiataba, Nova Glória, Nova América
e São Patrício que fazem parte da microrregião de Rubiataba. Os resíduos da
construção são separados pelos próprios geradores dos resíduos e são colocados em
calçadas e ruas para que as caçambas posteriormente recolham os detritos, não há a
separação adequada dos resíduos, que acarreta a mistura de resíduos orgânicos com
os resíduos sólidos da construção.
A mistura dos resíduos sólidos da construção civil com resíduos orgânicos é
perceptível no aterro sanitário, ilustrado nas figuras 1 e 2. Em função de não haver
tratamento dos resíduos, há crescente acúmulo dos mesmos no aterro.

Figura 2: Lixão municipal de Rialma-Go em Abril de 2022 autoria própria.


8

Figura 3: Lixão municipal de Rialma-Go em Abril de 2022 autoria própria.

Apesar de no momento não haver o total controle da prefeitura de Rialma


sobre os resíduos gerados na cidade, há um planejamento que já está em andamento
para o controle dos resíduos orgânicos, esse planejamento é um consorcio entre
alguns municípios vizinhos, para que realizem melhor toda a situação de geração de
resíduos. Os resíduos sólidos provenientes da construção civil no município de Rialma
precisam ser tratados e manejados de forma correta, como prevê a PNRS, o que trata
as vantagens, uma vez que estes resíduos poderão ser classificados e separados de
acordo com a sua importância, havendo a reutilização, a recuperação e a reciclagem
destes, logo o consórcio intermunicipal que se formou, terá grande relevância porque
os resíduos orgânicos e outros resíduos sólidos serão devidamente, separados e
tratados.
Desde as primeiras gestões do município, constata-se um descaso histórico
quanto à degradação do meio ambiente. Inicialmente os resíduos eram descartados
em um antigo lixão, situado no quilômetro dois da GO-480, que liga Rialma à Santa
Isabel.
No ano de 2010 foi requerida pela Câmara municipal de Rialma, a implantação
de um aterro sanitário na cidade, pois com o crescimento da cidade o antigo lixão
estava localizado muito próximo à cidade, assim prejudicando a população.
9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na cidade de Rialma há um grande descaso com a geração de resíduos


oriundos da construção civil, por serem descartados de forma inadequada. Os
métodos de gestão dos resíduos sólidos ainda são precários na cidade.
Constatou-se que atualmente a cidade tem grandes dificuldades no controle de
resíduos sólidos da construção civil devido o descaso de como são tratados, pois não
há quaisquer previsões de um possível tratamento, o que pode se tornar um futuro
problema ambiental para a população da cidade.
A alternativa de reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil é uma forma
sustentável que gera economia, proteção ambiental e desenvolvimento social
10

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Lei n° 12350, de 20 de Dezembro de 2010. Lei de Política Nacional de


Resíduos Sólidos.
EDELMA; VASCONCELOS. Reaproveitamento de entulhos de concreto na
construção de casas populares. Encontro Nacional de Engenharia da Produção. Rio
de Janeiro, 13 a 16 de outubro de 2008.
GONZAGA, Edielton de Oliveira; MENDES, Osmar. Gerenciamento de resíduos da
construção civil e demolição: Estudo de caso da resolução 307do CONAMA. Goiânia,
Junho de 2008.
Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.
Resolução nº 307, 5 de Julho de 2002.
TEIXEIRA, Rosanne de Araújo. Alternativas do uso sustentável da madeira na
construção civil. Especialize. Manaus, 2012.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. Disponível em:
<http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=521860>. Acesso em:
03 de abril de 2022.

Você também pode gostar