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APLICABILIDADE DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E

DEMOLIÇÃO NO ÂMBITO DA PAVIMENTAÇÃO

Anna Letícia de Azevedo¹ – UNITOLEDO


Aline Botini Tavares Bertequini² – UNITOLEDO

RESUMO
A construção civil atualmente é responsável pela maior parte da geração de resíduos
sólidos, dispostos na maioria das vezes, de maneira irregular e degradante. Tais
insumos, conhecidos como resíduos de construção e demolição (RCD) possuem
potencial elevado para serem reaproveitados, enfatizando também que, é de extrema
importância a conscientização da sociedade rumo ao desenvolvimento sustentável para a
perduração da humanidade e meio ambiente. A alternativa abordada em estudo viabiliza
o RCD empregado em camadas de pavimentos, após ser beneficiado pela reciclagem,
ressaltando a versatilidade da aplicação dos agregados, os impactos econômicos, bem
como sua capacidade técnica e efetiva em diversas situações reais e teóricas,
consolidando o agregado como uma escolha eficaz no âmbito da pavimentação.

Palavras-chave: Pavimentação; RCD; Reciclagem; Resíduos; Sustentabilidade.

ABSTRACT
Civil construction is currently responsible for most of the solid waste generation, most
of the time, in an irregular and degrading way. These inputs, known as waste
construction and demolition (RCD), have a high potential for reuse, emphasizing also
that, it is extremely important to raise awareness of society towards sustainable
development for the survival of humanity and the environment. The approached
alternative in the study, enables the RCD used in layers of pavements, after being
benefited by recycling, emphasizing the versatility of the application of aggregates, the
economic impacts, as well as their technical and effective capacity in diverse real and
theoretical situations, consolidating the aggregate as an effective choice in the area of
paving.

Keywords: Paving; RCD; Recycling; Waste; Sustainability.

1. INTRODUÇÃO
No momento atual, é comum a inferência da globalização nos hábitos da
população mundial, onde Souza e Oliveira (2016) evidenciam o improvável diálogo
sobre assuntos como economia, política, tecnologia e sociedade, sem mencionar
aspectos provenientes da multinacionalização, resultando em inúmeras mudanças

1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2018).


2 Mestre em Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais – UNESP (2008) e docente no Centro
Universitário Toledo.
culturais e sociais de um Estado. Dentre os benefícios científicos e tecnológicos obtidos
com o progresso de grandes áreas, a assolação do meio ambiente surge como um fator
preocupante atrelado ao consumo desenfreado, produção em larga escala, a
insustentabilidade quanto à exploração dos recursos ambientais finitos e a má
destinação dos dejetos advindos da indústria.

Apesar da atual recessão no mercado da construção civil nacional, desencadeada


por escândalos políticos envolvendo grandes construtoras atuantes no setor junto à
economia impactada pela crise que aflige o país, o segmento industrial é
reconhecidamente impulsionado pela globalização, consolidando-se segundo Santos et
al. (2012) como um dos pilares no desenvolvimento econômico e social. Entretanto,
quando se analisam os impactos ambientais resultantes de tal industrialização, o
desempenho não é satisfatório.

Conforme Marques Neto (2009) sintetiza, os resíduos da construção civil são


pauta de diversas discussões no Brasil por apresentarem índices alarmantes.
Complementarmente, Mesquita (2012) deduz que o montante dos resíduos produzidos
pela construção civil corresponde a cerca de 41% a 70% de todo o aglomerado de
resíduos sólidos urbano. O município de São Paulo, como exemplo, sofre alterações
intensas diariamente, alcançando níveis significantes de formação de destroços
construtivos. O valor calculado gira em torno de 16.000 toneladas de materiais de
construção e demolição a serem exclusos diariamente, estimando ainda, uma produção
para cada indivíduo de 0,50 toneladas ao ano (SCHNEIDER, 2003).

O grande problema com a imensa geração de entulhos é a má destinação dos


mesmos e a consequente disposição irregular, sendo vistos como agente inoportuno ao
desenvolvimento urbano, acarretando em diversos inconvenientes para toda a sociedade,
como danos diretos a saúde pública, geração de enchentes, contaminação de cursos
d’água e solo, obstrução das vias de drenagem urbanas, além de várias complicações e
gastos aos cofres públicos com os estragos decorridos pelos motivos sobreditos.

Devido à amplitude do problema, o Governo Federal desenvolveu através do


Ministério do Meio Ambiente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, conforme Lei nº
12.305/2010, a qual institui meios para prevenir, reduzir e estabelecer boas práticas
quanto ao tratamento dos resíduos sólidos, onde a reciclagem, especialmente no âmbito
da construção civil, está se tornando indispensável para alcançar a sustentabilidade,

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minimizar o montante de dejetos a serem descartados, além de motivar a economia
nacional.

O desenvolvimento das finanças nacionais se compõe de inúmeros fatores, não


se fundamentando apenas em obras, podendo-se concluir junto a Rodrigues e
Colmenero (2009), que as rodovias brasileiras por meio dos meios de transportes que a
utilizam, por exemplo, influenciam em cerca de 60% no escoamento de cargas,
importante agente econômico. Salienta-se também, como é perceptível no sistema
rodoviário, dificuldades devido à falta de infraestrutura que acomete o cenário, sendo
um grande desafio que interfere no desenvolvimento econômico do país, a manutenção
das mesmas.

Segundo Bernucci et al. (2006a), em pesquisa elaborada pela Companhia


Nacional de Trânsito, publicada no ano de 2004, o conjunto rodoviário brasileiro é
considerado insatisfatório aos usuários em quesitos como desempenho, quanto à
segurança e à economia. É dado ainda da análise realizada, que a qualidade do
pavimento possui avaliação estabilizada em aproximadamente 55% compreendendo as
qualidades regular, ruim e péssimo. Evidenciando a importância econômica deste
segmento para o Brasil, há estimativas da Associação Nacional dos Usuários de
Transporte, de que os cofres públicos perdem cerca de US$ 5 bilhões por ano com a
precariedade, principalmente das estradas.

Visto que o profissional de Engenharia Civil está relacionado diretamente aos


campos de trabalhos acima mencionados, ou seja, construção civil e estradas,
entendendo ainda a importância de ambos no cenário econômico nacional e tendo
conhecimento da proeminente degradação ambiental, sendo esta irrefutável e
preocupante, o presente trabalho visa realizar uma revisão conceitual acerca da
utilização de resíduos da construção civil como parte da pavimentação, analisando seu
desempenho sustentável, econômico e técnico no âmbito de sua utilização.

2. DESENVOLVIMENTO
A crescente demanda na melhoria da qualidade de vida, notável nos grandes
centros, devido a esses apresentarem consideráveis índices de poluição acima do
tolerável, contribui evidentemente para novos comportamentos e ações empresariais e
governamentais em busca de instaurar novos hábitos.

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Tal conscientização ambiental possui como importante medida adotada, a
reciclagem dos resíduos de construção e demolição, agente econômico, social e
sustentável importante no cenário atual brasileiro. Entretanto, é necessário
aprofundar-se e ter o máximo de conhecimento a respeito do tema, visando implementar
e contribuir para atividades progressistas no que tange a benefícios ambientais.

2.1. O Resíduo Sólido


O Resíduo Sólido possui importante papel na degradação do meio ambiente
quando destinado de forma indevida. Para melhor compreensão do tema, a Lei 12.305
de 2010 - no art. 3º, o conceitua como:
(“...)” material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se
está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviável em face da melhor tecnologia
disponível”.

Dentre inúmeras atividades que o tema engloba, destaca-se a importante


cooperação que os Resíduos da Construção e Demolição (RCD) desempenham para a
classe, onde Pinto (2001) informa que aproximadamente 41% a 70% dos Resíduos
Sólidos Urbanos, são provenientes da construção civil, mais especificamente, RCD.

2.1.1. O Resíduo Sólido na Construção Civil

Oliveira e Mendes (2008) ressaltam que a prática atual da construção civil, gera
uma grande quantidade de entulho, sendo evidente o desperdício irracional de material.
Ainda mais preocupante, é a não realização da segregação dos mesmos, que vão para
descartes de forma indiferente. A fim de combater tal prática, a política e
conscientização sustentável por meio da reciclagem desses resíduos de construção e
demolição, surgem como solução interessante ao problema.

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O RCD, segundo Trichês e Kryckyj (1999) depois de reciclado pode ser
utilizado em inúmeras atividades nas mais diferentes aplicações, sendo exemplos destas:
a confecção de elementos pré-moldados e a execução de camadas em estruturas de
pavimentos, dentre outras várias. Complementarmente, Hendriks e Janssen (2011)
enfatizam que a Holanda, é um exemplo claro desta reutilização, em que cerca dos 85%
de resíduos provenientes da construção civil, são submetidos a processos que conferem
capacidades de reintegração industrial e são utilizados principalmente nas duas
finalidades acima citadas.

Sendo reconhecida a importância do reaproveitamento desses resíduos, o


Conama, através da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, estabelece meios a serem
considerados pelos agentes envolvidos na gestão do RCD, que visam minimizar os
impactos ambientais e concretizar políticas efetivas para os mais variados locais,
contribuindo na elaboração de um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos de
Construção e Demolição (PIGRCD). A reciclagem dos materiais oriundos da prática
construtiva deve se atentar a classificação instituída pelas resoluções do Conama nº 307
e nº 431, de 24 de maio de 2011, que tratam das classes e destinação conforme
classificação, detalhados nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1: Classificação dos resíduos conforme Conama nº 307 e nº 431.

Classes Descrição

A Resíduos recicláveis como: agregados, tijolos, blocos, telhas, concreto, argamassa,


areia e pedra.

B Resíduos recicláveis da categoria de: plásticos, papel, papelão, metais, vidros,


madeiras e gesso.

C Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações


economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou recuperação.

D Resíduos perigosos como: tintas, solventes, óleos e amianto (contaminados).

Fonte: Tessaro, Sá e Scremin (2012).

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Tabela 2: Destinação de resíduos provenientes da construção civil.

Classes Destinação

Reutilização ou reciclagem na forma de agregados, ou encaminhar às áreas de


A aterros de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir sua
utilização ou reciclagem futura.

B Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados às áreas de armazenamento


temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura.

C Armazenamento, transporte e destinação conforme normas técnicas específicas.

D Armazenamento, transporte e reutilização conforme normas técnicas específicas.

Fonte: Tessaro, Sá e Scremin (2012).

Com relação à coleta e à disposição final dos resíduos, esses são procedimentos
de extrema importância, pois quando não realizados de maneira correta, produzem
impactos ambientais significativos, ocasionando desequilíbrio ao meio ambiente
(TAUK, 2003). Os efeitos causados à sociedade influenciam diretamente na higiene e
saneamento urbano. Os resultados são amplos volumes de dejetos sem tratamento,
abrigando criadouros de animais e insetos, como ratos, mosquitos, moscas e pulgas, que
propagam uma série de doenças, além de causarem a obstrução da drenagem urbana,
degradação de mananciais, a poluição de vias públicas e a contaminação do solo e água,
ou seja, afetam a ordem ambiental, social e financeira.

A crescente produção dos resíduos é motivo de preocupação, visto que os


impactos causados ao meio ambiente ocorrem em todos os estágios, desde a ocupação
de terras e extração da matéria-prima até a demolição e descartes, onde se encontra a
falta de áreas adequadas para a disposição final dos mesmos e apresentam custos de
gerenciamento elevados. Como mostra Brasil (2002), 78% dos municípios brasileiros
destinam para a gestão de seus resíduos, menos de 5% dos recursos. Exemplificando em
números, para se recolher 1 m³ de RCD, Marques Neto (2009) ressalta que os valores
relacionados a coleta do mesmo no interior paulista, em cidades como Vitória Brasil,
São José do Rio Preto e Catanduva, giram em torno de R$ 13,30 a R$ 26,67.

Ao analisar o montante produzido nacionalmente, observa-se que o problema


necessita de medidas efetivas e justifica-se a atuação da reciclagem no País, pois
segundo a Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - ABRELPE
(2013) constata-se que o Brasil gerou mais de 42 milhões de toneladas em RCD apenas

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no ano da pesquisa, representando o crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior.
Informa-se ainda que é necessário considerar que os valores obtidos, desconsideram os
volumes dos resíduos que são descartados sem controle.

2.2. O Pavimento
De forma técnica, Bernucci et al. (2006a) definem o pavimento como uma
estrutura formada por múltiplas camadas, edificada acima de uma superfície final da
terraplenagem, sendo essas com espessuras finitas. Sua finalidade é de resistir às cargas
provenientes do tráfego de veículos e do clima, de forma técnica e econômica,
possibilitando aos usuários conforto, economia e segurança na sua utilização.

O pavimento possui diversos itens que influenciam na determinação do seu tipo


como, quanto a sua destinação, aspectos locais geotécnicos e disponibilidade
orçamentária, podendo classificá-lo segundo Huang (2003), como rígidos, flexíveis e
semirrígidos. Uma seção transversal típica de pavimento que compõe todas as camadas
está ilustrada na Figura 1.

Figura 1: Seção transversal típica de pavimentos.


Fonte: Confederação Nacional do Transporte - CNT (2017).

Com relação às camadas destacadas acima, o Departamento Nacional de


Infraestrutura de Transportes - DNIT (2006) as conceitua como:

 Subleito – é o solo onde se apoiam as demais camadas do pavimento.

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 Regularização – uma camada a fim de conferir nivelamento ao subleito adequando-
o transversal e longitudinalmente, apenas quando necessário, ou seja, não se trata
de uma camada sempre presente nas pavimentações.
 Reforço do Subleito – Com qualidade de material superior ao do subleito e
complementando a sub-base, o mesmo possui como função auxiliar a resistir as
cargas verticais e distribuí-las. Apresenta espessura constante e é aplicado em
circunstâncias técnico-econômicas.
 Sub-base – Similar às funções do reforço do subleito, a mesma complementa a base
quando esta for muito espessa, distribui e resisti aos esforços sobreditos. Quando
exigida, pode ser importante no controle de capilaridade e infiltração.
 Base – Extremamente importante, visto que é a camada designada quanto a resistir
e distribuir os esforços verticais proveniente do tráfego, e a mesma suporta a
aplicação em sua superfície do revestimento.
 Revestimento – Recebe diretamente as cargas do tráfego, sendo de extrema
importância sua capacidade de resistir desgastes e impermeabilidade, pois tem
como objetivo principal a melhoria das condições de rolamento quanto a conforto e
segurança.

Os impactos financeiros do pavimento, segundo Paixão, Cordeiro e Correia


(2017) variam com base na qualidade do mesmo, deixando claro que ao apoucar a
conservação deste, há riscos notáveis de prejuízos governamentais e também aos
usuários. A execução das vias necessariamente deve garantir a eficácia a longo prazo
sem acréscimo de custos absurdos.

Segundo Ricci (2007), o impacto das condições degradante das vias, resulta no
acréscimo de 57% no consumo de combustível, 37% com relação aos custos de
operações e chegam a 50% nos acidentes.

Com a necessidade dos reparos constantes na pavimentação, nota-se junto a


Almeida et al. (2018) um consumo significante de matéria-prima natural, contudo, o
avanço das legislações ambientais quanto a tal exploração, apresenta restrições que
resultam em escassez e custos elevados na aquisição destes bens, refletindo
significantemente no setor de pavimentação viária. Devido a estes fatos, verifica-se a
busca por meios viáveis quanto à substituição dos recursos naturais por alternativos
correspondentes, instaurando assim, práticas sustentáveis como a 3R (Reusar, Reduzir e

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Reciclar). Apresenta-se, portanto, os resíduos da construção civil empregados na
pavimentação.

2.3. O RCD na Pavimentação


Os resíduos da construção civil, quando engajados no ramo da pavimentação,
possuem aplicabilidades distintas, onde segundo CNT (2017), podem ser utilizados
compondo as camadas de reforço, base, sub-base, além de compor os concretos
compactados com rolos.

Além da Resolução Conama nº 307, já mencionada anteriormente, que dispõe


sobre classificação e disposição destes materiais, outras normas devem ser destacadas,
pois regem tecnicamente a prática de utilização destes resíduos no âmbito em estudo,
como por exemplo, as NBR 15115:2004 e 15116:2004.

Vale ressaltar que comumente serão encontrados esses materiais aplicados em


forma de agregados, especificado na NBR 15115:2004, como “Material granular, obtido
por britagem ou beneficiamento mecânico, de resíduos da construção civil classificados
como resíduo de construção classe “A”. ” Apesar de subentendido, a norma ainda
ressalta que com relação aos materiais a serem utilizados, deve ser dispensado a
participação de madeiras, vidros, plásticos, gessos, forros, tubulações, fiações elétricas,
além de papéis, materiais orgânicos ou não inertes, já classificados na Tabela 1, como
pertencentes as classes “B”, “C” e “D”.
Devido a possíveis degradações advindas com o tempo e possíveis riscos de
contaminação dos agregados, as capacidades físicas e mecânicas dos mesmos devem ser
estudadas, verificando ainda por Leite (2007) a nobreza de tais materiais, pois quando
em estado de excelência, apresentam resultados positivos quanto à resistência e baixa
expansão, após ensaios laboratoriais realizados. A utilização desses deve seguir os
requisitos gerais e os específicos, contidos respectivamente nas Tabelas 3 e 4, conforme
a NBR 15116:2004.

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Tabela 3: Premissas gerais para aplicação do agregado reciclado na pavimentação.

Fonte: Adaptado da NBR 15116:2004.

Tabela 4: Premissas específicas para aplicação do agregado reciclado na pavimentação.

Expansibilidade
Aplicação ISC (CBR) % Energia de compactação
%

Material para execução de


≥ 12 ≤ 1,0 Normal
reforço de subleito

Material para execução de


revestimento primário e ≥ 20 ≤ 1,0 Intermediária
sub-base
Material para execução de Intermediária ou
≥ 60 ≤ 0,5
base de pavimento modificada

Fonte: NBR 15116:2004.

A Tabela 4 aborda critérios para que se defina a aplicabilidade ideal do


agregado, sendo esse categorizado segundo parâmetros de capacidade de suporte
expansibilidade, conforme metodologia prevista na NBR 9895:2016, contudo, caso o

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material in natura, não atinja a capacidade ideal para sua aplicação, pode-se realizar
uma estabilização granulométrica através da adição de cimento Portland ou cal
hidratada, disposto em norma NBR 15115:2004.

Quanto ao uso dos RCDs em obras de pavimentação, Almeida et al. (2018)


salientam que tal empregabilidade depende muito do volume ofertado pelas cidades,
consequentemente da coleta dos mesmos, entretanto, como sobredito no presente
trabalho, o volume de material produzido nacionalmente é dantesco, não sendo
problema à falta deste para trabalho. A veracidade do fato pode ser verificada a seguir,
com a apresentação de exemplos que utilizaram desta tecnologia.

2.4. Empregos de agregados reciclados de RCD em pavimentação


O nordeste do Brasil foi objeto de estudo quanto à aplicação de RCD na
pavimentação na Região Metropolitana de Fortaleza – CE, por meio de Silva; Silva e
Barroso (2008). O solo local, quando analisado, apresentou resultados insatisfatórios
para ser aplicado no ramo em questão, com características de CBR inferior ao mínimo
exigido e limites de consistência (Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade)
extremamente elevados.

Visto a inviabilidade do solo puro como agente estrutural das vias, decidiu-se
verificar a estabilização da terra regional com adição de RCD em duas categorias,
graúdo e miúdo. Ensaiado a mistura dos três produtos, identificou-se o atendimento aos
quesitos necessários, ou seja, a viabilidade técnica para o uso em camadas de base e
sub-base de pavimentos de baixo volume de tráfego.

Na região Centro-Oeste do país, mais especificamente, na cidade de Campo


Verde – MT, Amorim (2013) desenvolveu um estudo analisando a viabilidade técnica
econômica da empregabilidade de RCD - proveniente de um lixão a céu aberto - na
camada de base de pavimentação, sendo parte de uma mistura com um solo laterítico
típico do local. Como parte do estudo desenvolveu-se uma pista para testes, podendo
verificar o comportamento mecânico e a funcionalidade do mesmo.

Levando em conta a capacidade de produção de resíduos no município, adotou-


se, portanto, a proporção de 25% de RCD + 75% de solo local puro, constatando por
meio de testes, resultados satisfatórios quanto à melhoria na resistência à compressão

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simples, na promoção de uma maior estabilidade do material, elevando assim o módulo
de resiliência em cerca de 50 MPa, dispensando, portanto, a execução das camadas de
reforço do subleito e da sub-base, devido à excelente qualidade do material obtido.

Substancializado nas análises anteriormente mencionadas, junto à análise


econômica realizada, nota-se a viabilidade do uso do RCD no campo em estudo, sendo
enfatizada ainda a elevada potencialidade deste material para uso em obras de
pavimentação.

Dentre inúmeras polêmicas quanto à viabilidade econômica e social do Brasil


sediar a Copa do Mundo de 2014, Gómez (2011) decidiu realizar um estudo
aproveitando os resíduos da demolição do Estádio “Mané Garrincha”, na cidade de
Brasília-DF, como materiais de construção para obras viárias, objetivamente em
camadas de base, levando-se em conta as propriedades mecânicas, físicas e químicas do
mesmo.

Dentre os estudos realizados, vale destacar que o material possui valores obtidos
no ensaio de CBR superiores a 60%, sendo assim, classificado como empregabilidade
satisfatória para vias com baixo tráfego, conforme a NBR 15115:2004. Comprovando
ainda a prosperidade da tese de Gómez (2011), Loturco (2014) noticia a destinação dos
resíduos provenientes da demolição do estádio de futebol em análise, para fins de
pavimentação de vias.

Exemplos da região Sudeste, mostram o quão importante é tal pesquisa para a


realidade do país, pois segundo Grubba (2009), na cidade de Belo Horizonte – MG, a
prefeitura local utiliza o RCD para fins de pavimentação desde 1996, salientando que
deste ano até 2001, implantou-se ou reconstruiu-se 271 vias, totalizando a melhoria de
400 km e 137.000 toneladas de resíduos da construção civil empregados.

Em vistoria à qualidade do pavimento local, os engenheiros responsáveis


realizaram a abertura seções para verificar as propriedades do pavimento, sendo
analisada a superioridade quanto à coesão das camadas onde foi implantado o RCD,
quando comparadas à utilização dos agregados naturais em mesmo âmbito (PINTO,
1999).

O município de Uberlândia, também em Minas Gerais, possui seu primeiro


projeto executado com RCD aplicado no ramo da pavimentação em julho de 2003,

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sendo este uma estrada de acesso a uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) local,
com dimensão de 1,6 km, 8 metros de largura e sem acostamento, sendo a base dessa
composta do material reciclado, segundo Moreira, Dias e Rezende (2006).

A escolha do material a ser utilizado na via, segundo Bernucci et al. (2006b) foi
baseada no desempenho do RCD e da brita graduada natural quando realizado o ensaio
de CBR, que mostrou em seus resultados similaridade entre os valores, optando-se
então, pela viabilidade de utilizar-se os recursos da reciclagem.

Torna-se ainda mais satisfatório tal escolha, quando Moreira, Dias e Rezende
(2006) mencionam que é realizado o monitoramento dessa obra frequentemente, e até o
ano do relato nenhum problema estrutural do pavimento foi constatado nesta via, que é
utilizada diariamente pelo tráfego de três usinas de asfalto, pelos veículos que acessam
dois britadores nas imediações, além dos caminhões que transportam os dejetos
domésticos da cidade.

Na cidade de São Paulo – SP, Leite et al. (2006) relatam um projeto


extremamente importante no meio acadêmico, visto que a Universidade de São Paulo
(USP), por meio do grupo de trabalho laboratorial da instituição, na fase de expansão e
construção de seu Campus Leste, optou por adotar soluções inovadoras em seu
pavimento, sendo utilizado o RCD nas camadas de base e sub-base do mesmo, com 10 e
15 cm respectivamente.

A obra contempla 3.000 mil metros de extensão e estima-se a utilização de


aproximadamente 20 mil toneladas de agregado. O estudo ainda evidencia que durante a
fase de implantação, avaliaram-se os parâmetros executivos, tecnológicos e de deflexão
do pavimento, constatando como assertiva a solução estrutural proposta para o trecho.

A Prefeitura da capital Paulista fomenta o uso de agregados reciclados da


construção civil na edificação de camadas de pavimentos de inúmeras formas, onde em
2006, um decreto dispõe que ao contratarem-se obras e serviços de pavimentação em
vias públicas, preferencialmente deve-se contemplar o emprego de agregados reciclados
e logo em julho do ano subsequente, tornou-se obrigatório projeto prevendo materiais
reciclados, em casos que há viabilidade técnica (Prefeitura do Município de São Paulo -
PMSP, 2008).

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Merece destaque também, o estudo de caso realizado quanto ao Parque
Tecnológico localizado na Ilha do Fundão, na cidade do Rio de Janeiro, por meio de
Correia (2014), com área de pavimento de 12.772 m² a ser realizado o emprego de RCD
proveniente da demolição do Hospital Universitário do Fundão nas camadas de base e
sub-base, análise em especial dos aspectos econômicos da obra.

O autor do estudo, realiza a comparação de custos com base nos dados do


sistema de custos da empresa de obras públicas do Governo Estadual e uma Pedreira a
cerca de 25 km da obra, para fins de orçamento, consolidando os valores abordados na
Tabela 5.

Tabela 5: Comparativo de custo entre projeto convencional e RCD.

Material Brita Corrida Pó de pedra Transporte Total


Convencional R$ 104.870,90 R$ 99.717,39 R$ 56.206,89 R$ 260.795,18
RCD R$ 63.860,00 R$ 63.860,00 R$ 12.040,37 R$ 139.760,37
Diferença R$ 41.010,90 R$ 35.857,39 R$ 44.166,52 R$ 121.034,81

Fonte: Correia (2014).

Como pode-se verificar, há grande diferença entre as alternativas relacionadas,


sendo efetivo a economia de 53,59% quando opta-se pelo material reciclado, levando
em conta a distância da origem do material até o local da obra, sendo que o RCD
encontra-se apenas a 4 km de distância.

A região Sul do país contribui ao presente trabalho, através de um estudo


desenvolvido por Langer (2017), na cidade de Arapoti - PR. A pesquisa aborda as
vantagens do uso do RCD na pavimentação e sua capacidade funcional, através da
implantação em trechos de estrada florestais, municipais e estaduais da zona rural, além
de ser aplicado em trevos de acesso, saídas de maquinários, levantamento da base de
estradas e outras estruturas de rodagem.

O monitoramento desempenhado nas obras constatou ganhos significativos,


visto que houve reaproveitamento dos resíduos, prolongando seu ciclo de vida,
consequentemente, respeitando os ideais de sustentabilidade, Política Nacional dos
Resíduos Sólidos (PNRS) e a economia circular, elenca-se também a redução dos custos
operacionais e redução de contaminação ambiental.

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Quanto à compatibilidade técnica dos agregados, observa-se que esses obtiveram
desempenho satisfatório, pois a camada de cobertura pode-se considerar resistente e
adequada ao volume e carga de trafegabilidade que esta recebe, onde após um ano de
fluxo viário por meio de veículos de passeio e cargas pesadas, não sofreu alterações
físicas por meio destes, nem através de intempéries climáticas.

Outro exemplo vital para o entendimento do assunto trata-se de um


dimensionamento realizado para vias de intenso volume de tráfego na cidade de
Joinville-SC, onde a composição a ser empregada, trata-se de misturas de solo e
agregado RCD, verificando-se os impactos econômicos e de eficiência quando
comparadas ao modelo usual na cidade, segundo Santos et al. (2015).

O presente dimensionamento analisa as propriedades dos materiais solo e RCD


separadamente, constatando que por meio do ensaio de CBR, quando em umidade
ótima, o agregado reciclado possui elevada resistência à penetração com 101,45%,
entretanto, o índice averiguado do solo puro consiste em 9,87%, sendo este menor que o
mínimo necessário a ser utilizado na área rodoviária. Propõe-se como alternativa, a
estabilização do solo junto ao agregado RCD, sendo resultados do ensaio de CBR,
32,37% e 45,65%, para duas misturas ensaiadas, estando ambas aptas na aplicação de
sub-base do pavimento.

Quanto à utilização para a camada de base, é observável ainda no estudo que


para tráfego intenso, o CBR ≥ 80%, dessa forma, as misturas ensaiadas anteriormente e
o solo quando analisado de forma pura, não são qualificados para tal aplicação, contudo,
é notável que o RCD, com 101,45% de resultado, condiz com a regra imposta. Em
geral, os resultados do estudo, caracterizam a alternativa de uso do agregado reciclado,
como fonte econômica e tecnicamente viável para o contexto rodoviário, a ser
empregado em camadas nobre do pavimento.

O estudo deste material para a mesma finalidade, também é realidade em outros


países, onde segundo O’mahony e Milligan (1991), pesquisas no Reino Unido
aprofundaram-se em novas alternativas para o ramo de pavimentação local, sendo
realizadas comparações e ensaios entre o material comumente utilizado (brita calcária) e
o RCD britado. Conclui-se através dos valores obtidos, a semelhança entre os índices
alcançados por ambos os materiais quanto ao ensaio de CBR, sendo estas superiores a
30%, limite estipulado para o Reino Unido.

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O Federal Highway Administration contempla que, a partir de 1997, ao menos
20 estados norte-americanos, começaram a utilizar agregados reciclados do concreto na
composição de pavimentos, observando resultados satisfatórios, segundo Leite (2007).
Dentre os 20 estados citados anteriormente, destaca-se a Flórida, visto que Chini
et al. (2001) mencionam que a University of Central Florida, no ano 2000, edificou uma
pista experimental para avaliar o emprego do RCD nas camadas de base e sub-base no
pavimento desta. O teste foi composto de 363.000 repetições, a uma carga padrão, com
monitoramento total, observando ao final do procedimento, a excelência do resultado,
visto que não ocorreu ruptura da estrutura, tão pouco trincas ou fissuras devido à fadiga
imposta sobre o pavimento.

3. CONCLUSÃO
O crescimento da geração de RCD é notório em todo território brasileiro. Quanto
a isso, não há dubiedade, entretanto, quando o descarte desses é realizado de maneira
incorreta, pode-se acarretar inúmeras consequências ao meio ambiente. Sendo assim,
manifesta-se a proposta de reciclar tais insumos como parte de pavimentos de vias.

O presente estudo elenca dados técnicos que mostram resultados satisfatórios


nas obras e estudos que utilizaram o agregado, sendo esse agente principal da seção na
qual foi aplicado ou como membro estabilizador em misturas convenientes ao cenário,
ocasionando relatos sobre o assunto em diversos estados do País e no exterior, locais
que fazem da empregabilidade de RCD, no contexto da pavimentação, realidade.

Acentua-se que além dos benefícios ambientais obtidos, afinal a


empregabilidade deste material estimula o uso racional dos recursos naturais e redução
da extração dos mesmos, a viabilidade econômica eleva-se como um fator significativo,
por ser um material de baixo custo em vista dos convencionais, ainda quando se
considera que o RCD não possui perdas ligadas à sua resistência.

Com o desenvolvimento deste trabalho, pode-se concluir que os resíduos


provenientes da construção civil é a maior parte dos resíduos sólidos gerados na
sociedade, salientando que argumentar a ausência de matéria-prima para o
desenvolvimento sustentável da área é um equívoco, conferindo ainda propriedades
semelhantes aos agregados naturais, reduzindo os impactos ambientais, além de

16
apresentar aspectos econômicos satisfatórios e ser eficaz para uma pavimentação
ecológica e resistente.

4. REFERÊNCIAS
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