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Instalações Elétricas

Previsão de Carga Especiais– NBR-5410


Cargas Especiais?
Em geral, são cargas de uso comum em um edifício. Cabe ao projetista
prever a potência solicitada por elas, sendo esta potência normalmente
definida pelos fornecedores especializados. Exemplos:

Elevador Portão Garagem Bomba de água


Previsão de Carga Especiais– NBR-5410

Exemplo (Potência Cargas Especiais Prédio):

Unidades:
Condicionadores de Ar
A seguir será apresentado um processo simplificado para a realização de uma
análise quantitativa desse tipo de instalação.

O que é preciso?
Determinar a carga térmica do local a ser condicionado e em função
disso escolher o aparelho conveniente(fabricante).

1) Primeira Etapa:
Determine o volume do recinto e multiplique este valor pela quantidade de
kcal/h para cada m³, indicado pela Tabela 3.2.
Condicionadores de Ar

2) Segunda Etapa:
Determine a área da(s) janela(s);
Some a área de todas as janelas situadas na mesma parede;
Verifique se possui(em) cortina(s);
E qual o período de incidência do sol (manhã ou tarde);

Multiplique este valor pela quantidade de kcal/h por m² de janelas nas


condições observadas, tabela 3.3.
Condicionadores de Ar

3) Terceira Etapa:
Verifique o número de pessoas que habitualmente permanecem no local;
Multiplique esse número pelo fator de 125kcal/(h.pessoa);

4) Quarta Etapa:
Some as áreas das portas, arcos ou vãos que permaneçam constantemente
abertos para os espaços não condicionados;
Multiplique este valor pelo fator 125kcal/(h.m²).
Condicionadores de Ar
5) Quinta Etapa:
Havendo aparelhos elétricos em uso no ambiente que desprendam calor,
( lâmpadas, cafeteira, esterilizador, etc) considere um fator de
0,9kcal/(h.watt) multiplicando a potência total dissipada no ambiente.

Primeira Etapa
Segunda Etapa
Terça Etapa
Quarta Etapa

Quinta Etapa

Tabela 3.5
(fabricante)
Condicionadores de Ar
Acesso (0,8m x 2m)
Corredor 1
Tard
e Acesso
(0,8m x 2m)
Janela Corredor 2
Cortina
(1m x 1m)
Sala Estar/Jantar:
Largura: 4,13m
Comprimento: 3,55m
Altura: 2,40m

Casa sobre Telhado

Janela Porta (0,8m x 2m)


Manhã Cortina (2m Entrada
x 1,5m)
1) Primeira Etapa:

Volume (sala) : 4,13 x 3,55 x 2,40 = 35,19 m³

Recinto sobre Telhado: 35,19m³ x 22,33 kcal/h.m³ = 785,74 kcal/h


2) Segunda Etapa:

Área das Janelas : Janela 1 = (2 x 1,5) = 3m² Janela 2 = (1x1) = 1m²

Janela 1 – Cortina - (Sol Manhã) = 3m² x 160kcal/h.m² = 480 kcal/h 692 kcal/h
Janela 2 – Cortina - (Sol Tarde) = 1m² x 212kcal/h.m² = 212
kcal/h
3) Terceira Etapa:

Número de pessoas (habitualmente): 3 pessoas;

3 pessoas x 125 kcal/h.pessoa = 375kcal/h


4) Quarta Etapa:

Número de portas (normalmente abertas): Duas (acesso aos corredores);


Acesso Corredor 1 (1,6m²) - Acesso Corredor 2 (1,6m²)

3,2 m² x 125kcal/h.m² = 400kcal/h


5) Quinta Etapa:

Aparelhos dissipadores de energia --- Lâmpadas (260W)

260W x 0.9kcal/h.W = 234kcal/h


785,47
692
375
400

234

2486,47
Tabela Fabricante
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água
Para um projeto elétrico predial, deve-se prever a instalação de um conjunto
elevatório (motores elétricos-bombas) de água.

Processo Orientativo de Cálculo:


Potência dos Motores nos Conjuntos Elevatórios
A potência do motor, dado em cavalo-vapor(cv), é dada por:

P
 .Q.H
75.
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água

Vazão em
Peso específico
m³/s
do líquido a ser
Elevado (kg/m³) Altura total (m)
Água = 1000
kg/m³

P
 .Q.H
75. Rendimento da
bomba
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água

Observações:

• Consumo médio residência ou


apartamento
(200 litros/ pessoa - dia)

• Tempo médio de operação do sistemas


elevatório de 8 horas
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água
Rendimento das Bombas Centrífugas
Pode ser obtida em relação a altura máxima de elevação (Hmax) e a vazão da
bomba (l/min), Tabelas (Fabricantes).
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água
Potência Instalada
Na prática deve-se admitir uma certa reserva de potência para os
motores
elétricos. Os seguintes acréscimos são recomendados:
Sistema de motor-bomba – Elevação de Água
Corrente nominal que motor solicitará da rede elétrica:
Elevadores
Em um projeto de instalações elétricas deve-se prever a carga elétrica do
conjunto de elevadores. A escolha do elevador deve ser feita de acordo com a
NBR 5665.

Aquecedores Elétricos Centrais


A potência elétrica requerida por uma instalação de água quente depende do
tipo de aquecedor escolhido. Esta escolha depende do:

Volume de água quente necessário para a instalação


Aquecedores Elétricos Centrais
Aquecedores Elétricos Centrais

Tamanho do Reservatório
Tomadas de Corrente
Tomadas de Corrente

São peças que permitem a captação da tensão que alimenta um determinado


circuito.
Tomadas de Corrente
1990-2000

Até 2011
(Fabricantes e
Comerciantes)
Adaptação Produção
Tomadas de Corrente
Tomadas de Corrente

Por que há necessidade de um Padrão?


Tomadas de Corrente
Tomadas de Corrente
Tomadas e Plugues
Antigos
Tomadas de Corrente
Tomadas e Plugues
Novos
Tomadas de Corrente

PE
Dispositivos de Manobra
Dispositivos de Manobra

São aqueles que interrompem os circuitos elétricos, isto é, impedem a passagem


de corrente. Entre os principais dispositivos utilizados nas instalações elétricas
Residenciais, tem-se:

• Seccionador

• Interruptores

• Chaves Magnéticas

• Chave-Boia

• Sensores de Presença

• Entre outros
Dispositivos de Manobra

SECCIONADOR

É um dispositivo utilizado para interrupção do circuito, sendo o disjuntor


termomagnético o mais comum nas instalações elétricas residenciais.
Dispositivos de Manobra

CHAVES MAGNÉTICAS

Além da capacidade de interromper circuitos , com o acionamento eletromagnético,


servem como proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Dispositivos de Manobra

SENSOR DE PRESENÇA

Ao detectar a presença de pessoas ou animais liga automaticamente a iluminação


de áreas de passagem rápida (halls, corredores, garagens, etc). Principal objetivo
é a economia de energia.
Dispositivos de Manobra
INTERRUPTORES

São os dispositivos mais usados para o comando de circuitos . Os interruptores


devem ter capacidade suficiente para suportar, por tempo indeterminado as
correntes que transportam.

Os interruptores embutidos de teclas podem ser:


Dispositivos de Manobra
Quanto as formas de comando, tem-se:

Comando
Simples
Comando de
duas seções
Comando
Paralelo
O Consumo de Energia
em Residências
Consumo de Energia em Residências
Consumo de Energia em Residências
Chuveiro Elétrico
-Aparelho que mais consome energia em uma residência
(25% a 35%);

- Potência nominal varia de 4400W a 7500W

- Posição “ inverno” aumenta o consumo entre 30% e


40%

Ferro Elétrico

- Potência nominal de 500 a 1500W;

-Responsável por cerca de 5% a 7% do consumo total de energia em


uma residência;

- Deve-se evitar ligá-lo várias vezes seguidas (aumento do consumo);


Consumo de Energia em Residências
Geladeira
-Um dos aparelhos que mais consomem energia em uma residência (cerca de
30%);

- Potência nominal varia de 150W a 400W;

Recomendações de uso:

- Instalação em lugar ventilado;


- Desencostada da parede;
- Longe de fontes de calor;
- Não colocar alimentos quentes ;
- Não impedir a circulação interna de ar;
- Verificar borrachas de vedação;
- Escolher geladeiras que possuam o selo do Immetro;
Consumo de Energia em Residências
Máquina de Lavar Roupa
- Responsável por cerca de 2% a 5% do consumo total de energia em uma
residência;

- Potência nominal varia de 500W a 1000W;

Televisor
- Responsável por cerca de 5% a 15% do consumo total de energia em uma
residência;

- Potência nominal varia de 70W a 200W;


Consumo de Energia em Residências
Ar Condicionado
- Responsável por cerca de 2% a 5% do consumo total de energia em uma
residência;

- Potência nominal varia de 1200W a 3400W;

Iluminação
- Responsável por cerca de 25% do consumo total de energia em uma
residência;
Consumo de Energia em Residências
Consumo de Energia em Residências

http://www.cemig.com.br/SUSTENTABILIDADE/PROG
RAMAS/EFICIENCIAENERGETICA/Paginas/Economia
emCasa.aspx
Custo da Energia
Elétrica em Baixa Tensão
Custo da Energia Elétrica em Baixa Tensão
Custo da Energia Elétrica em Baixa Tensão

O custo se resume em três parcelas:

KW consumidos Impostos Taxa de


Mês (PIS/PASEP, Iluminação
ICMS , CONFINS); Pública
Custo da Energia
Elétrica
R$/kWh

26-07-2011
Como se chega a este valor ??

Consumo Mês : 209 KW

Preço Energia : 0,569 R$/KWh

Custo Consumo : R$
119,00
Taxa de Iluminação : R$ 9,91

Valor a pagar : R$ 9,91 +R$ 119,00


OK!!!! Vamos Fazer um conta ?

Consumo Mês : 209 KW

Preço Energia : 0,38978 R$/KWh Valor a pagar : R$ 9,91 +R$ 81,46

Taxa de Iluminação : R$ 9,91

Com Impostos

Valor a pagar : R$ 128,91 aproximadamente


Sem Impostos
30% de Impostos
Valor a pagar : R$ 91,37
Demanda de Energia de
Uma Instalação Elétrica
Demanda de Energia de uma Instalação Elétrica

POTÊNCIA ELÉTRICA CONSUMIDA


VARIA A CADA INSTANTE

Por que há esta variação?

Porque os diversos equipamentos que compõem a instalação nunca


estarão operando simultaneamente.
Demanda de Energia de uma Instalação Elétrica
DEFINIÇÕES
FUNDAMENTAIS
Carga ou Potência Instalada ou Potência Total
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos elétricos
existentes em uma instalação elétrica ou sistema.

Demanda
É a potência elétrica realmente absorvida (consumida) em um determinado
instante por um aparelho ou sistema.

Potência de Alimentação ou Provável Demanda


É a demanda máxima da instalação.
Este é o valor utilizado para o dimensionamento dos condutores,
dos dispositivos de proteção, da classificação do tipo de consumidor
e do padrão de atendimento (estes dois últimos conforme
norma da concessionária local).
Demanda de Energia de uma Instalação Elétrica
Visto que há uma variação da potência elétrica consumida, será que
é correto do ponto de vista técnico e econômico considerar a demanda
como sendo a soma das potências instaladas?

Não, pois caso isso fosse feito haveria um superdimensionamento de


todos os elementos (disjuntores, condutores, poste, etc.) que fazem
parte da entrada de energia.

Potência de Alimentação
Utilizada para o dimensionamento da entrada
de serviço da instalação elétrica
Fator de Demanda
Fator de Demanda (FD)
È a razão entre a Demanda Máxima e a Potência Total
Instalada

Exemplo
Fator de Demanda

dimensionamento da entrada
Critérios na Determinação do Fator de Demanda
Fatores que influem na determinação do fator de demanda:
Grandeza da carga - Tipo de carga - Época do ano – Etc...

Entretanto, na elaboração do projeto, estes dados não


estarão disponíveis!!!!!

Como estimar o Fator de Demanda?

- O mesmo deve ser estimado em função das informações


preliminares
tomadas com o cliente e dos prováveis equipamentos.

Na dúvida, como medida de segurança, é melhor SUPERDIMENSIONAR o


fator de demanda.

O SUBDIMENSIONAMENTO DO FATOR DE DEMANDA É


INADMISSÍVEL EM INSTALAÇÕES RESIDENCIAIS.
Demanda em Edificações Individuais e Coletivas
Considerações Preliminares

Diversas concessionárias apresentam procedimentos específicos para o


cálculo das demandas situadas em suas áreas de fornecimento.

Existem na literatura diversos procedimentos para o cálculo


da demanda. Desta forma, cabe ao projetista a escolha do
procedimento que mais de aproxime da situação em estudo.

A escolha de um procedimento de cálculo que esteja em consonância


com a realidade da região e com os regulamentos e normas
da concessionária local é de extrema importância.
Cálculo da Demanda em
Edificações Individuais

Fator de
Provável
Demanda
Demanda
(Tabela
4.1)

D = (g x P1)+P2
Soma das Potências de
Iluminação e TUGs

S
o
m
Cálculo da Demanda em
Edificações Individuais

http://www.cobei.org.br/
Exemplo:
Determine a Provável Demanda para o apartamento abaixo:

Obs: Fator de potência unitário


P1 = 900+3200=4100 W

g = 0,52 (Tabela

4.1) P2 = 9900W
D=
(0,52x4100)+9900
Provável Demanda = 12032 W
Potência Instalada = 14000 W
Demanda Total em Edificações Coletivas

COMITÊ DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA - CODI

Considerações Preliminares

As recomendações do CODI são aplicáveis a edifícios


residenciais, contendo de 4 a 300 apartamentos, independente de
área útil, tipo de prédio residencial e região do país.

CÁLCULO BASEADO EM
TRATAMENTOS ESTATÍSTICOS DE
MEDIÇÕES
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI
Fator de
Provável
Segurança
Demanda
Total do
Edifício

D EDIF = 1.2 x (D + Dcond)


APT

Demanda correspondente
aos apartamentos

Demanda correspondente
Ao condomínio
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI
Fator de
Diversidade
(Tabela 4.3 - Nº de
Apartamentos)

D = F1 x F2
APT

Demanda em
Função da Área Útil
( Tabela 4.2)

Demanda correspondente
aos apartamentos
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI

LIMITE DA TABELA
4.2

Para apartamentos com área superior a 400 m², aplica-se a seguinte


expressão:
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI
Parcela de Carga de Iluminação até 10kW

Parcela de Carga de Iluminação acima de


10kW

D COND = I1 + 0.25 x I2 + 0.2 x T + M


Carga Total
de
Tomadas
Demanda correspondente (TUG e Demanda Total
ao condomínio TUE) de Motores
(Tabela 4.4 e
4.5)
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI

kVA
Cálculo Demanda – Edificações Coletivas - CODI

kVA

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