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MANUTENÇÃO

ELÉTRICA PREDIAL
E INDUSTRIAL
Docente: Mário C. Lacerda da C. Junior
Planejador de Manutenção
As principais falhas
encontradas em
Instalações Elétricas
Principais Falhas em Instalações
• Fuga de corrente: por problemas na isolação dos fios, a corrente “foge” do
circuito e pode ir para a terra (através do fio terra). Quando o fio terra não
existe, a corrente fica na carcaça dos equipamentos (eletrodomésticos),
causando o choque elétrico.
Principais Falhas em Instalações
• Sobrecarga: ocorre quando a corrente elétrica é maior do que aquela que os
fios e cabos suportam. Ocorre quando ligamos muitos aparelhos ao mesmo
tempo. Os fios são danificados pelo aquecimento elevado.
Principais Falhas em Instalações
Principais Falhas em Instalações
• Curto-circuito: é causado pela união de duas ou mais potenciais (por ex.:
fase-neutro/fase-fase), criando um caminho sem resistência, provocando
aquecimento elevado e danificando a isolação dos fios e cabos, devido aos
altos valores que a corrente elétrica atinge nessa situação.
Principais Falhas em Instalações
• Sobretensão: é uma tensão que varia em função do tempo. Ela varia entre
fase e neutro ou entre fases, cujo valor é superior ao máximo de um sistema
convencional. Essa sobretensão pode ter origem interna ou externa.

• Externa: descargas atmosféricas

• Interna: curto-circuito, falta de fase, manobra de disjuntores etc.


Técnicas de Análise de Falhas
em Instalações Elétricas
Analisador de energia
Alguns problemas podem surgir na rede de energia elétrica, como eventuais
falhas que podem colocar em risco o fornecimento de energia de um local. Para
saber quais são as causas desses problemas, é necessário fazer uma análise da
rede elétrica. Para isso, existe um equipamento específico, o Analisador de
Rede Elétrica.
Analisador de energia
Um analisador de energia é usado para medir o fluxo de potência (w) em um
sistema elétrico. Isto se refere à taxa de transferência elétrica entre uma fonte de
energia e um dissipador.

O Analisador serve para detalhar o funcionamento de redes elétricas. Ele


também mede tensão e corrente do seu barramento e também calcula potência,
consumo e demanda, além do conteúdo harmônico provocado por cargas
eletrônicas.
Analisador de energia
Com ele, é possível determinar o tempo de análise da rede em dias, semanas ou
meses, conforme a necessidade. O equipamento pode ser utilizado por técnicos
especializados e eletricistas que prestam serviços em residências, comércios,
indústrias e outros estabelecimentos que necessitam de um controle mais rígido
sobre a qualidade da energia elétrica
Analisador de energia

Analisador de Energia Fluke


Pirômetro
O pirômetro (português brasileiro) ou pirómetro (português europeu) é um tipo de
termômetro. É um equipamento que mede irradiação térmica da superfície de um
objeto e informa a temperatura. Diferentes tipos de pirômetros foram
desenvolvidos pelo homem – hoje se trata de um dispositivo que não necessita
de contato, contrastando com outros meios de obter informação sobre a
temperatura de um objeto, como o termopar e uma termorresistência.
Pirômetro
Pirômetro
Um termômetro infravermelho (também denominado de pirômetro óptico) é um
dispositivo que mede temperatura sem contato com o corpo/meio do qual se
pretende conhecer a temperatura. Geralmente este termo é aplicado a
instrumentos que medem temperaturas superiores a 600 graus Celsius. Uma
utilização típica é a medição da temperatura de metais incandescentes em
fundições.
Pirômetro
Portanto, para uma medição correta, torna-se necessário conhecer o material a
ser medido para o ajuste manual no equipamento da emissividade.

A energia emitida pelo objeto atinge o sistema óptico do instrumento, que conduz
a energia para um ou mais detectores fotossensíveis.

O detector converte a energia em um sinal elétrico que, por sua vez é convertido
em um valor de temperatura, que se baseia na equação de calibração do sensor
e na emissividade do alvo.
Pirômetro

Pirômetro
Termovisor
É uma câmera de imagem térmica é um dispositivo utilizado para medição de
temperatura sem que exista contato com o material. As câmeras de imagem
térmica detectam a energia infravermelha emitida, transmitida ou refletida por
todos os materiais – a temperaturas acima de zero absoluto, (0° Kelvin) – e
convertem o fator de energia em uma leitura de temperatura ou termograma. Um
termograma é a imagem térmica exibida pela câmera do objeto que está
emitindo, transmitindo ou refletindo a energia infravermelha
Termovisor
A operação de um termovisor é simples e semelhante a do leitor infravermelho.
Basta apontar o instrumento de medição em direção ao local que necessita ser
avaliado. Então, considerando o tempo de resposta do aparelho e as
capacidades de processamento, a imagem térmica do local escolhido será
mostrada no visor, juntamente com uma escala de temperatura. Assim, é possível
ver a amplitude térmica de determinado local e analisar se existe
superaquecimento em algum ponto.
Termovisor
Podemos ter as aplicações de termografia ou inspeção termográfica em
Equipamentos Elétricos, Mecânicos, Processos, Medicina Humana e Veterinária.
Uma das primeiras aplicações foram nas inspeções de equipamentos elétricos,
em subestações (seccionadores, disjuntores, transformadores), cabines de
distribuição elétrica, linhas de distribuição elétrica, banco de capacitores,
transformadores, barramentos Podemos identificar um mau contato, que poderá
ocasionar um aquecimento indevido na linha ou no barramento.
Termovisor
Termovisor

Termovisor Fluke
Megômetro
O megômetro, também conhecido como megger, serve para medir a resistência
de isolamento, normalmente em motores e transformadores. É possível detectar
a fuga entre dois pontos de isolamento. Isso porque ele aplica uma tensão, que
pode variar entre 500 e 15000V, em um equipamento, efetuando a leitura do fluxo
de corrente entre duas partes do equipamento. Há dois tipos megômetros: os
digitais e os analógicos.
Megômetro - Como funciona?
O megômetro mede valores elevados de resistências elétricas onde outros
aparelhos, como o ohmímetro, por exemplo, não conseguem medir. Ao contrário
do multímetro com escala de ohmímetro, que utiliza apenas uma pilha de 9 V, o
megômetro pode produzir uma alta tensão para vencer a grande resistência do
componente e determinar pela corrente produzida o quanto vale a resistência do
componente medido.
Megômetro - Como usar?
Megômetros geram tensão para determinar o alto valor de resistência do
isolamento. Normalmente, o menor valor que um megômetros pode fornecer é
1.000 volts, enquanto outros podem fornecer até 10.000 volts ou mais por meio
de um pequeno gerador dentro do medidor. Para executar um teste do
megômetro, siga estas etapas e consulte o manual dos megômetros para obter
as diretrizes de segurança completas.
Megômetro - Como usar?
1. Desconecte a alimentação elétrica dos fios ou circuitos, para não existir
assim qualquer tensão. Esta é uma etapa muito importante para a sua
segurança e qualidade do aparelho. O mesmo serve para os motores, que
também devem ter todos os fios de alimentação desligados.

2. Conecte um dos bornes do megômetro ao quadro elétrico ou ao fio terra do


sistema elétrico. Caso pretenda fazer o teste de resistência em motores, este
cabo será ligado à estrutura de metal do motor.

3. Ligue o outro borne do megômetro à extremidade sem revestimento do fio de


cobre ou a um dos terminais do motor. Veja também que a outra extremidade
do fio a ser testado deverá estar ao ar livre ou coberto com fita isolante.
Megômetro - Como usar?
4. Ligue o megometro. O teste deve levar de 2 a 5 segundos, para que dentro
dos fios se gere a alta tensão. OU Acione a manivela do gerador para aumentar a
tensão. Isso pode levar de dois a cinco segundos.

5. Faça a análise da resistência de isolamento. Se o valor da leitura da


resistência for inferior a 1,5 megaohms, pode indicar a existência de algum
problema nos fios ou no motor. E se for uma leitura maior que 999 megaohms, a
resistência de isolamento está perfeita.

6. Determinar uma leitura segura depende do que você está testando.


Megômetro
Megômetro e Resistência de
Isolamento
Se o motor não é colocado em operação imediatamente após sua chegada, é
importante protegê-lo contra fatores externos, como umidade, temperatura alta e
impurezas, a fim de evitar danos ao isolamento. Antes de o motor ser colocado
em funcionamento, após um longo período de armazenamento, você tem que
medir a resistência de isolamento do enrolamento.

Se o motor é mantido em um local com alta umidade, uma inspeção periódica é


necessária.
Megômetro e Resistência de
Isolamento
É praticamente impossível determinar regras para o valor de isolamento mínimo
efetivo da resistência de isolamento de um motor, porque a resistência varia de
acordo com o método de construção, a condição do material de isolamento
usado, tensão nominal, o tamanho e tipo. Na verdade, o que conta, são muitos
anos de experiência para determinar se um motor está pronto para funcionar ou
não. Uma regra geral é de 10 Megohm ou mais.
Megômetro e Resistência de
Isolamento
Megômetro e Resistência de
Isolamento
A resistência mínima de isolamento, R , é calculado multiplicando a tensão
nominal Un , com a constante fator 0,5 Megohm / kV . Por exemplo: Se a tensão
nominal é de 690 V = 0,69 kV, a resistência mínima de isolamento é: 0,69 x 0,5
kV Megohm / kV = 0,35 Megohm.

Se a resistência de isolamento de um novo motor, limpo ou reparado, que foi


armazenada por algum tempo é inferior a 10 Mohm , a razão pode ser que os
enrolamentos são úmidos e precisam ser secos.
Megômetro e Resistência de
Isolamento
Se o motor está em funcionamento por um longo período de tempo, a resistência
mínima de isolamento pode cair para um nível crítico. Enquanto o valor medido
não caia abaixo do valor calculado de resistência mínima de isolamento, o motor
pode continuar a executar. No entanto, se ela cair abaixo deste limite, o motor
tem de ser retirado de serviço imediatamente, a fim de evitar que as pessoas se
machuquem devido à tensão elevada da fuga.
Megômetro e Outras Aplicações
E, além dos motores em si, também podem ser realizados testes em
disjuntores. O objetivo é detectar fuga de corrente entre câmaras e buchas, ou
seja, entrada e saída de corrente entre as buchas e câmaras presentes em todo
o corpo do disjuntor.

Em transformadores elétricos, por outro lado, o megôhmetro analisa a


resistência dielétrica entre buchas e os enrolamentos primário e secundário. São
feitos testes no tanque e nos enrolamentos citados. Em cabos e barramentos,
os testes devem considerar níveis em relação ao solo e também entre fases.
Megômetro

Teste de Isolamento do motor utilizando Megômetro


Outras falhas comuns
Outras seis falhas muito comuns, e graves, em instalações elétricas prediais.

1) Problemas no aterramento

Muitas vezes negligenciado por usuários e construtores, o sistema de proteção


contra descargas atmosféricas (SPDA) deve ser dimensionado de acordo com a
ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas. A norma prevê a
utilização de três métodos para isso: franklin (exclusivo para construções de
pequeno porte), gaiola de faraday e esfera rolante (ou eletrogeométrico). A falta
de aterramento pode implicar em queima de equipamentos, danos à edificação e
choques elétricos.
Outras falhas comuns
Outras falhas comuns
Outras falhas comuns
2) Uso de materiais elétricos não conformes

Isso ocorre, principalmente, quando leva-se em consideração apenas o preço,


sem se atentar aos requisitos de qualidade na hora de adquirir os componentes
da instalação. Uma falha grave que se enquadra nessa categoria é o uso de
mangueiras ou tubos de água no lugar de eletrodutos. Essa substituição pode
resultar na obstrução da passagem de cabos e na quebra do condutor, sobretudo
em instalações embutidas na laje ou enterradas.
Outras falhas comuns
3) Conexões mal feitas

Relacionado ao uso de mão de obra não especializada, a realização de ligações


mal feitas é um perigo para a instalação e pode gerar perda de energia.
Emendas, derivações entre condutores, além de conexões entre metais de
diferentes características devem ser feitas por meio de técnicas específicas, com
uso de conectores específicos. Caso contrário, pode resultar em derretimento da
isolação dos cabos, incêndios ou corrosão.
Outras falhas comuns
4) Erro na distribuição das tomadas

A previsão de tomadas em quantidade insuficiente é bastante comum em


projetos de instalações elétricas prediais, ainda mais recentemente, com o
surgimento de novos aparelhos eletrodomésticos. A falta de tomada, ou a
instalação de tomadas em locais indevidos, leva o usuário à improvisação,
colocando em risco a segurança das instalações. Por isso mesmo, esse é um
assunto que merece um estudo especial por parte do projetista e que vai além de
distribuir uma quantidade x de tomadas por m².
Outras falhas comuns
5) Negligência com o grau de proteção IP

Outro erro comum é a especificação de componentes elétricos com grau de


proteção IP incompatível com o local de instalação. A tomada que se instala
dentro de casa não é a mesma que se instala na parte externa da edificação.
Esse é um erro grosseiro que pode levar à degradação da tomada e dos cabos a
ela conectados, bem como causar derretimento da isolação dos cabos e curto-
circuito.
Outras falhas comuns
6) Aumento de carga sem redimensionamento

Muito comum em instalações antigas, o aumento de carga sem a devida


verificação técnica pode resultar em mau funcionamento dos equipamentos por
excesso de queda de tensão e danos à isolação dos cabos. Essa é, também,
uma das principais causas dos incêndios de origem elétrica.

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