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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


ESCOLA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, MECÂNICA E DE
COMPUTAÇÃO

LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS - TURMA D

Anna Beatriz Fernandes Amaral (202004782)

Filipe Gonçalves Santana (201802814)

Jader Fillipe Cabral Pimenta (202004805)

Partida direta de motores de indução de pequeno porte

Goiânia
2023
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA ELÉTRICA, MECÂNICA E DE
COMPUTAÇÃO

Partida direta de motores de indução de pequeno porte

Relatório sobre a montagem do sistema de


acionamento de um motor de indução de pequeno
porte.

Professor: Dr°. Euler Bueno dos Santos,

Goiânia
2023
Sumário
1. Objetivo................................................................................................................................ 3
2. Introdução............................................................................................................................ 3
3. Materiais .............................................................................................................................. 3
4. Procedimento Experimental ................................................................................................ 6
5. Resultados........................................................................................................................... 8
6. Conclusão............................................................................................................................ 9
7. Referências Bibliográficas................................................................................................. 10
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1. Objetivo

O presente experimento tem como objetivo aproximar o aluno dos equipamentos


necessários para o acionamento direto de motores de pequeno porte, mostrando suas funções e
o posicionamento correto em uma montagem. Também foi mostrando o impacto desse
procedimento na variação da corrente da rede.
2. Introdução
O procedimento de partida direta de motores, ou seja, quando o valor da tensão aplicada
ao motor tem o mesmo valor da tensão da rede elétrica é permitido pela maioria das
concessionárias de energia elétrica para motores de até 5 cv, de potência nominal.
Para realizar tal procedimento é feito o uso de alguns equipamentos que se dividem
entre a parte de comando que tem a função de energizar ou desenergizar o motor mediante
comando do operador ou por motivo de proteção e a parte de força que é a parte responsável
pelo fornecimento de energia ao motor.
3. Materiais
Os equipamentos utilizados foram:
• Botoeira: tem a função de energizar/ desenergizar o sistema e funciona da seguinte
forma: cada botão está associado um contato normalmente fechado e outro
normalmente aberto; quando um botão é pressionado os contatos a ele associados
alteram sua posição normal enquanto é mantido pressionado, voltando ao estado
primitivo tão logo o botão seja liberado. No experimento foram utilizadas duas
botoeiras uma de contatos normalmente abertos para acionamento e outra de contatos
normalmente fechados para desligamento do motor.
• Contator: Um contator é um dispositivo eletromecânico utilizado para controlar o fluxo
de corrente elétrica em um circuito. Ele é comumente utilizado para ligar ou desligar
motores elétricos de grande porte, iluminação industrial, sistemas de aquecimento e
outros equipamentos de alta potência. O contator é composto por uma bobina e um
conjunto de contatos. A bobina é alimentada com corrente elétrica e cria um campo
magnético quando energizada. Esse campo magnético atrai um conjunto de contatos
móveis, fechando ou abrindo um circuito elétrico. Os contatos de um contator podem
ser classificados em principais e auxiliares. Os contatos principais são projetados para
lidar com altas correntes e são usados para controlar a carga elétrica. Já os contatos
auxiliares são usados para sinalização, monitoramento e controle de outros dispositivos
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do sistema. Os contatos de um contator podem ser normalmente abertos (NA) ou


normalmente fechados (NF). Em repouso, os contatos NA estão abertos, enquanto os
contatos NF estão fechados. Quando a bobina é energizada, os contatos NA fecham,
permitindo a passagem da corrente elétrica, enquanto os contatos NF abrem,
interrompendo o fluxo de corrente. Os contatores são amplamente utilizados em
aplicações industriais, onde é necessário controlar o funcionamento de motores e outros
equipamentos de alta potência de forma segura e confiável. Eles oferecem uma maneira
eficiente de ligar e desligar cargas elétricas de grande porte, protegendo o sistema contra
sobrecargas e curtos-circuitos. No presente experimento foi utilizado um contator com
3 contatos NA para a parte de Força além de 2 Contato NA e 2 NF para comando.
• Relé bimetálico: é um dispositivo de proteção térmica que usa lâminas bimetálicas para
detectar e responder a sobrecargas térmicas em circuitos elétricos. Ele é amplamente
utilizado para proteger motores e outros equipamentos elétricos contra danos causados
por superaquecimento.
• Fusível: é um dispositivo de proteção que interrompe o fluxo de corrente elétrica em um
circuito quando ocorre uma sobrecarga ou curto-circuito. Ele é projetado para se fundir
e interromper o circuito quando a corrente excede seus limites nominais. Os fusíveis são
essenciais para garantir a segurança e proteção adequada em instalações elétricas.
• Motor trifásico: O motor trifásico é composto por um estator e um rotor. O estator é
composto por três bobinas espaçadas em 120 graus elétricos uma da outra. Cada bobina
está ligada a uma fase da alimentação trifásica e gera um campo magnético rotativo
quando a corrente flui por ela. O rotor, por sua vez, pode ser do tipo gaiola de esquilo
ou do tipo bobinado. No nosso caso o rotor utilizado é do tipo gaiola, ele consiste em
um conjunto de barras de cobre ou alumínio curto-circuitadas nas extremidades por
anéis condutores. Esse tipo de rotor é o mais comum e apresenta alta confiabilidade e
baixa manutenção. O funcionamento do motor ocorre da seguinte maneira, quando a
corrente trifásica é aplicada às bobinas do estator, um campo magnético giratório é
gerado. Esse campo magnético interage com o campo magnético do rotor, causando o
movimento do rotor. O motor trifásico converte a energia elétrica em energia mecânica,
permitindo a realização de diversos tipos de trabalho, como acionar máquinas,
compressores, bombas, ventiladores, entre outros.
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Figura 1 – Placa com especificações técnicas do motor utilizado

Fonte: foto tirada no laboratório, autoria propria,2023.

O motor Utilizado no experimento foi o motor HI20930 fabricado pela WEG em


fevereiro de 2007. Ele é um motor trifásico de corrente alternada projetado para operar em uma
frequência da rede de alimentação de 60 Hz. Sua categoria é N, ou seja, tem características de
conjugado em relação a velocidade que se destina ao acionamento de cargas normais como
bombas, máquinas operatrizes e ventiladores. Tem o valor de potência de 0.18kW e 0.25CV.
Sua rotação nominal (rotações por minuto) ou rotação a plena carga é de 1710 RPM. FS 1.15
se refere a um fator que, aplicado a potência nominal, indica a carga permissível que pode ser
aplicada continuamente ao motor sob condições específicas, ou seja, uma reserva de potência
que dá ao motor uma capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições
desfavoráveis. ISOL.B indica o tipo de isolante que foi usado neste motor, e para esse caso a
sobrelevação da classe é de 80 K. IP/IN 4.5: é a relação entre a corrente de partida (IP) e a
corrente nominal (IN). Em outras palavras, podemos dizer que a corrente de partida equivale a
4.5 vezes a corrente nominal. IP 55 indica o índice de proteção conforme norma NBR-6146. O
primeiro algarismo se refere a proteção contra a entrada de corpos sólidos e o segundo algarismo
contra a entrada de corpos líquidos no interior do motor. As tabelas indicando cada algarismo
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se encontra no Manual de Motores Elétricos da Weg Motores. Esse motor possui 6 saídas e
pode ser ligado em rede cuja tensão seja 220V (triângulo), 380V (estrela). REG. S1: se refere
ao regime de serviço a que o motor será submetido. Para este caso a carga deverá ser constante
e o funcionamento contínuo. Max.amb.: é o valor máximo de temperatura ambiente para o qual
o motor foi projetado. Quando este valor não está expresso na placa de identificação devemos
entender que este valor é de 40ºC. ALT.: indica o valor máximo de altitude para o qual o motor
foi projetado no nosso caso 1000 metros. Os rolamentos que devem ser usados no mancal
dianteiro, traseiro e sua folga neste são os rolamentos 6201-ZZ. REND.% =64% indica o valor
de rendimento. Seu valor é influenciado pela parcela de energia elétrica transformada em
energia mecânica. O rendimento varia com a carga a que o motor está submetido. COS j = 0.65
indica o valor de fator de potência do motor, ou seja, a relação entre a potência ativa (kW) e a
potência aparente(kVA). O motor elétrico absorve energia ativa (que produz potência útil) e
energia reativa (necessária para a magnetização do bobinado).
4. Procedimento Experimental

O experimento foi dividido em algumas etapas, na primeira foi realizada a verificação


das tensões fornecidas pela distribuidora, as tensões medidas foram Vrs = 221,4 V, Vrt=221,3V,
Vst = 221,1 V.
Na sequência foi verificada a continuidade nos barramentos, nos fusíveis e também a
impedância nos terminais do motor 𝑍14 = 35,5 Ω , 𝑍25 = 35,5Ω ,𝑍36 = 36,3Ω .
A montagem começou pela parte de comando seguindo o diagrama a seguir:

Figura 2 – Diagrama de comando

Fonte: Material de apoio do laboratório.


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No circuito de comando, iniciamos com o contato fechado do relé térmico 95 – 96 que


é utilizado para monitorar a corrente elétrica que passa pelo motor e protegê-lo contra
sobrecargas que possam causar danos ou mau funcionamento. Do relé, passamos para o contato
da botoeira B0 NF a que é a botoeira responsável pelo desligamento do motor, e depois
passamos por B1, a botoeira é NA e tem a função de ligar o motor em paralelo a essa botoeira,
temos o contato 𝑘113
14 que é NA e tem como função atuar como selo do contator K1 e tema

função de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o operador ter retirado o
dedo da botoeira.
𝐴1
No final da linha de comando, temos a bobina do contator 𝑘1𝐴2 que interliga a parte de
comando a parte de força.
As lâmpadas foram utilizadas para sinalizar o funcionamento do motor e ficaram ligadas
aos contatos auxiliares do contator k1, a verde foi ligada ao contato 𝑘143
44 , e a vermelha ao

contato 𝑘121
22 .

Na sequência foi montada a parte de força seguindo o diagrama a seguir:

Figura 3 – Diagrama de força

Fonte: Material de apoio do laboratório.


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No circuito de força ligamos na sequência os contator NA do contador K1, o relé térmico


(FT1) e, finalmente, o motor.
O motor foi ligado em delta ligando-se as saídas (1-6), (2-4), (3-5), de modo a receber
uma tensão de 220V entre fases.
Após a etapa de montagem foi medida a corrente de pico na rede, gerada pelo
acionamento direto do motor, a sua corrente nominal e também foi observado o seu sentido de
rotação do motor.

5. Resultados

Foi observada uma corrente de pico de aproximadamente 5,13A no ato do acionamento


do motor, a partir de um breve período de tempo ela apresentou um valor de 1,14A o que condiz
com a expectativa já que a relação IP\IN do mesmo é de 4.5.
O motor funcionou corretamente e girou no sentido horário.

Figura 4 – Medidas de corrente

Fonte: foto tirada no laboratório, autoria propria,2023.

No Amperímetro a esquerda temos a corrente de pico no ato de partida do motor e a


direita sua corrente nominal.
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6. Conclusão

Com o experimento foi possível aprender a montagem correta de um sistema de partida


direta de um motor, a importância dos equipamentos de proteção e também foi visto o impacto
de uma partida direta de um motor de pequeno porte na rede.
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7. Referências Bibliográficas

[1] Instalação e Manutenção de Motores Elétricos. Disponível em: [https://www.drb-


m.org/av1/1placadeidentificacao.pdf]. Acesso em: 6 de julho de 2023.

[2] Acionamento de motores elétricos de corrente contínua e alternada. Disponível em:


[https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/6/8]. Acesso em: 6 de julho de 2023.

[3] SOUSA, S. N. Curso de eletrotécnica: apostila de acionamentos elétricos. Natal: [s.


n.], 2009. Disponível em:[https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-e-
acionamentos-eletricos-ii/apostila-basica]. Acesso em: 06 julho. 2023.

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