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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INDUSTRIAIS

Apresentação

1. OBJETIVO

Apresentar os principais equipamentos utilizados em instalações industriais, verificando seus


princípios de funcionamento, as formas que eles devem ser interligados e para quais aplicações eles
são indicados. Para que isso ocorra, você vai montar os circuitos utilizando como guia os
esquemáticos e as instruções detalhadas fornecidas pelo roteiro. Durante o experimento você vai
aprender sobre circuitos de comando e de força e como o contator e outros dispositivos podem ser
utilizados no acionamento de motores, um dos equipamentos mais utilizados no ambiente
industrial.

Ao final deste experimento, você deverá ser capaz de:

• identificar os principais equipamento utilizados em circuitos de acionamento de motores em


insta-lações elétricas industriais;

• diferenciar o circuito de comando e o circuito de força, identificando suas particularidades e


funções;

• entender a simbologia utilizada nos componentes da bancada;

• interpretar os circuitos fornecidos no experimento, identificando sua finalidade;

• realizar a montagem de um circuito devidamente protegido que realiza o acionamento de um


motor.

2. ONDE UTILIZAR ESSES CONCEITOS?

Em 2017 o setor industrial consumiu 37,7% da energia elétrica gerada no Brasil. Uma parcela
considerável deste valor é dedicada para o funcionamento de motores. A indústria necessita de
instalações elétricas específicas para seu funcionamento, existem diversas normas e condições que
devem ser obedecidas para que uma instalação elétrica entre em operação no setor industrial. O
responsável para instalação deve ser capaz de dimensionar, instalar, interpretar e criar circuitos de
comando e força para operar motores e equipamentos industriais.

3. O EXPERIMENTO

Neste laboratório virtual, você seguirá as instruções contidas no roteiro, nele você vai encontrar as
orientações necessárias para realizar as ligações e a montagem de circuitos. Nos circuitos utilizados
neste experimento você vai realizar o acionamento de uma lâmpada utilizando um contator e
diferentes tipos de botões, onde você poderá entender o princípio de funcionamento desses
equipamentos. Depois disso você irá montar o circuito de acionamento de um motor com partida
direta.

4. SEGURANÇA

A bancada utilizada no laboratório virtual possui os dispositivos necessários para proteger os


equipamentos e usuários contra curto-circuito, sobrecarga e corrente de fuga. Quando for realizar a
montagem de cada circuito, é essencial que as instruções do roteiro sejam seguidas fielmente,
realizando a montagem dos circuitos com segurança.

5. CENÁRIO

Você irá encontrar uma bancada onde você pode selecionar a perspectiva que a bancada será
visualizada, te permitindo acompanhar os experimentos do melhor ponto de vista. No balcão você
vai encontrar o módulo do motor. Os principais componentes utilizados serão:

Dispositivo DR: Responsável pela proteção de pessoas e animais contra choques elétricos por
contato direto ou indireto. Em condições normais, a soma vetorial das correntes nos condutores
ativos é zero, quando houver uma falha (corrente de fuga), o somatório das correntes será diferente
de zero, o que irá provocar a atuação do dispositivo, interrompendo a passagem de corrente
elétrica para a instalação.

Fusíveis Diazed: Estes fusíveis podem ser de ação rápida, próprios para circuitos aonde não existem
cargas com pico de corrente (resistivas) do tipo lâmpadas, fornos e de ação retardada, implantados
em circuitos contendo motores (carga indutiva) e capacitores, pois apresentam corrente que atinge
picos, cuja operação é mais lenta devido a essas correntes máximas provenientes de cargas reativas
serem instantâneas.

Botão de Emergência: Tipo de botoeira com trava, muito usada para desligar o circuito de comando
elétrico em momentos críticos. É acionada por botão do tipo cogumelo.
Contator: É um dispositivo eletromecânico que permite, a partir de um circuito de comando,
efetuar o controle de cargas num circuito de potência. Quando sua bobina é energizada o estado
dos seus contatos internos é comutado.

Botão Desliga: Elemento de comando utilizado para desenergizar contatores, comutando seus
contatos de normalmente fechado para normalmente aberto através de acionamento manual.

Disjuntor: É um dispositivo eletromecânico, que funcionam como interruptores automáticos,


destinados a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por um
curto-circuito ou sobrecarga elétrica.

Relé de Sobrecarga: É um dispositivo de proteção de sobrecarga elétrica aplicado a motores


elétricos. Este dispositivo de proteção visa evitar o sobreaquecimento.

Botão Liga: Elemento de comando utilizado para energizar contatores, comutando seus contatos de
normalmente aberto para normalmente fechado, através de acionamento manual.

Lâmpadas de Sinalização: Dispositivos utilizados em circuitos para indicar que um certo estado de
operação, como o acionamento de um motor ou operação de algum equipamento da bancada.

Chave Seletora: É um equipamento utilizado para controlar o fluxo da eletricidade em um circuito


elétrico, por meio de uma chave mecânica que é controlada manualmente.

Módulo do motor: Composto por um motor de indução trifásico onde o usuário pode selecionar
qual a ligação deseja realizar entre os enrolamentos do motor. Um guia de como realizar a conexão
é fornecido no layout do módulo.

Bons estudos.
Sumário teórico

Acesse o sumário:
VIRTUAL LAB – RESUMO TEÓRICO

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS


Uma das aplicações mais comum e importantes em instalações elétricas industriais é o
acionamento de motores de indução. Esses sistemas de acionamento são compostos por vários
dispositivos elétricos com funções especificas, estes encontram-se interligados formando um
sistema de automação com a finalidade de acionar máquinas elétricas.

Antes do usuário realizar a montagem de um sistema para acionamento de um motor, é


necessário montar um diagrama elétrico para servir de guia para as conexões que serão feitas.
A simbologia utilizada é padronizada pela ABNT, trazendo uma uniformidade entre os
diagramas, permitindo que os componentes sejam identificados. Os diagramas elétricos podem
ser divididos entre diagrama de força e diagrama de comando.

No diagrama de força é necessário que o estejam presentes componentes de proteção e


acionamento, que permitem a alimentação do motor de acordo com a operação do circuito de
comando e protege o motor caso ocorra alguma anomalia que possa danificar o equipamento.

O diagrama de comando utilizado no circuito de partida direta, cria uma lógica de contatos que
será responsável por acionar os componentes. Os componentes por sua vez, serão responsáveis
por comandar o motor trifásico elétrico.

Na imagem abaixo é possível observar um exemplo de circuito de acionamento de um motor.


Você pode observar a nomenclatura de cada um dos dispositivos abaixo.

Cada um deles possui uma função específica e alguns detalhes sobre eles serão apresentados
em seguida.
FUSÍVEIS DIAZED

Os fusíveis do tipo diazed também são conhecidos como tipo rosca e são utilizados em correntes
de 2 a 63 A, com tensão máxima de 500 volts, na figura abaixo temos um detalhamento da
construção física deste componente de proteção.

Figura 4.1 - Vista interna do fusível diazed

Uma característica importante do fusível é a sua capacidade de interrupção, ou seja, a corrente


de curto-circuito que o elemento de proteção pode interromper sem danificar a sua estrutura
externa, pois tal situação poderia ocasionar um acidente envolvendo operadores de painéis. O
fusível do tipo de diazed tem capacidade máxima de interrupção de 50 kA.

DISJUNTORES
Os condutores de uma instalação elétrica devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de
seccionamento automático contra sobrecargas e curtos circuitos. Os disjuntores são os
dispositivos responsáveis por realizar esta proteção. O disjuntor não deve ser utilizado como
dispositivo de liga-desliga de um circuito elétrico, e sim, de proteção. Por norma todos os
condutores vivos devem passar por dispositivos de proteção.

O disjuntor tem a vantagem sobre os fusíveis, em se tratando da ocorrência de um curto-circuito.


No caso de um disjuntor, acontece apenas o desarme e, para religá-lo, basta acionar a alavanca
(depois de verificar/sanar o curto-circuito). Nesse caso, a durabilidade do disjuntor é muito
maior. Assim, a utilização dos disjuntores é muito mais eficiente.

CONTATORES

O contator é o elemento responsável pela lógica do comando e o acionamento dos motores,


enviando a tensão necessária aos terminais do motor elétrico, trata-se de dispositivo
eletromecânico com a finalidade de abrir ou fechar circuitos. O acionamento deste dispositivo
é feito eletromagneticamente.

O contator possui uma bobina responsável pela movimentação do núcleo. Ao ser alimentada, a
bobina cria um campo magnético que atrai o núcleo de ferro. Está acoplado ao núcleo os
contatos móveis responsáveis pelo fechamento do circuito. Ao ser movimentado, o contato
móvel se encontra com os contatos fixos permitindo uma circulação de corrente elétrica. Na
figura abaixo é possível observar a vista interna de um contator, nela você pode observar como
é feita a comutação entre seu estado de ligado e desligado.
Ao ser desenergizado, cessa o campo magnético na bobina e ela deixa de atrair o núcleo. Desta
forma, molas colocadas sob o núcleo fazem com que ele retorne à posição de repouso, abrindo
assim o contato.

Os contatos do contator, assim como outros botões utilizados no acionamento do motor,


possuem uma nomenclatura que define como é a ligação interna do dispositivo. Um contato
pode ser normalmente aberto (não permite a passagem de corrente) ou normalmente fechado
(permite a passagem de corrente).

Esses contatos podem mudar seu estado quando uma determinada condição seja atendida, essa
condição pode ser o acionamento da bobina de um contator ou um botão sendo pressionado.
Quando ela ocorre, o contato normalmente fechado torna-se normalmente aberto e o contato
normalmente aberto torna-se normalmente fechado. Uma vez que a condição deixa de ser
atendida o contato retorna a sua condição original. O contato muitas vezes é referido como um
par de números, como contato 95/96 por exemplo.

RELÉ DE SOBRECARGA

Relé de sobrecarga térmica são dispositivos baseados no princípio de dilatação de partes


termoelétricas (bi metálicos). A operação de um relé está baseada nas diferentes dilatações que
os metais apresentam, quando submetidos a uma variação de temperatura. Os relés de
sobrecarga encontram-se ligados em série com as fases do contator, monitorando a corrente
em cada fase através do efeito joule.
O princípio de funcionamento de um relé térmico está baseado na deflexão de um par bi
metálico com metais de coeficientes de dilatação diferentes. Com a passagem da corrente
elétrica acima de um valor pré-determinado é gerado calor nos elementos por efeito joule, como
consequência ocorre uma certa deflexão mecânica deste par no sentido do metal com menor
coeficiente de dilatação, tal fenômeno é observável na imagem abaixo.

TENSÃO E CORRENTE EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Para o estudo de tensões em circuitos com corrente alternada, o valor da tensão instantânea,
que é aquele valor específico em que a tensão se encontra em um determinado instante de
tempo, e os valores da tensão média e da tensão máxima não são adequados para estimar a
tensão de linha e de fase, nesse tipo de circuito é usado o valor eficaz, que é chamado de RMS
(do inglês Root Mean Square ou Raiz Média Quadrática). O valor da tensão RMS, consiste na raiz
quadrada da média aritmética dos quadrados dos valores. A mesma análise é válida para os
valores da corrente medidos no neste tipo de circuito.

LIGAÇÃO EM ESTRELA

A conexão em estrela em circuitos trifásicos pode ser feita com três condutores (R, S, T) ou por
quatro condutores (R, S, T, N) como pode ser observado na imagem abaixo. Quando existe a
presença do condutor neutro as tensões conseguem permanecer mais simétricas quando
expostas a presença de cargas desbalanceadas. A tensão de linha é dada entre a tensão medida
entre duas fases distintas, enquanto a tensão de fase é estimada quando é feita a medição entre
os dois terminais das impedâncias. Ao realizar uma análise da figura 5.19, é possível observar
que a corrente de linha, que percorre os condutores até as impedâncias, e de fase, que são as
correntes que percorrem as impedâncias, são iguais. Na Tabela 1, é possível observar os valores
de tensão de linha (𝑈𝐿 ), tensão de fase (𝑈𝐹 ), corrente de linha (𝐼𝐿 ) e corrente de fase (𝐼𝐹 ), com
as relações que esses valores possuem entre si.
LIGAÇÃO EM DELTA

A conexão em delta em circuitos trifásicos é feita com três condutores (R, S, T), como pode ser
observado na imagem abaixo. Ao analisar esta imagem, é possível notar que as tensões de linha
e fase são as mesmas, pois a tensão entre duas fases é a mesma em que cada impedância é
submetida. Em relação a corrente de linha e de fase é possível observar que elas são diferentes.
Na Tabela 2, é possível observar os valores de tensão de linha (𝑈𝐿 ), tensão de fase (𝑈𝐹 ), corrente
de linha (𝐼𝐿 ) e corrente de fase (𝐼𝐹 ), com as relações que esses valores possuem entre si.

Tabela 1 – Relação das grandezas em função do tipo de ligação

Conexão Estrela (Y) Conexão Delta (Δ)


Tensão de Linha 𝑈𝐿 = √3 . 𝑈𝐹 𝑈𝐿 = 𝑈𝐹
Corrente de Linha 𝐼𝐿 = 𝐼𝐹 𝐼𝐿 = √3 . 𝐼𝐹
Potência de uma Fase 𝑆𝐹 = 𝑈𝐹 . 𝐼𝐹 𝑆𝐹 = 𝑈𝐹 . 𝐼𝐹
Potência em Fase em função da 𝑈𝐿 𝐼𝐿
𝑆𝐹 = . 𝐼𝐿 𝑆𝐹 = 𝑈𝐿 .
tensão e corrente de linha √3 √3

Potência aparente em uma Fase √3 . 𝑈𝐿 . 𝐼𝐿 √3 . 𝑈𝐿 . 𝐼𝐿


𝑆𝐹 = 𝑆𝐹 =
3 3
Potência aparente trifásica 𝑆 = √3 . 𝑈𝐿 . 𝐼𝐿
Potência ativa trifásica 𝑆 = √3 . 𝑈𝐿 . 𝐼𝐿 . cos 𝜑
Potência reativa trifásica 𝑆 = √3 . 𝑈𝐿 . 𝐼𝐿 . 𝑠𝑒𝑛 𝜑
Roteiro

Acesse o roteiro:
INSTRUÇÕES GERAIS

1. Utilize a seção “Recomendações de Acesso” para melhor aproveitamento da


experiência virtual e para respostas às perguntas frequentes a respeito do
VirtuaLab.

2. Caso não saiba como manipular o Laboratório Virtual, utilize o “Tutorial


VirtuaLab” presente neste Roteiro.

3. Caso já possua familiaridade com o Laboratório Virtual, você encontrará as


instruções para realização desta prática na subseção “Procedimentos”.

4. Ao finalizar o experimento, responda aos questionamentos da seção “Avaliação


de Resultados”.

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RECOMENDAÇÕES DE ACESSO

PARA ACESSAR O VIRTUALAB

ATENÇÃO:
SEU PRIMEIRO ACESSO SERÁ UM POUCO MAIS LENTO, POIS ALGUNS PLUGINS SÃO
BUSCADOS NO SEU NAVEGADOR. A PARTIR DO SEGUNDO ACESSO, A VELOCIDADE DE
ABERTURA DOS EXPERIMENTOS SERÁ MAIS RÁPIDA.

1. Caso utilize o Windows 10, dê preferência ao navegador Google Chrome;

2. Caso utilize o Windows 7, dê preferência ao navegador Mozilla Firefox;

3. Feche outros programas que podem sobrecarregar o seu computador;

4. Verifique se o seu navegador está atualizado;

5. Realize teste de velocidade da internet.

Na página a seguir, apresentamos as duas principais dúvidas na utilização dos


Laboratórios Virtuais. Caso elas não se apliquem ao seu problema, consulte a nossa seção
de “Perguntas Frequentes”, disponível em: https://cliente.grupoa.com.br.

Neste mesmo link, você poderá usar o chat ou abrir um chamado para o contato com
nossa central de suporte. Conte conosco!

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PERGUNTAS FREQUENTES

1) O laboratório virtual está lento, o que devo fazer?

a) No Google Chrome, clique em “Configurações” -> “Avançado” -> “Sistema” ->


“Utilizar aceleração de hardware sempre que estiver disponível”. Habilite a
opção e reinicie o navegador.

b) Verifique as configurações do driver de vídeo ou equivalente. Na área de


trabalho, clique com o botão direito do mouse. Escolha “Configurações
gráficas” e procure pela configuração de performance. Escolha a opção de
máximo desempenho.

Obs.: Os atalhos e procedimentos podem variar de acordo com o driver de


vídeo instalado na máquina.

c) Feche outros aplicativos e abas que podem sobrecarregar o seu computador.

d) Verifique o uso do disco no Gerenciador de Tarefas (Ctrl + Shift + Esc) ->


“Detalhes”. Se estiver em 100%, feche outros aplicativos ou reinicie o
computador.

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2) O laboratório apresentou tela preta, como proceder?

a) No Google Chrome, clique em “Configurações” -> “Avançado” -> “Sistema” ->


“Utilizar aceleração de hardware sempre que estiver disponível”. Habilite a
opção e reinicie o navegador. Caso persista, desative a opção e tente
novamente.

b) Verifique as configurações do driver de vídeo ou equivalente. Na área de


trabalho, clique com o botão direito do mouse. Escolha “Configurações
gráficas” e procure pela configuração de performance. Escolha a opção de
máximo desempenho.

Obs.: Os atalhos e procedimentos podem variar de acordo com o driver de


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VIRTUAL LAB – ROTEIRO DO LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS

Neste experimento você vai fazer a montagem e análise de


circuitos utilizados no ambiente industrial, verificando o
funcionamento dos principais componentes envolvidos no
acionamento de um motor de indução.
TUTORIAL
Dos passos 1 ao 5 você vai aprender as principais interações que podem ser feitas
durante a realização dos experimentos. Estes passos vão te fornecer as informações
necessárias para que você utilize este laboratório virtual com facilidade, criando
familiaridade com diversos instrumentos de medidas elétricas.

PASSO 1

Compreendendo o funcionamento do
experimento

A tela inicial do experimento pode ser observada na imagem abaixo. Você pode
selecionar no canto superior esquerdo as opções de câmera, definindo o ponto de
vista que você terá do experimento.

Dica: Durante a realização do experimento, você pode alterar entre as câmeras


disponíveis para observar melhor o circuito que você está montando.
Na parte superior direita da tela inicial do experimento é possível visualizar os
esquemáticos dos circuitos a serem montados, a caixa de anotações e as
configurações do experimento.
• Acesse a opção “Esquemáticos”.

• Observe o esquemático na janela abaixo, ele mostra um dos circuitos que


serão montados durante o experimento.

Dica: Existem diversos esquemáticos que serão utilizados durante a realização do


experimento! Para visualizar os outros esquemáticos disponíveis, clique com o
botão esquerdo no botão destacado em vermelho na imagem acima.
PASSO 2

Realizando a montagem do circuito de força

Vamos utilizar o esquemático 6 como exemplo. As conexões realizadas devem seguir


o circuito proposto. Vamos utilizar a câmera livre para montar o circuito. Neste
esquemático você pode observar a presença do circuito de comando e do circuito
de força. Você vai montar primeiro o circuito de força.
As ligações neste passo serão apresentadas em partes, ao final deste passo será
exibido o circuito completo.
Dica: Sempre verifique se as conexões que você está realizando estão de acordo
com o esquemático!

• Clique no botão conector da fase R da alimentação trifásica.

Importante: Note que cada conector possui uma letra ou número de identificação
(na imagem acima as setas indicam as entradas dos fusíveis diazed), eles são usados
para que você possa identificar mais facilmente o conector. Nas instruções do
experimento essas identificações serão apresentadas entre parênteses.
Observe que os conectores que podem ser conectados com a fase R da alimentação
mudaram de coloração. Essa indicação vai te ajudar na montagem do circuito.

• Após clicar na fase R da alimentação, clique na entrada (1) do fusível


diazed localizado mais à esquerda.
✓ Observe que um cabo de conexão está realizando a ligação entre os pontos
definidos anteriormente.
• Conecte a fase S da alimentação trifásica com a entrada (1) do fusível
diazed do meio.
• Conecte a fase T da alimentação trifásica com a entrada (1) do fusível
diazed localizado mais à direita.

✓ Observe que as conexões foram realizadas da forma esperada.


Seguindo a montagem do esquemático 6, o contator vai ser conectado ao circuito
de força.
• Conecte as saídas (2) dos fusíveis diazed com as entradas (1L1), (3L2) e (5L3)
do contator.

✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma


adequada.
• Conecte as saídas (2T1), (4T2) e (6T3) do contator com as entradas (1L1),
(3L2) e (5L3) do relé de sobrecarga, respectivamente.

✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma


adequada.
Antes de conectar o relé de sobrecarga ao motor, você deve realizar o fechamento
do motor de indução trifásico. Os fechamentos podem ser em estrela ou em delta,
você pode lembrar das diferenças entre estrela e delta lendo o sumário teórico
deste laboratório virtual.
O fechamento neste caso será em delta. Você pode seguir as instruções de ligações
no módulo do motor.
Dica: Utilize a câmera do motor para realizar estas conexões.

• Conecte (V1) com (U2), (W1) com (V2) e (U1) com (W2).

✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma


adequada.
Agora você pode conectar a saída do relé de sobrecarga com o motor com
fechamento em delta.

• Conecte as saídas (2T1), (4T2) e (6T3) do relé de sobrecarga com (U1), (V1) e
(W1) do motor.
✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma
adequada.
A última ligação deste circuito de força é o aterramento do motor.

• Conecte o terra (também conhecido como ground) da alimentação trifásica


com o terra presente no módulo do motor. Perceba que o cabo de ligação
do terra é verde.
A ligação completa do circuito de força presente no esquemático 6 pode ser visto na
imagem abaixo.
PASSO 3

Realizando a montagem do circuito de


comando
Realizando a montagem do diagrama de comando, o circuito do esquemático 6 está
pronto e o motor de indução trifásico poderá ser operado utilizando os botões do
laboratório virtual.
As ligações neste passo serão apresentadas em partes, ao final deste passo será
exibido o circuito completo.

• Conecte as fases R e S da alimentação trifásica com as entradas do


disjuntor bipolar.

✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma


adequada.
No esquemático 6 você pode observar 3 ramos entre as saídas do disjuntor. Você
vai realizar a montagem desses ramos da esquerda para a direita. O primeiro ramo
é onde estão localizados os botões de acionamento e a bobina do contator,
enquanto nos outros dois ramos você pode encontrar a lâmpadas de sinalização que
são acionadas quando certas condições ocorrem no circuito de acionamento do
motor.
• Conecte a saída da esquerda (fase R protegida) do disjuntor com a
entrada (1) do botão de emergência.
• Conecte a saída (2) do botão de emergência com a entrada (1) do botão
desliga.
• Conecte a saída (2) de botão desliga com a entrada (1) do botão liga.

✓ Observe a imagem acima e verifique se você realizou as conexões da forma


adequada.

• Conecte a saída (2) do botão liga com a entrada (95NC) do relé de


sobrecarga.
• Conecte a saída (96NC) do relé de sobrecarga com a entrada (A1) do
contator.
• Conecte a saída (A2) do contator com a saída da direita (fase S protegida)
do disjuntor.

Para concluir as ligações do primeiro ramo é necessário realizar a conexão do


contato selo.
Faça a ligação entre o contato (13NO) do contator com a entrada (1) do botão liga.
Faça a ligação entre o contato (14NO) do contator com a saída (2) do botão liga.
Desta forma o primeiro ramo foi conectado, a ligação do primeiro ramo do diagrama
de comando pode ser observada na imagem abaixo.

Agora você vai realizar a montagem do segundo e terceiro ramos. No segundo ramo
é utilizada a lâmpada de sinalização h0, está lâmpada permanecerá acionada
enquanto o motor estiver em funcionamento. Já no terceiro ramo é utilizada a
lâmpada de sinalização h1, está lâmpada permanecerá acionada enquanto o relé de
sobrecarga estiver atuando.
• Faça a ligação da saída da esquerda (fase R protegida) do disjuntor com o
contato (53NO) do contator.
• Faça a ligação do contato (54NO) do contator com a entrada (1) da lâmpada
de sinalização (h0).
• Faça a ligação da saída (2) da lâmpada de sinalização (h0) com a saída da
direita (fase S protegida) do disjuntor.
• Faça a ligação da saída da esquerda (fase R protegida) do disjuntor com o
contato (97NO) do relé de sobrecarga.
• Faça a ligação do contato (98NO) do relé de sobrecarga com a entrada (1) da
lâmpada de sinalização (h1).
• Faça a ligação saída (2) da lâmpada de sinalização (h1) com a saída da direita
(fase S protegida) do disjuntor.
Na imagem abaixo você pode observar o circuito de comando presente no
esquemático 6.
Agora que você conseguiu realizar a montagem tanto do diagrama de força quanto
do diagrama de comando, você pode realizar as ligações dos Passos 2 e 3, concluindo
assim a montagem do circuito de acionamento do motor.
A montagem completa seguindo o esquemático 6 pode ser visto na imagem abaixo.
Este circuito é amplamente utilizado para realizar o acionamento de motores de
indução trifásicos na indústria. Com ele você poderá dar a partida do motor por um
botão liga e desativar o motor por um botão desliga. Além disso, é utilizado o botão
de emergência que interrompe o circuito caso o operador detecte alguma anomalia
durante a operação do motor. Tanto o circuito de comando quanto o circuito de
força estão presentes dispositivos de proteção que são utilizados no ambiente
industrial.
PASSO 4

Funcionamento do circuito
Agora que o circuito foi devidamente montado, você poderá realizar o acionamento
do motor utilizando os botões no circuito de comando. Mas para que isso seja feito,
você deve primeiro energizar a bancada.
Importante: No menu de visualização do laboratório virtual você pode encontrar a
opção Lateral, ao selecionar está opção você poderá ver o dispositivo DR, um
equipamento de proteção destinado a proteger pessoas contra fuga de corrente
(choque elétrico). Este dispositivo é explorado desenvolvido no laboratório virtual
de Instalações Elétricas Residenciais, onde seu princípio de funcionamento é
explicado e ele é testado durante a realização dos experimentos.

• Selecione a opção Lateral nas opções de visualização do laboratório virtual.

• Clique na alavanca vermelha para acionar o dispositivo DR, protegendo a


bancada e permitindo que ela seja energizada.
Perceba que a lâmpada de sinalização de bancada energizada (canto superior
esquerdo da bancada) acendeu.
Também é necessário acionar o disjuntor bipolar utilizado no circuito de comando.

• Clique na alavanca vermelha do disjuntor bipolar para que o circuito de


comando entre em operação.
Agora as condições necessárias para realizar a operação do circuito de acionamento
do motor foram realizadas!
Dica: Você pode utilizar o modo de visualização livre para utilizar os botões de
comando e observar o funcionamento do motor ao mesmo tempo.

• Pressione o botão liga.


Observe que o motor entra em operação.

• Pressione o botão desliga.


Perceba que o motor para de girar por inércia já que sua alimentação foi
interrompida.

• Pressione o botão liga.


• Pressione o botão de emergência.
Note que o motor parou de funcionar e mesmo que você tente utilizar o botão liga,
o motor não será acionado, este comportamento é devido ao contato do botão de
emergência se encontrar aberto.

• Pressione novamente o botão emergência para permitir que o circuito de


comando volte a operar.
Você também pode acionar o contator e o relé de sobrecarga manualmente.
Perceba que o contator possui um botão branco em sua parte frontal. Este botão
pode ser utilizado para simular o acionamento do contator, então enquanto ele
permanecer pressionado os contatos do contator serão comutados.

• Utilize o botão de acionamento manual do contator para operar o motor.


• Pressione o botão liga.
O relé de sobrecarga também possui um botão de acionamento manual, quando
pressionado seus contatos de comando serão comutados.

Perceba que o relé possui um botão vermelho em sua parte frontal.

• Utilize esse botão vermelho para simular a atuação do relé de sobrecarga.

PASSO 5

Removendo as conexões e menu de Opções


Caso você tenha feito alguma conexão errada durante a montagem dos circuitos ou
quando você deseja realizar a montagem de outro esquemático disponível no
experimento, você pode remover as conexões e recomeçar a montagem do circuito
do início ou de algum ponto desejado.
Importante: Para remover um dos cabos de conexão do circuito (ou todos eles), o
circuito montado deve ser desenergizado, para que isso aconteça, você deve
desativar o dispositivo DR na lateral da bancada.
Se você deseja remover os cabos de conexão individualmente, posicione seu mouse
em algum ponto da extensão do cabo e observe que vai surgir um X vermelho,
indicando que se você clicar naquele ponto a conexão será removida do circuito.
Dica: Existe a opção de remover todos os cabos ao mesmo tempo, para fazer isso
você deve clicar na opção “Remover todos os cabos” no canto superior direito da
tela.
Utilizando este comando todas as conexões são removidas, permitindo que você
faça a montagem de outro circuito.
Você pode acessar as “Opções” do experimento clicando na parte assinalada em
vermelho no canto superior direito da tela.
Após clicar em Opções será exibida a tela da imagem abaixo.

Você terá duas opções neste menu:


➢ Ao clicar em Retornar você vai ser direcionado para a tela anterior.
➢ Ao clicar em Reiniciar Experimento você vai retornar as condições iniciais do
experimento.
Agora você está pronto para realizar a montagem e análise dos circuitos presentes
nos esquemáticos.

EXPERIMENTOS
Agora que você já sabe utilizar o laboratório virtual e como operar os componentes
presentes nela. Os esquemáticos abaixo podem ser encontrados no laboratório virtual.

Monte cada um deles e verifique o comportamento dos componentes destes circuitos.


Pré Teste

Qual das opções abaixo pode ser considerada uma desvantagem do fusível diazed em relação
1) à outros dispositivos de proteção.
A) Não protege contra curto-circuito.
B) O fusível deve ser trocado depois de atuar.
C) Sua capacidade de interrupção máxima é de 500 A.
Qual o princípio de funcionamento do relé de sobrecarga?
2)
A) Deflexão de um par bimetálico com metais de coeficientes de dilatação diferentes.
B) Ao ser alimentado, sua bobina cria um campo magnético que atrai o núcleo de ferro.
C) A fusão do elo devido a corrente que o percorre.
Qual é o tipo de contato utilizado no botão desliga?
3)
A) Contato normalmente aberto.
B) Contato normalmente fechado.
C) Contato selo.
Quando o contator é desenergizado, como é feito o retorno dos contatos do contator para
4) sua posição de repouso?
A) Retorno por inércia
B) Retorno por eletroímã
C) Retorno por mola
O disjuntor protege a instalação elétrica contra qual condição?
5)
A) Descargas atmosféricas
B) Curto-circuito
C) Fuga de corrente
Experimento

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Pós Teste

1) Qual dispositivo é utilizado na proteção contra curto-circuito nos diagramas de força nos
esquemáticos do experimento que você fez?

A) Fusível Diazed;

B) Disjuntor;

C) Dispositivo DR.

2) Para que serve o contato selo?

A) Manter a bobina do contator energizada após o botão desliga ser pressionado;

B) Manter a bobina do contator energizada após o botão liga ser pressionado;

C) Interromper a alimentação na bobina do contator quando o botão de emergência é


pressionado.

3) Quais botões podem ser utilizados para interromper a alimentação da bobina do contator
quando acionados?

A) Botão liga e botão de emergência;

B) Botão desliga e botão de emergência;

C) Botão liga e botão desliga.

4) O relé de sobrecarga é um importante componente que está presente no circuito de


comando e no circuito de força, interrompendo a alimentação da bobina do contator caso
ocorra uma sobrecarga. Qual contato deste equipamento realiza essa ação de interrupção?

A) Contato 43/44;

B) Contato 97/98;

C) Contato 95/96.
5) A lâmpada de sinalização H1 acende quando o circuito de acionamento do motor se
encontra em que estado.

A) O contator está acionado;

B) O relé de sobrecarga está atuando;

C) O disjuntor bifásico está desativado.

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