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FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE FISICA

Licenciatura em Física

FÍSICA E TECNOLOGIAS DOS MATERIAIS

Relatório 2

Discente:

Maunde Jr, Samuel Abílio

Regente: Prof. Doutor Akil Askarhodjaev

Assitente: Dr. Helder Marrenjo

Maputo, Maio de 2022


Indíce
1.Introdução ............................................................................................................................................ 3
1.1.Contextualização ........................................................................................................................... 3
1.2. Objectivos .................................................................................................................................... 3
1.2.1.Objetivo Geral ........................................................................................................................ 3
1.2.2. Objecticos Especifícos ........................................................................................................... 3
1.3.Metodologia .................................................................................................................................. 3
2.Difração de raios X ............................................................................................................................... 4
2.1.Lei de Bragg .................................................................................................................................. 4
3.Estruturas Cristalinas metálicas............................................................................................................. 5
3.1.Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado (CCC) ................................................................... 5
3.2.Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC) ................................................................... 5
3.3.Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HCP) ........................................................................... 6
4.Estruturas Cerâmicas ............................................................................................................................ 6
4.1.Estruturas Cristalinas do Tipo 𝐴𝑚𝑋𝑝 ............................................................................................. 7
4.2.Estruturas Cristalinas do Tipo 𝐴𝑚𝐵𝑛𝑋𝑝 ........................................................................................ 7
4.3.Estruturas Cristalinas a Partir de Ânions com Arranjo Compacto .................................................... 8
5.Estruturas Poliméricas .......................................................................................................................... 8
5.1.Moléculas Poliméricas ................................................................................................................... 9
6.Estruturas Semicondutoras .................................................................................................................. 10
7.Posições na rede, direcções e planos ................................................................................................... 10
8.Sistemas e redes de Bravais ............................................................................................................... 11
9.Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 12
1.Introdução

1.1.Contextualização

O termo Cristal é utilizado para designar objectos sólidos que apresentam características de
brilho e forma bem marcados, em geral associados a formas geométricas simples. Se alguns são
cristais, como o gelo, diamante, turmalina, até sal de cozinha, outros são na realidade vítreos, isto
é são compostos por materiais cujos átomos não apresentam qualquer ordenação específica. Este
relatório aborda vários conceitos fundamentais e importantes: Difracção de raios-x, estruturas
metálicas, estruturas cerâmicas, estruturas poliméricas, estruturas semicondutoras ,Posições na
rede, direcções e planos, Estruturas Cristalinas, Sete sistemas e 14 redes. Os materiais estão
enraizados em nossa cultura, por isso existe a necessidade de ter um profundo conhecimento das
propriedades características e do comportamento dos materiais

1.2. Objectivos

1.2.1.Objetivo Geral

 Estudar as propriedades caracteríticas e o comportamento dos materiais.

1.2.2. Objecticos Especifícos

 Descrever as estruturas cerâmicas, metálicas, polímeras dos Materiais e


semiconductoras;
 Conhecer os sistemas cristalinos e as redes de Bravais;
 Falar da Difracção dos raios X ;

1.3.Metodologia

Este estudo é de cunho exploratório e abordagem qualitativa, baseado em revisão bibliográfica,


cujo levantamento de dados se deu através da análise de trabalhos publicados em idioma
português, inglês entre outras línguas . Para busca de dados bibliográficos, considerou-se artigos
e livros de extrema importância que apresentassem no tema, termos como: Estruturas
semicondutoras ,Posições na rede, direcções e planos.
2.Difração de raios X

Os raios X são ondas eletromagnéticas com um comprimento de onda da ordem de 1 Å


(10−10 𝑚). A difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente
separados que são capazes de dispersar a onda, e possuem espaçamentos comparáveis, em
magnitude, ao comprimento de onda. Além disso, a difração é uma consequência de relações de
fase específicas estabelecidas entre duas ou mais ondas que foram dispersas pelos obstáculos
(Callister e Rethwisch, 2018).

Figura 1: Mais acima temos duas ondas que possuem o mesmo λ e estão em fase, interferem mutuamente de maneira
construtiva. Em baixo temos duas ondas que possuem o mesmo λ que ficam fora de fase após um evento de
dispersão, interferem mutuamente de maneira destrutiva.

2.1.Lei de Bragg

Segundo (Callister e Rethwisch , 2018) Um feixe de raios X paralelo, monocromático e coerente


(em fase), com comprimento de onda λ, incida sobre esses dois planos segundo um ângulo θ
figura 2. Dois raios nesse feixe, identificados como 1 e 2, são dispersos pelos átomos P e Q.
Havera uma interferência construtiva dos raios dispersos 1′ e 2′ em um ângulo θ em relação aos
̅̅̅̅ + 𝑄𝑇
planos, Quando 𝑛𝜆 = 𝑆𝑄 ̅̅̅̅ .

Figura 2: Difração de raios X por planos de átomos no planos (A–A′ e B–B′).

nλ = 2dhkl senθ (n = 1,2,3 … ) lei de Bragg Equação (1)


3.Estruturas Cristalinas metálicas

A ligação atômica nesse grupo de materiais é metálica e, dessa forma, é de natureza não
directional. A maioria dos metais puros (aproximadamente 90%) são cristalizados por
solidificação em três estruturas cristalinas compactas: cúbica de corpo centrado (CCC) (fig. 3),
cúbica de face centrada (CFC) (fig. 4) e hexagonal compacta (HCP) (fig. 5) . Na celula unitária
com arestas (a) as esferas representam o pontos onde os átomos são colocados e indicam
claramente suas posições relativas (Smith e Hashemi, 2006).

3.1.Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado (CCC)

Esta estrutura cristalina é muito encontrada nos metais e possui uma célula unitária cúbica, em
que existe átomos localizados em todos os oito vértices e um único átomo no centro do cubo.
Essa estrutura é denominada estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC).

4𝑅√3
Figura 3: Células unitárias CCC: a) posições atômicas, b) esferas rígidas e c) isoladas. 𝑎 =
3

3.2.Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC)

A estrutura cristalina encontrada em muitos metais possui uma célula unitária com geometria
cúbica, na qual os átomos estão localizados em cada um dos vértices e nos centros de todas as
faces do cubo. Essa estrutura é chamada apropriadamente de estrutura cristalina cúbica de faces
centradas (CFC).

Figura 4: Células unitárias FCC: a) posições atômicas, b) esferas rígidas e c) isoladas. 𝑎 = 2𝑅√2
3.3.Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HCP)

A maioria dos metais cristalizados estão nessa estrutura hexagonal compactada porque a energia
diminui à medida que os átomos se aproximam e se ligam densamente. Desta forma, as
estruturas mais compactas correspondem à ordenação dos níveis de energia mais baixas e fontes
mais estáveis.

Figura 5: Estrutura cristalina HCP: a) esquema de estrutura cristalina, b) modelo de esfera dura e
c) esquema de célula unitária isolada. 𝑎 = 2𝑅

4.Estruturas Cerâmicas

As cerâmicas são compostas por pelo menos dois elementos, frequentemente por mais, suas
estruturas cristalinas são mais complexas que as dos metais. A ligação atômica nesses materiais
varia desde puramente iônica até totalmente covalente; muitas cerâmicas exibem uma
combinação desses dois tipos de ligação, sendo o grau da natureza iônica dependente das
eletronegatividades dos átomos (Callister e Rethwisch , 2018).

Estruturas cristalinas cerâmicas estáveis são formadas quando os ânions que envolvem um cátion
estão todos em contato com o cátion, conforme se encontra ilustrado na fig. 6 .

Figura 6: Configurações de coordenação ânion-cátion estável e instável. Os círculos maiores são


os ânions; os círculos menores são os cátions.
4.1.Estruturas Cristalinas do Tipo 𝑨𝒎 𝑿𝒑

Os materiais cerâmicos mais comuns são aqueles em que existem números iguais de cátions e de ânions
(m=p=1) , tambem existem materiais cerâmicos em que (m e/ou p≠1) figura 7. Com frequência, esses
materiais são designados como compostos 𝐴𝑚 𝑋𝑝 , nos quais A representa o cátion, e X representa o

ânion. Existem várias estruturas cristalinas diferentes para os compostos 𝐴𝑚 𝑋𝑝 ; normalmente, cada uma
delas é denominada em referência a um material comum que assume aquela estrutura em particular (ZnS,
NaCl , Ca𝐹2 ).

Figura 7: Célula unitária para a estrutura cristalina : a) do cloreto de sódio (NaCl) e b) da fluorita (Ca𝐹2 ).

4.2.Estruturas Cristalinas do Tipo 𝑨𝒎 𝑩𝒏 𝑿𝒑

Os compostos cerâmicos podem possuir mais de um tipo de cátion, no caso de dois tipos de cátions (A e
B), suas fórmulas químicas podem ser designadas como 𝐴𝑚 𝐵𝑛 𝑋𝑝 . O titanato de bário (𝐵𝑎𝑇𝑖𝑂3 ), que
possui tanto cátions 𝐵𝑎2+ quanto 𝑇𝑖 4+ , enquadra-se nessa classificação e esse material tem uma estrutura
cristalina da perovskita figura 8.

Figura 8: Célula unitária para a estrutura cristalina da perovskita.


4.3.Estruturas Cristalinas a Partir de Ânions com Arranjo Compacto

Nessas estruturas cristalinas cerâmicas, o empilhamento de planos compactos de íons, uns sobre os
outros, gera estruturas cristalinas tanto do tipo CFC quanto do tipo HC. Conforme esses planos são
empilhados uns sobre os outros, pequenos sítios intersticiais são criados entre eles, onde os cátions podem
se alojar (Callister e Rethwisch , 2018).

Existem dois tipos diferentes dessas posições intersticiais, como está ilustrado na figura 9. Quatro átomos
(três em um plano e um único átomo no plano adjacente) circundam um dos tipos; essa posição é
denominada posição tetraédrica, já que linhas retas traçadas a partir dos centros das esferas circundantes
formam um tetraedro. O outro tipo de sítio representado na figura 9 envolve seis esferas de íons, três em
cada um dos dois planos. Uma vez que um octaedro é produzido pela união dos seis centros dessas
esferas, esse sítio é denominado posição octaédrica.

Figura 9: Empilhamento de um plano compacto de esferas (alaranjadas) (ânions) sobre outro (esferas
azuis); estão destacadas as geometrias das posições tetraédricas e octaédricas entre os planos.

5.Estruturas Poliméricas

A maioria dos polímeros é de origem orgânica e muitos materiais orgânicos são hidrocarbonetos, isto é,
são compostos por hidrogênio e carbono sendo que as ligações intramoleculares são covalentes. As
moléculas com ligações covalentes duplas e triplas são denominadas insaturadas, isto é, cada átomo de
carbono não está ligado ao número máximo possível (quatro) de outros átomos e os hidrocarbonetos
saturads, apresentam ligações simples, e nenhum átomo adicional pode unir-se à molécula sem a remoção
de outros átomos que já estejam ligados.
Tabela 1: Composições e Estruturas Moleculares para Alguns Compostos Parafínicos: 𝐶𝑛 𝐻2𝑛+2 .

5.1.Moléculas Poliméricas

As moléculas nos polímeros são gigantescas em comparação com as moléculas dos hidrocarbonetos, por
causa de seu tamanho, elas são chamadas, com frequência, de macromoléculas. Para os polímeros com
cadeias de carbono, a estrutura de cada cadeia é uma série de átomos de carbono. Essas longas moléculas
são compostas por entidades estruturais chamadas unidades repetidas, que se repetem sucessivamente ao
longo da cadeia. O termo monômero refere-se à pequena molécula a partir da qual um polímero é
sintetizado.

Tabela 2: Unidades Repetidas para 4 dos Materiais Poliméricos Mais Comuns.


6.Estruturas Semicondutoras

A classificação dos materiais em relação a seu comportamento elétrico é feita dividindo-os em


isolantes e condutores, existe um grupo intermediário de materiais que não são bons condutores,
pois a corrente tem dificuldade em passar através deles, mas não são totalmente isolantes. Nestes
materiais, os portadores de carga podem se mover, mas com certa dificuldade. Estes materiais
são denominados “semicondutores”. Os materiais semicondutores mais utilizados são: silício
(Si), germânio (Ge) e o Selênio (Se).

Figura 10 : A estrutura cristalina do silício .

7.Posições na rede, direcções e planos

Tabela 3: Equações Usadas para Determinar os Índices de Pontos, Direções e Planos Cristalográficos.
8.Sistemas e redes de Bravais
Em função dos parâmetros de rede, isto é, do comprimento dos lados e dos eixos do
paralelepípedo elementar da célula unitária, e dos ângulos que as suas faces formam entre si,
podem identificar-se sistemas de cristalização, ou sistemas cristalinos básicos. Neste contexto,
um sistema de cristalização é o grupo pontual da malha cristalina, isto é o conjunto de simetrias
de rotação e reflecção permitidas ao manter fixo um ponto da malha (ignorando os átomos ou
moléculas contidos em cada célula unitária) (Askarhodjaev).

Sistema de Cúbico Tetragonal Ortorrômbico hexagonal Romboédrico Monoclínico Triclínico


cristalização ou Trigonal
Eixos a= b = a=b≠c a≠b≠c a=b=c a≠b≠c a≠b≠c
a=b≠c
c
Ângulos α = β = α = β = γ α=β=γ α = β = γ ≠ α= γ = 90º; α ≠ β ≠ γ
α=β=90º;
entre os γ = 90º = 90º 90º β ≠ 90º ≠ 90º
γ = 120º
eixos = 90º
Tabela 4: Sistemas cristalinos.

Figura 10: Redes de Bravais


9.Referências Bibliográficas

 Askarhodjaev, Akil. SEMINÁRIOS DE FÍSICA E TECNOLOGIAS DOS MATERIAIS. Maputo:


https://pt.calameo.com/books/000677440df0ca1608e4c.
 William D. Callister e David G.Rethwisch;. (2000). Ciência de materiais e engenharia - uma
introdução. ISBN 0-471-32013-7.
 Pinto, Luiz Fernando Teixeira e Rômulo Oliveira Albuquerque (2011).Eletrônica,
Volume 2⁚ Eletrônica analógica, Centro Paulo Zouza.São Paulo: Fundação Padre
Anchieta. ISBN 978-85-8028-046-3
 William F. Smith e Javad Hashemi. (2006). Fundamentos de la ciencia e ingeniería de materiales.
ISBN 970-10-5638-8.

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