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DEPARTAMENTO DE FISICA
Licenciatura em Física
Relatório 3
Discente:
Fluidos com propriedades de auto organização são usualmente considerados como fluidos
complexos. Entre eles, podemos citar as suspensões coloidais, os ferrofluidos e os cristais
líquidos (CLs). No segundo capítulo iremos abordar o (Cls) que são e com se classificam. Até o
momento tem sido considerado tacitamente que, em uma escala atômica, existe uma ordenação
perfeita por todo o material cristalino. Entretanto, esse tipo de sólido ideal não existe; todos os
materiais contêm grande número de uma variedade de defeitos ou imperfeições isso será
detalhado em capítulos 3. Muitas reações e processos importantes no tratamento de materiais
dependem da transferência de massa tanto no interior de um sólido específico (ordinariamente
em um nível microscópico) quanto a partir de um líquido, um gás ou outra fase sólida. Isso é
alcançado obrigatoriamente por difusão, que é o fenômeno de transporte de matéria por
movimento atômico. Este capítulo discute os mecanismos atômicos pelos quais ocorrem a
difusão, a matemática da difusão e a influência da temperatura e da espécie que está se
difundindo sobre a taxa de difusão.
1.2. Objectivos
1.2.1.Objetivo Geral
1.3.Metodologia
São substâncias que ao passarem do estado sólido ao estado líquido apresentam uma ou
várias fases intermédias (designadas mesofases) com propriedades mecânicas idênticas às dos
líquidos mas com propriedades ópticas anisótropas próprias dos cristais (fig.1). Assim, as fases
líquidas intermédias destas substâncias quando observadas num microscópio entre polarizadores
cruzados, revelam magníficas texturas características da anisotropia do meio, extinguindo-se a
imagem se a substância transitar para a fase líquida isótropa (A. C. Ribeiro at al, 1988).
CLs termotrópicos são constituídos por substâncias orgânicas, compostas por moléculas
anisométricas. Não há a formação de agregados moleculares. As diferentes estruturas e
ordenamento local dessas moléculas individuais ocorrem em função da temperatura (e
pressão) do material.
Os CLs liotrópicos são obtidos a partir de determinadas substâncias misturando-as com
um solvente em determinadas condições de concentração, pressão e temperatura.
Apresentam a formação de superestruturas, isto é, agregados de moleculares que se
organizam no espaço, exibindo algum grau de ordem. As moléculas anfifílicas são
aquelas que, numa mesma estrutura, apresentam regiões que se comportam de forma
muito diferente na presença de outras moléculas que possuam momento de dipolo elétrico
ou não .
3.Defeitos Cristalinos
Por defeito cristalino designamos uma irregularidade na rede cristalina com uma ou mais
das suas dimensões na ordem do diâmetro atômico. A classificação de imperfeições cristalinas é
feita, frequentemente, de acordo com a geometria ou com a dimensionalidade do defeito
(Callister e Rethwisch , 2018).
O defeito pontual mais simples é a lacuna, ou um sítio vago na rede cristalina que
normalmente deveria estar ocupado, mas no qual está faltando um átomo (Fig. 3). A necessidade
da existência das lacunas é explicada considerando os princípios da termodinâmica;
essencialmente, a presença das lacunas aumenta a entropia (isto é, a aleatoriedade) do cristal.
Defeito Frenkel - envolve um par composto por uma lacuna de cátion e um cátion
intersticial.
Defeito Schottky - defeito encontrado em materiais do tipo AX é um par composto por
uma lacuna de cátion e uma lacuna de ânion.
Para os defeitos Frenkel e Schttky, a quantidade de pares depende da temperatura, de acordo com
−𝐸𝑎
a seguinte expressão : 𝐷 = 𝐷0 𝑒𝑥𝑝 ( ) Eq(2)
2𝑅𝑇
Defeitos pontuais semelhantes aos encontrados nos metais foram observados nas regiões cristalinas de
materiais poliméricos; esses defeitos incluem as lacunas e os átomos e íons intersticiais. As extremidades
das cadeias são consideradas defeitos, visto que são quimicamente diferentes das unidades normais da
cadeia. Lacunas também estão associadas às extremidades da cadeia (Figura 4). No entanto, defeitos
adicionais podem resultar das ramificações na cadeia do polímero ou de segmentos de cadeia que
emergem do cristal.
Figura 4: Representação esquemática de defeitos em cristalitos poliméricos. Fonte (Callister e Rethwisch , 2018).
3.5.Dscordâncias (defeitos lineares )
Os defeitos lineares ou deslocamentos em sólidos cristalinos são defeitos que causam uma
distorção de rede centrada em torno de uma linha. As luxações são criadas durante solidificação
de sólidos cristalinos. Eles também podem ser formados em deformação plástica ou formação de
sólidos cristalinos, por condensação de vacâncias e por incompatibilidade atômica em soluções
sólidas (Smith e Hashemi, 2006).
Figura 5 : Deslocamento de borda positiva em uma rede cristalina. O defeito linear está logo acima do
“T” invertido, ⊥, onde um semiplano adicional de átomos foi inserido. Fonte (Callister e Rethwisch ,
2018)
Os dois principais tipos de discordâncias são o tipo aresta e o tipo helicoidal. Uma
combinação dos dois resulta em discordâncias mistas, que têm aresta e helicoidal. Uma
discordância de aresta é criada em um cristal pela interseção de uma metade plano adicional de
átomos, como mostrado na figura 5, logo acima do símbolo ⊥. O deslocamento helicoidal pode
ser formado em um cristal perfeito aplicando tensões de cisalhamento para cima e para baixo em
regiões do cristal perfeito que foram separadas por um plano de corte figura 6a (Smith e
Hashemi, 2006).
Figura 6: Formação de um deslocamento helicoidal. a) Um cristal perfeito é cortado por um plano e As tensões de
cisalhamento são aplicadas paralelamente ao plano de cisalhamento acima e abaixo, formando um deslocamento
helicoidal em b. b) Um deslocamento helicoidal ocorre com sua deslizamento ou vetor de Burgers b paralelo à linha
de discordância. Fonte (Smith e Hashemi, 2006).
3.6.Defeitos interfaciais
Os defeitos interfaciais são contornos que possuem duas dimensões e que normalmente
separam regiões dos materiais que possuem estruturas cristalinas e/ou orientações
cristalográficas diferentes. Essas imperfeições incluem as superfícies externas, os contornos de
grão, os contornos de fases.
3.8.Vibrações atómicas
4.Difusão
O fenômeno da difusão pode ser demonstrado com o auxílio de um par de difusão, o qual
é formado unindo barras de dois metais diferentes, de modo que haja um contato íntimo entre as
duas faces. O termo interdifusão refere-se à migração de átomos de impureza; para os átomos
hospedeiros, é empregado o termo autodifusão.
4.1.Mecanismos da Difusão
Um mecanismo que envolve a troca de um átomo de uma posição normal da rede para
uma posição adjacente vaga ou lacuna na rede cristalina. Esse mecanismo é apropriadamente
denominado difusão por lacunas. Evidentemente, esse processo necessita da presença de lacunas,
e a extensão segundo a qual a difusão por lacunas pode ocorrer é uma função do número desses
defeitos que estejam presentes; em temperaturas elevadas, podem existir concentrações
significativas de lacunas nos metais fig.7a (Callister e Rethwisch, 2018).
4.3.Difusão Intersticial
O segundo tipo de difusão envolve átomos que migram de uma posição intersticial para uma
posição intersticial vizinha que esteja vazia. Esse mecanismo é encontrado para a interdifusão de
impurezas, tais como H, C, Ni e O, que são átomos pequenos o suficiente para se encaixar nas
posições intersticiais. Os átomos hospedeiros ou de impurezas substitucionais raramente formam
intersticiais e, normalmente, não se difundem por esse mecanismo. Esse fenômeno é
apropriadamente denominado difusão intersticial fig.7b ( Callister e Rethwisch, 2018).
Figura 7: Representações esquemáticas (a) da difusão por lacunas e (b) da difusão intersticial.
4.4.Primeira Lei de FICK (Difusão em estado estacionário)
A maioria das situações práticas envolvendo difusão ocorre em regime não estacionário.
Isto é, o fluxo difusional e o gradiente de concentração em um ponto específico no interior de um
sólido variam com o tempo, e provoca um acúmulo ou um esgotamento líquido do componente
que está se difundindo. A segunda Lei de Fick, deve ser usada. Se o coeficiente de difusão for
independente da composição (o que deve ser verificado para cada caso de difusão específico) (
𝜕𝐶 𝜕2𝐶
Callister e Rethwisch. (2018). =𝐷 Eq.(4)
𝜕𝑥 𝜕𝑥 2
As taxas de difusão são maiores através das regiões amorfas do que através das regiões
cristalinas; a estrutura do material amorfo é mais “aberta”. Esse mecanismo de difusão pode ser
considerado análogo à difusão intersticial nos metais isto é, nos polímeros, os movimentos de
difusão ocorrem através de pequenos vazios entre as cadeias poliméricas, de uma região amorfa
∆𝑃
aberta para uma região aberta adjacente. 𝐽 = −𝑃𝑀 ∆𝑥 Eq.(5)
Para moléculas pequenas em polímeros não vítreos, o coeficiente de permeabilidade pode ser
aproximado como o produto entre o coeficiente de difusão (D) e a solubilidade da espécie em
difusão no polímero (S): 𝑃𝑀 = 𝐷𝑆 Eq.(6)
4.8.1.Espécie em Difusão
−𝐸
𝐷 = 𝐷0 𝑒𝑥𝑝 ( 𝑅𝑇𝑎 ) Ep(7)
A energia de ativação pode ser considerada como a energia necessária para produzir o
movimento difusivo de um mol de átomos. Uma energia de ativação elevada resulta em um
coeficiente de difusão relativamente pequeno.
4.9.Outros caminhos de difusão
5.Referencias Bibliograficas