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Sistema ortorrômbico – perfeitamente incolor em LN –
refringência forte ‐ fraturas irregulares, côncavas e convexas –
birrefringência muito elevada: tintas vivas de fim da 2ª. e início
da 3ª. Ordens – alterações características
Olivina euédrica. LN – perfeitamente incolor, relevo nítido, clivagens indistintas, fraturas mais ou menos caprichosas
que podem mimetizar a clivagem. LP – Birrefringência muito elevada: tintas vivas do fim da 2ª. ao início da 3ª. O.
Mineral característico e frequente de rochas básicas e ultrabásicas, assim como de certos mármores.
Olivina basalto
Dunito
Há rochas que podem ser formadas
à mais de 90% de olivina. Os
dunitos são rochas que fazem parte
de corpos intrusivos onde
processos de acumulação levam à
concentração extrema em olivina.
Visto que há tempo e temperatura
suficiente para os cristais se
desenvolverem plenamente eles
crescem até se tocarem formando
uma textura granular poligonal,
como no exemplar ao lado.
Komatiítos
Os komatiítos são os
correspondentes vulcânicos dos
peridotitos (rochas intrusivas
formadas por peritotos, piroxênios,
...)
O fato de alcançarem a superfície e
normalmente escorrerem sob a
água do mar, faz com que os
komatiítos apresentem texturas
fotogênicas chamadas de spinifex.
Essa textura nasce da cristalização
repentina abaixo do ponto de
solidificação e se assemelha à
textura encontrada no gelo Cristais esqueletais de olivina (MgSiO4) em komatiíto
bruscamente cristalizado.
Os cristais de olivina são muito
alongados e podem alcançar mais
de um metro de comprimento
(raro). Além de alongados, se vê ao Cristais de
microscópio que assemelham‐se à gelo (H2O)
esqueletos de cristais. ao ar livre e
gelado
Idingsita
Alteração ferruginosa, de cor
avermelhada, da olivina. Em
geral, forma uma banda em
torno dos cristais, ou se
introduz ao longo de
quebras. É comum nos
peridotos de rochas
vulcânicas de derrames sub‐
aéreos.
Serpentina
Transformação da olivina
com formação de serpentina
e magnetita. Também inicia
nos bordos dos grãos e
progressivamente os invade
utilizando as fraturas.
Resulta de reações de
hidratação e oxidação e pode
ocorrer imediatamente após
o derrame de lavas
submarinas. Também pode
se desenvolver em rochas
intrusivas.
A serpentinização é uma
reação com aumento de
volume. Isso implica em
inchaço e fraturas nas rochas
hospedeiras .
Constitui um grupo de minerais muito raros de nesosilicatos, de
composição química vizinha dos peridotos.
Condrodita
As humitas tem características e
produzem alterações semelhantes
às dos peridotos. Entretanto, são
minerais muito raros. Ocorrem em
certos mármores, associadoas à
flogopita, espinélios, olivina ... São
particularmente notáveis nas
minas de Zn de Franklin e Sterling
Hill (N. Jersey –EUA).
Ocorrem também em carbonatitos
(exemplo ao lado), ou seja, rochas
carbonáticas de origem ígnea,
tanto na forma de intrusões,
quanto em lavas, associadas com
suítes alcalinas.
São filossilicatos de fórmula [Si4 O10 ] (OH) O8 Mg6
O Fe substitui parcialmente o Mg.
As espécies mais importantes são :
‐ Antigorita e Lizardita (monoclínicas, sub‐hexagonais) –
maciças ou foliadas – alongamento (+/‐)
‐ Crisotilo (monoclínico, sub‐ortorrômbico) – fibroso ‐
(alongamento negativo)
‐ Serpofita (amorfa, rara)
Olivina
serpentinizada
Neste exemplo, a serpentinização
atingiu grande parte da rocha e
apenas alguns remanescentes de
olivina permaneceram preservados.
As serpentinas magnesianas são
incolores. À medida que aumenta o
teor em Fe passam a leves cores verdes
e amarelo esverdeado, com LPA
pleocroismo pouco intenso.
Polarizam em tintas do início da 1ª.
Ordem : tons de cinza a branco. LN
Na fotomicrografia ao lado a
distribuição do Fe não é homogênea e
pode ser parcialmente acompanhada
pelas variações nas tonalidades de
verde, pois também há talco, incolor,
de birrefringência bem mais alta.
Em geral a serpentinização, que
resulta apenas de hidratação, também
é acompanhada por talcificação. Para
formar talco, entretanto, é necessário
um aporte externo de sílica.
Variedades e
estrutura
A serpentina ocorre em 3
variedades distintas, comumente
associadas:
Antigorita: variedade semi‐maciça
Lizardita : variedade foliada
Crisotilo : variedade fibrosa
A estrutura interna é de camadas
Octaédricas [MgO6] e Tetraédricas
[SiO4] alternadas e ligadas por
[OH).
O fato das camadas Tetraédricas
ocuparem menos espaço nas folhas
leva a uma corrugação, que no caso
de antigorita e lizardita é bi‐
direcional. Para o crisotilo essa
distribuição é unidirecional
fazendo com que as camadas sejam
dobradas, formando semi‐cilindros
que se desenvolvem, paralelos ao
eixo c para constituir fibras/fios.
Antigorita
A estrutura mais típica da
antigorita é a chamada estrutura
em “malha”, como a malha de uma
peneira ou tecido (ver montagem
ao lado).
Essa estrutura tem origem no
fraturamento da olivina e se
propaga para diferentes escalas de
observação, quando a rocha inicial
é constituída apenas por olivina,
como no caso dos dunitos.
Serpentinito
Olivina serpentinizada
Dunito serpentinizado
Lizardita
A lizardita é uma variedade
organizada de serpentina. Ela se
dispõe organizadamente nas
fraturas da olivina e possui
alongamento positivo.
É típica da serpentinização
oceânica e acontece à temperaturas
muito baixas (< 2000 C) logo após a
extrusão de lavas.
Lizardita substituindo olivina ‐ LPA
Crisotila
A crisotila (chrysotile)
normalmente desenvolve‐se em
veios. Corresponde a uma
variedade fibrosa das serpentinas.
As fibras tem extinção reta e
alongamento negativo.
Bastita
A serpentinização se desenvolve
não só à partir da olivina. Pode
atingir também os orto‐piroxênios
e os anfibólios.
Nestes últimos a mimetiza a
estrutura interna e conserva
aspectos como a clivagem e as
fraturas. A este tipo de substituição
dá‐se o nome de bastita. LPA
A bastitização, entretanto, pode se
dar pela substituição por outros
minerais além da serpentina, como
clorita, talco, ...
No exemplar ao lado, um cristal de
ortopiroxênio está sendo
substituído por antigorita, que
preserva as estruturas. Diz‐se então
que há bastititização do piroxênio LN
por serpentinas.