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Figura 1 – Equipamentos para observação de inclusões nas gemas. Fonte: Antonio
Liccardo. Inclusões cristalinas e fluidas e seus aspectos gemológicos.
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- Maciças ou disformes: são aquelas na qual a forma cristalina não é visível.
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Figura 2 – Diamante bruto com uma granada vermelha no seu interior. Fonte:
Google.
• Inclusão no coríndon
Devido a grande variedade de origem dos coríndons, a paragénese do mineral é
diferente em cada caso e isso torna impossível agrupa-los por inclusões ou pelas
carateristicas fornecidas pelas jazidas, por isso, sua descrição é feita por
localidades. Mas é difícil e, em muitos caos, impossível diferenciar sua origem
geográfica, a menos que haja alguma inclusão especifica a uma determinada jazida,
como pirocloro de urânio, niobita, etc. Por exemplo temos:
Coríndons da Caxemira: As safiras da Caxemira (Índia) que têm uma nebulosidade
muito característica devido a pequeníssimas inclusões esbranquiçadas de
composição desconhecida que produzem o efeito Tyndall e as zonações.
Coríndons do Camboja: Nas safias do Camboja, é carateristica a presença de
cristais vermelhos muito facetados, de piroco de urânio.
Coríndons da Tailândia: Têm a presença de cristais negros, geralmente em grupos
de niobita.
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Figura 3 – Zonação de cor em safira da Austrália. Fonte: Antonio Liccardo.
Inclusões cristalinas e fluidas e seus aspectos gemológicos.
• Inclusões no berilo
As inclusões nos diferentes tipos de berilos são influenciadas pelo tipo de jazida.
Dentre elas temos:
- Inclusões de berilos de origem pnegmatítica: apresentam uma grande variedade
de inclusões, muitas delas líquidas ou bifásicas.
- Esmeraldas hidrotermais: são colombianas e as inclusões mais carateristica nelas
são as trifásicas, com líquido gás-cristal cúbico de hialita, com bordas mais ou
menos dentadas, isoladas ou formando grupos em dentes de serra.
- Esmeraldas de metamorfismo de contato pneumatolítico: as inclusões mais
carateristicas das esmeraldas desta origem e que estão presentes em quase todas
elas são a actinolita em varetas verdes, micas diversas (biotita, moscovita, flogopita)
em placas ou agregados e tremolita em agulhas (retas nas da Austrália e curvas
nas do Zimbábue).
- Esmeraldas de metamorfismo de contato com influência hidrotermal: estas
esmeraldas apresentam cristais romboédricos, tabulares ou irregulares de calcita e
dolomita que nas de Goiás (Brasil) podem formar nuvens. Nas esmeraldas
brasileiras também são frequentes cristais de cromita, pirita e limonita.
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- Berilo vermelho de origem vulcânica (bixbite): apresentam inclusões bifásicas
formando veios, zonações hexagonais e bandas, cometas de partículas
esbranquiçadas e cristais negros de bixbite (oxido de Fe e Mn).
• Inclusões no espinélio
As inclusões típicas dessa pedra são os cristais de apatita prismáticos, euédricos
ou corroides e os vestígios de octaedros negros ou avermelhados de hercinita ou
outros espinélios (pleonasto, gahnita, magnetita ou picotita), ou pequenos
romboedros brancos de dolomita formados por oxidação.
• Inclusões no crisoberilo
Estes cristais apresentam agulhas muito finas de ilmenita formadas por exolução e
tubos paralelos. O restante dos crisoberilos geralmente tem poucas inclusões
sólidas: apatitas, quartzos, diopsídios, fibras de goethita e actinolita e placas de
mica
• Inclusões em quartzo
Por ter origens muito variáveis e ser bastante abundante, suas inclusões são muito
variadas. Os cristais negros negativos e inclusões gasosas, líquidas, bifásicas,
trifásicas e polifásicas são muitos frequentes no quartzo.
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• Inclusões nas calcedónias
Em algumas pedras de calcedónias como as ágatas musgosas e pedras mochas,
o efeito é produzido por dentritos ou ramados de clorita, ou óxidos de Fe Ou Mn
que foram produzidos em poros ou canalículos existentes na pedra. Aliem disso
também são frequentes as agulhas de goethita.
• Inclusões na opala
Nas opalas temos uma variedade de inclusão. Por exemplo, nas opalas mexicanas,
estão presentes agulhas de goethita, cristais de hornblenda, bolas brancas de
calcedônia, cristais de cristobalita e quartzo. Ao passo que nas opalas australianas
tratadas, há grãos pretos carbonáceos na superfície
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Figura 8 – Granada espessartita com inclusões em excesso prejudicando a
transparência. Fonte: Antonio Liccardo. Inclusões cristalinas e fluidas e seus
aspectos gemológicos.
• Inclusões no topázio
No topázio, inclusões de líquidos imiscíveis, inclusões trifásicas líquido-líquido-gás
ou líquido-líquido-sólido e inclusões bifásicas líquido-gás são muito frequentes. As
principais inclusões sólidas são as apatitas em cristais achatados, hematitas em
placas pretas brilhantes, hornblenda em agulhas e limonita em concreções
botricidais ou botrioides.
Bibliografia
[1] FUNIBER, Fundação Ibero-americana (2023). Gemologia.
[2] Liccardo, A. Inclusões cristalinas e fluidas e seus aspectos gemológicos. Área de
Mineralogia-Gemologia da Universidade Federal do Oeste do Pará. Diponível em UFO.
http://geoturismobrasil.com/Material%20didatico/10%20-%20Inclus%C3%B5es.pdf
[3] Pinillos, M. J. J. & Gavrilenko, E. (2009). Curso Básico de Gemología On-line. Instituto
Gemológico Español – IGE&Minas. Disponível em ige.org
https://www.ige.org/archivos/estudios/curso-gemologia-portugues.pdf