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1 ROCHAS SEDIMENTARES
O QUE É UM MINERAL?
Minerais são corpos sólidos, com estrutura cristalina, naturais, inorgânicos e com
composição química definida ou variável dentro de certos limites.
Ter estrutura cristalina significa que as partículas constituintes do mineral (átomos, iões)
apresentam uma distribuição regular no espaço;
As substâncias sólidas que não possuem estrutura cristalina são designadas
mineralóides, uma vez que as suas partículas não definem uma distribuição regular no
espaço, é o caso da opala e da limonite;
A estrutura cristalina é formada por fiadas de partículas ordenadas ritmicamente,
segundo diferentes direções do espaço;
As fiadas de partículas definem uma rede constituída por unidades de forma
paralelepipédica, constituindo a malha elementar ou motivo cristalino.
Nos cristais cada partícula é um átomo ou ião que ocupa uma posição de modo a
ordenar-se no espaço, segundo uma rede própria, ficando depois a oscilar em torno da
sua posição de equilíbrio;
2.1 ROCHAS SEDIMENTARES
Por vezes, as partículas não se arranjam no espaço, de um modo ordenado, não havendo
edificação de matéria cristalina. Nestas condições, a matéria tem estrutura amorfa ou
vítrea.
ISOMORFISMO
(do grego isos = mesmo + morphé = forma);
Minerais quimicamente diferentes, mas com estrutura cristalina idêntica e formas
semelhantes, chamam-se substâncias isomorfas;
Nas substâncias isomorfas, pode ocorrer a substituição de um tipo de ião por um ião
diferente, desde que haja afinidade química e semelhança entre os raios iónicos;
Exemplo do grupo dos feldspatos - plagioclases: São silicatos em que o Na+ e o Ca2+
podem ser intersubstituídos;
Para que seja mantida a neutralidade, aquando da substituição de Na+ por Ca2+ é
também substituído o Si4+ por Al3+.
POLIMORFISMO
(do grego polys = vários + morphé = forma);
Minerais polimorfos são os que mantêm constante a sua composição química, mas têm
redes cristalinas diferentes;
O carbonato de cálcio (CaCO3) pode formar dois minerais diferentes – calcite e
aragonite;
O carbono pode cristalizar, originando dois minerais diferentes – diamante e grafite.
Para baixas pressões, o carbono cristaliza, originando a grafite.
Para pressões elevadas, o carbono cristaliza, formando diamante, numa estrutura mais
densa.
NATURAL E INORGÂNICO:
SERÁ UM MINERAL?
FÍSICAS QUÍMICAS
Mecânicas Óticas
Composição
Densidade
Clivagem Traço ou Brilho ou Química
Dureza Cor
Fratura risca lustre
1. CLIVAGEM E FRATURA
Relaciona-se com a resistência dos minerais ao choque;
Aquando da aplicação de uma força mecânica, há minerais com tendência para se
fragmentarem em superfícies irregulares – fratura;
Aquando da aplicação de uma força mecânica, há minerais com tendência para se
fragmentarem em superfícies planas e regulares – clivagem.
2. CLIVAGEM E FRATURA
É a resistência que o mineral oferece ao ser riscado por outro mineral ou um objeto;
A dureza é uma propriedade geologicamente importante, pois traduz a facilidade ou
dificuldade com que um mineral se desgasta quando submetido à ação abrasiva de
cursos de água, do vento e dos glaciares nos processos de erosão e transporte;
A escala, mais utilizada, que mede a dureza relativa dos minerais designa-se ESCALA DE
MOHS;
Esta escala é composta por 10 minerais de dureza conhecida.
3. COR
É uma propriedade que resulta da absorção de radiações de luz branca (contém todos
os comprimentos de onda do espetro do visível) incidente sobre o mineral;
A cor de um mineral deve ser observada numa superfície recente de fratura;
Alguns minerais apresentam cor constante, IDIOCROMÁTICOS (Grego: ídios=próprio +
chróma=cor);
Outros minerais apresentam uma variedade de cores, ALOCROMÁTICOS (Grego:
állos=outro + chróma=cor).
2.1 ROCHAS SEDIMENTARES
Há elementos (Fe, Mn, Cr, Cu, Co, Ni, V, Ti, etc.) que podem fazer variar a cor do mineral,
mesmo quando estão presentes em quantidades ínfimas;
Um bom exemplo deste tipo de minerais é o Berilo, cuja cor mais comum varia do
incolor a verde amarelada a branca:
1. Cor azul clara e verde azulada (deve-se à presença de escândio) – Água-marinha;
2. Cor rosada (deve-se à presença de césio) – Morganite;
3. Cor verde intensa (deve-se à presença de crómio) – Esmeralda.
Rubi
CORINDO (Al2O3)
Safira
4. TRAÇO OU RISCA
Traço ou risca é a cor que o mineral apresenta quando reduzido a pó;
Para se determinar a risca de um mineral, deve riscar-se a superfície de uma porcelana
com esse mineral (dureza inferior ou igual a 7) ou reduzir a pó uma amostra do mineral
num almofariz (dureza superior a 7);
Nos minerais nativos e nos idiocromáticos não-metálicos, a risca tende a ser igual à cor;
nos alocromáticos não-metálicos a risca tende a ser branca. Na maioria dos minerais
com brilho metálico, a risca tende a ser preta, com a exceção da hematite que tem risca
vermelha.
2.1 ROCHAS SEDIMENTARES
5. BRILHO
Consiste na quantidade e intensidade de luz que uma superfície de fratura recente do
mineral produz.
BRILHO
METÁLICO
Sedoso Vítreo Adamantino Nacarado Resinoso Ceroso Gorduroso
(pirite)
(malaquite) (quartzo) (diamante) (micas, (enxofre) (turquesa) (quartzo
talco) maciço)
6. DENSIDADE
A densidade absoluta, também chamada massa volúmica, traduz a quantidade de massa
por unidade de volume;
É dependente da natureza das partículas que constituem o mineral, e do tipo de arranjo
das partículas;
Pode ser medida numa proveta graduada e numa balança ou usando um dinamómetro –
Balança de Jolly.
OUTRAS PROPRIEDADES
Magnetismo:
Os minerais atraídos por ímanes são magnéticos;
Exemplos: magnetite e pirrotite (minerais constituídos por ferro);
Quando estes minerais se aproximam de uma bússola, a agulha da mesma sofre um
desvio.
Fluorescência
A fluorescência é a luz emitida por alguns minerais quando expostos à luz ultravioleta
(UV). Ocorre quando íões contidos no mineral são excitados pela luz UV e, ao voltarem
ao seu estado inicial, de mais baixa energia, emitem luz visível.
2.1 ROCHAS SEDIMENTARES
PROPRIEDADES QUÍMICAS
Teste de efervescência com ácido (por exemplo, efervescência com HCl para identificar
calcite);
Testes de odor ou sabor (por exemplo, o sabor salgado para identificar halite);
Testes químicos mais complexos.
Sabor: Teste do sabor salgado para a halite (NaCl).
Como reagem a calcite, a aragonite e a dolomite ao HCl a frio e a quente?
A calcite e a aragonite são quimicamente CaCO3;
A dolomite é, quimicamente, CaMg(CO3)2;
A efervescência deve-se à reação dos carbonatos com HCl, libertando-se CO2.