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3-Minerais

MINERAIS

MINERAL: É um elemento ou um composto químico, via de regra resultante de processos


inorgânicos, com uma composição química geralmente definida e encontrado naturalmente na
crosta terrestre.
Para que uma substância seja considerada um mineral, deve satisfazer a quatro critérios:
 Possuir uma estrutura interna organizada(Estado cristalino)
Os átomos que formam um mineral encontram-se ordenados formando uma rede tridimensional-
retículo cristalino, originada pela repetição de uma unidade atômica que conserva invariável as
distâncias entre os átomos que se repetem, numa linha, assim como as distâncias entre as fileiras
de átomos ou entre planos formados pelas fileiras paralelas e coplanares.
 Possuir uma origem inorgânica
Substâncias biogênicas, tais como, a pérola o âmbar e o petróleo não são consideradas minerais.
 Ter uma composição química definida
Os minerais podem ser formados por átomos de um mesmo elemento químico como o diamante
(átomos de carbono), ouro (átomos de ouro) ou por compostos químicos, por exemplo, o quartzo,
formado por um átomo de silício combinado com dois oxigênio (SiO2).
 Ocorrer naturalmente na Terra ou em corpos extraterrestres
A substância deve ter sua origem através de processos naturais, portanto substâncias sintéticas
feitas pelo homem não são consideradas minerais.
Exemplos : Au = Ouro
NaCl = Halita (sal de cozinha)
CuFeS2 = Calcopirita

Cela fundamental do mineral Halita. Estrutura cristalina da Halita.


Fonte: M. Font-Altaba. Fonte: M. Font-Altaba.

CRISTAL : É uma partícula mineral limitada por faces planas definidas. De acordo com as formas
que apresenta um mineral pode ser classificado como:
Euédrico : faces planas bem definidas ( cristal )
Subédrico : algumas faces planas definidas
Anédricos : Nenhuma face definida

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Minério
Qualquer mineral que tenha valor econômico.
Exemplos: ouro, cassiterita, enxofre etc.

Mineralóides
Substância de ocorrência natural, semelhante a um mineral, com uma certa constância de
composição química e de características físicas, mas que não apresenta a organização cristalina
típica dos minerais.
Ex: vidros e carvões naturais, âmbar, perola, etc.

Âmbar – Resina vegetal fóssil, um tipo de mineralóide


Perola

MINERALOGIA : É a ciência que estuda as propriedades, composição química, modo de


ocorrência e gênese dos minerais.

Propriedades dos minerais


Os minerais, em razão de sua composição química e estrutura cristalina possuem
propriedades, que permitem pelo menos para aqueles que são mais comuns, a sua identificação
através de uma análise macroscópica. As principais propriedades utilizadas para este tipo de
identificação são: Densidade relativa, habito cristalino, clivagem, fratura, transparência, brilho,
cor, traço e dureza. Outras propriedades minerais como: polimorfismo, isomorfismo, tenacidade
e magnetismo, por não serem comuns a todos os minerais não são utilizadas rotineiramente para
análises macroscópicas.

Quando os minerais se formam apresentam propriedades características que os identificam.

Estrutura - Clivagem - Dureza - Densidade - Traço -


Propriedades Físicas
Tenacidade - Flexibilidade

Propriedades Ópticas Brilho - Cor - Microscopia

Propriedades Químicas Polimorfismo - Isomorfismo

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PROPRIEDADES FÍSICAS

 Estrutura : Está relacionada ao arranjo dos átomos que formam o mineral.


Caracterizam um Estado Cristalino, que é o agrupamento dos átomos segundo sistemas fixos e
constantes. Cada mineral apresenta uma rede cristalina própria.
A forma do cristal também é função da estrutura cristalina.

Estrutura do Cloreto de Sódio (NaCl) – Halita


(Fonte: Geologia Geral - LEINZ, V. & AMARAL, S.E – seg.GILLULY et. al.)

Estrutura Cristalina do diamante e da grafita. Embora possuam a mesma composição química, as suas propriedades são
diferentes, em função de suas estruturas, o diamante é mais compacto, portanto mais coesão e maior dureza que na
grafita. (Fonte: Geologia Geral - LEINZ, V. & AMARAL, S.E. – seg. GILLULY et. al.)

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Os minerais apresentam-se agrupados em 7 sistemas cristalinos: CÚBICO,


TETRAGONAL, TRIGONAL, HEXAGONAL, RÔMBICO, MONOCLÍNICO e
TRICLÍNICO.

(Fonte: PEDRAS PRECIOSAS e Outros Minerais – BROCARDO, G.)

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 Clivagem: É a propriedade que tem alguns minerais de dividirem-se em planos


paralelos. De acordo com a facilidade de realização e a facilidade de visualização do paralelismo
das partes, a clivagem pode ser classificada em Excelente, Perfeita ou Indistinta. A clivagem
ocorre porque existem planos que apresentam forças de ligações diferentes.

Direções de clivagem. A) uma única direção (ocorre nas micas). B) duas direções de clivagem (feldspatos). C) três
planos de clivagem (galena). D) três direções de clivagem (calcita). E) quatro direções de clivagem (diamante e
fluorita). (Fonte: Geologia Geral - POPP, José Henrique)

Clivagem ao longo de dois planos. Foto: : Linda e Glen Adams, (2004).

Minerais apresentando clivagem ao longo de um plano. Foto: : Linda e Glen Adams, (2004).

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Fratura: Ocorre em minerais sem clivagem. É a quebra de um mineral segundo uma superfície não
coincidente com um possível plano de clivagem. Pode ser classificada em Conchoidal, Terrosa,
etc.

Fratura conchoidal
Foto: http://www.cobweb.net/~bug2/rock4.htm#FC, 2005
Fratura irregular.
Foto: http://www.minerals-n- more.com/Native_Copper_Specimens.html,
2005

 Dureza : É a resistência que um mineral oferece a penetração de uma ponta aguda que
tenta risca-lo. A dureza é uma propriedade relativa, para a determinação da dureza dos diferentes
minerais se utiliza a Escala de Dureza Relativa de Mohs. Esta escala é composta de 10 minerais em
ordem crescente de dureza. Sempre os minerais de maior dureza riscam os de menores durezas,
possibilitando assim a determinação da dureza relativa dos diversos minerais existentes. Para a
identificação preliminar da dureza dos minerais pode-se utilizar uma escala de dureza simplifica
formada pela unha, alfinete, vidro, canivete.
A dureza dos minerais depende de sua composição química e da disposição estrutural dos
seus átomos. Quando mais eficiente às ligações químicas maior será a dureza do mineral.

(Fonte : Rochas & Minerais – Série Aventura Visual)

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Escala de Dureza Relativa de Mohs


Dureza Mineral Composição Química Observações
1 Talco Mg3Si4O10(OH)2
São riscados pela unha
2 Gipsita CaSO4.2H2O
3 Calcita CaCO3
São riscados pelo aço e
4 Fluorita CaF2
pelo vidro
5 Apatita Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
6 Ortoclásio KalSi3O8
Riscam o vidro
7 Quartzo SiO2
8 Topázio Al2SiO4(OH,F)2
9 Coríndom Al2O3 Cortam o vidro
10 Diamante C
Minerais de mesma dureza riscam-se mutuamente

Escala de dureza simplificada


Material alternativo Dureza

Unha 2,5
Alfinete 3,5
Vidro 5,0 –5,5
Canivete 6,0 –6,5
Porcelana (~) 7,0

 Densidade (Peso Específico): É o número que indica quantas vezes o volume de um


mineral é mais pesado que o mesmo volume de água destilada à 4ºC.
A maioria dos minerais formadores das rochas apresentam uma densidade de 2,5 a 4,0 e os
minerais de minérios uma densidade de 4,0 a 7,5.

 Traço: É a propriedade que tem o mineral de deixar um risco de pó quando friccionado


contra uma superfície plana não polida de porcelana branca.
O mineral deve ter uma dureza inferior à da porcelana. Os minerais de dureza superior
causam um sulco na porcelana. O traço nem sempre apresenta a mesma cor do mineral.
Exemplos:
Hematita = cinza escuro, o traço é vermelho sangue em função do Ferro.
Calcopirita = amarelo latão, o traço e verde azulado, em função do Cobre.
Geralmente os minerais opacos e ferrosos possuem traços coloridos (amarelo, vermelho,
marrom e preto). Alguns minerais transparentes e translúcidos possuem traço branco, minerais
com dureza igual ou superior a este traço incolor.

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 Tenacidade : É a resistência que o mineral oferece ao choque de um martelo ou ao


corte de uma lâmina de aço.

Quebradiços ou Friáveis : são reduzidos a pó. Ex.: Calcita


Sécteis : São cortados por uma lâmina de aço. Ex.: Gipsita
Maleáveis : São reduzidos a lâminas pelo martelo. Ex.: Ouro

 Flexibilidade : Está relacionada a deformações sofridas pelos minerais, quando


estes são submetidos a esforços.

Elásticas : A deformação é interrompida quando o esforço for retirado.


Plásticas : A deformação permanece após a retirada do esforço.

Hábito
É a aparência geométrica externa do mineral, sendo esta um reflexo de sua estrutura interna.
O hábito de um mineral pode ser observado com mais facilidade quando os minerais crescem em
condições geológicas ideais. Os hábitos cristalinos mais comuns são: O laminar, o prismático (os
minerais aparecem alongados como prismas), o fibroso, o acicular(em forma de agulha), o
tabular e o equidimensional (quando o mineral tem aproximadamente as mesmas dimensões em
qualquer direção observada).

Hábito tabular.
Foto:http\\:www.minerals.net/.../calcit/images/4assortd.htm
Hábito equidimensional (cúbico).
Foto: http://www.minerals-n-more. Com /
Crocoite_ Spec .html

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Hábito prismático. Foto:


http://www.calstatela.edu/faculty/acolvil/minerals.html
Habito acicular. Foto: http://www.minerals-n-
more.com/Crocoite_Spec.html, 2005

PROPRIEDADES ÓPTICAS
 Brilho : É a capacidade de reflexão da luz incidente. O brilho pode ser de dois tipos.

Brilho Metálico : ocorre em minerais não transparentes, opacos.


Ex.: Galena. Hematita, etc.
Brilho Não-Metálico : ocorre em minerais transparentes e translúcidos. Ex.:
Quartzo, Diamante, etc.

 Vítreo – brilho da fratura fresca do vidro. Ex:Quartzo.


 Resinoso – faiscantes e tendentes ao amarelo. Ex: enxofre.
 gorduroso – brilho do azeite. Ex: Talco maciço.
 Adamantino – Muito brilhante. Ex: Diamante.
 Sedoso – Típico de minerais fibrosos. Ex: asbesto.
 Nacarado – levemente iridescentes, como a pérola. Ex:micas

Minerais de brilho metálico. Foto: Linda e Glen Adams, (2004).

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Minerais de brilho não-metálico. Foto: Linda e Glen Adams, (2004).

 Cor: Depende da absorção seletiva da luz, restando uma fração transmitida e outra
fração refletida.
A cor do mineral deve ser observada em fratura fresca, pois em geral sua superfície exposta
ao ar se transforma, alterando-se. Dentre os minerais de brilho não-metálico, que são aqueles que
poderão apresentar modificação na cor, distinguem-se:

Minerais Idiocromáticos: são aqueles que apresentam cor própria constante, que depende
da composição química. Ex.: Enxofre (amarelo).

Enxofre com sua cor amarela característica.


Foto: Linda e Glen Adams, (2004).

Minerais Alocromáticos: são aqueles que apresentam cores variáveis, que dependem da
composição química ou da presença de impurezas.
Ex.: Quartzo, Diamante.

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A B C

As varias tonalidades do mineral quartzo. A: Cristal de quartzo. Foto: www.users.zetnet.co.uk/


pterodactyl/minerals.htm; B: Quartzo Citrino. Foto: www.mineraltown.com/ galeria/1/index.php?idioma=2; C:
Ametista. Foto: www.soes.soton.ac.uk/.../ M22-Quartz-v-A.htm, 2005

Hertz Metros
1022 10-14 Raios Cósmicos
21
10
1020 10-12 Raios Gama
1018 10-10 Raios X
1016 10-8 Luz Ultravioleta
15
10 Luz Visível
1014 10-6 Luz Visível
1012 10-4 Luz Infravermelha
10 -2
10 10 Radar, Microondas
9
10
108 100 FM e TV
107 Ondas Curtas
6 2
10 10 AM

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Transparência
Um mineral é transparente quando não absorve ou absorve pouco a luz, o que permite que
se veja com nitidez através dele outros objetos. Translúcido é o mineral que só deixa passar a
luz, não permitindo a observação de objetos através de sua espessura. Os minerais que absorvem
totalmente a luz independente de sua espessura, como os elementos nativos metálicos, óxidos e
sulfetos, são considerados opacos.
Deve-se observar que a diferença entre minerais transparente e translúcidos se refere ao
mineral tal como é encontrado na natureza. Há minerais aparentemente translúcidos, que quando
são reduzidos a lâminas muito delgadas tornam-se transparente.

Mineral Opaco
Foto: : Linda e Glen Adams, (2004). Mineral translúcido.
Foto: : Linda e Glen Adams, (2004).

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Diafaneidade ou Transparência dos Minerais é a maior ou menor permeabilidade à luz dos


minerais, ou seja, a quantidade de luz que deixam atravessar.
Hialino: Através dos quais os objetos são visíveis sem modificação da cor.
Transparentes: Através dos quais os objetos são visíveis com possíveis modificações da cor,
mantendo-se os contornos nítidos.
Translúcidos: Deixam-se atravessar parcialmente pela luz, mas os objetos não são claramente
visíveis.
Opacos: Não se deixam atravessar pela luz.

Hialino Transparente Translúcido Opaco

 Microscopia : As propriedades dos minerais são observadas com o auxílio de um


microscópio petrográfico.

PROPRIEDADES QUÍMICAS

Os minerais podem estar constituídos por apenas um elemento químico, como o caso, do
Ouro (Au), Prata (Ag), etc., ou por vários elementos químicos, passando a ser compostos químicos,
podendo ser expressos na sua fórmula química, como o caso da Pirita (FeS2), Quartzo (SiO2), etc.
Existem certas relações entre a forma cristalina e a composição química, estas relações
geram fenômenos que são denominados de Polimorfismo e Isomorfismo.

 Polimorfismo : Fenômeno que ocorre quando diferentes minerais possuem a mesma


composição química, mas formas cristalinas diferentes.

Diamante (forma Cúbica)


Carbono ( C )
Grafita (forma Hexagonal)

Calcita (forma Trigonal)


CaCO3
Aragonita (forma Rômbica)

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Coordenação do Diamante Coordenação da Grafita

 Isomorfismo : Fenômeno que ocorre quando vários minerais possuem uma composição
química diferente porém análoga (semelhante), cristalizando todavia na mesma ou similar forma.
Um exemplo ocorre com os Plagioclásios. Plagioclásio é um grupo de feldspatos ricos em Ca e Na.

Anortita (CaO.Al2O3.2SiO2)
Bitownita
Labradorita
Ex.: Plagioclásios (Ca, Na) Andesina
Oligoclásio
Albita (Na2O.Al2O3.6SiO2)

PRINCIPAIS MINERAIS

Os grupos de minerais mais frequentes constituintes das rochas são:

Feldspatos = 60 %
Anfibólios e Piroxênios = 17 %
Quartzo = 12 %
Micas = 04 %

Os 7 % restantes são completados por outros minerais, tais como: Hematita, Pirita, Galena,
Esfalerita, Calcita, Dolomita, Caolim, Clorita, Talco, Fluorita, Ilmenita, Gipsita, Magnetita,
Calcopirita, etc..
Como os minerais são formados por elementos químicos apresentam cores diferentes em
função dos elementos químicos presentes, podendo ser chamados de:
Minerais Máficos : São os minerais escuros. Ex. Hematita, Biotita, Magnetita, Galena, etc.
Minerais Félsicos : São os minerais claros. Ex. Quartzo, Diamante, Calcita, Halita, etc.

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PRINCIPAIS GRUPOS DE MINERAIS QUE CONSTITUEM AS ROCHAS

SILICATOS: Correspondem ao maior grupos de minerais constituintes das rochas.

1 – Quartzo (SiO2) : Resistente, formam as “areias”, utilizado em fundição, como abrasivo


e em óptica.
2 – Feldspatos : É o mais importante e abundante grupo de minerais das rochas. Formam as
argilas.
Ortoclásio : Feldspato K (K2O.Al2O3.6SiO2) – apresentam cores avermelhadas
Plagioclásios : Feldspatos Ca, Na – apresentam cores cinzas. Os mais importantes são a
Albita (Na2O.Al2O3.6SiO2) e a Anortita (CaO.Al2O3.6SiO2).
3 – Micas : Caracterizam-se por apresentar uma ótima clivagem laminar e uma boa
elasticidade.
Muscovita (Mica Branca): (2H2O.K2O.3Al2O3.6SiO2). É incolor, transparente,
esverdeada ou amarelada.
Biotita (Mica Preta): (H,K)2(Mg,Fe)3.Al(SiO4)3. Apresentam um aspecto escuro.
4 – Anfibólios : São quimicamente parecidos com os Piroxênios, mas possuem (OH) na sua
composição. Hornblendas : Ca2Na(Mg,Fe)4(Al,Fe,Ti)(Al,Si)8O22(OH)2
5 – Piroxênios: Possuem uma composição variável. São silicatos de Mg,Ca,Fe.
Diopsídio : (Mg,Ca)Si2O6 – Cor preta ou verde escuro.

CARBONATOS
1 – Calcita : CaCO3 - Incolor, branca, cinza a preta, amarela ou vermelha. É utilizada na
fabricação de cimento.
+ 900 ºC perde o CO2  CaO (cal virgem)
CaO + H2O  CaOH (cal hidratada)
2 – Dolomita : CaMg(CO3)2 - Branca, cinza amarelada. É utilizada como adorno em
construção e no cimento para reforçar a pega e também utilizada em tijolos refratários.

ÓXIDOS
1 – Hematita : Fe2O3 - Preta a cinza escuro. É utilizada como minério de Ferro.

SULFETOS
1 – Pirita : FeS2 - Amarelo latão. Fonte de enxofre. Utilizado na fabricação do Ácido
Sulfúrico (H2SO4).
SULFATOS
1 – Gipsita : CaSO4.2H2O - É solúvel em água. Branco ou incolor. Utilizado na fabricação
de cimento, giz, gesso e corretivo do solo.

FLUORETOS
1 – Fluorita : CaF2 - Branco, amarelo, verde róseo, etc. É utilizada na fabricação do gesso
e incorporada ao cimento.

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UTILIZAÇÃO INDUSTRIAL DE ALGUNS MINERAIS

Hematita (Fe2O3) = Forma os principais depósitos ferríferos brasileiros.


Magnetita (Fe3O4) = Minério de Ferro.
Pirita (FeS2) = Matéria-prima para a fabricação do Ácido Sulfúrico (H2SO4).
Galena (PbS) = Mais importante minério de chumbo.
Esfalerita (Blenda) (ZnS) = Mais importante minério de zinco.
Calcita (CaCO3) = Mineral formador de calcários e mármores.
Calcopirita (CuFeS2) = Principal minério de cobre.
Fluorita (CaF2) = Utilizada na fabricação do Ácido Fluorídrico (HF).
Ilmenita (FeTiO3) = Maior fonte de Titânio.
Gipsita (CaSO4.2H2O) = Utilizada na fabricação do gesso e no cimento.
Caolim (Argila) = Utilizado na indústria cerâmica (porcelana).
Diamante (C) = Gemológico , indústria de abrasivo.
Quartzo (SiO2) = Lentes e prismas de instrumentos ópticos.
Muscovita ( KAl2(Al,Si3O10(OH)2 ) = Isolante térmico e elétrico.
Talco ( Mg3Si4O10(OH)2 ) = Inseticidas, indústria cerâmica, papel e borracha,
Zircão (ZrSiO4) = Refratário (ZrO2), indústria nuclear.
Magnesita (MgCO3) = Indústria química, indústria de refratários.
Cinábrio (HgS) = Venenoso minério de mercúrio.
Nicolita (NiAs) = Minério de Níquel.
Molibdenita (MoS2) = Minério de Molibdênio.
Ouro Nativo (Au) = Minério de Ouro.

UTILIZAÇÃO ECONÔMICA DOS MINERAIS

Os minerais são extremamente importantes, do ponto de vista econômico, porque todos os


materiais inorgânicos do comércio ou são minerais, ou substâncias derivadas deles.
O uso dos minerais estão agrupados sob as seguintes classificações:
1 – Minerais de interesse gemológico 2 – Minerais ornamentais
3 – Abrasivos 4 – Fluxos
5 – Refratários 6 – Cerâmica, Vidro, Esmalte
7 – Fertilizantes 8 – Aparelhos Ópticos e Científicos
9 – Minérios de Metais

Minerais de Interesse Gemológico


As propriedades físicas dos minerais, que os tornam valiosos como pedras preciosas são, a
cor, o brilho, e a dureza. O valor pode ser atribuído a uma só destas propriedades.
Ex.: Diamante, Coríndon (Rubi (vermelho) – Safira (azul)), Berilo (Esmeralda (verde) – Água-
marinha (azul-verde)), Turmalina, Topázio, Quartzo (Incolor, Ametista, Citrino, etc.)

Minerais Ornamentais
Usa-se para fins ornamentais. Ex.: Calcita, Jade, Gipsita.

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Abrasivos
Utilizados, devido a sua dureza, como abrasivo, para cortar, serrar, moer ou para fazer lixas.
Ex.: Diamante, Coríndon, Opala, Quartzo, Granada.

Fluxos
São minerais utilizados em operação de fusão para tornar a escória mais fluida.
Ex.: Calcita, Fluorita, Quartzo.

Refratários
Minerais que resistem a altas temperaturas, para revestimento de fornos, para fins de
isolamento térmico e elétrico.
Ex.: Magnesita, Dolomita, Cromita, Zircão, Talco, Mica.

Cerâmica, Vidro, Esmalte


Fabricação de tijolos, telhas, porcelana, vidro e revestimento de esmalte.
Ex.: Quartzo, Feldspato, Nefelina, Fluorita.

Fertilizantes
Muitos elementos são necessários para o crescimento das plantas, mas os essenciais são: o
fósforo, o potássio e o nitrogênio. Estes elementos são encontrados em certos minerais.
Ex.: Apatita (fósforo), Silvita (potássio), Nitro de Sódio (Salitre do Chile) (nitrogênio).

Aparelhos Ópticos e Científicos


Utilizados na fabricação de lentes, prismas, acessórios de microscópios, manômetros para
pressão. Ex.: Quartzo, Fluorita, Gipsita, Mica, Turmalina

Minérios de Metais
Utilizados como matéria prima para a retirada dos metais.
Ex.: Bauxita - Alumínio Estibnita - Antimônio
Galena - Chumbo Cobaltina - Cobalto
Calcopirita - Cobre Cassiterita - Estanho
Hematita - Ferro Magnesita - Magnésio
Pirolusita - Manganês Cinábrio - Mercúrio
Ilmenita - Titânio Wolframita - Tungstênio
Uraninita - Urânio Esfalerita - Zinco

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IMPORTÂNCIA DOS MINERAIS

Atualmente os minerais e as rochas têm uma grande importância econômica. Como


podemos, por exemplo, verificar que, se considerarmos uma residência cerca de aproximadamente
90 % ou mais, dos materiais utilizados na sua construção, são produtos derivados de minerais ou
rochas. Basicamente, apenas os materiais derivados da madeira, não são obtidos a partir de minerais
ou rochas.

ELEMENTO SUBSTÂNCIA MINERAL

1 – Tijolos e Telha Areia, Argila

2 – Calha Zinco, Alumínio

3 – Laje Areia, Calcário (cimento), Ferro, Granito (brita)

4 – Caixa d’água Petróleo (PVC) - Amianto

5 – Fiação Cobre, Petróleo (plástico)

6 – Canos e Torneiras Ferro, Chumbo, Cobre, Petróleo (plástico)

7 – Vidros Quartzo

8 – Esquadrias Bauxita (Alumínio)

9 – Piso Granito, Mármore

10 – Impermeabilização Xisto Betuminoso (betume)

11 – Pintura Pigmentos de Titânio

12 – Pia Mármore, Níquel/Cromo/Ferro (aço inox)

13 – Louça Sanitária Argila, Caulim

14 – Botijão de Gás Gás Natural, Ferro

15 – Lâmpada Tungstênio (filamento), Quartzo (vidro)

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UNIDADES DE MEDIDAS

A unidade básica de medida das gemas é o “kilate” (quilate ou carat). É definido como 1/5
do grama e não deve ser confundido com o termo “kilate” utilizado para a definição da pureza do
ouro.
Em 1907, o Comitê Internacional de Pesos e Medidas definiu o “kilate” como 0,20 gramas.
Tendo em vista o avanço do comércio de pedras pequenas, menores que um kilate, foi necessário
subdividi-lo em 100 “pontos”. De maneira geral, uma gema é comercializada em “kilate” quando
lapidada e em gramas ou até em quilogramas, quando em estado bruto.

Quando é usado para pedras preciosas, como o diamante, um Quilate representa um peso
igual a duzentos miligramas. Aplicado ao ouro, entretanto, o quilate é uma medida de pureza do
metal, e não de peso. Um quilate de ouro é o total de seu peso dividido por 24. A pureza do ouro é
expressa pelo número de partes de ouro que compõem a barra, pepita ou jóia. O ouro de um objeto
com dezesseis partes de ouro e oito de outro metal é de dezesseis quilates. O ouro puro tem 24
quilates.

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