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MINERAL
O que é um mineral?

Minerais são úteis ou importantes?

Por que?
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Minerais
O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA, de
provável origem céltica, (mina, jazida de minério, filão), que
forma o adjetivo do latim mineralis, “relativo às minas” e o
substantivo do latim minerale (produto das minas), que deu
origem ao adjetivo e substantivo português mineral,
acrescido do sufixo grego logía (ciência, tratado, estudo).
Portanto:

 
“Mineralogia é o estudo dos minerais em todos os seus
aspectos (químicos, físicos, de formação/origem, ocorrência
e seus usos/aplicações). ”
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A definição de mineral possui algumas controvérsias:

1. para alguns é toda substância homogênea, sólida ou líquida,


de origem inorgânica e que surge, naturalmente, na crosta
terrestre, normalmente com composição química definida e,
que se formada em condições favoráveis, terá estrutura
atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas
propriedades físicas;

2. para outros, trata-se de substância com estrutura


interna ordenada (cristais), de composição química definida,
origem inorgânica e que ocorre naturalmente na crosta
terrestre ou em outros corpos celestes.
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Logo, mineral é considerado:

i) um sólido homogêneo (quanto as suas propriedades físicas


e químicas) ou que exibe variações sistemáticas restritas.

Segundo o primeiro item, os minerais, na grande maioria


são substâncias sólidas; portanto são excluídos desta
definição os gases e líquidos, com exceção do mercúrio
nativo (Hg).

De acordo com alguns autores, a água no estado líquido e/ou


vapor não é considerada um mineral, entretanto a água no
estado sólido, o gelo, formado em altitudes elevadas e/ou
em geleiras constitui um mineral.
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ii) de composição química definida (composições variáveis dentro


de certos limites);

Em relação ao segundo item, os minerais de mesma espécie


sempre têm a mesma composição, podendo ser constituídos por
um elemento ou um composto químico.

São representados por seus símbolos químicos, como por exemplo,


o carbono – C, o ouro nativo – Au, etc., ou por sua fórmula química,
como por exemplo, a galena – PbS, o quartzo – SiO 2, etc.

A composição de muitos minerais varia dentro de certos limites


e/ou intervalos, isto é, não possuem composição fixa a exemplo da
olivina, a qual apresenta variações desde um silicato puro de
Mg2SiO4 (forsterita) até silicato puro de Fe2SiO4 (faialita).
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iii) com estrutura cristalina (estrutura reticular = ordem atômica


tridimensional dos seus átomos, denominado de estrutura do
cristal);

De acordo com o terceiro item, os minerais têm


suas moléculas e átomos dispostos sistematicamente
e organizados tridimensionalmente em agrupamentos geométricos,
que às vezes, sob condições favoráveis, se manifestam
exteriormente constituindo sólidos geométricos, ou seja, formam
cristais – este é o critério do estado cristalino.
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iv) de origem inorgânica;

Segundo o quarto item são excluídos da definição de mineral


todas as substâncias de ocorrência natural e que são produzidas
por plantas e animais.

Conforme este critério, o carbonato de cálcio, resultante da


precipitação química, depositado no fundo dos oceanos, é
considerado um mineral (especificamente o mineral calcita –
CaCO3), mas o carbonato de cálcio presente nas conchas calcárias
de moluscos (calcita biogênica) não é considerado um mineral.

De acordo com essa definição, o carvão, o petróleo, o âmbar, a


pérola produzida por um animal, “pedras” formadas nos rins e
vesículas dos animais, embora sejam de origem natural, também
não podem ser considerados um mineral.
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Entretanto para alguns mineralogistas, a procedência orgânica não


é um obstáculo à atribuição de mineral para o âmbar (resina fóssil
– 78% C, 10% H e 11% O) e a melita (sal de ácido orgânico –
Al2[C6(COO)6].16H2O), mas é exigido que os caracteres externos
tenham desaparecido, como a estrutura e forma orgânica,
reveladores de origem de tal natureza.

Apoiados nisto, não são admitidos como minerais: as petrificações


fósseis, apesar de sua matéria ser de natureza mineral; e os
combustíveis fósseis (hulha, petróleo) – são misturas
pertencentes ao grupo das rochas sedimentares.
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v) de ocorrência natural na crosta terrestre.

Conforme o quinto item, os minerais devem ser resultado de


processos formativos naturais, excluindo–se todas as substâncias
fabricadas pelo homem.

Como exemplos podemos citar o cimento, vidro, minerais sintéticos


e/ou cristais (ex: rubi sintético – Al2O3, esmeralda sintética –
Be3(Cr,Al)2(Si2O18), etc., que, embora apresentem composição
química igual a substâncias e/ou compostos encontrados na
natureza, não são considerados minerais.
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O termo mineralóide é aplicado
para substâncias naturais amorfas
e/ou de origem orgânica, que não
se incluem em nenhuma das
definições de mineral (ex: betume,
corais, petróleo, etc.).

Usa-se o termo metamíctico para
as substâncias que já foram
cristalinas, mas tiveram a sua
cristalinidade destruída por
radiação.
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Os minerais constituem os diferentes tipos de rochas.

Portanto, rocha é um agregado natural constituído por um ou mais


minerais, podendo eventualmente ser constituída por mineralóides
como vidro vulcânico e/ou por matéria orgânica como a turfa, e que
corresponde a parte essencial da crosta terrestre, mono ou
poliminerálicas, sedimentares, metamórficas, magmáticas,
hidrotermais ou pneumatolíticas.

Também são os constituintes principais de solos, sedimentos e


corpos extraterrestres, como os meteoritos, por exemplo.
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Uma característica de um mineral é ter uma estrutura interna


definida, ou seja, uma estrutura cristalina.

Todas as substâncias que possuem uma estrutura atômica


regular são chamadas de substâncias cristalinas, e incluem-se
nesta definição todos os minerais, exceto as substâncias
amorfas.

A forma externa dos minerais é conseqüência de sua estrutura


interna, não sendo a forma cristalina que regula a sua estrutura
interna, mas sim esta estrutura interna é que regula a sua forma
cristalina.
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O termo cristal é usado para “qualquer sólido com estrutura


interna ordenada tridimensional, ou seja, com forma geométrica
regular, limitada ou não por superfícies planas, lisas”.

A palavra cristal provém do grego khrytallos (gelo) e foi aplicada


há cerca de 2000 anos, para designar o mineral quartzo (SiO2), e
que os antigos filósofos acreditavam que fosse água congelada
sob frio intenso.

Mais tarde a transparência e a forma geométrica perfeita de


muitos cristais chamaram a atenção, então toda a substância
transparente e/ou com forma definida (forma de poliedros,
limitados por faces planas – faces de cristal, arestas e vértices)
também foi chamada de cristal.
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Atualmente, é chamado de cristal, todo sólido homogêneo, natural


ou mesmo artificial, com estrutura interna ordenada (estrutura
reticular), isto é, com átomos e íons ocupando posições definidas
no espaço cristalino.

Ex.: diamante (C), quartzo (SiO2), rubi sintético (Al2O3).


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 Sistemática (composição
química)

• Silicatos: SiO2
• Carbonatos: CO3
• Sulfatos: SO4
• Fosfatos: P
• Metais: Au, Pb
• Sulfetos: PbS
• Óxidos: FeO
• Sais: NaCl
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PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS


Dureza Mineral Parâmetro
1. Dureza
1 Talco riscado pela unha
A dureza de um mineral é
geralmente definida como a 2 Gipsita riscado pela unha
sua resistência ao risco ou corte, ou riscado por moeda ou prego
3 Calcita
seja, é a resistência que sua de cobre
superfície lisa oferece ao ser 4 Fluorita riscado por canivete
riscado. O grau de dureza é 5 Apatita riscado por canivete
determinado, observando-se a 6 Ortoclásio riscado pelo vidro
facilidade ou dificuldade relativa arranha o vidro, o aço, o
com que um mineral é riscado por 7 Quartzo
cobre
outro. Uma precisão qualitativa lhe 8 Topázio corta o vidro
foi dada pelo mineralogista austríaco
Coríndon
Mohs em 1822, que propôs a
9 (rubi e safira, corta o vidro
seguinte escala de dureza relativa: p.ex.)

10 Diamante corta o vidro


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2. Traço
é a cor do pó fino que um mineral deixa ao
ser esfregado em uma superfície mais dura.

Este pode ser determinado esfregando-se o


mineral sobre uma peça de porcelana de cor
branca, não polida (dureza ~7).
A cor do pó pode ser idêntica à do
mineral ou bem diferente, podendo
variar quanto à intensidade e mesmo
matiz da cor, na dependência de
variação na composição dos espécimes
que exibem solução sólida. Embora a cor
de uma mineral seja frequentemente
variável, o seu traço tende a ser
relativamente constante, e portanto é
uma propriedade extremamente útil na
identificação do mineral.
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3. Clivagem
Diz-se que um mineral possui clivagem quando, aplicando-se
uma força adequada, ele sempre se rompe de modo a
produzir superfícies planas, lisas definidas e paralelas
pirita
entre si e a planos reticulares, ou seja, a possíveis faces do
cristal.
A clivagem pode ser perfeita como
nas micas, mais ou menos indistinta
como no berilo e na apatita, ou
faltar de todo como em alguns
cristais.

crisoberilo
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4. Fratura:
Entende-se por fratura de um mineral a maneira pela qual
ele se rompe quando isto não se produz ao longo de
superfícies de clivagem ou de partição.
pirita

Os termos seguintes usam-se comumente para designar as


diferentes espécies de fratura:

•Conchoidal: quando a fratura tem superfícies lisas, curvas,


semelhantes à superfície interna de uma concha. Esta é a
observada mais comumente em substância como o vidro e o
quartzo.
crisoberilo
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•Fibrosa ou estilhaçada: quando o mineral se rompe


mostrando estilhaços ou fibras.
•Serrilhada ou denteada: quando o mineral se rompe segundo
uma superfície dentada, irregular, com bordas cortantes.
pirita
•Desigual ou irregular: quando o mineral se rompe formando
superfícies rugosas e irregulares.
•Rugosa: ao se romper o mineral exibe uma superfície rugosa.
•Lisa: ao se romper o mineral tem aparência lisa, e as suas
irregularidades não são visíveis.

crisoberilo
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PARTIÇÃO:
A partição é quando um mineral, ao ser submetido a uma dada
tensão, pressão ou impacto, se rompe em superfícies planas
paralelas a estruturação interna do mesmo, em função de
pirita
menor resistência estrutural disposta paralelamente a
determinadas formas do mineral, decorrentes de “defeitos”,
segregações ou geminações ocorridas durante e/ou após a
formação do mineral.

Este fenômeno assemelha-se à clivagem, mas ao contrário da


clivagem não ocorre em todos os exemplares de um
determinado mineral, ou seja, não é característica que
sempre está presente, vai depender de desequilíbrios
cristaloquímicos e/ou deformações crisoberilo
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5. Tenacidade
Resistência que os minerais oferecem ao ser rompido, esmagado, curvado
ou rasgado, ou seja, sua coesão. Os termos a seguir são usados para
descrever as várias espécies de tenacidade observada nos minerais:

•Quebradiço: um mineral é quebradiço quando pulveriza ou se rompe


facilmente a exemplo da calcita.

•Maleável: um mineral é maleável quando pode ser transformado em


Serpentina
lâminas delgadas por percussão a exemplo do ouro, cobre, prata, ferro,
etc.

•Séctil: um mineral é séctil quando pode ser cortado em aparas delgadas


com um canivete a exemplo do ouro, gipso, cerargirita, etc.
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•Dúctil: um mineral é dúctil quando pode ser estirado para formar fios a
exemplo da prata, ouro, cobre, etc.

•Flexível ou plástico: um mineral é flexível quando pode ser curvado e/ou


encurvado, mas este não retoma a sua forma anterior, quando a pressão
cessa a exemplo da clorita, talco, ouro, etc..

•Elástico: um mineral é elástico quando pode ser curvado e/ou encurvado,


e este retorna a forma anterior, ao cessar a pressão a ex. da muscovita,
flogopita, etc.
Serpentina
•Tenaz: mineral que apresenta grande resistência ao choque ou esforço,
ou seja, grande resistência para ser fragmentado a exemplo do quartzo.
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•Frágil: quebra-se facilmente com o martelo e os fragmentos saltam para


os lados, a exemplo do enxofre.

•Friável: quebra-se facilmente com o martelo, porém os fragmentos ficam


no lugar, podendo ser o mineral quebrado por simples pressão, sem bater,
a exemplo da bauxita e do gipso.

Serpentina
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6. Flexibilidade
Deformação que pode ser:
a)Elástica: cessa quando o esforço é retirado (ex.: muscovita);
b)Plástica: permanece após a retirada do esforço (ex.:talco)

Talco

Muscovita
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7. Peso Específico
•A densidade relativa (dr) de um mineral é um número que expressa a
relação entre seu peso e o de um volume igual de água a 4°C.

•Se um mineral tem 2 por densidade relativa, isto significa que um


espécime dado deste mineral pesa duas vezes mais que o mesmo volume
de água.

•A densidade relativa de um mineral é característica, de importância


fundamental e é altamente constante para espécimes do mesmo mineral,
se este é puro, desprovido de cavidades, inclusões e essencialmente
constante em composição.
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Depende de 2 fatores:

a) Natureza dos átomos: peso atômico mais elevado formam minerais


de maior peso específico. Ex.: calcita (CaCO3) = 2,9; barita (BaCO3) =

4,3 ; cerusita (PbCO3) = 6,5.


Calcita

Barita
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a) Estrutura atômica: diamante e grafita formados por carbono.


Diamante tem estrutura mais compacta e elevada densidade de
átomos por unidade de volume. Peso específico = 3,5.

A Grafita tem menos densidade de átomos por unidade de volume. Peso


específico = 2,2.

Diamante Grafita
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De acordo com a densidade os minerais são classificados como:


•Leves: minerais que possuem densidade menor que 2,89 g/cm3 (bóiam no
bromofórmio).

•Pesados: minerais que possuem densidade superior a 2,89


g/cm3 (afundam no bromofórmio).

•Muito Pesados: minerais que possuem densidade superior a 4,0


g/cm3 (afundam com certa facilidade no bromofórmio).

•Extremamente Pesados: minerais que possuem densidade superior a 7,0


g/cm3 (afundam com extrema facilidade no bromofórmio).
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8 . Magnetismo
É a propriedade dos minerais de serem atraídos por um imã, sendo muito
poucos os minerais que são naturalmente atraídos ou repelidos por um imã
comum, apresentando-se de forma notável apenas nos minerais:
magnetita, pirrotita e ilmenita.

É muito útil para a determinação de alguns minerais, para a orientação no


planeta, na prospecção e beneficiamento de minérios. Quanto à
intensidade do magnetismo, os minerais podem ser:

•Fortemente magnéticos: magnetita, pirrotita e ilmenita;


•Moderadamente magnéticos: ilmenita, siderita, almandina, cromita,
hematita, goethita;
•Debilmente magnéticos: turmalina, espinélio e;
•Sem magnetismo: quartzo, calcita, feldspatos, topázio, coríndon, etc.
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PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MINERAIS


1. Brilho
Corresponde ao modo como a superfície de uma
mineral reflete a luz, em intensidade e qualidade.

► metálico, submetálico, não-metálico (vítreo,


resinoso, nacarado, sedoso, adamantino)...
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2. Cor
Resulta da absorção
seletiva da luz.

Fatores que colaboram


para a absorção seletiva:
presença de elementos
químicos de transição.

Ferro, cobre, níquel cromo, vanádio


etc.
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3. Microscopia
A microscopia e outras propriedades ópticas como:

- Índice de refração;
- Pleocroísmo;
- Figuras de interferência;
- luminescência.

Essas propriedades ultrapasam os estudos macroscópicos, mesmo


sendo métodos mais rápidos e eficientes para identificação de um
mineral não serão abordados nessa disciplina.
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PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS DOS MINERAIS

1. Hábito-forma do cristal
o termo hábito é usado para designar a forma externa de um cristal de
determinado mineral, ou do agregado constituído por este e por
outros.
Desta forma, o hábito pode refletir:

- a estrutura interna do mineral (cubo, romboedro, prisma, etc.);


- irregularidades de seu crescimento (capilar, fibroso, esqueletiforme,
etc.) ou o arranjo que o conjunto de cristais constituem (fibro-radial,
geodo, drusa, etc.),
- refletindo o ambiente de sua formação.
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Os principais termos utilizados para descrever o hábito dos minerais são:


•Acicular: quando os cristais
de um mineral são delgados,
compridos e finos
semelhantes a agulhas.

•Capilar ou filiforme: quando
os cristais de um mineral são
semelhantes a cabelos ou
fios.

•Laminado: quando os cristais
de um mineral são alongados e
achatados como a lâmina de
uma faca.
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•Cúbico: quando os
cristais de um mineral
ocorrem na forma de
cubos.
•Octaédrico: quando os
cristais de um mineral
ocorrem na forma de
octaedros.
•Tabular: quando os
cristais de um mineral
ocorrem na forma
achatada segundo uma
direção e alongados
segundo outra direção,
semelhante a tábuas.
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•Prismático: quando os cristais
são compridos segundo uma
direção e possuem 3, 4, 6, 8 ou
12 faces, todas paralelas a
direção de maior comprimento.
•Colunar: quando os cristais
são robustos (grossos) e
compridos segundo uma
direção. Este hábito é
semelhante ao prismático,
porém não exibem faces bem
delimitadas.
•Lamelar: quando os cristais
ocorrem formando pequenas
lamelas.
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•Escamoso: quando os cristais
ocorrem constituindo escamas,
semelhante a escamas de
peixe.
•Foliáceo: quando um mineral
se separa facilmente em
lâminas ou folhas.
•Micáceo: semelhante ao
anterior, mas o mineral pode
ser fendido em lâminas
muitíssimo delgadas, como nas
micas verdadeiras.
•Granular: quando um mineral
consiste em grãos pequenos ou
grandes de formas irregulares.
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PROPRIEDADES ELÉTRICAS E MAGNÉTICAS DOS


MINERAIS
Muitos minerais são maus condutores de eletricidade.
Exceção: Presença de ligações atômicas nos metais nativos : ouro, prata
e cobre.
Semicondutores - estruturas em que as ligações atômicas são apenas
parcialmente metálicas: sulfetos.

Piezoeletricidade: propriedade que um


mineral tem de transformar uma pressão
mecânica em carga elétrica. Ex.: quartzo.
Piroeletricidade: eletricidade originada
pelo aumento de calor. Ex.: turmalinas.
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Polimorfismo (poli= muitas, morphos= formas)


Minerais com mesma composição química mas estruturas cristalinas
diferentes.

p.ex.: CaCO3 sistema hexagonal – calcita


sistema ortorrômbico – aragonita
Aragonita Calcita
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Isomorfismo (isso=igual, morphos = forma)

Minerais com mesma, ou quase a mesma, estrutura


cristalina mas composições químicas levemente diferentes.
p.ex.: Fayalita (Fe2SiO4) e Forsterita (Mg2SiO4) – série
isomórfica das olivinas.
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Principais minerais formadores de rochas

Quartzo – SiO2 Anfibólios


K- feldspato - KAl[Si3O8]

Plagioclásio – NaAlSi3O8 Mica Piroxênios


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Hematita – Fe2O3 Pirita – FeS2


Olivina – (Mg, Fe)2(SiO4)

Calcita – CaCO3
Zircão – ZrSiO4
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QUARTZO
-Traço: incolor.
- Dureza : 7.
- Peso específico: 2,65.
- Ocorrência:
Rochas ígneas: granitos e pegmatitos;
Rochas metamórficas: quartzitos, micaxistos e gnaisses.
Rochas sedimentares: arenitos, siltitos e conglomerados.
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Sílica cristalizada macroscopicamente.


A opala é sílica amorfa.
A ágata, o sílex, o ônix e o jaspe são
variedades de calcedônia, ou seja,
sílica microcristalina. Opala Ágata
-Forma: nas rochas, o quartzo não tem forma definida, quando formado
em cavidades, apresenta forma de prisma hexagonal terminado por faces
de romboedros, dando a impressão de bipirâmide hexagonal.
-Clivagem : ausente. Jaspe

-Fratura concóide, conchoidal.


-Cor: apresenta-se desde incolor até
cinza-escuro. Geralmente é branco. Sílex Ônix

-Brilho: vítreo.
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- Caracteres distintivos: falta de clivagem, brilho e cor distinguem o


quartzo dos feldspatos, que usualmente se associam a ele.
-Emprego: como adorno em joalheria, areia para construção, em
fundição, como abrasivo, em porcelanas, em lentes de aparelhos ópticos
científicos, em osciladores de rádio, em filtros para barragens e em
concreto.
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FELDSPATO
Grupo formado por: ortoclásio (KAlSi3O8), albita (NaAlSi3O8) e anortita
(CaAl2Si3O8).
- Feldspatos alcalinos ou ortoclásios : termos intermediários em
composição que podem ser abrangidos pela expressão (K,Na e Ca)
AlSi3O8.
- Entre albita e anortita os termos intermediários são denominados
feldspatos alcalicálcicos.
-Forma: na rochas não são uniformes, mas
podem apresentar contornos retangulares ou
hexagonais.
- Clivagem: quase sempre apresentam
reflexões dos planos de clivagem, quando
expostos à luz, pois têm boa clivagem em duas
direções.
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- Fratura: irregular em fragmentos


quebradiços.
- Cor: ortoclásios (creme, tijolo, róseos
ou vermelhos – impurezas hematita);
plagioclásios (cinza, brancos, pardos, Ortoclásio
esverdeados ou até pretos).
Rochas com muito ortoclásio tendem a Plagioclásio
apresentar cores avermelhadas;
Rochas onde predominam plagioclásios
tendem a ser cinza;
Se a mesma rocha contém os 2
feldspatos e apenas um é avermelhado, é
quase certo ser ortoclásio e o outro
ortoclásio.
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- Brilho: vítreo em fratura recente.


Ortoclásio
- Traço: branco não característico.
- Peso específico:
Ortoclásio (KAlSi3O8) – 2,54.
Albita (NaAlSi3O8) – 2,62.
Anortita ( CaAl2Si3O8)– 2,76.
-Ocorrência: em todos os tipos de rochas ígneas
intrusivas ou extrusivas e nas metamórficas.
São raros nas sedimentares, porque se alteram para Anortita
argila e caulim.
- Emprego: moídos, em granulação finíssimas são fundidos e misturados
ao caulim, quartzo e argila para produzir porcelana.
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MICAS
Principais minerais do grupo das micas:
-Mica branca (H2KAl3(SiO4)3 - moscovita.
-Mica preta (H,K)2(MgFe)2(Al,Fe)2(SiO4)3 - biotita
- Mica verde : sericita.
-Mica roxa: lepidolita.
-Forma: quando bem cristalizadas, mostram-se em
placas hexagonais.
-Clivagem: perfeita em uma direção.
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-Cor:
Moscovita: incolor em lâminas finas), branca, Moscovita
cinza, parda ou esverdeada.
Biotita: preta ou pardacenta. Em lâminas finas, é
translúcida, parda ou verde-escura.
-Brilho: acetinado.
-Alteração: biotita e variedades de mica preta
alteram-se facilmente por hidratação, tornando-se
moles e descoradas, e perdendo a elasticidade.
A moscovita não se altera facilmente.
Biotita
-Ocorrência: granitos, pegmatitos, gnaisses, Biotita
micaxistos e filitos.
-Emprego: moscovita (isolante elétrico, fabricação de vidros
refratários).
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ANFIBÓLIOS
Formam um grupo de silicatos que são sais de ácido
metassilíco (H2SiO3). tremolita
-Forma: em geral, apresentam forma de lâminas
longas com terminações irregulares, por vezes tão
finas que mal se percebem na rocha.
-Clivagem: duas boas direções de clivagem. actinolita
-Cor: depende da quantidade de Fe.
Branco ou cinza – tremolita;
Verde-vivo – actinolita; hornblenda
Verde-escuro a preto – hornblenda. Biotita
-Brilho: vítreo (sedoso do amianto).
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-Alteração: sob ação de diversos agentes, podem


produzir talco, clorita, limonita, carbonato. talco
-Ocorrência: tremolita em calcários, dolomitos e
rochas talcosas.
Hornblenda é comum em rochas ígneas e
metamórficas.
clorita
-Determinação: nas rochas podem ser confundidos
com biotita, piroxênio ou turmalina.
Distingue-se da biotita porque não apresenta
esfoliação em lâminas;
A turmalina não tem clivagem e pode apresentar
seção triangular.
A seção dos anfibólios geralmente é losangular.
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PIROXÊNIOS
Formam um grupo de silicatos que são sais do ácido metassílico
(H2SiO3), como, por exemplo:
Enstatita Hiperstênio
Enstatita: MgSiO3;
Hiperstênio: (Fe, Mg)SiO3;
Diopsídio: CaMg(SiO3)2;
Espodumênio: LiAl(SiO3)2;
Diopsídio
Rodonita: MnSiO3. Rodonita

Espodumênio
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-Forma: nas rochas, não apresentam faces terminais.


Um cristal de piroxênio é prismático, curto e grosso, mais ou menos
equidimensional.
-Clivagem: duas boas direções.
-Alteração: facilmente alteráveis por intemperismo, podem formar
calcita e limonita, e por metamorfismo, transformam-se em agregados
de agulhas ou grãos de anfibólios.
Rochas ígneas ricas em piroxênio, como gabros, diabásios e basaltos,
transformam-se em rochas metamórficas ricas em anfibólios, como
anfibolitos, anfibólio-xistos e outros.
-Ocorrência: são comuns em rochas metamórficas, como gnaisses,
anfibolitos e mármores.
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-Determinação: necessário verificar o contorno Turmalina


do prisma (seção quadrada) e as duas direções
de clivagem.
Podem ser confundidos com:
a)Turmalina, mas esta apresenta seção
triangular; Epídoto
b)Epídoto, mas este possui cor verde-amarela
característica;
c)Anfibólio, mais este possui seção losangular.

-Emprego: diopsídio, como jóia; espodumênio,


para adicionar em graxas lubrificantes.
Hornblenda
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ZIRCÃO
- Fórmula: ZrSiO4.
- Hábito: prisma tetragonal bipiramidado.
- Cor: incolor, azulado, arroxeado ou pardo.
- Dureza: 7,5.
- Ocorrência:
- Rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
Sua presença é quase sempre constante em rochas
leucocráticas e arenitos.
-Determinação: pode apresentar seção retangular.
- Emprego: límpido, usado para gemas, como
refratário.
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MAGNETITA
- Fórmula: Fe3O4.
- Hábito: octaédrico, sem clivagem.
- Cor: cinza-aço a preta.
-Traço: preto.
-Brilho: metálico.
- Ocorrência:
- Pode aparecer na rocha, na forma perfeita de um
octaedro e como pedacinhos macroscópioc ou
microscópicos em rochas ígneas e metamórficas.
-É magnética.
- Emprego: minério de ferro.
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HEMATITA
- Fórmula: Fe3O2.
- Hábito: placas hexagonais, micáceo.
- Cor: preta metálica, em agragados finos, cor
vermelha brilho fosco.
-Traço: vermelho-sangue.
-Brilho: metálico.
- Ocorrência:
- Gnaisses e xistos cristalinos, em camadas espessas

(itabirito).
-É magnética.
- Emprego: minério de ferro mais comum, também é
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PIRITA
- Fórmula: FeS2.
- Hábito: cúbico, octaédrico, bem cristalizado; os
cubos apresentam estrias.
- Cor: amarelo-latão, com brilho metálico.
-Traço: esverdeado a preto.
- Ocorrência:
-Rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
Pode ser fonte de enxofre para fabricação de
H2SO4.

- Emprego: Utilizada como fonte de SO2 na


preparação de polpa de madeira, no fabrico de papel
como desinfetante.
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TURMALINA
- Composição: borossilicato de Fe, Mg, Al, Na, Li,
hidratado.
- Hábito: prismas de seção aproximadamente triangular e
estriados verticalmente, sem clivagem.
-Cor: preta, castanha, verde, vermelha, vinho ou rósea.
A variedade mais comum nas rochas é preta.
- Ocorrência:
-Pegmatitos, na forma de cristais grandes.
A variedade rósea está associada a mica roxa (lepidolita);
a parda nos calcários.
- Emprego: Pela dureza e quando límpida é uma pedra
semipreciosa. Pelas suas propriedades piezoelétricas, é
empregada na fabricação de calibradores de pressão.
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TOPÁZIO
- Fórmula: (Al,F)SiO4.
- Hábito: prismático com seção losangular.
-Cor: incolor, azul, laranja ou verde.
- Ocorrência:
-Pegmatitos e veios profundos.
- Emprego: Pela dureza e quando límpido é uma jóia.
O topázio rosa pode ser obtido pelo aquecimento do
topázio amarelo-escuro.
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CALCITA
- Fórmula: CaCO3.
- Hábito: romboedros são os mais frequentes.
-Clivagem: ótima em três direções, não ortogonais.
-Brilho: vítreo a sedoso.
-Cor: incolor, branca, cinza a preta, amarela ou vermelha.
- Ocorrência:
-Em cavidades, fraturas, amigdalas, estalactites,
estalagmites e crostas.
- Emprego: calcita e calcário são usados para fabricação
de cimentos.
Aquecida a 9000C, perde CO2 e transforma-se em CaO (cal
virgem). Corrigir a acidez do solo.
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DOLOMITA
- Fórmula: CaMg(CO3)2.
-Determinação: as mesmas analogias feitas a calcita.
Difere da calcita por efervescer somente pulverizada.
- Emprego: para adorno em construção.
Usada no cimento para retardar a pega e também em
tijolos refratários.
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CAULIM (argila)
-Fórmula: H4Al2Si2O9.
-Hábito: placóide, hexagonal, microscópico.
Macroscopicamente, sempre aparece em forma
pulverulenta.
-Cor: branca ou colorida, dependendo da quantidade de
óxido de ferro.
-Formação: origina-se da decomposição dos feldspatos
atacados por água, contendo CO2.
-Ocorrência: rochas sedimentares e ígneas
decompostas.
-Reconhecimento: pulverulento, macio e untuoso ao
tato.
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CLORITA
-Fórmula: (Si4O10)Mg3(OH)2.Mg3(OH)6.
-Hábito: placóide, hexagonal, microscópico.
-Cor: verde.
-Ocorrência: em qualquer tipo de rocha que tenha
minerais ferromagnesianos, a clorita aparece como
produto de alteração.
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AMIANTO (serpentina)
-Fórmula: H4Mg3Si2O9.
-Hábito: massas compactas ou granulares finas.
A forma fibrosa fina e flexível é denominada asbesto
(amianto).
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ZEÓLITAS
Constituem um grupo de silicatos hidratados de
alumínio.
As zeólitas são formadas a partir dos
feldspatos, por influência de vapores ou soluções
quantes.
-Brilho: vítreo.
-Cor: incolor, branca ou amarela.
-Hábito: cúbico, feixes de cristais achatados,
losangulares, fibrorradiados, agregados
aciculares, tufos à semelhança de massa de
algodão.
-Ocorrência: aberturas ou amigdalas de rochas
ígneas extrusivas (basaltos).
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FLUORITA
-Fórmula: CaF.
-Hábito: cúbico, octaédrico.
-Cor: branca, amarela, verde, rósea, vermelha,
azul, violeta ou parda.
-Ocorrência:
Pegmatitos, calcários, dolomitos, como acessório
do granito.
-Reconhecimento: brilho vítreo e clivagem
octaédrica.
-Emprego: fundente; fabricação de HF, de vidro
opalescente.
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Rochas
O que são Rochas?
Produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais.

Dependendo do processo de formação, a força de ligação dos grãos


constituintes varia, resultando em rochas “duras” erochas “brandas”.

Estrutura: aspecto geral externo, que pode ser maciço, com


cavidades, orientado ou não etc.

Textura: revela-se pela observação mais detalhada do tamanho,


forma e relacionamento entre os cristais ou grãos constituintes da
rocha.
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Informação importante no estudo das rochas é a determinação dos


seus minerais constituintes.

Minerais essenciais: estão sempre presentes e são os mais abundantes


numa determinada rocha, suas proporções determinam o nome dado à
rocha.
Minerais acessórios: podem ou não estar presentes, sem que isto
modifique a classificação da rocha em questão.

Monominerálica: os minerais agregados pertencem à mesma espécie


mineralógica.
Pluriminerálica: minerais agregados de espécies diferentes.
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Classificação genética das Rochas


Classificar as Rochas significa usar critérios que permitam agrupá-las
segundo características semelhantes.

Genética: principal classificação em que as Rochas são agrupadas de


acordo com o seu modo de formação na natureza.

As Rochas se dividem em 3 grandes Grupos:

Rochas Ígneas
Rochas Sedimentares
Rochas Metamórficas
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Referências
https://museuhe.com.br/minerais/nomenclatura-dos-minerais/

Para entender a Terra. Press, Siever, Grotzinger e Jordan.


https://sites.google.com/site/pomagicstones/as-pedras/minerais-e-gemas
/berilo

https://www.pinterest.co.uk/pin/806144402021405958/

https://pt.slideshare.net/AnaBeatrizGonalves/minerais-55057259

https://didatico.igc.usp.br/minerais/identificacao-de-minerais/

https://www.noticiasdemineracao.com/brasil/news/1134811/brasil-tem-3
%C2%AA-maior-reserva-ouro-da-america-latina

https://geologiaweb.com/minerales/clorita/

http://entendendoageologiaufba.blogspot.com/2012/03/muscovita-
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Referências
http://presentacionespp.blogspot.com/2010/10/habito-acicular.html
https://www.sobregeologia.com.br/2016/01/mineralogia-
propriedades-fisicas-dos.html
http://presentacionespp.blogspot.com/2010/10/habito-geometrico-
cubico.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espinela
https://slideplayer.com.br/slide/363053/
http://www.gregem.ufes.br/sites/gregem.ufes.br/files/field/
anexo/H%C3%A1bito.pdf
http://presentacionespp.blogspot.com/2010/11/habito-escamoso-o-
lenticular.html

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