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Índice

Lista de tabelas ........................................................................................................................ 2

Lista de figuras ........................................................................................................................ 3

1. Introdução ........................................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 4

1.1.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 4

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4

2. Tectossilicatos ..................................................................................................................... 5

2.1. Definição .......................................................................................................................... 5

2.1.1. O grupo da Sílica .......................................................................................................... 6

2.1.1.1. Minerais de sílica ....................................................................................................... 7

2.1.2. O grupo dos Feldspatos................................................................................................. 7

2.1.2.1. Características químicas e estruturais gerais ............................................................. 7

2.1.3. Os grupos dos Feldspatóides......................................................................................... 8

2.1.4. Os grupos das Zeólitas .................................................................................................. 9

2.2. Quimismo e fórmulas estruturais de Tectossilicatos ....................................................... 9

2.2.1. Arranjo estrutural dos tetraedros SiO4 na estrutura de tectossilicatos ....................... 10

2.3. Lista dos Tectossilicatos mais comuns .......................................................................... 11

2.4. Exemplo de alguns tectossilicatos mais comuns ........................................................... 13

3. Conclusão.......................................................................................................................... 15

Referências bibliográficas..................................................................................................... 16
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Lista de tabela

Tabela 1: Tectossilicatos mais comuns. ................................................................................ 11


3

Lista de figuras pág.

Figura 1: Diagramas ilustrativos da importância relativa dos elementos químicos................ 6


Figura 2: Diagramas triangulares An-Ab-Or (em proporções moleculares) dos feldspatos ... 8
Figura 3: exemplos do arranjo estrutural dos tetraedros SiO4 de tectossilicatos ................. 11
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1. Introdução
O presente trabalho versa sobre "Tectossilicatos" que são minerais formados por uma rede
tridimensional continua de tetraedros de SiO4 ligados entre si, resultando numa estrutura
estável (quimicamente neutra) de ligações covalentes fortes, na qual a razão Si:O é 1:2. DEER,
W. 1981.
A substituição entre o Si e o Al é comum. Os minerais mais importantes da família são o quartzo
e as variedades de quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, outros como a opala, feldspatóides
e zeólitas.
A família dos tectossilicatos abrange os minerais mais comuns da crosta terrestre e representa
a mais alta polimerização possível da sílica. Aproximadamente 64% da crosta rochosa terrestre.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Estudar os Tectossilicatos.
1.1.2. Objectivos específicos
 Explicar mais sobre os grupos da sílica, dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas;
 Caracterízar o quimismo e fórmulas estruturais de Tectossilicatos;
 Diferenciar o arranjo estrutural dos tetraedros SiO4;
 Identificar os Tectossilicatos mais comuns.

1.2. Metodologia
Para a consecução deste trabalho de pesquisa, usou-se o método hermenêutico que consistiu na
leitura, análise e interpretação de alguns conteúdos colhidos em algumas obras e em alguns
pdf’s que constam na bibliografia do mesmo trabalho.
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2. Tectossilicatos
Os elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre em ordem decrescente são O, Si,
Al, seguidos de Fe, K, Ca, Na e Mg. O oxigênio soma cerca de 94 % em volume e os 6 %
restantes correspondem a todos os demais elementos químicos. Considerando as percentagens
atômicas, O, Si e Al constituem perto de 80 % do total sendo de se esperar, portanto, que os
minerais mais abundantes na crosta do planeta sejam silicatos e aluminossilicatos. DEER, W.
1981.

2.1. Definição
DEER define como "grupo dos silicatos mais importante volumetricamente, uma vez que os
minerais mais comuns deste grupo (feldspatos e quartzo), perfazem cerca de 63% do volume
da crosta terrestre". Os minerais dessa subdivisão são constituídos por tetraedros de SiO4
ligados tridimensionalmente, de maneira que todos os oxigênios dos vértices dos tetraedros são
compartilhados com os tetraedros vizinhos, resultando em uma estrutura fortemente unida,
estável, em que a relação Si:O é 1:2.
Excetuando as variedades polimórficas de SiO2, que consiste em uma rede tridimensional de
tetraedros SiO4, os outros tectossilicatos comuns originam-se pela substituição de átomos de
Si por átomos de Al na rede tridimensional de tetraedros. A substituição de átomos de Si por
átomos de Al matém o arranjo tetraédrico (coordenação 4 com o oxigênio), formando tetraedros
quase idênticos em tamanho e configuração aos tetraedros constituídos por Si e O.
Os tetraedros AlO4 unem-se aos tetraedros SiO4 compartilhando íons de oxigênio de maneira
a formar estrutura tridimensional, porém, como o Al é trivalente e o Si é tetravalente, na
estrutura formada irá sobrar uma carga negativa, exigindo a entrada de um cátion monovalente,
para cada tetraedro coordenado pelo Al. Dessa forma, a introdução de um cátion bivalente
necessita de dois tetraedros coordenados pelo Al e assim por diante. Todavia, a disposição do
Al em coordenação 4, não pode ser considerada como uma “solução sólida” ou “substituição
iônica” do Si pelo Al, uma vez que a quantidade de Al varia de uma espécie mineral para outra,
e nunca pode substituir todo o Si.
Assim o Al é um constituinte essencial, presente em quantidades estequiométricas e não pode
ser substituído pelo Si sem desintegrar a estrutura. Em alguns grupos de minerais, quando um
cátion monovalente é substituído por outro bivalente, como, por exemplo, o Na pelo Ca, no
plagioclásio, a quantidade de Al em coordenação 4 varia em proporção às quantidades relativas
de Ca e Na, de modo que seja mantida a neutralidade elétrica.
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Os principais minerais incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral mais típico),
dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais de ocorrência
mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas cálcio-silicáticas. KERR, P. 1965.
A importância dos tectossilicatos em petrologia fica muito clara, por exemplo, quando
lembramos que a classificação petrográfica atual das rochas ígneas com volumes de minerais
félsicos iguais ou superiores a 10 %, portanto, as rochas não ultramáficas (o diagrama QAPF,
Quartzo - Feldspato Alcalino - Plagioclásio – Feldspatóides (ou Fóides), da IUGS, Internacional
Union of Geological Sciences) tem como base essencial a presença e as proporções
volumétricas relativas entre os minerais desta classe. Adicionalmente, a maioria dos
tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais (e.g.,
materiais cerâmicos, eletrônicos, ópticos), vários deles sendo aproveitados também como
gemas semipreciosas.

Figura 1: Diagramas ilustrativos da importância relativa dos elementos químicos (estimativas em % em


peso do elemento) e dos minerais (estimativas em % em volume) mais abundantes na crosta terrestre
(Mason & Moore, 1982, e Ronov & Yaroshevsky, 1969, respectivamente).

2.1.1. O grupo da Sílica


O grupo da sílica reúne diversos polimorfos cristalinos (os denominados minerais de sílica),
muitas variedades criptocristalinas e ainda compostos amorfos. Minerais e mineralóides deste
grupo se formam em ambientes geológicos e sob condições de temperatura e pressão muito
diversificados. (BETEJTIN, A. 1970).
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2.1.1.1. Minerais de sílica


Segundo BETEJTIN, os retículos cristalinos construídos apenas com as 4 de arranjo estrutural
destas unidades tetraédricas, cada qual correspondendo a uma variedade polimórfica com
propriedades de simetria, morfológicas e energéticas próprias. São conhecidos oito polimorfos
de SiO2 de ocorrência natural e, dentre eles, os mais importantes são o quartzo, a tridimita, a
cristobalita, a coesita e a stishovita.
Os campos de estabilidade destes poliformos em função da pressão e da temperatura são
apresentados no diagrama P-T. Temperaturas mais altas resultam em energia vibracional dos
átomos e, portanto, reticulares mais elevadas e favorecem estruturas mais expandidas, abertas
e menos densas, enquanto pressões mais eleva- das estabilizam os retículos mais compactos e
densos. Naturalmente, os retículos cristalinos com energias mais elevadas são menos exigentes
quanto ao preenchimento catiônico e, desta forma, os polimorfos dos minerais de sílica de
temperaturas mais altas podem apresentar quantidades mais significativas de Al3+, ou mesmo
Fe3+ nas posições tetraédricas. O balanço da carga elétrica será então compensado pela entrada
de metais alcalinos ou alcalinos terrosos (e.g., Na+1, K+1, Ca2+), que se alojam nas cavidades
maiores da estrutura, assim dizia BETEKHTIN, 1964.
O quartzo, a tridimita e a cristobalita apresentam cada unidades tetraédricas básicas dos silicatos
(SiO4) apresentarão todos os átomos de O ligados a átomos de Si, resultando em proporção
constante Si:O = 1:2, e serão eletricamente neutros.

2.1.2. O grupo dos Feldspatos


2.1.2.1. Características químicas e estruturais gerais
Para DANA, os feldspatos são os tectossilicatos mais importantes e diversificados. Ocorrem
como minerais essenciais em quaisquer rochas ígneas não ultramáficas e a proporção relativa
entre as séries dos feldspatos alcalinos e plagioclásios é um parâmetro fundamental para a
classificação destas rochas. São comuns também em algumas rochas sedimentares e na maioria
das rochas metamórficas, em que, trazem importantes subsídios relativos ao grau de maturidade
e às condições de metamorfismo, respectivamente.
A presença abundante de Al, cátion que é bem adaptado à coordenação tetraédrica, na maioria
dos sistemas silicáticos força substituições catiónicas do tipo Si+4, Al+3, dando origem a
aluminossilicatos com a unidade fundamental (Si,Al)O4. O excesso de carga negativa criada
pela entrada de Al na estrutura exige a presença de cátions adicionais para neutralizá-lo, dando
origem ao grupo dos feldspatos. Estes cátions ocupam as cavidades (sítios) maiores presentes
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no retículo e, portanto, apresentam raios iônicos relativamente grandes, em geral próximos a 1


Å (0,1 nm).
O grupo dos feldspatos pode ser representado pela fórmula mínima geral MT4O8, em que os
sítios T são ocupados por Si e Al - eventualmente por quantidades em níveis de traço de Fe3+
e, mais raramente, Ti, P, B3+e Ga3+ e os sítios M por metais alcalinos (em geral, K e Na,
eventualmente Rb, com carga elétrica +1, raramente, NH4) ou alcalino-terrosos (em geral Ca,
mas também por Sr e Ba em quantidades de traços, com carga +2 e, mais raramente, Eu e Pb).
A composição química da maioria dos feldspatos naturais pode ser expressa através de soluções
sólidas substitucionais no sistema ternário apresentado na Figura 4, definido pelos membros
finais Anortita (An, CaAl2Si2O8), Albita (Ab, NaAlSi3O8) e Feldspato Potássico (“Or”,
KAlSi3O8). Os termos com composições intermediárias entre Or a Ab - relacionados entre si
pela substituição catiônica simples, Na+1 K+1, constituem as séries dos feldspatos alcalinos
[sanidina, ortoclásio, microclínio, anortoclásio, albita (An < 5 % molecular)]. Os feldspatos
com composições entre Ab e An - relacionados através das substituições catiônicas acopladas,
Na+1 Si4+Ca 2+ Al 3+ constituem as séries dos plagioclásios [albita (An > 5), oligoclásio,
andesina, labradorita, bytownita e anortita (Ps: A-O-A-L-B-A, para ajudar a lembrar nos dias
difíceis). Os limites químicos meramente convencionais estabelecidos para a nomenclatura dos
feldspatos são também apresentados na Figura 2. DANA, J. D. 1978.

Figura 2: Diagramas triangulares An-Ab-Or (em proporções moleculares) para o grupo dos feldspatos,
ilustrando a nomenclatura dos feldspatos de temperaturas mais altas (com estruturas desordenadas) em
a e mais baixas (estruturas ordenadas) em b. Modificado de Deer et al. (1992).

2.1.3. Os grupos dos Feldspatóides


Os feldspatóides são tectossilicatos com composição química similar a dos feldspatos, mas com
relativa deficiência em SiO2. As estruturas dos feldspatóides são também mais abertas, com
cavidades em geral maiores entre as unidades tetraédricas fundamentais [(Si,Al)O4].
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Os minerais mais comuns entre os feldspatóides são o grupo da nefelina, de fórmula mínima
genérica (Na,K)AlSiO4, que inclui a nefelina [Na3(Na,K)[AlSiO4]4 propriamente dito e a
kalsilita [K(AlSiO4)], ambas com simetria do grupo espacial P63. Estes minerais apresentam
estrutura hexagonal aberta com densidades entre 2,56 e 2,67 g/cm3. NESSE, D. 2004.

2.1.4. Os grupos das Zeólitas


As zeólitas incluem diversos grupos minerais consti tuídos por aluminossilicatos hidratados
com fórmula geral representada por (Na, K, Ca, Ba)[(Al,Si)O ] xH O. Cerca de 222 n 2 quatro
dezenas de zeólitas de ocorrência natural, reunidas grupo R 3 m.
Além da chabasita, algumas das zeólitas mais comuns incluem a natrolita, Na [(AlO ) (SiO )
].4H O (grupo espacial em diversos grupos, são conhecidas (ver Dana e DHZ) Fdd2), mesolita,
424262 CaO) O) HO (Fdd2), Na[(Al(Si]. KLEIN, C, 1993.
Comparativamente aos demais tectossilicatos estuda gmelinita, (Na, Ca)[(AlO )(SiO )].6H O
(P6/mmc), dos, as zeólitas se assemelham mais do ponto de vista phillipsita, (K,Na) [(AlO )
(SiO )].10H O (P2 /m), químico ao grupo dos feldspatos, em que os cátions laumontita, Ca
[(AlO ) (SiO )].16H O, (Cm) e harmotoma, mono e/ou bivalentes juntamente com Al
substituem Ba [(AlO ) (SiO )].12H O (P2 /m). Informações mais de átomos de Si, conforme
expresso na fórmula unitária M ((AlO), (SiO)).wH O. Nesta fórmula, M representa talhadas
para cada um destes minerais pode ser encontrado no Manual do Dana, DHZ e no Mumpton.

2.2. Quimismo e fórmulas estruturais de Tectossilicatos


Análises químicas de minerais em que o O é o ânion principal. Na prática, com freqüência são
medidas as percentagens em peso de elementos, posteriormente convertidas para percentagens
em peso de óxidos considerando-se critérios estequiométricos [por exemplo, a fórmula do
feldspato potássico KAlSi3O8 podem ser expressas na forma de óxidos: 1/2(K2O) 1/2(Al2O3)
3SiO2]. NAVARRO, 2016.
Como o O é quantitativamente muito importante, perfazendo entre 20 e 50 % em peso na
maioria dos silicatos e as valências ou os estados de oxidação da maioria dos cátions comuns
na crosta são em geral constantes (a exceção importante é o Fe, que pode aparecer ora como
FeO ora como Fe2O3 e em ambos os estados de oxidação em diversos minerais), a utilização
de óxidos ao invés de cátions permite em geral avaliar quanto uma análise completa se aproxima
de 100% em peso de óxidos, o valor ideal esperado, através de considerações estequiométricas,
sem que haja necessidade de se determinar este elemento analiticamente. HEINRICH, E. 1965.
Por outro lado, a leitura de dados químicos em óxidos dificulta a visualização dos números ou
das proporções entre os cátions presentes e destes com os ânions (por exemplo, 10% em peso
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de CaO tem bem mais átomos de Ca do que equivalentes 10% de BaO tem de Ba, uma vez que
a massa ou peso atômico do Ba é bem superior a do Ca).
Estruturas cristalinas apresentam proporções constantes entre os sítios atômicos presentes em
toda a sua extensão e se quisermos compreender a distribuição dos elementos químicos na
estrutura de um composto cristalino qualquer devemos nos habituar a pensar em termos de
proporções relativas entre cátions e ânions, no caso mais comum, o O. GRIBBLE,1985.
As fórmulas KAlSi3O8, K2Al2Si6O16, K4Al4Si12O32 são todas equivalentes porque as
proporções entre K, Al, Si e O são constantes.

2.2.1. Arranjo estrutural dos tetraedros SiO4 na estrutura de tectossilicatos


A.

Tetraedros SiO4
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D.

Tetraedros (Si,Al)O 4 Àtomos de Ca, Na, etc. Moléculas de H2O

Figura 3: exemplos do arranjo estrutural dos tetraedros SiO4 na estrutura de tectossilicatos. A) estrutura
do quartzo. B) estrutura da sanidina. C) estrutura da nefelina. D) estrutura da mordenita (zeólita).

2.3. Lista dos Tectossilicatos mais comuns


WINCHELL, subdividiu os tectossilicatos em grupos ou famílias da: sílica, feldspatos,
feldspatoides, escapolita e zeólitas.

Tabela 1: Tectossilicatos mais comuns.

 Grupos dos Feldspatos


Série dos Feldspatos Alcalinos (potássicos)
Microclíneo KAlSi3O8
Ortoclásio KAlSi3O8
Sanidina KAlSi3O8
Série dos Feldspatos Alcalinos (sódico-potássicos)
Anortoclásio (Na,K)AlSi3O8
Série dos Plagioclásios (sódico-cálcicos)
Albita NaAlSi3O8 ou (Na1-0,9,Ca0-0,1)Al(Al0-0,1,Si1-0,9)Si2O8
Andesina (Na,Ca)(Si,Al)4O8 ou Na0,7-0,5Ca0,3-0,5Al1,3-1,5Si2,7-2,5O8
Anortita CaAl2Si2O8 ou Na0,1-0,0Ca0,9-1,0Al1,9-2,0Si2,1-2,0O8
Bytownita (Ca,Na)(Si,Al)4O8 ou (Na0,3-0,1,Ca0,7-0,9)Al(Al0,7-0,9,Si0,3-
0,1)Si2O8
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Labradorita (Ca,Na)(Si,Al)4O8 ou (Na0,5-0,3,Ca0,5-0,7)Al(Al0,5-0,7,Si0,5-


0,3)Si2O8
Oligoclásio (Na,Ca)(Si,Al)4O8 ou (Na0,9-0,7,Ca0,1-0,3)Al(Al0,1-0,3,Si0,9-
0,7)Si2O8
 Grupo da Sílica
Coesi ta SiO2
Cristobalita SiO2
Quartzo SiO2
Tridimita SiO2
Stishovita SiO2
 Grupo dos Feldspatoides
Lazurita Na3Ca(Al3Si3O12)S ou Na6Ca2Al6Si6O24[(SO4),S,Cl,(OH)]2
Leucita KAlSi2O6
Nefelina NaAlSiO4 ou (Na,K)AlSiO4
Sodalita Na8Al6Si6O24Cl2
Cancrinita (Na,Ca,K)6-8Al6Si6O24.(CO3,SO4,Cl)1-2.1-5H2O
 Grupo da Escapolita
Escapolita (Na,Ca,K)4[Al3(Al,Si)3Si6O24](Cl,CO3,SO4,OH)
ou (Na,Ca)4[(Al,Si)12O24]Cl
 Grupo da Zeólita
Analcima NaAlSi2O6.H2O
Cabazita CaAl2Si4O12.6H2O
Escolecita CaAl2Si3O10.3H2O
Estilbita NaCa2Al5Si13O36.14H2O
Heulandita (Ca,Al2)Al2Si7O18.6H2O
Laumontita CaAl2Si4O12.4H2O
Levynita Ca[Al2Si3O10].5H2O
Mordenita (Ca,Na2,K2)Al2Si10O24.7H2O
Natrolita Na2Al2Si3O10.2H2O
Stellerita CaAl2Si7O18.7H2O
Thomsonita NaCa2Al5Si5O20.6H2O
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2.4. Exemplo de alguns tectossilicatos mais comuns


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3. Conclusão
Os minerais da classe dos tectossilicatos são os mais importantes entre os denominados
minerais formadores de rocha. Mais de 60% em volume das rochas que constituem a crosta
terrestre estão formadas por minerais desta classe.
A estrutura cristalina básica - assim como no caso dos demais silicatos - é formada por um
retículo construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si - na maioria das vezes
parcialmente substituídos pelo Al, que são coordenados por quatro átomos de O, formando a
unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm contribuições
covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular dos
tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes,
formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível
para aquelas unidades fundamentais.
Os principais minerais desta classe incluem os grupos da sílica (do qual o quartzo é o mineral
mais típico), dos feldspatos, dos feldspatóides e das zeólitas, além das escapolitas, minerais de
ocorrência mais restrita, que aparecem em algumas rochas metamórficas. A maioria dos
tectossilicatos tem grande importância tecnológica, com inúmeras aplicações industriais.
Sendo os tectossilicatos a classe de minerais mais abundante no mundo, decidimos falar sobre
o quartzo, que ao lado dos feldspatos é o que se encontra em maior quantidade na crosta
continental.
De modo geral, a estrutura dos tectossilicatos pode ser entendida (com exceção das variedades
polimórficas de SiO2) como “uma estrutura tridimensional aberta, constituida por tetraedros de
(Si, Al) O4”, cujos interstícios estão preenchidos por átomos (Na, K, Ca, Ba, etc.), grupos
aniônicos (OH, SO4, CO3, etc.) e moléculas de H2O. Embora a estrutura geral dos
tectossilicatos seja simplificadamente como descrito, existe uma grande variação no tipo de
arranjo, gerando uma grande variedade de estruturas e espécies minerais.
A estrutura cristalina básica assim como no caso dos demais silicatos é formada por um retículo
construído a partir de tetraedros Si(Al)O4, onde os átomos de Si na maioria das vezes
parcialmente substituídos pelo Al - são coordenados por quatro átomos de O, formando a
unidade tetraédrica fundamental. As ligações Si-O e Al-O nos tetraedros contêm contribuições
covalente e iônica em proporções similares e são muito fortes. No caso particular dos
tectossilicatos, cada átomo de O está sempre compartilhado por dois tetraedros adjacentes,
formando uma rede tridimensional contínua com o mais alto grau de polimerização possível
para aquelas unidades fundamentais.
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Referências bibliográficas

BETEJTIN, A. 1970. Curso de Mineralogia (2º edición). Traduzido por L. Vládov. Editora
Mir, Moscou, Rússia. 739 p.

BETEKHTIN, A. 1964. A course of Mineralogy. Translated from the Russian by V. Agol.


Translation editor A. Gurevich. Peace Publishers, Moscou, Rússia. 643 p.

BRANCO, P. M. 1982. Dicionário de Mineralogia (2º edição). Editora da Universidade


(Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Porto Alegre, Brasil. 264 p.

DANA, J. D. 1978. Manual de Mineralogia (5º edição). Revisto por Hurlbut Jr., C. S. Tradução:
Rui Ribeiro Franco. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, Brasil. 671 p.

DEER, W. A.; Howie, R. A.; Zussman, J. 1981. Minerais Constituintes das Rochas – uma
introdução. Tradução de Luis E. Nabais Conde. Fundação Calouste Gulbenkian, Soc. Ind.
Gráfica Telles da Silva Ltda, Lisboa, Portugal. 558 p.

GRIBBLE, C. D. & Hall, A. J. 1985. A Practical Introduction to Optical Mineralogy. George


Allen & Unwin (Publishers) Ltd, London. 249 p.

HEINRICH, E. W. 1965. Microscopic Identification of minerals. McGraw-Hill, Inc. New York,


EUA. 414 p.

KERR, P. F. 1965. Mineralogia Óptica (3º edición). Traducido por José Huidobro. Talleres
Gráficos de Ediciones Castilla, S., Madrid, Espanha. 432 p..

KLEIN, C. & Hulburt Jr., C. S. 1993. Manual of mineralogy (after James D. Dana) (21º edition).
Wiley International ed., New York, EUA. 681 p.

NAVARRO, G. R. B. & Zanardo, A. 2016. Tabelas para determinação de minerais. Material


Didático do Curso de Geologia/UNESP. 205 p.

NESSE, W. D. 2004. Introduction to Optical Mineralogy (3º edition). Oxford University Press,
Inc. New York, EUA. 348 p.

WINCHELL, A. N. 1948. Elements of Optical Mineralogy: an introduction to Microscopic


Petrography, Part II. Descriptions of Minerals (3º edition). John Wiley & Sons, Inc., New York
(3º edition). 459 p.

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